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RESUMO EPIDEMIOLOGIA

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1 
 
Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
Definição: 
"Epidemiologia é o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos 
relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos no controle dos 
problemas de saúde" (LAST, 1995) 
Aplicação: 
✓ Descrever o aspecto clínico das doenças e sua história natural; 
✓ Identificar fatores de risco de uma doença e grupos de indivíduos que apresentam maior 
possibilidade de serem atingidos por determinado agravo; 
✓ Prever tendências; 
✓ Avaliar o quanto os serviços de saúde respondem aos problemas e necessidades das 
populações; 
✓ Testar a eficácia e o impacto das estratégias de intervenção, assim como a qualidade, acesso e 
disponibilidade dos serviços de saúde para controlar, prevenir e tratar os agravos na 
comunidade. 
Objetivo: 
✓ Identificar o agente ou fatores relacionados à causa dos agravos; 
✓ Entender a causa dos agravos à saúde; 
✓ Definir os modos de transmissão; 
✓ Identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças; 
✓ Estabelecer os métodos e estratégias de controle dos agravos à saúde; 
✓ Estabelecer medidas preventivas; 
✓ Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde; 
✓ Prover dados para a administração e avaliação de serviços de saúde. 
Doenças relevantes para a epidemiologia no Brasil: 
✓ Século XVIII: Peste Negra; Varíola; Sífilis; Tuberculose; Dengue 
✓ 1920 a 1950: Gripe Espanhola; Coqueluche; Febre Amarela; Malária; Sarampo; Leishmaniose; 
Depressão 
✓ 1970: Hepatite C; Sífilis; Rubéola, Doenças ocupacionais; 
✓ 1980 a 1990: HIV; Poliomielite; 
✓ 1990: Doenças relacionadas à poluição 
✓ 2018/2019: Diabetes; HAS; Obesidade, AIDS, Dengues, Cólera, Henseníase; Tuberculose 
Multirresistente, Sífilis e IST´s, Hepatites; Leishmanioses, Sarampo; Febre Amarela, Zika e 
Chikungunya. 
Conceitos: 
ENDEMIA: 
É qualquer doença localizada em um espaço limitado denominado, não atingindo nem se espalhando 
para outras comunidades. Ela tem duração contínua (incidência constante), porém, restrito a uma 
determinada área. 
✓ Endemicidade: Incidência característica ou intensidade de determinada doença, em 
determinado lugar e intervalo cronológico, expressa através do coeficiente médio anual de 
incidência 
Exemplo: Febre Amarela e Dengue 
 
2 
 
Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
EPIDEMIA: 
É uma doença infecciosa e transmissível que ocorre numa comunidade ou região e pode se espalhar 
rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto epidêmico. Isso poderá ocorrer 
por causa de um grande desequilíbrio (mutação) do agente transmissor da doença ou pelo surgimento 
de um novo agente (desconhecido). Com o tempo e um ambiente estável a ocorrência de doença passa 
de epidêmica para endêmica e depois para esporádica. 
✓ Caso autóctone: oriundo do mesmo local onde ocorreu; 
✓ Caso alóctone: caso importado de uma outra localidade 
Exemplo: Gripe Aviária 
PANDEMIA: 
A pandemia é uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um ou mais 
continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras. 
Os critérios de definição de uma pandemia são os seguintes: a doença ou condição além de se 
espalhar ou matar um grande número de pessoas, deve ser infecciosa. 
Exemplo: AIDS, tuberculose, peste, gripe asiática, gripe espanhola, tifo. 
SURTO: 
Ocorrência epidêmica onde todos os casos estão relacionados entre si, atingindo uma área geográfica 
pequena e delimitada. 
Exemplo: colégio, quartel, bairros, vilas 
Indicadores: 
 
https://www.infoescola.com/biologia/mutacao/
https://www.infoescola.com/doencas/pandemia/
https://www.infoescola.com/doencas/aids/
https://www.infoescola.com/doencas/tuberculose/
https://www.infoescola.com/doencas/tifo/
 
3 
 
Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
SITUAÇÃO PROBLEMA 1: 
...E que a temperatura média do estado esteve entorno 
de 23,5º, que os índices pluviométricos estão baixos, 
comparados aos últimos anos, quais as principais 
medidas individuais e coletivas a serem enfatizadas à 
população residente nesta área? 
Resposta: 
Individual: Evitar o acúmulo de água, colocar telas em 
janelas para proteção contra o mosquito, colocar areia 
nos vasos de plantas, uso de repelentes. 
Coletiva: Educação em saúde, comunicação e 
mobilização social. É necessário promover a 
comunicação e a mobilização social para que a 
sociedade adquira conhecimentos sobre como evitar a 
dengue, participando efetivamente da eliminação 
contínua dos criadouros potenciais do mosquito. 
A população deve ser informada sobre a doença (modo de transmissão, quadro clínico, tratamento, 
etc.), sobre o vetor (seus hábitos, criadouros domiciliares e naturais) e sobre as medidas de prevenção 
e controle para que possa adotar um novo comportamento frente ao problema, promovendo ações de 
controle da doença. 
SITUAÇÃO PROBLEMA 2: 
Em relação à caracterização viral 
foi identificado o genótipo D8, 
idêntico ao que está circulando 
na Venezuela, em todos os 
estados com casos confirmados 
de sarampo, com exceção de 
dois casos: um caso do Rio 
Grande do Sul, que viajou para a 
Europa e importou o genótipo 
B3, e outro caso de São Paulo 
com genótipo D8, com história 
de viagem ao Líbano, sem 
qualquer relação com os surtos 
da Venezuela e Brasil. De que 
forma a equipe de saúde destes 
estados (e país) poderia atuar, 
afim de minimizar os riscos? 
Resposta: 
Uma vacina segura e de baixo custo contra o sarampo existe e campanhas de vacinação em larga 
escala diminuíram drasticamente o número de casos e mortes por sarampo. Entretanto, a cobertura 
vacinal continua baixa em países com estruturas de saúde frágeis ou entre pessoas com acesso 
limitado a serviços de saúde, e grandes surtos ainda podem ocorrer. 
A vacinação é a melhor forma de proteção contra o sarampo e, mesmo depois que a doença já tenha 
começado a se espalhar, a vacina ainda pode reduzir o número de casos e mortes. 
 
