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resumo epidemiologia e sistemas

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1 
RESUMO DE EPIDEMIOLOGIA 
Prof Me ENF Carlos Alberto Rodrigues de Oliveira 
Mestre em Epidemiologia-FIOCRUZ 
Especialista em Saúde Pública-UFPI 
Especialista em Saúde da Família-UFPI 
 
1 DEFINIÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA: Estudo dos fatores que 
determinam a freqüência e a distribuição das doenças nas 
coletividades humanas” 
Enquanto a clínica dedica-se ao estudo da doença no 
indivíduo, analisando caso a caso, a epidemiologia dedica-se 
aos problemas de saúde em grupos de pessoas, ás vezes 
grupos pequenos, na maioria das vezes envolvendo 
populações numerosas. 
2 TIPOS DE EPIDEMIOLOGIA 
 Descritiva 
 Analítica 
3 OBJETIVOS EPIDEMIOLOGIA 
 Descrever a distribuição e a magnitude dos 
problemas de saúde nas populações humana 
 Identificar e entender o agente causal e fatores 
relacionados aos agravos à saúde. 
 Identificar e explicar os padrões de distribuição 
geográfica das doenças. 
 Estabelecer metas e estratégias de controle. 
 Estabelecer medidas preventivas. 
 Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de 
serviços de saúde 
 
4 CONCEITOS IMPORTANTES 
 Infectividade = Capacidade que certos organismos 
tem de penetrar e se desenvolver ou se multiplicar no 
novo hospedeiro causando infecção. Há agentes com 
alta infectividade que facilmente se transmite às 
pessoas susceptíveis (ex: Hanseníase, Hepatite C, 
Influenza) e outros com baixa infectividade ( ex: 
Micoses) 
 Patogenicidade= É a capacidade que o agente 
infeccioso, após instalado no organismo, produzir 
sintomas em maior ou menor proporção entre os 
hospedeiros infectados 
Ex: Hanseníase: Baixa Patogenicidade 
 Raiva: Alta Patogenicidade 
 Virulência = É a capacidade de um agente infeccioso 
produzir casos graves ou fatais ( poder agressor do 
agente) Alta virulência indica grandes proporções de 
casos fatais ou graves 
Ex: Raiva, Tétano e hepatite C: Alta Virulência 
 
 Imunogenicidade= (Poder imunogênico) é a 
capacidade de um agente produzir imunidade no 
hospedeiro. Agentes com alto poder imunogênico 
produzem imunidade duradoura ( Ex: vírus do 
sarampo) e outros que possuem baixo poder 
imunogênico ( Ex: vírus da gripe) 
 Letalidade: Mede o risco de morrer, proporção de 
óbitos entre os casos que adoecem 
 
C.L= Nº de óbitos de uma doença em um período X 100 
 
 Nº de casos dessa doença nesse mesmo período 
 
5 EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA É o estudo da distribuição 
de freqüência das doenças e dos agravos á saúde coletiva, 
em função de variáveis ligadas ao tempo, espaço – ambientais 
e populacionais , e à pessoa, possibilitando o detalhamento 
do perfil epidemiológico, com vistas a promoção da saúde. 
6 INDICADORES DE SAÚDE 
 
6.1 ATRIBUTOS NECESSÁRIOS PARA OS INDICADORES 
 
• Validade – o grau no qual o indicador cumpre o propósito de 
identificação de situações nas quais as qualidades dos cuidados 
devem ser melhoradas. 
• Sensibilidade – o grau no qual o indicador é capaz de identificar 
todos casos de cuidados nos quais existem problemas na atual 
qualidade dos cuidados. 
• Especificidade – o grau no qual o indicador é capaz de identificar 
somente aqueles casos nos quais existem problemas na 
qualidade atual dos cuidados. 
• Simplicidade – quanto mais simples de buscar, calcular e analisar, 
maiores são as chances e oportunidades de utilização. 
• Objetividade – todo indicador deve ter um objetivo claro, 
aumentando a fidedignidade do que se busca. 
• Baixo custo – indicadores cujo valor financeiro é alto inviabilizam 
sua utilização rotineira, sendo deixados de lado. 
 
6.2 COEFICIENTE DE MORTALIDADE GERAL 
 
Em Saúde Pública, é utilizado para avaliação do estado 
Sanitário de áreas determinadas. Ë um dos indicadores mais 
utilizados. 
Problemas encontrados que afetam a comparação dos dados 
de mortalidade: 
a- Diversas competências entre os serviços de saúde; 
b- Subnotificação de óbitos 
c- Invasão de óbitos nos centros mais avançados do 
país; 
d- Estrutura etária da população . 
 
