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06b INSS Financiamento Salário de Benefício

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO
Salário de contribuição. Regras gerais
Quando se trata de cobertura previdenciária, isto é, recebimento de benefício previdenciário, o segurado é sujeito ativo, isto é, credor, da relação jurídica.
Em termos de custeio, porém, o segurado é sujeito passivo da relação jurídica, isto é, devedor da contribuição previdenciária prevista no art. 195, II, da CF.
O segurado está obrigado ao pagamento das contribuições previstas nos arts. 20 e 21 do PCSS, conforme se enquadre como segurado empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso (art. 20), bem como segurado contribuinte individual e facultativo.
A base de cálculo da contribuição do segurado é, em regra, o seu SALÁRIO-DE CONTRIBUIÇÃO.
O segurado especial é a exceção: a base de cálculo da contribuição do SEGURADO ESPECIAL é a receita bruta da comercialização de sua produção rural.
CONCEITO: é o valor que serve de base para incidência das alíquotas das contribuições previdenciárias (fonte de custeio) e como base para o cálculo do salário benefício. Segundo o artigo 214, incisos I e II do Decreto nº 3048/99, Salário de Contribuição, pode ser assim explicitado, senão vejamos:
I - para o EMPREGADO e o TRABALHADOR AVULSO: a remuneração auferida, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;
II - para o EMPREGADO DOMÉSTICO: a remuneração registrada na CTPS, observados os limites mínimo e máximo legais;
III - para o CONTRIBUINTE INDIVIDUAL e SEGURADO FACULTATIVO: o valor por ele declarado, não podendo exceder o limite legal;
ATENÇÃO: Para o contribuinte individual que presta serviço a empresas, a responsabilidade de recolher a contribuição é da empresa.
IV - para o DIRIGENTE SINDICAL na qualidade de empregado: a remuneração paga, devida ou creditada pela entidade sindical, pela empresa ou por ambas;
V para o DIRIGENTE SINDICAL na qualidade de trabalhador avulso: remuneração paga, devida ou creditada pela entidade sindical.
Base de Cálculo
A base de cálculo da contribuição devida pelo segurado denomina-se SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO, e será utilizada no cálculo do salário de benefício.
Vamos notar que a lei, ao definir o salário de contribuição dos diversos segurados, utiliza a palavra “remuneração” e não “salário”, esta mais adequada para denominar a remuneração recebida pelos empregados.
Conforme o tipo de segurado, a definição legal de salário de contribuição pode variar.
O salário de contribuição tem limites máximo (teto) e mínimo (piso).
O salário de contribuição dos segurados CONTRIBUINTE INDIVIDUAL e FACULTATIVO não pode ser inferior ao valor de um salário mínimo.
Já os segurados EMPREGADO, EMPREGADO DOMÉSTICO e TRABALHADOR AVULSO não podem ter salário de contribuição inferior ao piso salarial legal ou normativo da categoria. Se não existir o piso salarial ou normativo da categoria, o salário de contribuição não pode ser inferior a um salário mínimo mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de efetivo trabalho durante o mês (art. 28, § 3º, do PCSS e art. 214, § 3º, II, do RPS).
ATENÇÃO: o salário de contribuição de menor aprendiz não pode ser inferior ao valor de sua remuneração mínima prevista em lei (art. 28, § 4º, do PCSS).
Qualquer que seja o tipo de segurado, o salário de contribuição não poderá ser superior ao teto máximo fixado mediante portaria do Ministério da Previdência Social, expedida sempre que for alterado o valor dos benefícios (art. 28, § 5º, do PCSS e art. 214, § 5º, do RPS). Esse limite é reajustado na mesma época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios previdenciários (art. 20, § 1º, e art. 21, § 1º, do PCSS).
O § 2º do art. 12 do PCSS determina que “todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas”. 