 
 
 
4 
 
Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
Causalidade das doenças: 
Identificar causas é uma das maneiras do pensamento científico abordar a explicação das origens de 
um fenômeno; 
✓ A causa seria um agente eficaz, e desvendá-la garante um conhecimento maior a respeito de um 
fenômeno estudado, na medida em que é possível intervir sobre um efeito quando se remonta à 
sua causa; 
✓ Modelo Biomédico: unicausalidade; 
✓ Período pós-guerra: multicausalidade 
 “saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não mera ausência de 
moléstia ou enfermidade” (WHO, 1948) 
MODELO BIOMÉDICO: Unicausalidade 
✓ Individual: o paciente 
✓ Fragmentado: relacionado ao momento. “Hoje dói tal coisa” 
✓ Curativo: só vai ao médico quando está doente (o médico só tratava, não previnia) 
✓ Especialista: nas partes das dores 
✓ Centrada no médico: detentor da sabedoria 
✓ Hospitalocêntrico 
MODELO PROCESSUAL: Leavell e Clark, 1976 
Os estímulos patológicos do meio ambiente desencadeiam uma resposta do corpo, e esta terá como 
desenlace a cura ou defeito ou invalidez ou morte. 
Reconhece as características sociais ou relacionais do indivíduo interferem na chance de adoecer, na 
forma como ele adoece e na repercussão da doença. 
 
 
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Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
MODELO ECOLÓGICO 
Saúde como resultado do equilíbrio dinâmico entre o indivíduo (ou populações humanas) e o ambiente 
no qual ele se insere. O agente e o hospedeiro são dependentes do ambiente que, ao mesmo tempo, 
pode ser modificado pelos dois. Quando ocorre a doença significa uma respostaà quebra do 
equilíbrio do sistema. TRÍADE EPIDEMIOLÓGICA 
MODELO SISTÊMICO 
Baseia-se na suposição de que as causas das doenças estão 
em diferentes sistemas de organização, desde o celular até 
o social, passando por níveis intermediários, como órgãos e 
os indivíduos. Reconhece que fatores políticos e 
socioeconômicos, culturais, ambientais e agentes 
patogênicos estão relacionados sinergicamente de forma 
que, ao ser modificado um dos níveis, os demais também 
serão afetados. 
 
Determinantes e condicionantes de saúde: 
 
 
 
 
❖ Planejar e programar o 
desenvolvimento de ações em saúde pública 
exige um conhecimento detalhado das 
condições de vida e de trabalho das pessoas 
que residem em determinado território, bem 
como o entendimento dos fatores determinantes 
do processo saúde-doença e suas implicações. 
 
Microdeterminantes: 
Características genéticas e imunológicas; Renda; Acesso a serviços de saúde; Escolaridade/educação; 
Posição na sociedade; Personalidade; Hábitos; Cuidado. 
Macrodeterminantes: 
Políticas públicas; Desenvolvimento sustentável; Produto nacional bruto (PNB); Desigualdades de renda; Ambiente 
social; Iniquidades sociais; Posição hierárquica. 
História Natural das Doenças: 
Conjunto de processos interativos compreendendo “as inter-relações do agente, do suscetível e do 
meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que 
criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou qualquer outro lugar, passando pela resposta do 
homem ao estímulo, até as alterações que levam a um desfecho (defeito, invalidez, recuperação ou 
morte) ” (Leavell & Clark, 1976). 
Divide-se principalmente em 2 grandes períodos: Período pré-patogênico e Período patogênico. 
 
 
 
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Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
Período pré-patogênico 
Envolve as inter-relações entre os agentes etiológicos da doença, o suscetível e outros fatores ambientais que 
estimulam o desenvolvimento da enfermidade e as condições sócio-econômico-culturais que permitem a existência 
destes fatores. OS FATORES GENÉTICOS E SOCIAIS SÃO IMPORTANTÍSSIMOS. 
 
Período Patogênico 
Este período se inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos exercem sobre o ser 
afetado. 
✓ Período de patogênese precoce/incubação: é o período que houve o rompimento do equilíbrio 
da saúde, porém, não existe sinais clínicos de que isto ocorreu. 
✓ Período de doença precoce discernível: quando foi possível diagnosticar clinicamente a doença 
ou alterações de condição de saúde do indivíduo - horizonte clínico. A partir deste momento o 
período se caracteriza pelos primeiros sintomas. 
✓ Período da doença avançada: nessa fase a doença já se apresenta em sua forma clínica 
máxima causando alterações marcantes no organismo. 
✓ Período de convalescência: neste período ocorre o desfecho da enfermidade, ou seja, pode 
ocorrer a recuperação, invalidez, tendência a cronificar e a morte. 
 
Prevenções associadas: individual e coletiva 
PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
✓ Promoção da saúde 
✓ Proteção específica 
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA 
✓ Diagnóstico precoce 
✓ Limitação da 
incapacidade 
(previsão) 
PREVENÇÃO TERCIÁRIA 
✓ Reabilitação (impedir 
a incapacidade total); 
✓ Fisioterapia; 
✓ Terapia ocupacional; 
✓ Emprego para o 
reabilitado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
Promoção da saúde- 1ª 
Servem para aumentar a saúde e o bem-estar geralMoradia adequada; 
✓ Escolas; 
✓ Área de lazer; 
✓ Alimentação adequada; 
✓ Educação em todos os níveis. 
Proteção específica- 1ª 
Compreende medidas aplicáveis a uma doença ou grupos de doenças específicas, visando interceptar 
as causas das mesmas antes que atinjam o homem. 
✓ Imunizações; 
✓ Saúde ocupacional; 
✓ Higiene pessoal e do lar; 
✓ Proteção contra acidentes; 
✓ Aconselhamento genético; 
✓ Controle de vetores. 
Diagnóstico precoce- 2ª 
Tais medidas são preventivas não apenas para o próprio paciente que escapa da progressão da 
doença, mas também para outros, que ficam protegidos contra exposição do agente infectante. 
✓ Inquéritos para descoberta de casos na comunidade; 
✓ Exames periódicos, individuais, para detecção precoce de casos; 
✓ Isolamento para evitar a propagação de doenças; 
✓ Tratamento para evitar a progressão da doença. 
Limitação da incapacidade- 2ª 
Este nível implica na prevenção ou no retardamento das consequências de moléstias clinicamente 
avançadas. É o reconhecimento tardio, devido ao conhecimento incompleto dos processos 
patológicos, que separa este nível de prevenção do anterior. Com isso, evitar sequelas e futuras 
complicações. 
Reabilitação- 3ª 
Recolocar o indivíduo afetado em uma posição útil na sociedade, com a máxima utilização de sua 
capacidade restante. O sucesso da reabilitação dependerá da existência e meios adequados nos 
hospitais, na comunidade e na indústria. 
 