C.M.G= Total de óbitos ocorridos s em uma área no ano X10
n
 
 População da mesma área 
 
6.3 COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL 
 
Calcula-se o coeficiente de mortalidade infantil, dividindo-se o 
número de óbitos de crianças menores de 1 ano, pelos 
nascidos vivos naquele ano em uma área, multiplicando-se por 
1000. Este indicador mede o risco de morte para crianças 
menores de 1 ano. 
 
Categorias 
 NEONATAL: 0 A 28 DIAS 
 NEONATAL PRECOCE: 0 A 7 DIAS 
 NEONATAL TARDIO: 8 A 28 DIAS 
 PÓS-NEONATAL: 29 DIAS A 11 MESES e 29 dias 
 
Mortalidade infantil é a terminologia usada para designar todos 
os óbitos de crianças menores de 1 ano, ocorridos em uma 
determinada área em dado período de tempo. Reflete as 
condições de vida de uma população, dado que a população 
menor de 1 ano é sensível as condições ambientais, reflete 
também as desigualdades sociais. 
 
MORTALIDADE INFANTIL 
C.M.I = Óbitos em menores de 1 ano em uma área no ano X 1000 
 Total de nascidos vivos nessa área no ano 
 
MORTALIDADE NEONATAL 
 
C.M.N.N= Óbitos menores 28 dias em uma área no ano X 1000 
 
 Total de nascidos vivos nessa área no ano 
 
MORTALIDADE NEONATAL PRECOCE 
 
C.M.N.N.P=Óbitos em menores de 7 dias em uma área no ano X 1000 
 
 Total de nascidos vivos nessa área no ano 
 
 
 
 
2 
MORTALIDADE NEONATAL TARDIO 
 
C.M.N.T = Número de óbitos de crianças de 7 a 27 dias X 1000 
 Total de nascidos vivos nessa área no ano 
 
MORTALIDADE INFANTIL PÓS-NEONATAL 
 
C.M.I.T= Óbitos de 28 dias a 11 meses em uma área no ano X 1000 
 Total de nascidos vivos nessa área no ano 
6.4 ÍNDICES DE MORTALIDADE 
 
Índices de Swaroop & Uemura: Este índice significa a 
percentagem de pessoas que morreu com 50 anos ou mais 
em relação ao total de óbitos ocorridos em uma determinada 
população . Quanto mais elevado o índice de Swaroop 
&Uemura, tanto melhores serão as condições de saúde e 
outras condições sociais e econômicas da região estudada. 
São utilizados para comparações locais (em épocas 
diferentes) ou inter regionais ou intercontinentais num mesmo 
período 
 
ISU = Número de óbitos de pessoas com 50 anos ou mais X 100 
 
 Total de óbitos 
 
7 COEFICIENTES DE MORBIDADE 
 
PREVALÊNCIA: Ë um termo que descreve a força com que 
subsistem as doenças nas coletividades. O coeficiente pode 
ser definido como a relação entre o número de casos 
conhecidos de uma dada doença e a população 
 
FATORES QUE AUMENTAM A PREVALÊNCIA: 
 IMIGRAÇÕES DE CASOS 
 AUMENTO DE CASOS NOVOS 
 AUMENTO NA SOBREVIDA 
 
FATORES QUE DIMINUEM A PREVALÊNCIA 
 AUMENTO DE ÓBITOS 
 MELHORA NA CURA 
 EMIGRAÇÕES 
 DIMINUIÇÃO DE INCIDÊNCIA 
 
PREVALÊNCIA = Nº de casos de uma doença x 10
n
 
 
 População 
INCIDÊNCIA: O coeficiente de incidência é definido como a 
razão entre o número de casos novos de uma doença que 
ocorre em uma comunidade, em um intervalo de tempo, e a 
população exposta ao risco de adoecer no mesmo período 
multiplicado por potência 
CI = Casos novos de uma doença em um período X 10
n
 