Essa disposição tem reflexos no custeio e no cômputo do tempo de contribuição. No custeio, porque a pessoa física será segurado obrigatório em todas as atividades que exercer e, com isso, estará obrigado ao recolhimento da contribuição previdenciária em cada uma delas, até o limite do teto do salário de contribuição. No cômputo do tempo de contribuição, porque as denominadas “atividades concomitantes” têm regramento específico.
O § 4º do referido art. 12 trata da situação do aposentado que volta a exercer atividade vinculada ao RGPS: o aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por esse Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata essa lei, para fins de custeio da Seguridade Social.
A nosso ver, de forma equivocada, alguns argumentam pela inconstitucionalidade dessa norma, ao fundamento de que a nova filiação e consequente contribuição ao custeio não garantem cobertura previdenciária. O equívoco está em considerar que a contribuição para o custeio tem em vista apenas a cobertura previdenciária para o segurado. Na verdade, o segurado contribui por outras razões: primeiro, porque deve ser solidário com o sistema; segundo, porque sua nova atividade é potencialmente geradora de contingências que irão originar cobertura previdenciária para outros segurados.
	SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
	Piso um salário mínimo →
	Contribuintes Individual e Facultativo;
	Piso salarial ou normativo da categoria →
	Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso;
	Remuneração mínima prevista em lei ou um salário mínimo →
	Menor Aprendiz. 
	Teto Fixado por Portaria do Ministério da Previdência Social.
VERBAS QUE INTEGRAM O SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO: art. 28 do PCSS
O salário de contribuição varia conforme o tipo de segurado considerado.
Há algumas verbas que suscitam dúvida acerca de integrarem ou não o salário de contribuição.
1/3 de férias
13º Salário
Diárias pagas que excedam 50% da remuneração
Salário Maternidade
Contribuição sobre 1/3 de férias
O art. 7º, XVII, da CF, garante ao trabalhador férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal. Esse adicional à remuneração das férias é salário de contribuição, razão pela qual sobre ele incide a contribuição do segurado (art. 214, § 4º, RPS).
OBS: 
“Impossibilidade da incidência de contribuição previdenciária sobre o terço constitucional de férias. A jurisprudência do STF firmou-se no sentido de que somente as parcelas que podem ser incorporadas à remuneração do servidor para fins de aposentadoria podem sofrer a incidência da contribuição previdenciária.” (AI 710.361-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 7-4-2009, Primeira Turma, DJE de 8-5-2009.) No mesmo sentido: AI 712.880-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 26-5-2009, Primeira Turma, DJE de 19-6-2009.
Portanto, no que tange às férias, segundo a lei, se forem fruídas no curso do contrato de trabalho, sobre o seu valor incluindo o terço constitucional incide contribuição previdenciária. Se as férias forem indenizadas não há incidência de contribuição previdenciária, tendo em vista que não se trata de verba remuneratória. Segundo posicionamento do STF e STJ, as férias e o terço constitucional de férias gozadas não tem incidência de contribuição previdenciária, haja vista não serem incorporadas na aposentadoria do trabalhar, sendo impossível a sua cobrança.
13º Salário
Também o 13º salário costuma suscitar controvérsia. É salário de contribuição, ou seja, sobre ele incide contribuição do segurado, recolhida somente por ocasião do pagamento ou crédito da última parcela, ou quando rescindido o contrato de trabalho (Cf. STF, AI-Agr 647725, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 14.03.2008).Porém, o 13º salário não será computado no cálculo do salário de benefício (art. 28, § 7º, do PCSS; art. 29, § 3º, do PBPS e art. 214, § 6º, do RPS).
A TNU já firmou entendimento, conforme sua Súmula 60: “O décimo terceiro salário não integra o salário de contribuição para fins de cálculo do salário de benefício, independentemente da data da concessão do benefício previdenciário”.
Diárias
O total das diárias pagas, desde que supere 50% da remuneração mensal, integra o salário de contribuição (art. 28, § 8º, a, do PCSS).
