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AS TECNICAS DO CORPO

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AS TECNICAS DO CORPO 
A DOR COMO OBJETO DEPESQUISA
GENERO CORPO E IMITA;AO PRESTIGIOSA
ASPECTOS ANTROPOLOGICOS DA DOR
Após a leitura de técnicas do corpo de Marcel Mauss explique:
O que, na perspectiva desse autor, seria a noção de técnicas corporais.
As técnicas do copo são as formas que os homens encontraram de servir ao seu corpo, podendo variar entre as sociedades e as educações, são hereditárias e passam por constantes modificações. Mauss considera as técnicas tradicional e eficaz. Tradicional porque segue parâmetros estabelecidos culturalmente dentro de um grupo de indivíduos. Eficaz porque o objetivo proposto é alcançado
O corpo é o instrumento natural do ser humano. Antes das técnicas com instrumentos, há as técnicas com o corpo, essa codifica o homem em três forças externas: o social, o fisiológico, o psicológico, não podendo desassociar elas, pois essas formam o homem, o “homem total”. Portanto, o corpo é a primeira coisa que um ser humano precisa aprender controlar. Cada sociedade vai fornecer suas próprias formas de controle. 
Em que medida essa noção pode se apresentar como fonte de relacionar os estudos sobre o corpo na área de antropologia e fisioterapia.
Com os estudos sobre o corpo na antropologia permite os fisioterapeutas, e todos os outros profissionais na área da saúde, ver o seus pacientes como um todo, não apenas o físico com a patologia. Segundo os estudos da técnica do corpo de Mauss o corpo, homem é montado pela presença de três forças externas a fisiológica, psicológica e social que são áreas interligadas, se uma esta danificada as outras também estarão, assim os tratamentos fisioterapeuticos devem abranger todas essas áreas; tratando o paciente com e respeitando as técnicas do corpo que ele utiliza. 
Explique a noção de imitação prestigiosa e a relacione com a discussão sobre o corpo, juventude e beleza contida no artigo "Gênero, "o corpo" e a "imitação prestigiosa" na Cultura Brasileira" de Mirian Goldenberg
É por meio da imitação que os indivíduos constroem corpos culturais e de comportamento, através do uso de conjunto de hábitos, costumes, crenças e tradições. Os indivíduos imitam atos, comportamentos e corpos que obtiveram algum êxito e que tem prestígio em sua cultura, não sendo necessariamente algo consciente. No Brasil, por exemplo, no âmbito feminino há uma grande influência das telenovelas, utilizando como modelo as roupas, acessórios, cortes de cabelo, e até mesmo o comportamento e estilo de vida. Utilizando da mesma lógica, no âmbito masculino utilizam-se da imagens de fortes, potentes e viris.
Essa imitação vai muito além da própria cultura brasileira, tem-se por muitas vezes a imitação de outras culturas, como a das europeias ou americanas, principalmente no que é considerada "moda", referindo-se, basicamente, as roupas e penteados. Utiliza-se, em conjunto com novos produtos de beleza e cirurgias plásticas, para permanecer jovem ou até mesmo rejuvenescer, onde há a preocupação de imitar novos modelos de mulher (jovem, bela e magra). Podendo considerar "o corpo" algo mais importante, onde deve ser moldado, trabalhado, construído, imitado, sem marcas indesejáveis (rugas, estrias, celulites) e sem excessos (gordura e flacidez), tornando a roupa um acessório para valorizar e expor esse corpo da moda.
Após a leitura do artigo “A dor como objeto de pesquisa social” de Mauro Guilherme P. Khoury (1999):
Enumere e explique as possibilidades de estudo da dor como objeto da pesquisa social.