 População exposta ao risco 
 
OBS: A INCIDÊNCIA EM SURTOS É DENOMINADA DE 
TAXA DE ATAQUE (%) 
8 DESENHOS DE PESQUISA EM EPIDEMIOLOGIA 
TIPO 
OPERATIVO 
POSIÇÃO DO 
INVESTIGADOR 
REFERÊNCIA 
TEMPORAL 
DENOMINAÇÕES 
AGREGADO 
OBSERVACIONAL 
TRANSVERSAL ECOLÓGICOS 
LONGITUDINAL SÉRIES TEMPORAIS 
INTERVENÇÃO LONGITUDINAL 
ENSAIOS 
COMUNITÁRIOSINDIVIDUAL 
OBSERVACIONAL 
TRANSVERSAL INQUÉRITOS 
LONGITUDINAL 
COORTE 
CASO CONTROLE 
INTERVENÇÃO LONGITUDINAL ENSAIOS CLÍNICOS 
 
ESTUDOS ECOLÓGICOS: Descreve as diferenças entre as 
populações num determinado espaço de tempo ou num 
mesmo tempo; . Compara as frequências da doença entre os 
diferentes grupos num determinado espaço de tempo; . 
Informações desejadas são retiradas de registros de dados 
coletados rotineiramente como fonte de dados oficiais (OMS, 
registros nacionais...); . São rápidos e de baixo custo, já que 
dispensam amostragens, entrevistas, fichas ou exames 
clínicos. 
 
ESTUDOS TRANVERSAIS OU DE PREVALÊNCIA 
Usados em saúde pública para avaliar e planejar programas 
de controle de doenças; . Medem a prevalência da doença; . 
Muito difundida em epidemiologia; . Dados coletados num 
determinado espaço de tempo, especifamente para a 
obtenção de informações desejadas de grandes populações; . 
São fáceis e econômicos, com duração de tempo 
relativamente curta. 
ANÁLISE: Permite a associação de causa e efeito através do 
teste do qui-quadrado através das da comparação entre 
médias ou razão de prevalência. 
 
ESTUDO DE CASO-CONTROLE 
O investigador parte de indivíduos com e sem doença e busca 
no passado a presença/ausência do fator de exposição 
(causa); . Analisa os possíveis fatores associados à doença 
em questão; . Melhor estudo para doenças raras; . É rápido e 
barato. 
Não há como estimar risco ou incidência, estima-se a razão de 
chance através da Odds Ratio 
 
ESTUDO COORTE 
O investigador parte do fator de exposição (causa) para 
descrever a incidência e analisar associações entre causas e 
doenças; . Fornece melhores informações sobre as causas de 
uma doença; . Alto custo e longo período de tempo; . Pode ser 
dividido em Prospectivo ou Retrospectivo (pode ser 
confundido com Estudo de caso-controle). 
EX: ESTIMATIVA DIRETA DE RISCO ASSOCIADO ATRAVÉS DO 
RISCO RELATIVO (RR) e RISCO ATRIBUÍVEL(RA) 
RR= Incidência expostos/ Incidência não expostos 
RA= Incidência expostos – Incidência não expostos 
 
ENSAIO CLÍNICO 
Tem como objetivo testar a eficácia de uma intervenção 
terapêutica ou preventiva sobre determinada doença; . É difícil 
saber as causas da doença; . A randomização possibilita 
diminuir a variação ocorrida por fatores externos que possam 
afetar a comparação; . Duplamente-cega: quando 
investigadores e pacientes não sabem a que tipo de 
intervenção são submetidos; 
 
9 MÉTODOS PARA CONTROLAR CONFUNDIMENTO 
ENTRE ASSOCIAÇÃO E EXPOSIÇÃO 
 
DELINEAMENTO 
 RANDOMIZAÇÃO 
 RESTRIÇÃO 
 PAREAMENTO 
 
ANALÍTICA 
 ESTRATIFICAÇÃO 
 ANÁLISE MULTIVARIADA 
 
10 TESTES DIAGNÓSTICOS 
 
 
 
 
 
 
3 
Sensibilidade (S): é a probabilidade de um teste dar positivo 
na presença da doença, isto é, avalia a capacidade do teste 
detectar a doença quando ela está presente. 
 
Especificidade (E): é probabilidade de um teste dar negativo 
na ausência dadoença, isto é, avalia a capacidade do teste 
afastar a doença quando ela estáausente. 
 
Valor preditivo positivo (VPP): é a proporção de verdadeiros 
positivos entre todos os indivíduos com teste positivo. 
Expressa a probabilidade de um paciente com o teste positivo 
ter a doença. 
 
Valor preditivo negativo (VPN):é a proporção de verdadeiros 
negativos entre todos os indivíduos com teste negativo. 
Expressa a probabilidade de um paciente com o teste negativo 
não ter a doença. 
 