 
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Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
1. Foi o responsável pela criação do primeiro registro de mortalidade e morbidade: 
a) John Snow 
b) Peter Frank 
c) William Farr 
d) Daniel Bernouviíli 
e) R. Virchow 
 
2. Qual dos autores abaixo ao estudar a epidemia de cólera em Londres, no século XIX, 
estabeleceu os seus mecanismos de transmissão, partindo da distribuição espacial dos casos, e 
assim, criando as bases da Epidemiologia Moderna. 
a) Pasteur 
b) John Snow 
c) Peter Frank 
d) E. Chadxick 
e) R. Virchow 
 
3. Um estudo encontrou elevada frequência de novos casos da doença X em uma população sob 
risco de adoecimento em um determinado período. Pode-se concluir que esse estudo 
identificou a: 
a) Gravidade 
b) Prevalência 
c) Incidência 
d) Mortalidade 
e) Letalidade 
 
4. A abordagem da saúde como fenômeno coletivo constitui o foco da epidemiologia, que tem 
como objetivo: 
a) Os saberes constituídos sobre a dimensão biológica que afetam os fenômenos relativos ao 
processo saúde-doença. 
b) A compreensão que doenças são eventos que ocorrem ao acaso, ainda que tenham relação com 
uma rede de eventos identificáveis. 
c) O estudo de sadios e doentes sob a perspectiva biológica de cada indivíduo, considerando 
aspectos fisiopatológicos e clínicos. 
d) O pressuposto que a noção de população é periférica e o estudo das características das 
doenças ocupa lugar central 
e) A relação entre o subconjunto de doentes e o conjunto de população ao qual ele pertence, 
incluindo os determinantes desta relação. 
 
5. A epidemiologia pode ser compreendida como um processo contínuo de acúmulo de 
conhecimentos com o objetivo de promover um acervo de evidências indiretas, de associação 
entre saúde e fatores de risco e doença. A epidemiologia descritiva constitui a primeira etapa 
do método epidemiológico, com o seguinte objetivo: 
a) Compreender o comportamento de um agravo à saúde numa população, descrevendo 
caracteres epidemiológicos das doenças relativos à pessoa, ao tempo e ao lugar. 
b) Apresentar caracteres relativos ao fluxo de pessoas de forma unitária. 
c) Delimitar de forma sucinta o crivo de uma doença 
d) Apresentar variações regulares de séries históricas, variações cíclicas e sazonais, de forma 
unilateral. 
e) Associar os tipos às exposições, sua intervenção e feito com o objetivo da prevenção. 
 
 
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Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
6. A epidemiologia é uma prática da saúde publica com aplicabilidades diferenciadas, tais como, 
EXCETO: 
a) Avaliar o quanto os serviços de saúde respondem aos problemas e necessidades das 
populações. 
b) Testar a efetividade e o impacto de estratégias de intervenção que controlam, previnem e 
tratam os agravos de saúde na comunidade. 
c) Prever tendênciasd) Identificar apenas fatores de risco de forma isolada 
e) Descrever o aspecto clínico das doenças e sua história natural. 
 
7. Sobre a identificação dos perfis e fatores de risco utilizados através da epidemiologia nos 
serviços de saúde, analise: 
I. Desenvolvem programas de saúde eficientes que permitem maior impactos das ações 
implementadas, voltadas a assistência integral à saúde. 
II. Identificam fatores de risco em grupos de população mais vulnerável a certos agravos à 
saúde. 
III. Buscam avaliações mais pertinentes capazes de responder a desafios que permeiam os 
condicionantes do processo saúde/doença. 
Está(ão) correta(s) apenas a(s) alternativa(s): 
a) I, II 
b) II, III 
c) I, II, III 
d) I, III 
e) III 
 
8. O modelo de História Natural da Doença define períodos sequenciados para o desenvolvimento 
de uma doença. Um deles é o período de pré-patogênese, que é caracterizado por: 
a) Ser a fase em que as intervenções possíveis são as de prevenção secundária. 
b) Definir a situação em que pode existir lesões, desde que inaparentes. 
c) Englobar o processo de convalescença 
d) Delimitar o horizonte clínico 
e) Incluir as relações entre agente, hospedeiro e meio ambiente. 
 
9. Em relação à história natura e prevenção de doenças (modelo Leavell e Clark) constituem-se 
como medidas de prevenção primária: 
a) O diagnóstico precoce e o tratamento imediato dos casos 
b) A proteção específica e a limitação da incapacidade 
c) O diagnóstico precoce e a promoção da saúde 
d) A proteção específica e a promoção da saúde 
e) Tratamento precoce e diagnóstico adequado. 
 
GABARITO: 
1. C 
2. B 
3. C 
4. E 
5. A 
6. D 
7. C 
8. E 
9. D 
 
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Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
 
Tríade Epidemiológica: 
✓ Podem coexistir em determinado ecossistema, sem que ocorra a enfermidade. 
✓ Qualquer desequilíbrio no estado de algum deles pode desencadear uma série de eventos que 
podem resultar em doença. 
✓ A essa sucessão de eventos, necessária para que a enfermidade ocorra, denomina-se processo 
epidêmico, e ao estudo das relações entre o agente etiológico e os demais componentes do 
ecossistema denomina-se história natural da doença. 
Características do Agente Etiológico: 
INFECTIVIDADE 
É a capacidade que tem o agente etiológico de penetrar e multiplicar-se em determinado organismo, 
ou seja, de causar infecção, independentemente da ocorrência ou não de agravos à saúde. 
PATOGENICIDADE 
É a capacidade do agente de produzir lesões específicas no organismo do hospedeiro. A 
patogenicidade é identificada pela frequência da manifestação clínica da doença na população. 
VIRULÊNCIA 
É o grau de severidade da reação patológica que o agente etiológico provoca no hospedeiro. A 
virulência independe da infectividade e pode variar tanto de um hospedeiro para outro como entre 
estirpes de um mesmo agente. 
IMUNOGENICIDADE 
É a capacidade do agente de induzir uma resposta imune específica por parte do hospedeiro. Essa 
resposta imune resulta na formação de anticorpos circulantes, anticorpos locais e imunidade celular. 
Determinados agentes são capazes de induzir no hospedeiro uma resposta imunitária intensa e 
duradoura, enquanto outros determinam uma imunidade de curta duração. 
VARIABILIADE 
É a capacidade que tem o agente etiológico de adaptar-se às condições do hospedeiro e do ambiente. 
A variação antigênica é um exemplo do mecanismo seletivo de adaptação do agente a uma situação 
adversa, alterando suas características antigênicas para evitar os mecanismos de defesa do 
hospedeiro. 
Características do Hospedeiro: 
PRÓPRIAS 
Idade; Sexo; Raça; Espécie; Suceptibilidade Individual; 
VARIAVEIS 
Estado fisiológico: gestação, lactação, subalimentação, estresse, pode modificar a susceptibilidade do 
hospedeiro ao agente etiológico. 
Características do ambiente: 
FÍSICAS 
Clima; Hidrografia; Topografia; Solo. 
BIOLÓGICAS 
Fauna e Flora 
 
