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32638804 REFORMA TRABALHISTA 2017 PALESTRA

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REFORMA TRABALHISTA – NOVMBRO/2017
Introdução
A JT no Brasil recebeu cerca de quase 4 milhões de processo apenas em 2016.
O Ministro Luis Roberto Barroso afirmou que 98% das ações trabalhistas no mundo tramitam no Brasil.
Era necessária uma mudança na CLT? Claro que sim haja vista que a mesma era de 1940.
Foram feitas cerca de 209 alterações da CLT.
A JT no Brasil recebe em torno de 450 ações trabalhistas por hora.
No Japão, a média de ações trabalhistas por ano é cerca de 10 ações.
A CLT foi feita na década de 40 em que a força de trabalho era eminentemente rural. Havia uma perspectiva de industrialização de nosso país. Não podemos negar que a CLT foi útil em todo esse processo de mudança, mas os tempos são outros.
A CLT foi baseada no fato de que o empregado trabalha em um ambiente fechado sob o controle visual do empregador.
Hoje tudo mudou, possuímos mecanismos de controle de jornada à distância.
Daí a necessidade de uma reforma. Acontece que o momento em eu a mesma foi realizado foi muito conturbado.
Os defensores alegam que tal reforma vai gerar mais empregos e tirar o Brasil do “buraco”. Na verdade tudo isso pode acontecer é com o crescimento econômico e não tão somente com a mudança na legislação trabalhista.
Os contrários afirmam a perda de direitos afetando inclusive a dignidade do empregado. Existem mudanças benéficas.
 Vamos tentar fazer uma análise racional, legal e não passional e não ideológica.
Notas Introdutórias:
	A Lei nº 13.467/17 (Reforma Trabalhista), a qual vai ter aplicabilidade a partir de NOV/17 alterou 03 grandes eixos:
Direito Individual do Trabalho
Direito Coletivo do Trabalho
Direito Processual do Trabalho
Pergunta Inicial: A nova lei aplica-se aos contratos de trabalho anteriores ou somente aos contratos firmados após a sua vigência?
	Pelo princípio da IRRETROATIVIDADE, a lei não retroage para atingir o direito adquirido e o ato jurídico perfeito. Em resumo:
Direito anterior à reforma = É PRESERVADO
Direito posterior à reforma = É AFETADO.
Exemplo 01: As horas Intinere já prestadas pelo empregado ficam preservadas (direito adquirido). Acontece que a partir da nova lei, ele passa a não ter mais esse direito.
Exemplo 02: Empregado que antes da entrada em vigor da lei trabalhou em feriado na escala de 12x36 tem direito a receber em DOBRO. Acontece que com a entrada em vigor da nova lei, não mais haverá o pagamento em dobro do feriado em tal escala. 
Principais Mudanças:
Férias
Como é:
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.                     
 § 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos. 
Como ficou:
Art. 134 § 1o  Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. 
§ 2o  (Revogado).  
§ 3o  É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.” (NR)
Benefício para o empregado: Ex. não posso conceder férias ao empregado na véspera de um feriadão (carnaval) Enem na sexta feira. As mesmas podem ser divididas em até 3 vezes isso faz com que o empregado possa ter mais de trinta dias de férias. Atualmente as mesmas só podem ser divididas em 2 períodos e desde que em casos excepcionais.O feriado da Independência, 07 de setembro caiu em uma quinta feira, neste caso as férias só podem ser concedidas dois dias antes, isto é, dia 04 de setembro.
O que não mudou com as férias:
A época de concessão das férias é determinada pelo empregador, mas a divisão em períodos depende da vontade do empregado.
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.  
Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador.                       
Menores de 18 anos e maiores de 50 não podem parcelar as férias.                   
§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez.  
O empregador deve comunicar por escrito ao empregado com antecedência de 30 dias a época de concessão das férias.                     
Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo.
Pagamento das férias em dobro quando concedida além do período concessivo
Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.           
Prazo para pagamento das férias
Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período.    
Abono de férias + terço constitucional
Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. 
 § 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo.
Art. 7º CF São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
Redução dos dias de férias por faltas injustificadas
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:                    
 I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;       
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;                       
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;                       
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.    
Contribuição Sindical
Como é:
Art. 582. Os empregadores são obrigados a descontar, da folha de pagamento de seus empregados relativa ao mês de março de cada ano, a contribuição sindical por estes devida aos respectivos sindicatos.  
Como ficou:
Art. 579.  O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação.