 
 
 
 
11 CÁLCULO PARA EFICÁCIA DE VACINAS 
 
EFICÁCIA= Incidência não vacinados – Incidência vacinadosx100 
 Incidência de não-vacinados 
 
12 DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA 
 
Alguns agravos á saúde são de notificação compulsória, ou 
seja, devem ser obrigatoriamente comunicado ás autoridades 
sanitárias, o quanto antes. Essas doenças são estabelecidas a 
partir de critérios como incidência, a prevalência, a 
mortalidade, o potencial de gerar surtos e epidemias, a 
disponibilidade de medidas de controle. 
A fim de organizar as ações de Vigilância Epidemiológica, o 
Ministério da Saúde estabeleceu normas relativas à 
notificação compulsória das doenças, cujos objetivos são: 
 Possibilitar a descoberta de casos novos para 
desencadear as medidas de controle 
 Permitir o planejamento das ações de saúde, a partir 
das prioridades 
 Qualquer pessoa pode notificar uma DNC 
Doenças de Notificação Compulsória 
PORTARIA N.º 2.472, DE 31 DE AGOSTO DE 2010, são de 
notificação compulsória em todo o território nacional as 
seguintes doenças: 
Lista de Notificação Compulsória - LNC 
1. Acidentes por animais peçonhentos; 
2. Atendimento antirrrábico; 
3. Botulismo; 
4. Carbúnculo ou Antraz; 
5. Cólera; 
6. Coqueluche; 
7. Dengue; 
8. Difteria; 
9. Doença de Creutzfeldt - Jacob; 
10. Doença Meningocócica e outras Meningites; 
11. Doenças de Chagas Aguda; 
12. Esquistossomose; 
13. Eventos Adversos Pós-Vacinação; 
14. Febre Amarela; 
15. Febre do Nilo Ocidental; 
16. Febre Maculosa; 
17. Febre Tifóide; 
18. Hanseníase; 
19. Hantavirose; 
20. Hepatites Virais; 
21. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana – HIV em 
gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão 
vertical; 
22. Influenza humana por novo subtipo; 
23. Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, 
incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados); 
24. Leishmaniose Tegumentar Americana; 
25. Leishmaniose Visceral; 
26. Leptospirose; 
27. Malária; 
28. Paralisia Flácida Aguda; 
29. Peste; 
30. Poliomielite; 
31. Raiva Humana; 
32. Rubéola; 
33. Sarampo; 
34. Sífilis Adquirida; 
35. Sífilis Congênita; 
36. Sífilis em Gestante; 
37. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS; 
38. Síndrome da Rubéola Congênita; 
39. Síndrome do Corrimento Uretral Masculino; 
40. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao 
Coronavírus (SARS-CoV); 
41. Tétano; 
42. Tuberculose; 
43. Tularemia; e 
44. Varíola. 
 
LISTA NACIONAL DE COMPULSÓRIA IMEDIATA – LNCI 
I. Caso suspeito ou confirmado de: 
1. Botulismo; 
2. Carbúnculo ou Antraz; 
3. Cólera; 
4. Dengue pelo sorotipo DENV 4; 
5. Doença de Chagas Aguda; 
6. Doença conhecida sem circulação ou com circulação 
esporádica no território nacional que não constam no Anexo I 
desta Portaria, como: Rocio, Mayaro, Oropouche, Saint Louis, 
Ilhéus, Mormo, Encefalites Eqüinas do Leste, Oeste e 
Venezuelana, Chickungunya, Encefalite Japonesa, entre 
outras; 
 
AGRAVO INUSITADO: A ocorrência de agravo inusitado, 
caracterizado como a ocorrência de casos ou óbitos de 
doença de origem desconhecida ou alteração no padrão 
epidemiológico de doença conhecida, independente de 
constar na Lista Nacional de Doenças e Agravos de 
Notificação Compulsória, deverá também ser notificada às 
autoridades sanitárias. 
 
NOTIFICAÇÃO IMEDIATA Os agravos de notificação 
imediata, devem ser notificados em, no máximo, 24 horas a 
partir do momento da suspeita inicial. A notificação imediata 
não substitui a necessidade de registro posterior das 
notificações em conformidade com o fluxo, a periodicidade e 
os instrumentos utilizados pelo Sistema de Informação de 
Agravos de Notificação - SINAN. 
 