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Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS 
✓ Estrutura de produção: comercialização de animais? 
✓ Consciência da comunidade; 
✓ Vias de comunicação; 
✓ Higiene ambiental; 
✓ Hábitos alimentares, crenças religiosas, natureza do trabalho exercido pelas pessoas etc... 
ENDEMICIDADE 
A incidência característica ou a intensidade de caráter endêmico de determinada doença, em 
determinado lugar e intervalo cronológico. Expressa através do coeficiente médio anual de incidência. 
Curva Epidêmica 
✓ É a representação da generalização; 
✓ Aspectos a serem considerados: 
• Incremento inicial; 
• Egressão; 
• Progressão; 
• Incidência máxima; 
• Regressão; 
• Decréscimo da Incidência; 
Incremento Inicial de Casos 
✓ Eventos que passam de processo endêmico 
preexistente para uma situação epidêmica; 
✓ Após uma estabilização mantida, passa a exibir uma tendência irreversível para o crescimento; 
✓ Casos autóctones são importantíssimos; 
Egressão 
✓ Quando os coeficientes de incidência ultrapassam o limite endêmico estabelecido, 
permanecendo acima deste; 
✓ Pode ter como marco inicial o surgimento dos primeiros casos e termina quando a incidência 
for nula ou na estabilização do patamar de endemicidade; 
Progressão 
✓ Descrita através do ramo ascendente da curva epidêmica; 
✓ Termina quando o processo atinge seu clímax; 
✓ Presente em todas as ocorrências epidêmicas; 
✓ Características: 
• Incidência progressivamente crescente, acima do limiar epidêmico; 
• Sugere a ocorrência de um desequilíbrio acidental, permanente ou continuamente 
crescente; 
• Evento inesperado e fora de controle; 
Incidência Máxima 
✓ É a exaustão da força progressiva e isso se deve a alguns fatores: 
• Diminuição do número de suscetíveis; 
• Diminuição progressiva do número dos que foram expostos a uma ocorrência acidental; 
▫ Ação intencional de vigilância e controle; 
• Processos naturais de controle; 
 
 
 
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Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
Regressão 
✓ É a última fase na evolução de uma epidemia; 
✓ Pois, o processo de massa tende a: 
• Retornar aos valores iniciais; 
• Estabilizar-se em patamar endêmico, abaixo ou acima do inicial; 
• Regredir até incidência nula, incluindo a erradicação; 
• Pode ser rápida ou lenta 
Decréscimo da Incidência 
✓ Restrito aos processos que foi possível estabelecer o limiar epidêmico com marco referencial; 
✓ Quando há a regressão a nível endêmico e as ações de controle e vigilância continuam, a 
endemicidade pode ser levada a patamares menores que antes da eclosão da ocorrência 
epidêmica. 
Detecção de Epidemias: 
Diagrama de controle 
✓ Método gráfico que proporciona a verificação da evolução temporal das doenças; 
✓ Permite a identificação de epidemias de doenças que apresentam alguma frequência que pode 
atingir parcelas importantes da população e/ou doenças em relação às quais não existem 
medidas rotineiras de controle. 
✓ Incidência X Tempo 
SITUAÇÃO PROBLEMA: 
Qual o tipo de fonte que ocasionou esta 
epidemia? 
Resposta: 
PROPAGADA, pois o tempo é dado em meses. 
 
 
 
 
A qualidade dos indicadores de saúde vai depender da sua validade (capacidade de medir o que se 
pretende); confiabilidade (reprodutibilidade), mensurabilidade, relevância e custo-efetividade. Tem 
como objetivo avaliar a higidez (estado de saúde) de agregados humanos, além de fornecer subsídios 
ao planejamento de saúde. 
Medidas de Frequência: 
✓ Frequências absolutas: são pouco utilizadas em Epidemiologia, pois não permitem medir o 
risco de uma população; 
✓ Frequências relativas: são mais utilizadas quando se deseja comparar a ocorrência dos 
problemas de saúde em populações distintas ou na mesma população ao longo do tempo. 
• Classificam-se como proporções, taxasou razões. 
INCIDÊNCIA: É uma medida DINÂMICA, pois, refere-se à frequência com que surgem novos casos de 
uma doença num intervalo de tempo. 
 
 
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Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
PREVALÊNCIA: Refere-se ao número de casos existentes de uma doença em um dado momento. Os 
casos existentes são daqueles que adoeceram em algum momento do passado, somados aos casos 
novos dos que ainda estão vivos. Os indivíduos são observados apenas UMA VEZ. 
✓ Medidas de prevalência: 
• Pontual ou instantânea: Frequência de casos existentes em um dado instante no tempo 
(ex.: em determinado dia, como primeiro dia ou último dia do ano). 
• De período: Frequência de casos existentes em um período de tempo (ex.: durante um 
ano). 
• Na vida: Frequência de pessoas que apresentaram pelo menos um episódio da doença 
ao longo da vida. 
✓ Fatores que influenciam: 
❖ Indicadores Globais: 
➢ Coeficiente de mortalidade geral 
➢ Índice de Swaroop e Uemura (razão de 
mortalidade proporcional) 
➢ Curvas de mortalidade proporcional 
❖ Indicadores Específicos: 
➢ Sexo, idade, causa (agravo à saúde, doença ou 
morte), ou qualquer outra variável 
➢ Coeficiente de mortalidade infantil, 
mortalidade materna e mortalidade por 
doenças transmissíveis. 
 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE GERAL (CMG): 
Refere-se a toda população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado 
❖ m = óbitos por todas as causas 
❖ P= estimativa da população referida ao meio do ano em questão 
❖ k = constante, potência 10, usualmente 1.000 
 
✓ Vantagens: capacidade de relacionar o nível de saúde de diferentes áreas no tempo 
✓ Erros: não inclusão de óbitos no numerador por subregistro e tem uma estimativa incorreta do 
tamanho da população no denominador. 
RAZÃO DE MORTALIDADE PROPORCIONAL (RMP): 
✓ Mortalidade com 50 anos ou mais de idade. 
✓ Altos valores = regiões mais desenvolvidas 
 
❖ O cálculo é realizado em um mesmo período 
❖ m≥50 = número de óbitos em indivíduos ≥ 50 anos idade 
❖ k = 100 
 
 
𝑪𝑴𝑮 =
𝑚
𝑝
𝑘 
𝑹𝑴𝑷 =
𝑚 ≥ 50 𝑎𝑛𝑜𝑠
ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠
𝑘 
 
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Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
CURVAS DE MORTALIDADE PROPORCIONAL 
✓ indicam o nível de saúde 
da área avaliada Curvas 
de Mortalidade 
Proporcional 
✓ Grupos etários: 
◦menores de 1 ano 
◦ crianças em idade pré-
escolar (1-4 anos) 
◦ crianças e adolescentes 
(5-19 anos) 
◦ adultos jovens (20-49 
anos) 
◦ adultos meia idade e 
idosos (≥ 50 anos) 
✓ Distribuição proporcional 
dos óbitos por grupos 
etários com relação ao 
total de óbitos para 
determinada região. 
 