Benefício para o empregado: Agora o sindicato ter que convencer o empregado da importância de ser sindicalizado. Ele deve ser atuante. No Brasil são criados cerca de 250 sindicatos por dia. Possuímos cerca de 17 mil sindicatos os quais movimentaram apenas de imposto sindical cerca de 3 bilhões de reais. Existem diretores de sindicatos que se perpetuam no poder por mais de 40 anos (Luizant Mata Roma – Sindicato dos Comerciários do RJ), transmitindo para os filhos. Os salários chegam a 60 mil por mês.
Homologação de Rescisão Contratual (prazo para pagamento da rescisão)
Como é:
Art. 477 § 1º - O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 
Como ficou:
Art. 477.  Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aosórgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo.  
§ 1o (Revogado).
§ 6o  A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato. 
a) (revogada); 
b) (revogada). 
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.  
Prejuízo para o empregado: Acaba a assistência do MTE, Sindicato, Juiz de Paz ou Ministério Público nas rescisões contratuais com mais de 01 ano.
Comentário: O prazo para o pagamento da rescisão contratual do empregado passa a ser ÚNICO de 10 dias, não existe mais diferença entre aviso prévio indenizado e trabalhado. A multa por passar de tal prazo continua.
Homologação de Acordo Extra Judicial
Situação: Muitas vezes as partes querem fazer um acordo para pagamento da rescisão (por exemplo: um parcelamento). Atualmente para que houvesse tal acordo, seria necessário instaurar uma LIDE, uma ação na Justiça do Trabalho. Sendo assim, as partes simulavam um litígio o que era considerado como litigância de má-fé.
O empregado faz um acordo com o empregador fora da justiça e as partes levam para o juiz homologar. Uma vez feito isso, o empregado não pode mais entrar com processo na justiça. Existe a COISA JULGADA MATERIAL com relação ao que consta do acordo. Exemplo: As partes podem fazer um acordo de quitação GERAL ou somente com relação às verbas nela transcritas.
Novidade:
Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado.
§ 1o  As partes não poderão ser representadas por advogado comum.
§ 2o  Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria.
Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo estabelecido no § 6o do art. 477 desta Consolidação e não afasta a aplicação da multa prevista no § 8o art. 477 desta Consolidação.
Comentário: 
 ‘Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá sentença.’
Comentário: Vem a legalizar uma prática que já existe. Ex. Patrão contrata advogado para o empregado entrar contra a empresa na justiça. Não pode ser o mesmo advogado para ambos. Isso vai aumentar muito as ações trabalhistas. Muitos juízes consideravam tal prática coma LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. Muitas vezes o patrão dizia para o empregado “colocar” na justiça pelo fato de ter medo de que ao pagar a rescisão mesmo assim posteriormente seja alvo de uma ação trabalhista. O juiz não é obrigado a marcar audiência para realizar a homologação.
Litigância de Má-Fé
Novidade: Aplicação de multa não só ao litigante de má fé como também à TESTEMUNHA.
Art. 793-B. Considera-se litigante de má-fé aquele que:
II - alterar a verdade dos fatos;
Art. 793-C. De ofício ou a requerimento, o juízo condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez por cento) do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.
Art. 793-D.  Aplica-se a multa prevista no art. 793-C desta Consolidação à testemunha que intencionalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da causa.
Benefício: legalizou (passa a ter previsão expressa) uma prática que acontecia com freqüência na JT. Ex. Um advogado que para todos os processos possuía a mesma testemunha. O empregado que fez um “acordo”, deu baixa na CTPS e continua trabalhando recebendo SD trata-se de um crime federal. Estelionato.
Sucessão Trabalhista (responsabilidade subsidiária e solidária)
Como é:
Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
 Como ficou:
Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.  
Parágrafo único.  A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.
Situação: A empresa X é comprada por José. Neste caso, o comprador passa a ter todas as obrigações com relação aos empregados. A responsabilidade é do sucessor. Inclusive com relação a causas trabalhistas em andamento.
Responsabilidade do Sócio Retirante
Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: 
I - a empresa devedora;  
II - os sócios atuais; e 
III - os sócios retirantes.  
Parágrafo único.  O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.
Novidade: Anteriormente se falava apenas na mudança da estrutura jurídica (S/A, Ltda, venda da empresa) agora falar na responsabilidade dos sócios. 
Dano Moral Trabalhista
Dano patrimonial x Dano Extrapatrimonial
O dano patrimonial é aquele que pode ser medido objetivamente. Exemplo: Empregado sofre um acidente. O dano patrimonial gera o pagamento por parte da empresa de uma pensão, do hospital, medicamentos. 