Exemplo:
Folha Salarial de Maria
	Salário Base
	1.000,00
	Incide Contribuição
	Diárias
	750,00
	Incide Contribuição*
	Vale Transporte
	200,00
	Não Incide Contribuição 
	Vale Cultura
	50,00
	Não Incide Contribuição
	Ressarcimento
	150,00
	Não Incide Contribuição
*Incide contribuição sobre o valor das diárias, pois a mesma ultrapassou o limite de 50% da remuneração mensal, ou seja, do salário base.
O Salário-Maternidade é considerado salário de contribuição (art. 28, § 2º, do PCSS).
Embora não incida contribuição sobre benefícios, o salário maternidade é exceção a essa regra:
VERBAS QUE NÃO INTEGRAM O SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
As verbas que não integram o salário de contribuição, ou seja, sobre as quais não incide contribuição previdenciária, estão relacionadas no art. 28, § 9º, do PCSS.
Esse rol está mais detalhado no § 9º do art. 214 do RPS, do qual destacamos: 
Benefícios previdenciários, exceto o salário-maternidade;
Importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional, inclusive a dobra de férias prevista no art. 137 da CLT;
Indenização; 
Incentivo à demissão, ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados do salário; 
Licença-prêmio indenizada; 
Vale-transporte; 
Ajuda de custo em razão de mudança de local de trabalho do empregado; 
Valores efetivamente pagos pela pessoa jurídica relativos a programas de previdência complementar, aberta ou fechada.
Contribuição sobre aposentadoria:
Não incide contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social. (Art. 195, II da CF)
Atenção às Súmulas:
Súmula 310 do STJ: o Auxílio-creche não integra o salário de contribuição.
Súmula 207 do STF: as gratificações habituais, inclusive a de Natal, consideram-se tacitamente convencionadas, integrando o salário.
Porém, se essas verbas forem pagas ou creditadas em desacordo com a lei, serão consideradas integrantes do salário de contribuição, além de serem cominadas as penalidades cabíveis. A previsão se justifica, porque sempre haveria a possibilidade de, por exemplo, pagar ao segurado empregado verbas de natureza salarial como se fossem indenizações, sobre as quais não incide a contribuição previdenciária; comprovada essa hipótese, o valor pago será considerado integrante do salário de contribuição, impondo-se o recolhimento da contribuição, além de estarem os infratores sujeitos às penalidades previstas na lei.
O STJ, em decisão que merece transcrição, elucidou a questão relativa à composição do salário de contribuição por algumas verbas:
“(...)
1. O auxílio-doença pago até o 15º dia pelo empregador é inalcançável pela contribuição previdenciária, uma vez que referida verba não possui natureza remuneratória, inexistindo prestação de serviço pelo empregado, no período. (...)
2. Os valores percebidos a título de auxílio-creche, benefício trabalhista de nítido caráter indenizatório, não integram o salário de contribuição.
Inteligência do verbete sumular n. 310/STJ: ‘O auxílio-creche não integra o salário de contribuição’ (...).
3. O salário-maternidade possui natureza salarial e integra, consequentemente, a base de cálculo da contribuição previdenciária.
4. O fato de ser custeado pelos cofres da Autarquia Previdenciária, porém, não exime o empregador da obrigação tributária relativamente à contribuição previdenciária incidente sobre a folha de salários, incluindo, na respectiva base de cálculo, o salário-maternidade auferido por suas empregadas gestantes (Lei n. 8.212/91, art. 28, § 2º) (...).
5. As verbas relativas ao 1/3 de férias, às horas extras e adicionais possuem natureza remuneratória, sendo, portanto, passíveis de contribuição previdenciária.
(...)