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (TMI) 
✓ Refere-se aos óbitos ˂ 1 ano de idade. 
✓ Estimativa do risco que as crianças nascidas vivas têm de morrer antes de completar um ano de 
idade. 
❖ m˂1 = óbitos de crianças com menos de 1 ano de idade 
❖ NV = número de nascidos vivos em determinado local e período 
❖ K = 1.000 
 
• Nível baixo de mortalidade infantil: < 20 óbitos por 1.000 nascidos vivos 
• Nível intermediário de mortalidade infantil: 20 a 49 óbitos por 1.000 nascidos vivos 
• Nível elevado de mortalidade infantil: ≥ 50 óbitos por 1.000 nascidos vivos. 
 
✓ Componentes: 
 
1. Coeficiente de mortalidade neonatal precoce (0 a 6 dias inclusive); 
2. Coeficiente de mortalidade neonatal tardia (7 a 27 dias) 
3. Coeficiente de mortalidade pós-neonatal ou infantil tardia (óbitos de 28 dias a 364 dias 
inclusive) em relação ao total de nascidos vivos (por 1000). 
TAXA DE MORTALIDADE MATERNA (TMM) 
✓ Representa o risco de óbitos por causas ligadas à gestação, ao parto ou ao puerpério, sendo um 
indicador da qualidade de assistência à gestação e ao parto numa comunidade/região. 
✓ Mortes Maternas = aquelas devidas a complicações da gravidez, do parto e do puerpério (até 
42 dias após o parto). Não incluem as acidentais. 
• Causas obstétricas diretas: próprias ou específicas da gravidez, parto e puerpério 
• Causas obstétrica indiretas: não específicas da gravidez, parto ou puerpério, mas 
agravadas ou complicadas nesses períodos (DM) 
 
 
 
𝑻𝑴𝑰 =
𝑚 < 1 𝑎𝑛𝑜
𝑁𝑉
𝑘 
 
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Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
❖ mod + moi = MM por causas obstétricas diretas e indiretas 
❖ NV = número de nascidos vivos 
❖ k = 10.000 ou 100.000 
 
TAXA DE MORTALIDADE POR DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS (TMDT): 
✓ Mortalidade Proporcional por grupos de causas; 
✓ Distribuição da porcentagem de óbitos por grupos de causas definidas, na população residente 
em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 
✓ Unidade geográfica: regiões, estados, DF, regiões metropolitanas e municípios; 
 
Sistema de informação: 
SIS: 
✓ “Informação-decisão-ação” sintetiza a dinâmica das atividades da vigilância epidemiológica. 
✓ É fundamental: qualidade, veracidade 
✓ Retrata a situação de saúde do país 
✓ Oportunidade, atualidade, disponibilidade e cobertura são características que determinam a 
qualidade da informação. 
✓ Objetivo: facilitar a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde, 
subsidiando o processo de tomada de decisões. 
✓ Planejamento, coordenação e supervisão das atividades relativas à coleta, registro, 
processamento, análise, apresentação e difusão de dados e geração de informações. 
SISAB-Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica 
✓ O SISAB integra a estratégia do Departamento de Atenção Básica (DAB/SAS/MS) denominada e-
SUS Atenção Básica (e-SUS AB). 
✓ Além do SISAB, temos os sistemas e-SUS AB para captar os dados, que é composto por dois 
sistemas de software que instrumentalizam a coleta dos dados que serão inseridos no SISAB. 
1. Coleta de Dados Simplificado (CDS); 
2. Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) 
3. Aplicativos (App) para dispositivos móveis, atualmente disponível: app AD (Atenção 
Domiciliar). 
✓ Nesse sentido, os sistemas e-SUS AB foram desenvolvidos para o cuidado em saúde, podendo 
ser utilizado por profissionais de todas as equipes de AB, pelas equipes dos Núcleos de Apoio à 
Saúde da Família (Nasf), do Consultório na Rua (CnR), de Atenção à Saúde Prisional e da 
Atenção Domiciliar (AD), além dos profissionais que realizam ações no âmbito de programas 
como o Saúde na Escola (PSE) e a Academia da Saúde. 
✓ Informações da situação sanitária e de saúde da população do território por meio de relatórios 
de saúde, bem como de relatórios de indicadores de saúde por estado, município, região de 
saúde e equipe. 
Sistema de Informações do Programa Nacional e Imunização (SI-PNI) 
✓ Fornece dados relativos à cobertura vacinal de rotina e, em campanhas, taxa de abandono e 
controle do envio de boletins de imunização. 
✓ Subsistema de estoque e distribuição de imunobiológicos para fins gerenciais. 
𝑻𝑴𝑴 =
(𝑚𝑜𝑑 + 𝑚𝑜𝑖)
𝑁𝑉
𝑘 
𝑻𝑴𝑫𝑻 =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑢𝑠𝑎𝑠 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎𝑠
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠, 𝑒𝑥𝑐𝑙𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑎𝑠 𝑐𝑎𝑢𝑠𝑎𝑠 𝑚𝑎𝑙 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎𝑠
 100 
 