Já o dano extrapatrimonial é difícil de ser calculado, mensurado. Trata-se de quando se atinge honra, moral, imagem, intimidade e sexualidade, entre outros. O dano extrapatrimonial pode ser moral, estético ou existencial. Quer exemplos? Uma cicatriz aparente causada por um acidente de trabalho (dano estético), o chefe espalhar boatos que prejudiquem a imagem do funcionário (dano moral) ou jornadas de trabalho exaustivas, sem convívio social (dano existencial).
Como é:
Não havia previsão objetiva sobre a quantificação do valor do dano moral. Havia apenas a previsão constitucional.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:   
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 
Como ficou:
A reforma trabalhista estabelece limites uma TARIFAÇÃO para indenizações recebidas por dano extrapatrimonial na Justiça do Trabalho. A partir de agora, o valor máximo passa a ser de 50 vezes o salário da vítima. 
Até então, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) não fornecia critérios objetivos para a formulação de indenizações pelo dano extrapatrimonial. Antes, o juiz analisava com bastante subjetividade essas questões. 
Segundo a nova legislação, as indenizações serão calculadas com base no salário do empregado. Quanto maior a gravidade do caso, maior o número de salários a que o profissional terá direito, caso ganhe a ação trabalhista. A reforma cria quatro categorias de ofensas: de natureza leve (até três vezes o último salário do ofendido), média (até cinco vezes o último salário), grave (até vinte vezes o último salário) e gravíssima (até cinqüenta vezes o último salário).
O texto não exemplifica quais tipos de ofensa se encaixam em cada uma dessas quatro categorias — caberá aos juízes decidir. O que a reforma faz, todavia, é esclarecer o que deve ser considerado dano extrapatrimonial. Trata-se de ofender “a esfera moral ou existencial da pessoa”, incluindo sua “honra,imagem, intimidade, liberdade de ação, auto estima, sexualidade, saúde, lazer e integridade”.
Como ficou (o que gera dano moral trabalhista), ofensa à:
“TÍTULO II-A
DO DANO EXTRAPATRIMONIAL 
 ‘Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são as titulares exclusivas do direito à reparação.’ 
Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a auto estima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade física são os bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa física.’ 
Exemplo: Não recolhimento de FGTS gera dano moral?
Art. 223-D. A imagem, a marca, o nome, o segredo empresarial e o sigilo da correspondência são bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa jurídica.’  
Art. 223-F. A reparação por danos extrapatrimoniais pode ser pedida cumulativamente com a indenização por danos materiais decorrentes do mesmo ato lesivo.  
§ 1o  Se houver cumulação de pedidos, o juízo, ao proferir a decisão, discriminará os valores das indenizações a título de danos patrimoniais e das reparações por danos de natureza extrapatrimonial.  
Art. 223-G.  Ao apreciar o pedido, o juízo considerará: 
I - a natureza do bem jurídico tutelado;  (Exemplos: imagem, integridade física, nome)
II - a intensidade do sofrimento ou da humilhação;  
III - a possibilidade de superação física ou psicológica; 
IV - os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão; 
V - a extensão e a duração dos efeitos da ofensa;  
VI - as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral; 
VII - o grau de dolo ou culpa; 
VIII - a ocorrência de retratação espontânea;  
IX - o esforço efetivo para minimizar a ofensa;  
X - o perdão, tácito ou expresso; 
XI - a situação social e econômica das partes envolvidas;  
XII - o grau de publicidade da ofensa. 
§ 1o  Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará a indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um dos seguintes parâmetros, vedada a acumulação:  
I - ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário contratual do ofendido; 
II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual do ofendido; 
III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual do ofendido;  
IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinqüenta vezes o último salário contratual do ofendido.  
§ 3o  Na reincidência entre partes idênticas, o juízo poderá elevar ao dobro o valor da indenização.’”  
Especialistas defendem, no entanto, que basear a indenização no salário do trabalhador é inconstitucional. Você está fixando um valor de indenização em cima do salário da pessoa e não em cima do dano. A indenização deve ser pelo dano, não pelo salário.
Exemplo: digamos que você e seu chefe se machuquem. Os dois levaram três pontos. Os pontos na cabeça do seu chefe valerão mais do que na sua, porque você ganha menos”, diz Fleury. “Até fiz um estudo no direito comparado para ver de onde foi tirada essa bizarrice. (...) Não encontrei nada parecido. Só achei uma legislação que previa isso: o Código de Hamurabi. Esse é o primeiro código da história da humanidade, datado de 1776 a.C. Para você ver o quanto essa reforma é moderna.
Os defensores afirmam que esta tarifação vai evitar possíveis abusos por parte da JT. Esta tarifação não existe nem no dano moral do direito civil.