8. Também quanto às horas extras e demais adicionais, a jurisprudência desta Corte firmou-se no seguinte sentido: ‘(...) 1. A jurisprudência deste Tribunal Superior é firme no sentido de que a contribuição previdenciária incide sobre o total das remunerações pagas aos empregados, inclusive sobre o 13º salário e o salário-maternidade (Súmula n. 207/STF). 2. Os adicionais noturnos, hora extra, insalubridade e periculosidade possuem caráter salarial. Iterativos precedentes do TST (Enunciado n. 60) (...). 4. O legislador ordinário, ao editar a Lei n. 8.212/91, enumera no art. 28, § 9º, quais as verbas que não fazem parte do salário de contribuição do empregado, e, em tal rol, não se encontra a previsão de exclusão dos adicionais de hora extra, noturno, de periculosidade e de insalubridade. (...)’
(REsp n. 486.697/PR, 1ª Turma, Rel. Min. Denise Arruda, DJU de 17.12.2004).
(...).”
CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO EMPREGADO E DO SEGURADO TRABALHADOR AVULSO
Fato gerador: receber remuneração (art. 20 do PCSS).
Sujeito ativo: a União.
Sujeito passivo: o segurado empregado e o segurado trabalhador avulso.
Os segurados obrigatórios do Regime Geral de Previdência Social, na condição de empregados, estão relacionados no art. 12, I, do PCSS.
O segurado trabalhador avulso está definido pelo art. 12, VI, do PCSS: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no regulamento.
Cabe ao empregador descontar, previamente, da remuneração o valor da contribuição do segurado a seu serviço e, após, fazer o respectivo recolhimento, na forma prevista no art. 30, I, a e b, da Lei n. 8.212/91.
Se o segurado especial tiver trabalhadores ao seu serviço, terá a mesma obrigação em relação às contribuições desses segurados, conforme prevê o inc.
XIII do art. 30, incluído pela Lei n. 11.718/2008.
O descumprimento dessa obrigação, por parte do empregador, configura infração administrativa e, em alguns casos, infração penal.
Essa obrigação do empregador tem repercussão na comprovação do tempo de contribuição dos segurados empregado e trabalhador avulso: bastará a anotação do contrato do trabalho na CTPS para comprovar o tempo de contribuição, sendo desnecessário apresentar documentos que comprovem o recolhimento da contribuição, uma vez que a obrigação é do empregador. Por isso, milita em favor desses segurados a presunção de recolhimento. 
Caso o empregador não tenha feito o recolhimento das contribuições, os segurados empregado e trabalhador avulso não poderão ter indeferidos seus pedidos de benefícios com esse fundamento, cabendo à autoridade administrativa providenciar a autuação do empregador e a cobrança do respectivo crédito tributário.
Salário de contribuição: aqui se deve atentar para as verbas recebidas pelo segurado e separar as que não têm natureza remuneratória. O art. 28, I, do PCSS, e o art. 214, I, do RPS dão o conceito: remuneração auferida em uma ou mais empresas, entendida como a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma. Incluem-se as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial. Considera-se essa remuneração tanto em relação aos serviços efetivamente prestados como ao tempo em que o segurado esteve à disposição do empregador ou tomador de
serviços, nos termos da lei ou do contrato, ou de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.
Devem ser observados os limites mínimo e máximo do salário de contribuição.
Alíquota: o valor do salário de contribuição revela a alíquota correspondente, de acordo com a tabela do art. 20 do PCSS, aplicadade forma não cumulativa.
Até o fechamento desta edição, estava em vigor a tabela instituída pela Portaria Interministerial MPS/MF n. 15, de 10.01.2013 (DOU 11.01.2013), que fixa as seguintes alíquotas: 
	SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (R$) 
	ALÍQUOTA
	Até R$ 1.247,70;
	8%
	Entre R$ 1.247,71 e R$ 2.079,50
	9%
	Entre R$ 2.079,51 e R$ 4.159,00
	11%
CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO EMPREGADO DOMÉSTICO
Fato gerador: receber remuneração (art. 20 do PCSS).
Sujeito ativo: a União.
Sujeito passivo: o segurado empregado doméstico.
Cabe ao empregador doméstico a obrigação do recolhimento da contribuição do empregado doméstico; desconta-se o respectivo valor por ocasião do pagamento da remuneração ao empregado doméstico a seu serviço.