13 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE 
DEFINIÇÃO: A Organização Mundial da Saúde define Sistema 
de Informação em Saúde -SIS como um mecanismo de 
coleta, processamento, análise e transmissão da informação 
necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os 
serviços de saúde. Considera-se que a transformação de um 
dado em informação exige, além da análise, a divulgação, e 
inclusive recomendações para a ação. 
 
O SIS é parte dos sistemas de saúde; como tal, integra suas 
estruturas organizacionais e contribui para sua missão. É 
 
 
 
 
4 
constituído por vários sub-sistemas e tem como propósito 
geral facilitar a formulação e avaliaçãodas políticas, planos e 
programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de 
decisões. Para tanto, deve contar com os requisitos técnicos e 
profissionais necessários ao planejamento, coordenação e 
supervisão das atividades relativas à coleta, registro, 
processamento, análise, apresentação e difusão de dados e 
geração de informações. 
 
Um de seus objetivos básicos, na concepção do Sistema 
Único de Saúde (SUS), é possibilitar a análise da situação de 
saúde no nível local tomando como referencial microrregiões 
homogêneas e considerando, necessariamente, as condições 
de vida da população na determinação do processo saúde-
doença. 
 
 O nível local tem, então, responsabilidade não apenas com a 
alimentação do sistema de informação em saúde, mas 
também com sua organização e gestão. Deste modo, outro 
aspecto de particular importância é a concepção do sistema 
de informação, que deve ser hierarquizado e cujo fluxo 
ascendente dos dados ocorra de modo inversamente 
proporcional à agregação geográfica, ou seja, no nível local 
faz-se necessário dispor, para as análises epidemiológicas, de 
maior número de variáveis. 
 
 
Dado - é definido como “um valor quantitativo referente a um 
fato ou circunstância”, “o número bruto que ainda não sofreu 
qualquer espécie de tratamento estatístico”, ou “a matéria-
prima da produção de informação”. 
 
Informação - é entendida como “o conhecimento obtido a 
partir dos dados”, “o dado trabalhado” ou “o resultado da 
análise e combinação de vários dados”, o que implica em 
interpretação, por parte do usuário. É “uma descrição de uma 
situação real, associada a um referencial explicativo 
sistemático”. 
 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE 
NOTIFICAÇÃO (SINAN) 
O mais importante sistema para a vigilância epidemiológica foi 
desenvolvido entre 1990 e 1993, visando sanar as dificuldades 
do Sistema de Notificação Compulsória de Doenças (SNCD) e 
substituí-lo, tendo em vista o razoável grau de informatização 
disponível no país. 
 
Ficha Individual de Notificação (FIN) - é preenchida para 
cada paciente, quando da suspeita de problema de saúde de 
notificação compulsória (Portaria GM nº 2.325, de 8 de 
dezembro de 2003) ou de interesse nacional, estadual ou 
municipal, e encaminhada pelas unidades assistenciais aos 
serviços responsáveis pela informação e/ou vigilância 
epidemiológica. É também utilizada para a notificação 
negativa. 
 
Notificação negativa - é a notificação da não-ocorrência de 
doenças de notificação compulsória na área de abrangência 
da unidade de saúde. Indica que os profissionais e o sistema 
de vigilância da área estão alertas para a ocorrência de tais 
eventos. 
A notificação de surtos também deve ser feita por esse 
instrumento, obedecendo os seguintes critérios: 
 
• casos epidemiologicamente vinculados de agravos 
inusitados. Sua notificação deve estar consoante com a 
abordagem sindrômica, de acordo com as seguintes 
categorias: síndrome diarréica aguda, síndrome ictérica 
aguda, síndrome hemorrágica febril aguda, síndrome 
respiratória aguda, síndrome neurológica aguda e síndrome da 
insuficiência renal aguda, dentre outras; 
• casos agregados, constituindo uma situação epidêmica de 
doenças não constantes da lista de notificação compulsória; 
• casos agregados das doenças constantes da lista de 
notificação compulsória, mas cujo volume de notificações 
operacionalmente inviabiliza o seu registro individualizado. 
O encerramento das investigações referentes aos casos 
notificados como suspeitos e/ou confirmados deve 
ocorrer até o prazo máximo de 60 dias da data de 
notificação, exceto: 
Sarampo e rubéola 30 dias da data de notificação 
Gestante HIV+ e 
criança exposta 
540 dias da data do parto/nascimento 
da criança exposta 
Leishmaniose 
tegumentar americana 
e leishmaniose visceral 180 dias da data de notificação 
Síndrome da rubéola 
congênita 
180 dias da data de nascimento da 
criança 
Hepatites virais 240 dias da data de notificação 
Hanseníase 
A partir da data do diagnóstico, 270 
dias para os casos paucibacilares (PB) 
e 540 dias para os casos multibacilares 
(MB) 
 