Troca de dia de Feriados (O negociado prevalece sobre o legislado)
Existem atividades econômicas que funcionam bem mais nos feriados. Exemplo: barracas de praias, restaurantes. Não há restrição, podem ser negociados TODOS os feriados do ano. O empregado pode ter o feriado do natal transferido para o dia 01 de setembro. 
Caso o empregado trabalhe em feriado, ele continua com direito ao dobro. O que foi criado foi a possibilidade de troca do dia feriado por outro. Tudo mediante NEGOCIAÇÃO COLETIA.
Como é hoje
Hoje, quando o feriado cai na terça ou quinta-feira, os funcionários costumam emendar com a segunda ou sexta-feira. Isso cria feriados emendados.
Como vai ficar
Com a reforma trabalhista, patrões e empregados podem negociar a troca do dia de feriado. Ou seja, podem determinar que o feriado que cai na terça ou quinta-feira será gozado na segunda ou sexta-feira. Isso acaba com os feriados emendados.
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: 
XI - troca do dia de feriado; 
Comentário: Abre-se a possibilidade de empregado e empregador negociarem a troca do feriado por outro evitando-se por exemplo os feriadões mediante “enforcamento”. Ex. o feriado cai na quinta, posso negociar para segunda.
Horário de Almoço/Descanso (intervalo intra jornada) Acordado sobre o legislado.
Como é:
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.
Como ficou:
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: 
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas;  
Comentário: O empregado pode ter apenas 30 min de descanso e sair mais cedo do trabalho. Não precisa mais autorização do Ministério do Trabalho. Isso beneficia aquele empregado que almoça perto da empresa ou no próprio local de trabalho. Vale ressaltar que existem atividades que efetivamente exigem um descanso mínimo de 1h.
Aumento do valor da multa por falta de registro de empregado com base no art. 41
Como é:
Multa de R$ 402,54 por empregado.
Como ficou:
Art. 47.  O empregador que mantiver empregado não registrado nos termos do art. 41 desta Consolidação ficará sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência.  
§ 1o  Especificamente quanto à infração a que se refere o caput deste artigo, o valor final da multa aplicada será de R$ 800,00 (oitocentos reais) por empregado não registrado, quando se tratar de microempresa ou empresa de pequeno porte. 
§ 2o  A infração de que trata o caput deste artigo constitui exceção ao critério da dupla visita. (NR)  
Comentários: O Auditor Fiscal do Trabalho não é obrigado a conceder prazo para que seja efetuado o registro, pode lavrar de imediato o auto de infração.
 Intervenção Mínima do Poder Judiciário
É o fim da jurisprudência criativa do TST. A JT não pode criar direitos não previstos em lei.
Exemplo: Súmula 291 do TST ( O TST não pode criar uam indenização pela retirar de horas extras, não há previsão legal.
Súmula nº 291 do TST
HORAS EXTRAS. HABITUALIDADE. SUPRESSÃO. INDENIZAÇÃO. (nova redação em decorrência do julgamento do processo TST-IUJERR 10700-45.2007.5.22.0101) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nosúltimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.
Art. 8º § 2o  Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei.  
§ 3o  No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. (NR)  
Comentário: Um exemplo seria o abandono de emprego previsto na Súmula 32 do TST:
ABANDONO DE EMPREGO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e  21.11.2003
Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer.
Tem juiz que espera os 30 dias e juiz que não espera para caracterizar o abandono de emprego.
Banco de Horas
Conceito: É um sistema de compensação de jornada em um período mais longo de tempo que atualmente é de 01 ano. Ao final do período é feito um encontro das horas para saber se o empregado tem horas extras a receber.
Como é na CF/88:
	Tem OBRIGATORIAMENTE que haver a negociação coletiva com o sindicato.
Art. 7º CF/88 São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
Como ficou:
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: 
II - banco de horas anual;  
Art. 59.  A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. 
§ 1o  A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinqüenta por cento) superior à da hora normal.
...................................................................................... 
§ 3o  Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2o e 5o deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.  
§ 4o  (Revogado).  
§ 5o  O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. 
§ 6o  É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.
Comentários: A compensação de jornada (banco de horas) poderá ser feito mediante ACORDO INDIVIDUAL na qual as horas poderão ser compensadas em até 06 meses ou até no mesmo mês. O empregador pode negociar diretamente com o empregado para ele trabalhar um dia sim e outro não.
Ações na Justiça do Trabalho (pagamento das custas processuais e ônus da sucumbência)
Novidade: o empregado vai ser obrigado a pagar as custas processuais e também o ônus da sucumbência (pagar o advogado do empregador).