Se falarmos em um campo institucional onde a dor seja o elemento interativo que orienta as relações sociais espaço- temporais de um lugar, por exemplo, como um hospital (ala de traumas, oncologia), é possível pensar uma ciência social que se preocupe com relações de dor. As exposições de populações a situações de risco determinadas (eventos de guerra, bombardeio), do mesmo modo que estruturalmente, as relações sociais que emergem dos atores são produtos ou produzidas pelo movimento social ou institucional gerador da crise ou tragédia, onde a dor poderá ser media teórico e metodologicamente através do artifício do sofrimento social vivenciado pela população exposta, é possível também indica-las como pertencentes ao objeto de uma ciência social da dor. Uma terceira via, ainda se encaminharia para o estudo das expressões individualizadas da dor e do sofrimento (como o sujeito individual expressa sua dor na sociedade em que está inserido), buscando compreender as configurações sociais da subjetividade do sujeito que sofre. 
Explique os motivos do conceito de dor se apresentar como categoria de entendimento capaz de aprender o conceito de humano e de sociedade na perspectiva desse autor.
Seguindo perto de Mauss e Durkheim, os sentimentos seriam constructos sociais, simbólicos, integrativos dos atores a uma dada sociabilidade o modo de vida, e integrativos dos sujeitos para consigo próprios, mediatizados pela tradição social. Os sujeitos sociais em interação estariam subsumidos a ordem ritual. Uma espécie de desindividualização parece ser estabelecida como forma de movimento interno desse tipo de sociabilidade. Os indivíduos em suas ações obedecem a regras ritualísticas restritas e restritivas de seu aparecimento no mundo social como instancias individualizadas. Seus comportamentos são então medrados pela instancia societária mais geral, por seu pertencer e o sentimento de pertença dele oriundo (Arendt, 1993), formando uma espécie de estilo de vida e uma espécie de organização das emoções, no sentido dado por Geertz. Para Schutz (1970), seguindo de perto o modelo traçado por Mauss, o projeto individual só aparece em sociedades que possuem um sistema desenvolvido de individualização, caso contrário, onde o social ainda é predominantemente relacional, o projeto ainda é societário, quase predeterminando a ação dos indivíduos. As regras gerais que essas tendências assumem como código de conduta para o social e para os indivíduos que nele se movimentam, são o que permite apreender os significados intrínsecos dos rituais humanos societários, onde a emoção é o arcabouço primordial de sua constituição, como linguagens do prazer ou da dor, ambas mescladas pelo sofrimento intrínseco que as institui e sua importância para a vida de um povo, para um modo de vida singular. Como uma categoria social de entendimento, a dor indicaria assim caminhos profícuos de pesquisa para compreensão do significado do humano nas relações sociais e nas diversas formas de sua erição e sentidos.
Para Khoury, a dor é um símbolo pelo qual se conhece as ciências sociais, podendo ser vista como elemento que gera interação entre as pessoas de uma determinada sociedade, ou como sendo produto dessa relação, como exemplo, a exposição da população à situações de risco e que terá consequência no surgimento da dor, sofrimento.
Outra visão da dor, seria voltada para o lado das expressões individualizadas da dor e do sofrimento, sendo que a dor pode variar, de acordo com a época e local na qual, vive a sociedade.A dor então, serviria como objetivo de pesquisa para melhor se compreender o significado do humano nas relações sociais à que está submetido.
Já para Le Breton, a dor não pode ser vista como algo restrito ao corpo, ao fisiológico, pois ela é mais ampla, e sem atém à totalidade do indivíduo. Logo, o corpo não seria objeto de sofrimento, e sim o individuo. Entretanto, os indivíduos não reagem da mesma maneira perante a dor, pois possuem condições sociais e culturais distintas. É notório o uso de placebos em determinados casos, na qual a melhora de um paciente, depende mais da melhora psicológica e afetiva, do que realmente, de fármacos.
De acordo com a teoria de Descartes, que tinha visão maquinaria do corpo, a dor seria uma consequência do uso excessivo de sentidos, já para Aristóteles, a dor é vista como uma categoria da emoção. Na visão de Le Breton, há dor por quem luta contra o sofrimento, como uma técnica de sobrevivência, para combater dores sobre as quais não se podeter controle. Há também, caso em que as pessoas não conseguem reconhecer a dor do outro, transformando a dor do próximo em algo alheio à ele.

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