Para os casos que abandonam o 
tratamento: 
PB - 2 anos após a data do diagnóstico 
MB - 4 anos após a data do diagnóstico 
Tuberculose 
270 dias para os casos em tratamento 
de esquema I e IR 
360 dias para os casos em tratamento 
de esquema II e 50 dias para os casos 
em tratamento de esquema III, após a 
data do diagnóstico, conforme normas 
do Manual Técnico para Controle da 
Tuberculose 
 
 
SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE MORTALIDADE 
(SIM) 
Criado em 1975, este sistema iniciou sua fase de 
descentralização em 1991, dispondo de dados informatizados 
a partir de 1979. 
Seu instrumento padronizado de coleta de dados é a 
Declaração de Óbito (DO), impressa em três vias coloridas, 
cuja emissão e distribuição para os estados, em séries pré-
numeradas, é de competência exclusiva do Ministério da 
Saúde. Para os municípios, a distribuição fica a cargo das 
secretarias estaduais de saúde, devendo as secretarias 
municipais se responsabilizarem por seu controle e 
distribuição entre os profissionais médicos e instituições que a 
utilizem, bem como pelo recolhimento das primeiras vias em 
hospitais e cartórios. 
O preenchimento da DO deve ser realizado 
exclusivamente por médicos, exceto em locais onde não 
existam, situação na qual poderá ser preenchida por 
oficiais de Cartórios de Registro Civil, assinada por duas 
testemunhas. A obrigatoriedade de seu preenchimento, para 
todo óbito ocorrido, é determinada pela Lei Federal n° 
6.015/73. Em tese, nenhum sepultamento deveria ocorrer sem 
prévia emissão da DO. Mas, na prática, sabe-se da ocorrência 
de sepultamentos irregulares, em cemitérios clandestinos (e 
eventualmente mesmo em cemitérios oficiais), o que afeta o 
conhecimento do real perfil de mortalidade, sobretudo nas 
regiões Norte e Nordeste. 
Uma vez preenchida a DO, quando se tratar de óbitos 
por causas naturais, ocorridos em estabelecimento de saúde, 
a primeira via (branca) será da secretaria municipal de saúde 
(SMS); a segunda (amarela) será entregue aos familiares do 
falecido, para registro em Cartório de Registro Civil e emissão 
da Certidão de Óbito (ficando retida no cartório); a terceira 
(rosa) ficará arquivada no prontuário do falecido. 
 
 
 
 
5 
 Nos óbitos de causas naturais ocorridos fora do 
estabelecimento de saúde, mas com assistência médica, o 
médico que fornecer a DO deverá levar a primeira e terceira 
vias para a SMS, entregando a segunda para os familiares do 
falecido. 
 Nos casos de óbitos de causas naturais, sem 
assistência médica, em locais que disponham de Serviço de 
Verificação de Óbitos (SVO), estes serão responsáveis pela 
emissão da DO, obedecendo o mesmo fluxo dos hospitais. Em 
lugares onde não exista SVO, um médico da localidade deverá 
preencher a DO obedecendo o fluxo anteriormente referido 
para óbitos ocorridos fora do estabelecimento de saúde, com 
assistência médica. 
Nos óbitos por causas naturais em localidades sem 
médicos, o responsável pelo falecido, acompanhado de duas 
testemunhas, comparecerá ao Cartório de Registro Civil onde 
será preenchida a DO. A segunda via deste documento ficará 
retida no cartório e a primeira e terceira vias serão recolhidas 
pela secretaria municipal de saúde. 
Nos óbitos por causas acidentais ou violentas, o 
médico legista do Instituto Médico-Legal (IML) deverá 
preencher a DO (nos locais onde não exista IML um perito é 
designado para tal finalidade), seguindo-se o mesmo fluxo 
adotado para os hospitais. 
 
SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE NASCIDOS 
VIVOS (SINASC) 
O número de nascidos vivos constitui relevante 
informação para o campo da saúde pública, pois possibilita a 
constituição de indicadores voltadospara a avaliação de riscos 
à saúde do segmento materno-infantil, a exemplo dos 
coeficientes de mortalidade infantil e materna, nos quais 
representa o denominador. 
O Sinasc tem como instrumento padronizado de 
coleta de dados a Declaração de Nascido Vivo (DN), cuja 
emissão, a exemplo da DO, é de competência exclusiva do 
Ministério da Saúde. Tanto a emissão da DN como o seu 
registro em cartório serão realizados no município de 
ocorrência do nascimento. 
Deve ser preenchida nos hospitais e outras 
instituições de saúde que realizam parto, e nos Cartórios de 
Registro Civil, na presença de duas testemunhas, quando o 
nascimento ocorre em domicílio sem assistência de 
profissional de saúde. Desde 1992 sua implantação ocorre de 
forma gradual. Atualmente, vem apresentando em muitos 
municípios um volume maior de registros do que o publicado 
nos anuários do IBGE, com base nos dados dos Cartórios de 
Registro Civil. 
A DN deve ser preenchida para todos os nascidos 
vivos no país, o que, segundo conceito definido pela OMS, 
corresponde a “todo produto da concepção que, 
independentemente do tempo de gestação ou peso ao 
nascer, depois de expulso ou extraído do corpo da mãe, 
respire ou apresente outro sinal de vida tal como 
batimento cardíaco, pulsação do cordão umbilical ou 
movimentos efetivos dos músculos de contração 
voluntária, estando ou não desprendida a placenta”. 
 
Nos partos ocorridos em estabelecimentos de saúde, 
a primeira via (branca) da DN preenchida será para a SMS; a 
segunda (amarela) deverá ser entregue ao responsável pela 
criança, para a obtenção da Certidão de Nascimento no 
Cartório de Registro Civil, onde ficará retida; a terceira (rosa) 
será arquivada no prontuário da puérpera. 
Para os partos domiciliares com assistência médica, a 
primeira via deverá ser enviada para a SMS e a segunda e 
terceira vias entregues ao responsável, que utilizará a 
segunda via para registro do nascimento em cartório e a 
terceira para apresentação em unidade de saúde onde realizar 
a primeira consulta da criança. 
Nos partos domiciliares sem assistência médica, a 
DN será preenchida no Cartório de Registro Civil, que reterá a 
primeira via, a ser recolhida pela SMS, e a segunda, para seus 
arquivos. A terceira via será entregue ao responsável, que a 
destinará à unidade de saúde do primeiro atendimento da 
criança. 
SISTEMA DE INFORMAÇÕES HOSPITALARES 
(SIH/SUS) 
O SIH/SUS, que possui dados informatizados desde 
1984, não foi concebido sob a lógica epidemiológica, mas sim 
com o propósito de operar o sistema de pagamento de 
internação dos hospitais contratados pelo Ministério da 
Previdência. Posteriormente, foi estendido aos hospitais 
filantrópicos, universitários e de ensino e aos hospitais 
públicos municipais, estaduais e federais. Nesse último caso, 
somente aos da administração indireta e de outros ministérios. 
Reúne informações de cerca de 70% dos 
internamentos hospitalares realizados no país, tratando-se, 
portanto, de grande fonte das enfermidades que requerem 
internação, importante para o conhecimento da situação de 
saúde e gestão de serviços. Ressalte-se sua gradativa 
incorporação à rotina de análise e informações de alguns 
órgãos de vigilância epidemiológica de estados e municípios. 
Seu instrumento de coleta de dados é a Autorização 
de Internação Hospitalar (AIH), atualmente emitida pelos 
estados a partir de uma série numérica única definida 
anualmente em portaria ministerial. Este formulário contém, 
entre outros, os dados de atendimento, com os diagnósticos 
de internamento e alta (codificados de acordo com a CID), 
informações relativas às características de pessoa (idade e 
sexo), tempo e lugar (procedência do paciente) das 
internações, procedimentos realizados, valores pagos e dados 
cadastrais das unidades de saúde, que permitem sua 
utilização para fins epidemiológicos. 
 