OBS: Afundou as Súmulas 219 e 329 do TST.
Súmula nº 219 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.  CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI em decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016  
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência....
Súmula nº 329 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ART. 133 DA CF/1988 (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Mesmo após a promulgação da CF/1988, permanece válido o entendimento consubstanciado na Súmula nº 219 do Tribunal Superior do Trabalho.
Como é:
Art. 844 O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
Como ficou:
Art. 844 § 2o  Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável.
§ 3o  O pagamento das custas a que se refere o § 2o é condição para a propositura de nova demanda.
Comentários: O empregado que não comparece tem seu processo arquivado podendo reapresentar a mesma ação. Acontece que o mesmo vai ter que pagar as custas, a não ser que comprove a ausência por motivo justo.. Exemplo: o empregador e seu advogado se deslocam para uma audiência de Sobral para Limoeiro do Norte e lá chegando o reclamante não comparece. 
OBS. O juiz poderá afastar este inciso com base no PRINCÍPIO DO AMPLO ACESSO À JUSTIÇA.
Ações na Justiça do Trabalho (Justiça Gratuita)
Hipossuficiência presumida: para quem ganha até 40% de R$ 5.500,00 (teto da previdência), no caso R$ 2.200,00.
Comprovação da hipossuficiência: para os que ganham além de R$ 2.220,00.
Para o empregado ser beneficiário da justiça gratuita bastava a DECLARAÇÃO, agora se faz necessária a COMPROVAÇÃO.
Como é:
Art. 790 § 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família.  
Como ficou:
Art. 790 § 3o  É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
§ 4o  O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. (NR)
Art. 790-B.  A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.
Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica
Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil.
Situações que não são computados como jornada de trabalho, após a jornada de trabalho.
Como é:
Atualmente o que é considerado jornada de trabalho:
Tempo de efetivo trabalho.
Tempo à disposição do empregador.
Tempo de deslocamento do empregado em transporte fornecido pela empresa quando o local não seja servido por transporte público regular ou seja local de difícil acesso.
Como ficou:
Determinadas situações que eram tempo à disposição, agora não são mais.
Art. 58 § 2o  Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras:  
Exemplo: O empregado terminou o expediente (jornada) e está chovendo.O mesmo resolve ficar na empresa enquanto durante a chuva. Isso não é considerado como jornada de trabalho. Mas caso o empregado seja obrigado a atender um cliente isso para a ser.
I - práticas religiosas; (Exemplo: empregado que após o expediente e ainda dentro da empresa vai fazer uma oração).
II - descanso; 
III - lazer; 
IV - estudo; (Exemplo: empregado que resolve ficar na empresa após o expediente estudando para uma prova da faculdade).
V - alimentação; 
VI - atividades de relacionamento social;  
VII - higiene pessoal;  
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. (NR)  
Como é: tal período é computado como tempo de serviço.
Como fica: não é mais computado como tempo de serviço (hora trabalhada). Exemplo: mecânico que gasta 30 min para se limpar (tal período era pago pelo empregador). A não ser que seja obrigatório a troca de roupa na empresa. Exemplo: vestimenta de empregados que trabalham em câmaras frigoríficas.
Caso tais atos acima mencionados sejam praticados durante a jornada de trabalho, o empregado está sujeito ao poder diretivo da empresa.
Criação do TELETRABALHO
Trabalho externo = É um trabalhador comum que presta seu serviço fora da empresa, mas fica obrigado, por exemplo, a bater o ponto. Exemplo: motorista, vendedor.
Teletrabalho = É o trabalhador á distância com o uso de novas tecnologias. Este empregado pode comparecer à empresa esporadicamente em situações específicas. O contrato tem que ser escrito. Exemplo: para uma reunião.
Exemplo do teletrabalhador: um especialista em hacker. Pode trabalhar em casa fazendo a segurança da emrpesa.
CAPÍTULO II-A
DO TELETRABALHO (Home Office) - (Pessoas que trabalham em casa)
Como é: a legislação não contempla este tipo de trabalho.
‘Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalho observará o disposto neste Capítulo.’  
‘Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.  
Parágrafo único.  O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.’ 
‘Art. 75-C.  A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado. 
§ 1o  Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.  
§ 2o  Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual.
Alteração
Do presencial para o teletrabalho = depende da anuência do empregado.
Do teletrabalho para o presencial = basta o empregador querer e esperar 15 dias.
‘Art. 75-D.  As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito.  