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Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
✓ Objetivo: Registra, por faixa etária, as doses de imunobiológicos aplicadas e calcula a 
cobertura vacinal; Fornece informações sobre rotina e campanhas, taxa de abandono e envio 
de boletins de imunização; Gerencia os atendimentos, o estoque e a distribuição dos 
imunobiológicos; Possibilita o controle das perdas físicas e técnicas de vacinas em todas as 
instâncias; Identifica as reações que estão ocorrendo pós vacinação, notificando os eventos 
adversos observados nos usuários vacinados; Identifica de forma individualizada os usuários 
que receberam atendimento nos Centros de Referências de ImunobiológicosEspeciais; 
Possibilita a padronização do perfil de avaliação. 
Subsistemas 
✓ Avaliação do Programa de Imunizações (API): registra, por faixa etária, as doses de 
imunobiológicos aplicadas e calcula a cobertura vacinal, por unidade básica, município, 
regional da Secretaria Estadual de Saúde, estado e país. 
✓ Fornece informações sobre rotina e campanhas, taxa de abandono e envio de boletins de 
imunização. Pode ser utilizado nos âmbitos federal, estadual, regional e municipal. 
✓ Estoque e Distribuição de Imunobiológicos (EDI): gerencia o estoque e a distribuição dos 
imunob. contempla o âmbito federal, estadual, regional e municipal; 
✓ Eventos Adversos Pós-vacinação (EAPV): permite o acompanhamento de casos de reações 
adversas ocorridas pós-vacinação e a rápida identificação e localização de lotes de vacinas. 
✓ Programa de Avaliação do Instrumento de Supervisão (Pais): sistema utilizado pelos 
supervisores e assessores técnicos do PNI para padronização do perfil de avaliação, capaz de 
dar agilidade a tabulação de resultados. 
✓ Programa de Avaliação do Instrumento de Supervisão em Sala de Vacinação (PAISSV): sistema 
utilizado pelos coordenadores estaduais de imunizações para padronização do perfil de 
avaliação, capaz de dar agilidade à tabulação de resultados. 
✓ Apuração dos Imunobiológicos Utilizados (AIU): permite realizar o gerenciamento das doses 
utilizadas e das perdas físicas para calcular as perdas técnicas a partir das doses aplicadas. 
✓ Sistema de Informações dos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais – (Sicrie): 
registra os atendimentos nos Cries e informa a utilização dos imunobiológicos especiais e 
eventos adversos; 
SISCOLO/SISMAMA - Sistema de Informação do câncer do colo do útero e Sistema de 
Informação do câncer e mama 
✓ Sistema informatizado de entrada de dados desenvolvido pelo DATASUS em parceria com o 
INCA, para auxiliar a estruturação do Viva Mulher (Programa Nacional de Controle do Câncer 
do Colo do Útero e de Mama). 
✓ Coleta e processa informações sobre identificação de pacientes e laudos de exames 
citopatológicos e histopatológicos, fornecendo dados para o monitoramento externo da 
qualidade dos exames, e assim orientando os gerentes estaduais do Programa sobre a 
qualidade dos laboratórios responsáveis pela leitura dos exames no município. 
✓ Apoia a rede de gerenciamento no acompanhamento da evolução do programa; 
✓ Dissemina informações em saúde para Gestão e Controle Social do SUS bem como para apoio à 
Pesquisa em Saúde. 
HIPERDIA - Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos 
✓ Destina-se ao cadastramento e acompanhamento de portadores de hipertensão arterial e/ou 
diabetes mellitus atendidos na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde – SUS, permitindo 
gerar informação para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma 
regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados. 
✓ O sistema envia dados para o Cartão Nacional de Saúde, funcionalidade que garante a 
identificação única do usuário do Sistema Único de Saúde – SUS. 
✓ Orienta os gestores públicos na adoção de estratégias de intervenção; 
 
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Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
✓ Permite conhecer o perfil epidemiológico da hipertensão arterial e do diabetes mellitus na 
população. 
✓ Cadastra e acompanha a situação dos portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus 
em todo o país; 
✓ Gera informações fundamentais para os gerentes locais, gestores das secretarias e Ministério 
da Saúde; 
✓ Disponibiliza informações de acesso público com exceção da identificação do portador; 
✓ Envia dados ao CadSUS. 
SISPRENATAL - Sistema de Acompanhamento da Gestante 
✓ O SisPreNatal é um software desenvolvido para acompanhamento adequado das gestantes 
inseridas no Programa de Humanização no PréNatal e Nascimento (PHPN), do Sistema Único de 
Saúde. 
✓ Apresenta o elenco mínimo de procedimentos para uma assistência pré-natal adequada, 
ampliando esforços no sentido de reduzir as altas taxas de morbi-mortalidade materna, 
perinatal e neonatal. 
✓ Disponibiliza registro diário dos atendimentos às gestantes; 
✓ Disponibiliza numeração para acompanhamento da gestação e geração de incentivo de parto 
no SIH-SUS. 
Eventos vitais: 
Sist. de Informação sobre Mortalidade (SIM) 
✓ Tem como instrumento padronizado de coleta de dados é a Declaração de Óbito (DO), impressa 
em três vias coloridas, cuja emissão e distribuição para os estados, em séries pré-numeradas, 
são de competência exclusiva do Ministério da Saúde. 
✓ Secretarias Estaduais de Saúde: distribuição das Do´s 
✓ Secretarias municipais: controle e distribuição entre os profissionais médicos / instituições e 
recolhimento das primeiras vias em hospitais e cartórios; 
ÓBITOS HOSPITALARES 
✓ O médico do estabelecimento onde ocorreu o falecimento preenche a DO em três vias. 
✓ A 1a. via, (branca) deve ser encaminhada para a SMS, para fins de processamento. 
✓ A 2a. via, (amarela) deve ser entregue aos familiares para que se proceda o registro do óbito 
em cartório. A 
✓ 3a. via, (rosa) será arquivada no estabelecimento de saúde onde ocorreu o óbito (prontuário). 
✓ A obrigatoriedade de seu preenchimento, para todo óbito ocorrido, é determinada pela Lei 
Federal n° 6.015/73. 
✓ Nenhum sepultamento deveria ocorrer sem prévia emissão da DO. 
✓ A partir das informações contidas nesse sistema, pode-se obter a mortalidade proporcional por 
causas, faixa etária, sexo, local de ocorrência e residência e letalidade de agravos dos quais se 
conheça a incidência, bem como taxas de mortalidade geral, infantil, materna ou por qualquer 
outra variável contida na DO. 
Sist. de Inf. sobre Nascidos Vivos (Sinasc) 
✓ O Sinasc é o sistema responsável pelo registro de nascidos vivos; 
✓ Instrumento: Declaração de Nascido Vivo (DN); 
✓ Deve ser preenchida nos hospitais e outras instituições de saúde que realizam partos, e nos 
Cartórios de Registro Civil, na presença de duas testemunhas, quando o nascimento ocorre em 
domicílio sem assistência de profissional de saúde 
✓ O número de nascidos vivos é o denominador que possibilita a constituição de indicadores 
voltados para a avaliação de riscos à saúde do segmento maternoinfantil 
✓ A DN deve ser preenchida para todos os nascidos vivos no país, que são pré-numerados, 
impressos em três vias coloridas e distribuídos às SES pela SVS/MS. 
 