As contribuições do empregador doméstico e do segurado empregado doméstico devem ser recolhidas pelo empregador (art. 30, V, do PCSS). Cabem aqui as mesmas considerações feitas a respeito no item anterior.
Salário de contribuição: a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observados os limites mínimo e máximo do salário de contribuição (art. 28, II, do PCSS).
Alíquota: a correspondente ao salário de contribuição, aplicada de forma não cumulativa, conforme disposto na tabela do art. 20 do PCSS.
CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
Fato gerador: receber remuneração em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria (art. 21 do PCSS).
Sujeito ativo: a União.
Sujeito passivo: o contribuinte individual, que deve proceder ao recolhimento por iniciativa própria (art. 30, II, do PCSS).
Por ser responsável pelo recolhimento das contribuições, o contribuinte individual, para comprovar tempo de contribuição, deverá apresentar os comprovantes de recolhimento.
Porém, nem sempre é assim. O contribuinte individual pode prestar serviços a pessoas físicas e a pessoas jurídicas.
As pessoas jurídicas, para as quais o contribuinte individual presta serviços, estão obrigadas a fazer a retenção e o posterior recolhimento da contribuição desse segurado. Essas empresas são, nesse caso, responsáveis tributárias por Substituição, na forma do art. 4º da Lei n. 10.666/2003.
Caso o contribuinte individual preste serviços a diversas empresas durante o mês, deverá verificar a regularidade das retenções e dos recolhimentos em cada uma delas, porque deve obedecer aos valores mínimos e máximo do salário de contribuição. Se o total das retenções tiver considerado valor inferior ao mínimo, o segurado contribuinte individual deverá fazer a devida complementação.
O contribuinte individual deve informar a todas as empresas para as quais preste serviços durante o mês as retenções feitas no período por outras empresas, de modo que seja respeitado o teto máximo do salário de contribuição.
Entretanto, quando o contribuinte individual presta serviços para pessoas físicas, essas não estão obrigadas a fazer a retenção e o recolhimento, obrigações que são do próprio segurado, que deverá observar os limites mínimo e máximo do salário de contribuição.
O contribuinte individual está definido no art. 12, V, do PCSS.
Salário de contribuição: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês (art. 28, III, do PCSS), observados os limites mínimo e máximo do salário de contribuição.
Alíquota: 20%.
O art. 30, § 4º, do PCSS prevê redução de alíquota na hipótese de o segurado contribuinte individual prestar serviços a uma ou mais empresas. Nesse caso, o contribuinte individual poderá deduzir da sua contribuição mensal até 45% da contribuição da empresa, efetivamente recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que lhe tenha sido paga ou creditada. Essa dedução, porém, não poderá ultrapassar 9% do salário de contribuição. Na prática, a dedução poderá levar o contribuinte individual a uma alíquota de sua contribuição de 11% do salário de contribuição.
Vencimento: o dia 15 do mês seguinte ao da competência (art. 30, II, do PCSS). Há situações em que o salário de contribuição é igual a um salário mínimo; nesse caso, o contribuinte individual pode optar por recolhimentos trimestrais, até o dia 15 do mês seguinte ao de cada trimestre civil (art. 216, § 15, do RPS).
Os §§ 2º e 3º do art. 21 da Lei n. 8.212/91 foram alterados pela Lei Complementar n. 123/2006 e pela Lei n. 12.470/2011, que tiveram por objetivo promover a inclusão previdenciária de pessoas de baixa renda, que, por características de sua condição social e atividade, acabam sem proteção previdenciária (cf. art. 20, §§ 12 e 13, da CF). São o contribuinte individual e o microempreendedor individual, na forma do art. 18-A da Lei Complementar n. 123/2006.
Com as alterações, o art. 21 permite que esses segurados recolham as contribuições previdenciárias com alíquotas reduzidas, desde que optem pela exclusão do direito à aposentadoria por tempo de contribuição.