Comentários: Tudo que o trabalhador usar em casa será formalizado através de contrato. Exemplo: gastos com energia, equipamentos, internet. O controle de trabalho será feito POR TAREFA. O empregado terá CTPS assina mas não terá direito a HORA EXTRA.
Parágrafo único.  As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remuneração do empregado.’ 
‘Art. 75-E.  O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. 
Comentários: Teletrabalho, também dito trabalho remoto, significa, literalmente, trabalho a distância. Concretamente, trata-se de trabalho que é realizado quando se está a utilizar equipamentos que permitem que o trabalho efetivo tenha efeito num lugar diferente do que é ocupado pela pessoa que o está a realizar. Existem diferentes concepções deste termo e termos similares como: trabalho a distância, como dito acima, e home office. 
Muitas empresas adotam esse estilo de trabalho visando diminuir os custos fixos da mesma, como os de infraestrutura, por exemplo. Mesmo sendo uma opção para solucionar problemas econômicos, é importante ressaltar que as empresas devem analisar bastante antes de tomar qualquer tipo de decisão, pelo fato de que muitas delas podem não conseguir adaptar seus funcionários para esse tipo de trabalho e, com isso, todo o processo produtivo pode ser afetado negativamente.
Autônomo Exclusivo e Não exclusivo.
Art. 442-B.  A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação. 
Trabalho Intermitente 
Significado da palavra intermitente: não constante, em continuidade; que é interrompido e se reinicia por períodos de tempo; em que acontecem pausas; alternado: chuvas intermitentes.
Art. 443.  O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.
.................................................................................... 
§ 3o  Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria. (NR) 
Art. 452-A.  O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. 
§ 1o  O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. 
§ 2o  Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. 
..........................................................................
§ 4o  Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinqüenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo.  
§ 5o  O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes.  
§ 6o  Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: 
I - remuneração; 
II - férias proporcionais com acréscimo de um terço;  
III - décimo terceiro salário proporcional; 
IV - repouso semanal remunerado; e 
V - adicionais legais. 
Exemplo: Contratei o empregado como intermitente e ele trabalhou para mim os meses de setembro e outubro. Ele vai receber seu salário, 13º e férias proporcionais em 2\12, 1\3 de férias e FGTS.
§ 7o  O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no § 6o deste artigo. 
§ 8o  O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. 
§ 9o  A cada dozemeses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subseqüentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador.  
Comentários: permite a contratação sem horário fixo de trabalho. O empregado ganha de acordo com o tempo que trabalha. O profissional é convocado mediante a demanda com antecedência mínima de 03 dias. Pode ser aplicado para todos os trabalhadores. Não existe uma categoria que pode e outra não.
Exemplo: se ele for chamado pelo patrão para trabalhar por 05 horas por mês, recebe apenas essas 05 horas. Se não for chamado, não recebe nada. O trabalhador terá direito a pagamento proporcional de férias, FGTS, INSS e 13º Salário.
Defensores do trabalho intermitente: Defendem que o mesmo cria oportunidades para quem está fora do mercado de trabalho. Outra defesa seria no sentido de que uma empresa não tem como fazer funcionar uma linha de produção com trabalhador intermitente, tem que ter o quadro fixo. O intermitente viria para agregar quando a demanda aumenta. O empregado pode trabalhar inclusive para várias empregadores como já era permitido anteriormente.
Contrários ao trabalho intermitente: Defendem que os trabalhadores vão ser substituídos.
Propagandas de outras empresas na vestimenta do empregado
Como é: 
Atualmente a JT considera como dano moral trabalhista por afetar os direitos da personalidade do empregado.
Como ficou:
Art. 456-A. Cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta no meio ambiente laboral, sendo lícita a inclusão no uniforme de logomarcas da própria empresa ou de empresas parceiras e de outros itens de identificação relacionados à atividade desempenhada. 
Parágrafo único.  A higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador, salvo nas hipóteses em que forem necessários procedimentos ou produtos diferentes dos utilizados para a higienização das vestimentas de uso comum.
Aumento de situações de demissão com justa causa
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado.
Exemplo: Motorista que teve a CNH cassada por excesso de pontos. Engenheiro que não pago o CREA e ficou impossibilitado de exercer sua profissão.
Rescisão contratual mediante acordo entre empregado e empregador. (dispensa de comum acordo)
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:  
I - por metade: 
a) o aviso prévio, se indenizado; e 
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990;  
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. 
§ 1o  A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos.  
§ 2o  A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.
Em resumo, empregado tem direito a:
50% do aviso indenizado;
50% da multa rescisória do FGTS (40%);
80% do FGTS depositado;
Integralmente as demais verbas (ex. férias e 13º salário.