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Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
✓ É preconizado que as SMS devem assumir a distribuição aos estabelecimentos de saúde e 
cartórios. 
✓ Podem ser calculados indicadores clássicos voltados à caracterização geral de uma população, 
como a taxa bruta de natalidade e a taxa de fecundidade geral. 
PORTARIA Nº 3.462, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2010 
✓ Define a obrigatoriedade de alimentação mensal e sistemática dos Bancos de Dados Nacionais 
dos Sistemas: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), Sistema de 
Informação Ambulatorial (SIA/SUS), Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS), Comunicação 
de Internação Hospitalar (CIH), Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), Sistema 
de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) e Sistema de Informação da Atenção Básica 
(SIAB), e ou Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) 
SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
✓ O Sinan é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e 
agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória, mas é facultado a 
estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região. 
✓ Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento 
na população, podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravosde notificação 
compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo 
assim, para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica. 
✓ É alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos 
que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (PORTARIA Nº 204, DE 17 
DE FEVEREIRO DE 2016), mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de 
saúde importantes em sua região. 
Critérios de inclusão de agravos na lista de notificação compulsória 
✓ Magnitude: aplicável a doenças de elevada frequência, que afetam grandes contingentes 
populacionais e se traduzem por altas taxas de incidência, prevalência, mortalidade e anos 
potenciais de vida perdidos; 
✓ Potencial de disseminação: representado pelo elevado poder de transmissão da doença, por 
meio de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva; 
✓ Transcendência: custo pessoal e social dos agravos à população tudo o que passa a interferir 
diretamente nas relações sociais, econômicas, profissionais e culturais: 
• Severidade: medida por taxas de letalidade, de hospitalização e de seqüelas; 
• Relevância social: avaliada pelo valor atribuído pela sociedade à ocorrência da doença 
e que se manifesta pela sensação de medo, repulsa ou indignação; 
• Relevância econômica: avaliada por prejuízos decorrentes de restrições comerciais, 
redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos assistenciais e 
previdenciários, etc.; 
✓ Vulnerabilidade: medida pela disponibilidade concreta de instrumentos específicos de 
prevenção e controle da doença, propiciando a atuação efetiva dos serviços de saúde sobre os 
indivíduos e coletividades. 
✓ Aspectos que devem ser considerados na notificação: 
• Notificar a simples suspeita da doença; 
• A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito 
médicosanitário, em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de 
anonimato dos cidadãos; 
• O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de 
casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um 
indicador de eficiência do sistema de informações. 
 
 
19 
 
Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
 
Os estudos epidemiológicos podem ser classificados em: 
✓ Observacionais 
• Descritivo 
• Analítico 
✓ Experimentais 
Tipos de Abordagem 
✓ QUANTITATIVA: coleta sistemática de informações que podem ser quantificadas, em 
condições de controle, além de análises por meio estatístico; tem como requisito o 
estabelecimento de hipóteses que se desdobram e variáveis e estas em indicadores; 
✓ QUALITATIVA: coleta e análise sistemática de materiais narrativos. Tem caráter subjetivo; 
Abordagem quantitativa 
✓ Enfatiza o raciocínio lógico; 
✓ Utiliza procedimentos estruturados e instrumentos formais para coleta de informações; 
✓ Objetividade na coleta e análise das informações; 
✓ A análise se dá através de dados numéricos, por meio de procedimentos estatísticos; 
✓ O pesquisador não interfere na pesquisa; 
✓ Verifica teoria; 
VANTAGENS: 
✓ Possibilita a análise direta dos dados; 
✓ Tem força demonstrativa; 
✓ Permite generalização pela representatividade; 
DESVANTAGENS: 
✓ Prioriza-se o rigor e a precisão exigidos pela matemática; 
✓ Não permite análise das relações com a subjetividade; 
✓ Os resultados podem ser interpretados como verdade absoluta. 
Abordagem qualitativa 
✓ Destina-se à compreensão de alguns fenômenos de natureza mais subjetiva; 
✓ Este desenho depende da natureza do problema ou fenômeno que se pretende analisar; 
✓ Frequentemente utilizada em estudos que avaliam a experiência humana, que exploram a 
cultura, que relatam experiência de vida ou estudos de caso; 
✓ Trabalha com a interpretação, descoberta, descrição e entendimento; 
✓ Não possui uma coleta de dados estruturada formalmente 
VANTAGENS: 
✓ Interação; 
✓ Considera a subjetividade dos sujeitos envolvidos; 
✓ Permite compreender resultados individualizados; 
✓ Permite compreender a dinâmica interna de programas e atividades; 
✓ Permite compreender múltiplos aspectos da realidade; 
DESVANTAGENS: 
✓ Pode conduzir a uma excessiva coleta de dados; 
✓ Depende de uma capacidade maior de análise por parte do pesquisador; 
✓ Exige maior uso do tempo 
ESTUDOS EXPERIMENTAIS 
 
20 
 
Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 Caracteriza-se pela manipulação do fator causal, levando a determinação de seu efeito; 
✓ A população é dividida em caso e controle; 
✓ Introduz-se ou suprime-se o fator suspeito; 
✓ Depois de determinado período, verifica-se a mudança ou efeitos produzidos; 
✓ Requer muitos cuidados éticos; 
ESTUDOS OBSERVACIONAIS 
DESCRITIVOS 
✓ Determina a distribuição de doenças ou condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o 
lugar e/ou as características dos indivíduos. 
✓ Responde à pergunta: quando, onde e quem adoece? 
✓ Tem como objetivo apresentar os dados e não explicá-los; 
✓ Propõe descobrir, desvendar as características de determinado fenômeno, investigar; 
✓ A epidemiologia descritiva pode fazer uso de dados secundários (dados pré-existentes) e 
primários (dados coletados para o desenvolvimento do estudo). 
ANALITICOS 
✓ examina a existência de associação entre uma exposição e uma doença ou condição 
relacionada à saúde. 
✓ Investigam a correlação entre as variáveis, sua relação e o modo com que estão operando; 
✓ Volta-se a desvendar qual a causa de determinado fenômeno; 
✓ Tem o objetivo básico de avaliar (não apenas descrever) se a ocorrência de um determinado 
evento é diferente entre indivíduos expostos e não expostos a um determinado fator ou de 
acordo com as características das pessoas. 
✓ Estes são estudos realizados com o objetivo específico de testar hipóteses 
✓ Os principais delineamentos de estudos analíticos são: 
a) Ecológico; 
b) Caso-controle (casoreferência); 
c) Coorte (prospectivo) 
d) Transversais ou seccionais 
A) Ecológico: 
✓ Compara-se a ocorrência da doença/condição relacionada à saúde e a exposição de interesse 
entre agregados de indivíduos (populações de países, regiões ou municípios, por exemplo) 
para verificar a possível existência de associação entre elas. 
✓ Em um estudo ecológico típico, medidas de agregados da exposição e da doença são 
comparadas. Nesse tipo de estudo, não existem informações sobre a doença e exposição do 
indivíduo, mas do grupo populacional como um todo. 
✓ Isso é particularmente importante quando se considera que a expressão coletiva de um 
fenômeno pode diferir da soma das partes do mesmo fenômeno. 
✓ Uma associação observada entre agregados não significa, obrigatoriamente, que a mesma 
associação ocorra em nível de indivíduos; 
✓ As medidas usadas representam características de grupos populacionais, portanto a unidade 
de análise é a população e não o indivíduo 
✓ Ele pode motivar estudos mais específicos 
✓ Gerar ou testar hipóteses etiológicas → explicar a ocorrência da doença; 
✓ Avaliar a efetividade de intervenções na população → testar a aplicação de nosso conhecimento 
para prevenir doença ou promover saúde; 
✓ Grupos podem ser definidos por local (comparações geográficas) ou por tempo (tendências 
temporais); 
 