SISTEMA DE INFORMAÇÕES AMBULATORIAIS 
DO SUS (SIA/SUS) 
Em 1991, o SIA/SUS foi formalmente implantado em 
todo o território nacional como instrumento de ordenação do 
pagamento dos serviços ambulatoriais (públicos e 
conveniados), viabilizando aos gestores apenas a informação 
do gasto por natureza jurídica do prestador. O total de 
consultas e exames realizados era fornecido por outro 
sistema, de finalidade puramente estatística, cujo documento 
de entrada de dados era o Boletim de Serviços Produzidos 
(BSP) e o único produto resultante, a publicação Inamps em 
Dados. 
Embora tenha sofrido algumas alterações com vistas 
a um melhor controle e consistência de dados, o SIA/SUS 
pouco mudou desde sua implantação. Por obedecer à lógica 
de pagamento por procedimento, não registra o CID do(s) 
diagnóstico(s) dos pacientes e não pode ser utilizado como 
informação epidemiológica, ou seja, seus dados não permitem 
delinear os perfis de morbidade da população, a não ser pela 
inferência a partir dos serviços utilizados. 
Entretanto, como sua unidade de registro de 
informações é o procedimento ambulatorial realizado, 
desagregado em atos profissionais, outros indicadores 
operacionais podem ser importantes como complemento das 
análises epidemiológicas, por exemplo: número de consultas 
médicas por habitante/ano; número de consultas médicas por 
consultório; número de exames/terapias realizados pelo 
quantitativo de consultas médicas. 
A depender das necessidades dos programas de 
controle de algumas doenças, outros sistemas de informação 
complementares foram desenvolvidos pelo Cenepi, tais como 
o FAD (Sistema de informação da febre amarela e dengue), 
que registra dados de infestação pelo Aedes aegypti, a nível 
municipal, e outros dados operacionais do programa. 
 
 
 
 
6 
Outros sistemas de informação que também podem 
ser úteis à vigilância epidemiológica, embora restritos a uma 
área de atuação muito específica, quer por não terem uma 
abrangência nacional ou por não serem utilizados em todos os 
níveis de gestão, são: 
 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA ATENÇÃO 
BÁSICA (SIAB) 
Sistema de informação territorializado que coleta 
dados que possibilitam a construção de indicadores 
populacionais referentes a áreas de abrangência bem 
delimitadas, cobertas pelo Programa de Agentes Comunitários 
de Saúde e Programa Saúde da Família. 
Sua base de dados possui três blocos: o 
cadastramento familiar (indicadores sociodemográficos dos 
indivíduos e de saneamento básico dos domicílios); o 
acompanhamento de grupos de risco (menores de dois anos, 
gestantes, hipertensos, diabéticos, pessoas com tuberculose e 
pessoas com hanseníase); e o registro de atividades, 
procedimentos e notificações (produção e cobertura de ações 
e serviços básicos, notificação de agravos, óbitos e 
hospitalizações). 
Os níveis de agregação do SIAB são: microárea de 
atuação do agente comunitário de saúde (território onde 
residem cerca de 750 PESSOAS), área de abrangência da 
equipe de Saúde da Família (território onde residem 
aproximadamente mil famílias), segmento, zonas urbana e 
rural, município, estado, regiões e país. Assim, o Sistema 
possibilita a microlocalização de problemas de saúde como, 
por exemplo, a identificação de áreas com baixas coberturas 
vacinais ou altas taxas de prevalência de doenças (como 
tuberculose e hipertensão), permitindo a espacialização das 
necessidades e respostas sociais e constituindo-se em 
importante ferramenta para o planejamento e avaliação das 
ações de vigilância da saúde. 
 
SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE VIGILÂNCIA 
ALIMENTAR E NUTRICIONAL (SISVAN) 
Instrumento de políticas federais, focalizadas e 
compensatórias. Atualmente, encontra-se implantado em 
aproximadamente 1.600 municípios considerados de risco 
para a mortalidade infantil. Disponibiliza informações sobre o 
programa de recuperação de crianças desnutridas e gestantes 
sob risco nutricional. 
 
SISTEMADE INFORMAÇÕES DO PROGRAMA 
NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO (SI-PNI) 
Implantado em todos os municípios brasileiros, 
fornece dados relativos à cobertura vacinal de rotina e, em 
campanhas, taxa de abandono e controle do envio de boletins 
de imunização. Além do módulo de avaliação do PNI, este 
Sistema dispõe de um subsistema de estoque e distribuição 
de imunobiológicos para fins gerenciais. 
 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE VIGILÂNCIA DA 
QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO 
(SISÁGUA) 
Fornece informações sobre a qualidade da água para 
consumo humano, proveniente dos sistemas público e privado, 
e soluções alternativas de abastecimento. Objetiva coletar, 
transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente, de 
forma a produzir informações necessárias à prática da 
vigilância da qualidade da água de consumo humano 
(avaliação da problemática da qualidade da água e definição 
de estratégias para prevenir e controlar os processos de sua 
deterioração e transmissão de enfermidades) por parte das 
secretarias municipais e estaduais de saúde, em cumprimento 
à Portaria nº 36/90, do Ministério da Saúde.

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