OBS. O empregado não vai poder dar entrada no Seguro Desemprego. Haja vista não ter ocorrido uma despedida involuntária.
Art. 7º CF/88 São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
Enquadramento do grau de insalubridade
Como é:
O Ministério do Trabalho disciplina o enquadramento através das NR (Norma Regulamentadora). 
Como ficou:
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: 
XII - enquadramento do grau de insalubridade; 
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho;  
Parágrafo único.  Regras sobre duração do trabalho e intervalos não são consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para os fins do disposto neste artigo. 
Significa dizer que jornadas extenuantes e não concessão de intervalo mediante indenização não ferem a saúde e segurança no trabalho?
Comentários: O grau de insalubridade pode ser objeto de negociação. Exemplo: posso mediante acordo individual baixar ou aumentar o grau de insalubridade do empregado ou até mesmo dizer que o mesmo não tem direito. Este inciso contradiz a própria lei no artigo 611 B e também a CF/88:
Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: 
XVII - normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho;  
XVIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas;  
Art. 7º XXII CF/88 - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
Participação nos lucros ou resultados da empresa. (acordado sobre o legislado)
Como é:
Art. 7º CF/88 São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
Como ficou:
Art. 611-A.   convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: 
XV - participação nos lucros ou resultados da empresa. 
Comentários: A participação nos lucros ou resultados da empresa pode ser objeto de negociação coletiva
Horas Intinere (Horas de percurso)
Trata-se da empresa localizada em local de difícil acesso (local não servido por transporte público) e a empresa fornece transporte para os empregados. Existem benefícios tanto para empregado quanto para o empregador:
Para o empregador: todos os empregados saem e chegam na hora, sem atrasos.
Para o empregado: é mais seguro, não pára em muitos locais, não vai lotado, cômodo, etc.
Como é:
Exemplo: Empregado leva 1h para ir ao trabalho e 1h para voltar, chega na empresa e trabalha 8h. Neste caso contam-se 10h de trabalho (2h extras). Isso desestimula o empregador a fornecer tal transporte haja vista que o mesmo não é obrigado a tal.
OBS. O que seria então mais vantajoso para o empregado: um transporte gratuito, mais rápido e confortável OU as horas extras por tal deslocamento.
Art. 58 § 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. 
Como ficou:
Art. 58 § 2o  O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.  
Enquadramento do que vai ser função de confiança (O negociado sobre o legislado)
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; 
Comentário: A CCT ou ACT vai poder dizer que uma determinada função é de confiança e com isso a empresa não vai pagar hora extra. O empregado que exercer cargo de confiança terá direitoa um acréscimo salarial de 40%.
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:       
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. 
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).   
 Sobreaviso (O negociado sobre o legislado)
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: 
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;  
Comentário: A CCT ou ACT vai poder dizer por exemplo que toda vez que o empregador ligar para o empregado ou sempre quando aquele ligar para este, não vai caracterizar sobreaviso.
Distribuição do valor das gorjetas (O negociado sobre o legislado)
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: 
IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual;  
Comentários: A CCT ou ACT podem disciplinar que as gorjetas serão distribuídas da seguinte forma: 1% para o garçom, 1% para o cumim (ajudante) e 5% para o cozinheiro ou até mesmo disciplinar que não haverá cobrança de gorjeta.
Modalidade de registro de jornada (O negociado sobre o legislado)
Como é: 
Art. 74 - O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministro do Trabalho, Indústria e Comercio, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma.
 § 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso.  
Como pode ficar: 
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
X - modalidade de registro de jornada de trabalho;  
Comentários: A negociação coletiva pode dizer que não precisa mais a assinatura do empregado (o próprio apontador pode fazer) ou por digital, livro, etc. Pode ser negociada a FORMA de como será feito o registro da jornada. 
Análise da JT sobre a CCT e ACT ou sobre o negociado x legislado (regra da intervenção mínima)
Art. 611 A § 1o  No exame da convenção coletiva ou do acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho observará o disposto no § 3o do art. 8o desta Consolidação.  
§ 3o  No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. 
Comentários: A JT não poderá alterar o conteúdo da negociação coletiva de trabalho. Exemplo: A negociação alterou o grau de insalubridade, o juiz não pode modificá-lo. A saída seria o art. 104 do Código Civil em que o juiz pode alegar que o objeto da negociação foi ilícito.
Art. 104 CC. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
Não necessidade da CONTRAPARTIDA na negociação coletiva
Art. 611 A § 2o  A inexistência de expressa indicação de contrapartidas recíprocas em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho não ensejará sua nulidade por não caracterizar um vício do negócio jurídico.  