 
 
21 
 
Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
• VANTAGENS 
1. Facilidade de execução 
2. Baixo custo relativo 
3. Simplicidade Analítica 
4. Capacidade de gerar hipóteses 
 
• DESVANTAGENS 
1. Baixo poder analítico 
2. Pouco desenvolvimento das técnicas de análise dos dados 
3. Vulnerável à chamada "falácia ecológica" 
B) Caso-Controle 
✓ Identificam-se indivíduos coma doença (casos) e, para efeito de comparação, indivíduos sem a 
doença (controles); 
✓ Parte-se do efeito (doença) para a investigação da causa (exposição); 
✓ Os estudos tipo caso-controle partem de um grupo de indivíduos acometidos pela doença em 
estudo, os casos, comparando-os com outro grupo de indivíduos que devem ser em tudo 
semelhantes aos casos, diferindo somente por não apresentarem a referida doença, os 
controles; 
✓ Indicações: situações como as encontradas em surtos epidêmicos ou diante de agravos 
desconhecidos, em que é indispensável a identificação urgente da etiologia da doença com o 
objetivo de uma imediata ação de controle 
 
• VANTAGENS 
1. Tempo mais curto para o 
desenvolvimento do estudo, uma vez que a 
seleção de participantes é feita após o 
surgimento da doença; 
2. Custo mais baixo da pesquisa; 
3. Maior eficiência para o estudo de 
doenças raras; 
4. Ausência de riscos para os 
participantes; 
5. Possibilidade de investigação 
simultânea de diferentes hipóteses 
etiológicas. 
 
• DESVANTAGENS 
1. Viés de seleção (casos e controles 
podem diferir sistematicamente, devido a 
um erro na seleção de participantes); 
2. Viés de memória (casos e controles 
podem diferir sistematicamente, na sua 
capacidade de lembrar a história da 
exposição); 
C) Coorte 
✓ Uma coorte é um grupo de indivíduos definido a partir de suas características pessoais (idade, 
sexo, etc.), nos quais se observa, mediante a exames repetidos, a aparição de uma enfermidade 
(ou outro desfecho) determinada. 
✓ Selecionados conforme o status de exposição incidência da doença; 
✓ Estudo longitudinal; 
 
 
22 
 
Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 
✓ Primeiro, identifica-se a população de 
estudo e os participantes são classificados 
em expostos e não expostos a um 
determinado fator de interesse. 
✓ A seguir, os indivíduos dos dois grupos 
são acompanhados para verificar a 
incidência da doença/condição 
relacionada à saúde entre expostos e não 
expostos. 
✓ Se a exposição estiver associada à 
doença, espera-se que a incidência entre 
expostos seja maior do que entre não 
expostos. 
✓ Tipos de exposições: 
• Exposições ambientais propriamente 
ditas, de natureza química ou física (ex. 
radiação, exposições ocupacionais). 
• Comportamentos relacionados à saúde 
(ex. tabagismo, dieta, atividade física). 
• Características biológicas (ex. pressão arterial, colesterol sérico). 
• Fatores socioeconômicos (ex. escolaridade, renda). 
D) Seccionais 
✓ A exposição e a condição de saúde do participante são determinadas simultaneamente. 
✓ Determina a prevalência de uma doença ou condição relacionada à saúde de uma população 
especifica. 
✓ As características dos indivíduos classificados como doentes são comparadas às daqueles 
classificados como não doentes. 
✓ Esta é a característica fundamental de um estudo seccional: não é possível saber se a exposição 
antecede ou é consequência da doença/condição relacionada à saúde. 
✓ Portanto, esse delineamento é fraco para determinar associações do tipo causa-efeito, mas 
adequado para identificar pessoas e características passíveis de intervenção e gerar hipóteses 
de causas de doenças. 
SITUAÇÃO PROBLEMA 
1. O Serviço Médico da empresa quer avaliar se o clima influencia o absenteísmo por doença 
respiratória. Para isso, compara o número global de funcionários e de dias de afastamento por 
essa causa durante o ano, de dois locais em diferentes regiões geográficas. Esse tipo de estudo 
é qualificado como 
a) Ecológico. 
b) Transversal. 
c) Caso controle. 
d) Randomizado. 
e) Coorte 
2. Uma Equipe de Saúde da Família de um determinado distrito sanitário observou, nas suas visitas 
aos CEINF’s, muitos casos de pediculose e anemia em crianças. Assim, ao ser comunicado, o 
gerente do distrito sanitário, propos um estudo descritivo, representativo da população para o 
conhecimento do problema. A enfermeira da equipe diz: “podemos fazer, mas não é possível 
saber se a exposição antecede ou é consequência da doença/condição relacionada à saúde”. 
Esse é um exemplo que corresponde a estudo do tipo 
a) Seccional. 
b) Ensaio clínico controlado. 
c) Coorte. 
 
 
23 
 
Tamires Guedes 
2019.2 – TXXIII 
Resumo feito com base nas aulas/slides da profª Suéllem 
 d) Antes-Depois. 
e) Caso-controle 
3. Um estudo referente ao levantamento do perfil epidemiológico dos pacientes atendidos em um 
hospital geral de determinado município. Este estudo que retrata o perfil daquele momento é o? 
a) Descritivo 
b) Analitico 
c) Exploratório 
d) Coorte 
e) Caso-controle 
4. Estudo em camundongos diabéticos. 50% praticará atividade física aeróbica todos os dias da 
semana e 50% não praticará. Objetivos: desvendar qual grupo melhorará os níveis glicêmicos, 
no período de 12 meses. • 
a) Descritivo 
b) Analitico 
c) Exploratório 
d) Coorte 
e) Caso-controle 
5. Grupo do HIPERDIA do PINESC II. Pesquisa realizada com o objetivo de conhecer a história 
pregressa dos pacientes deste grupo, que desenvoolveram complicações macrovasculares. 
a) Descritivo 
b) Analítico 
c) Exploratório 
d) Coorte 
e) Caso-controle 
GABARITO: 
1. A 
2. A 
3. D 
4. E 
5. E

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