Contribuinte Individual com Alíquota Reduzida e MEI
Para o contribuinte individual que opte pelo recolhimento da contribuição previdenciária com alíquota reduzida, pode-se, então, resumir:
Sujeito passivo: o contribuinte individual que trabalha por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, que OPTAR PELA EXCLUSÃO DO DIREITO À APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
Salário de contribuição: o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário de contribuição (um salário mínimo).
Alíquota: 11%.
Para o microempreendedor individual que faça a mesma opção, têm-se: 
Sujeito passivo: o microempreendedor individual.
Salário de contribuição: o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário de contribuição (um salário mínimo).
Alíquota: 5%.
Caso o segurado que tenha feito a opção pelo recolhimento com alíquota reduzida se arrependa e queira se aposentar por tempo de contribuição, deverá recolher a diferença entre o valor pago e o de 20% do valor do limite mínimo mensal do salário de contribuição, em vigor na competência a ser complementada, acrescido dos juros moratórios, na forma do § 3º do art. 5º da
Lei n. 9.430/96.
ATENÇÃO: embora a Lei n. 12.470 tenha sido publicada em 1º.09.2011, os efeitos em relação aos §§ 2º e 3º do art. 21 são produzidos a partir de 1º.05.2011.
CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO FACULTATIVO
O segurado facultativo está definido no art. 14 do PCSS: o maior de 14 anos de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 21, desde que não incluído nas disposições do art. 12, isto é, desde que não seja segurado obrigatório.
Fato gerador: inscrever-se como segurado do RGPS (art. 21 do PCSS).
Sujeito ativo: a União.
Sujeito passivo: o segurado facultativo, que deve fazer o recolhimento por iniciativa própria (art. 30, II, do PCSS).
Salário de contribuição: o valor declarado pelo segurado facultativo (art. 28, IV, do PCSS), observados os limites mínimo e máximo.
Alíquota: 20%.
Vencimento: o dia 15 do mês seguinte ao da competência (art. 30, II, do PCSS). Assim como o contribuinte individual, o segurado facultativo pode optar pelo recolhimento trimestral caso o salário de contribuição seja igual ao salário mínimo; nesse caso, o vencimento será no dia 15 do mês seguinte ao de cada trimestre civil (art. 216, § 15, do RPS).
O segurado facultativo também pode optar pela exclusão do direito à aposentadoria por tempo de contribuição. Se o fizer, pode contribuir para o custeio na forma prevista no item supra, em razão das alterações introduzidas no art. 21 da Lei n. 8.212/91 pela Lei Complementar n. 123/2006 e pela Lei n. 12.470/2011.
Nessa hipótese, a relação de custeio terá:
Sujeito passivo: o segurado facultativo que optar pela exclusão do direito à aposentadoria por tempo de contribuição.
Salário de contribuição ou base de cálculo: o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário de contribuição (um salário mínimo).
Alíquota: 11%.
Além de conservar o que já estava garantido pela Lei Complementarn. 123/2006, a Lei n. 12.470/2011, seguindo o mandamento constitucional de inclusão previdenciária das pessoas de baixa renda, trouxe importante previsão que beneficia a “dona de casa”, que não tem renda própria e “que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente à família de baixa renda”.
A família de baixa renda, nesse caso, deve estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal — CadÚnico, com renda mensal de até 2 (dois) salários mínimos.
Nessa hipótese, assim se resume a relação de custeio:
Sujeito passivo: o segurado facultativo sem renda própria, que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico, pertencente a família de baixa renda. Salário de contribuição: o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário de contribuição (um salário mínimo).
Alíquota: 5%.
Assim como o contribuinte individual, se o segurado facultativo optar pela alíquota de 11% ou de 5%, estará sujeito as mesmas regras referidas no item, supra, caso queira se aposentar por tempo de contribuição ou utilizar o período para fins de contagem recíproca.

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