Comentário: Toda negociação pressupõe contrapartidas, deve haver uma troca e não uma renúncia. Com a reforma, isso não é necessário. Exemplo: se o sindicato não tiver muita força para negociar, a categoria vai simplesmente perder direitos. Seria um perde e ganha sem contrapartidas.
CLÁSULA DE BARREIRA (matérias que não podem ser objeto de negociação coletiva)
Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos:  
I - normas de identificação profissional, inclusive as anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social;  
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;  
III - valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);  
IV - salário mínimo;  
V - valor nominal do décimo terceiro salário; 
VI - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
VII - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;  
VIII - salário-família;  
IX - repouso semanal remunerado; 
X - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% (cinqüenta por cento) à do normal; 
XI - número de dias de férias devidas ao empregado; 
XII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;  
XIII - licença-maternidade com a duração mínima de cento e vinte dias; 
XIV - licença-paternidade nos termos fixados em lei; 
XV - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
XVI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; 
XVII - normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho;  
XVIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas;  
XIX - aposentadoria;  
XX - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador;  
XXI - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;  
XXII - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador com deficiência; 
XXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
XXIV - medidas de proteção legal de crianças e adolescentes;  
XXV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso;  
XXVI - liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou desconto salarial estabelecidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho; 
XXVII - direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender;  
XXVIII - definição legal sobre os serviços ou atividades essenciais e disposições legais sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade em caso de greve; 
XXIX - tributos e outros créditos de terceiros;  
Comentários: essencialmente são as matérias disciplinas na CF/88.
Acordo Coletivo de Trabalho x Convenção Coletiva de Trabalho, qual deve prevalecer?
Convenção = Entre sindicatos (dos empregados e empregadores).
Acordo = Entre sindicato dos empregados e uma ou mais empresas.
Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho.                     
§ 1º É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionaiscelebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho.   
Como é: Pelo Princípio da Norma Mais Favorável ao empregado caso haja a previsão do mesmo direito em uma Convenção e em um Acordo, deve prevalecer aquilo que for mais favorável ao empregado. 
Como ficou: Aplica-se o Princípio da Especificidade ou seja, como o Acordo é mais específico, deve ser aplicado.
Art. 620.  As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho.  
Escala 12 x 36
Como é: A lei não diz NADA. Existem previsões em convenções e acordos coletivos de trabalho. A Súmula 444 do TST permite a escala 12 x 36 desde que mediante NEGOCIAÇÃO COLETIVA. (Exemplo: vigilante, enfermeiro, etc.
SUM-444 JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 – republicada em decorrência do despacho proferido no processo TST-PA-504280/2012.2 – DEJT divulgado em 26.11.2012
É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas.
Como fica o intervalo intrajornada de descanso e alimentação de no m ínimo 1h?
Fica difícil para o empregador conceder esse intervalo para o vigilante por exemplo. O empregado entra na JT e ganha essa hora acrescida de 50% (hora extra) e tem reflexos no FGTS, INSS, 13º salário, férias, aviso prévio.
Como ficou:
OBS. A escala 12 x 36 agora pode ser feita INDIVIDUALMENTE para qualquer empregado.
OBS. Agora com a reforma, tai intervalos pode ser INDENIZADOS. O valor objeto do pagamento vai ter natureza INDENIZATÓRIA, não é salário. Não vai mais entrar na base de cálculo de nenhum outro direito.
Como fica a remuneração do feriado na escala 12 x 36? Haja vista que em tal trabalho, inevitavelmente o empregado vai acabar trabalhando em feriado.
Como é: O pagamento tem que ser em DOBRO.
Como ficou: O salário ajustado entre empregado e empregador já cobre o pagamento em feriado e também a hora noturna.
Art. 59-A.  Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.  
Parágrafo único.  A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.
Plano de Demissão Voluntária (PDV)
Art. 477-B.  Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes.
Comentário: em nosso ver, tal artigo fera a CF/88 que trata do PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DE JURISDIÇÃO. Sendo assim, o empregado ao aderir ao PDV não poderia mais pleitear na JT nenhum outro direito trabalhista.
Art. 5º XXXV CF/88 - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Termo de quitação anual de obrigações trabalhistas
Novidade: Anualmente o empregado é chamado para assinar um termo dando quitação das verbas trabalhistas.
Art. 507-B.  É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da categoria.  
Parágrafo único.  O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridas mensalmente e dele constará a quitação anual dada pelo empregado, com eficácia liberatória das parcelas nele especificadas.