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RESUMO SOBRE SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO - CONCURSO DO INSS

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Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
Resumo Para Concurso Do Inss 
Salário de Contribuição 
O salário de contribuição é um tema de suma importância para qualquer prova 
de Direito Previdenciário, devendo ser dada uma atenção especial em relação 
a esse tema, sendo frequentemente abordado pelas bancas examinadoras de 
concurso público. 
Introdução 
Para iniciar o estudo em relação ao tema salário de contribuição, é necessário 
diferenciar dois conceitos em relação a dois aspectos: salário de contribuição 
e remuneração como fato gerador da contribuição previdenciária e salário de 
contribuição e remuneração como base de cálculo da contribuição 
previdenciária. 
Quando se menciona fato gerador (fato que o legislador vincula o nascimento 
da obrigação tributária de pagar um tributo determinado), os dois conceitos se 
confundem. Ou seja, o fato gerador da obrigação previdenciária são as 
parcelas de natureza remuneratórias que são pagas (pela empresa)/recebidas 
(pelos segurados). Quando se define salário de contribuição, tal definição nada 
mais é do que a remuneração que os segurados recebem das empresas. 
Quando se menciona base de cálculo (numerário sobre o qual incide a alíquota 
da contribuição previdenciária), os dois conceitos são completamente distintos. 
O salário de contribuição é a base de cálculo de contribuição dos segurados e 
do empregador doméstico. Tal base de cálculo possui limite que, atualmente, 
é de R$ 7.087,22. Nenhum segurado ou empregador doméstico poderá versar 
contribuições além do limite mencionado. 
Já a remuneração é a base de cálculo de contribuição das empresas. Tal base 
de cálculo não possui limite. 
Imagine, portanto, uma empresa que contrata um segurado empregado e 
pague para ele uma remuneração no valor de R$ 10.000,00. 
A contribuição da empresa irá incidir sobre os R$ 10.000,00, tendo em vista que 
a base de cálculo da empresa é a remuneração paga, a qual não tem limite. 
 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
Entretanto, o segurado empregado será descontado em 11,69% sobre R$ 
7.087,22, tendo em vista que a base de cálculo do segurado é o seu salário de 
contribuição, a qual tem limite. 
Assim, a empresa terá o ônus de R$ 12.000,00, ou seja, R$ 10.000,00 que foi o 
valor pactuado, além de R$ 2.000,00 de contribuição patronal em relação à 
remuneração paga. 
Já o segurado irá receber da empresa o valor de R$ 10.000,00, descontando o 
valor de 11,69% sobre R$ 7.087,22. 
Conceito 
O art. 28 da Lei n. 8.212/1991 trata do salário de contribuição. 
Para cada segurado, existe um conceito de salário de contribuição. 
 
1.2.1. Empregado e Trabalhador Avulso 
Para o segurado empregado e para o trabalhador avulso, entende-se por 
salário de contribuição: 
“a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a 
totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, 
durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, 
inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os 
adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços 
efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou 
toma dor de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção 
ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa”. 
Exemplo 
Imagine João, professor, que ministra aulas de matemática em 3 escolas 
diferentes (escola A, B e C), sendo segurado empregado do RGPS, auferindo 
uma remuneração mensal de R$ 1.500,00 em cada uma delas. Pergunta: qual 
será o salário de contribuição de João no mês? 
Resposta: R$ 4.500,00, tendo em vista que o seu salário de contribuição é a 
remuneração auferida em uma ou mais empresas. Portanto, é o somatório das 
remunerações auferidas. 
Dessa forma, cada escola, tendo o conhecimento dos múltiplos vínculos, 
deverá descontar a alíquota de 10,36% (alíquota efetiva, conforme tabela 
progressiva, sobre o valor de R$ 4.500,00) e não de 7,79% (alíquota efetiva, 
conforme tabela progressiva, sobre o valor de R$ 1.500,00). 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
O grande problema são os empregadores terem o conhecimento dos múltiplos 
vínculos, uma vez que a obrigação de avisar a existência dessa situação é do 
empregado. 
Assim, João deve avisar, mensalmente, a escola A, a existência dos demais 
vínculos, ou seja, vínculo em relação às escolas B e C. Da mesma forma, João 
deve avisar, mensalmente, a escola B, a existência dos demais vínculos, ou seja, 
vínculo em relação às escolas A e C. Por fim, João deve avisar, mensalmente, a 
escola C, a existência dos demais vínculos, ou seja, vínculo em relação às 
escolas A e B. 
Caso isso ocorra, as escolas, sabendo da existência dos múltiplos vínculos e dos 
respectivos salários de contribuição, irão efetuar os descontos pela alíquota 
correta, somando as remunerações e tomando como base a tabela de salário 
de contribuição estudada na aula anterior. 
Caso os empregadores não saibam da existência dos múltiplos vínculos, cada 
um fará o desconto com base no salário de contribuição pago pelo próprio, 
não sendo efetuado o somatório com as demais remunerações auferidas. 
Visualiza-se esquematicamente a explicação dada. 
 
1.2.2. Empregado Doméstico 
Para o segurado empregado doméstico, entende-se por salário de 
contribuição: “a remuneração 
registrada na Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdência 
Social, observados os limites mínimo e máximo”. 
Assim, caso a remuneração registrada na CTPS do segurado empregado 
doméstico seja de R$ 1.500,00, o seu salário de contribuição será de R$ 1.500,00. 
Cabe ressaltar que se considera também salário de contribuição do 
empregado doméstico a remuneração comprovada mediante recibos de 
pagamento. 
1.2.3. Contribuinte Individual 
Para o segurado contribuinte individual, entende-se por salário de contribuição: 
“a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua 
atividade por conta própria, durante o mês, observados os limites mínimo e 
máximo”. 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
Assim, estuda-se um caso prático para que você visualize esse conceito. 
 
Exemplo 
Imagine Pedro, pintor, que presta serviço para 4 empresas durante um mês, 
auferindo uma remuneração de R$ 2.000,00 em cada uma delas. Pergunta: qual 
será o salário de contribuição de João no mês? Resposta: R$ 7.087,22, tendo em 
vista que o seu salário de contribuição é a remuneração auferida em uma ou 
mais empresas. Portanto, é o somatório das remunerações auferidas, devendo 
ser observado o limite máximo que, atualmente, é de R$ 7.087,22. 
Diferentemente do segurado empregado, que necessita avisar mensalmente a 
todos os empregadores os múltiplos vínculos para que seja apurado o seu 
correto salário de contribuição e a alíquota a ser aplicada, para o contribuinte 
individual, a obrigação de avisar passa a existir, a partir do momento que a sua 
remuneração auferida no mês ultrapassar o limite máximo do salário de 
contribuição. 
Assim, Pedro, quando prestar o serviço para a empresa D, irá avisar que já 
recebeu a remuneração de R$ 6.000,00 durante o mês, não devendo ser 
descontado em 11% sobre os R$ 
2.000,00. Caso ele não avise, será descontado acima do limite máximo, 
cabendo a ele solicitar 
a restituição dos valores pagos indevidamente. 
Visualiza-se esquematicamente a explicação dada. 
 
Por fim, cabe mencionar que, se o contribuinte individual prestar serviço por 
conta própria, o seu salário de contribuição será o valor recebido pelo exercício 
dessa atividade por conta própria. Portanto, caso o contribuinte individual 
receba o valor de R$ 1.500,00, o seu salário de 
contribuição será de R$ 1.500,00. 
EXEMPLO 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
Imagine uma diarista prestando serviço por conta própria e recebendo o valor 
em um determinado mês de R$ 1.500,00. O salário de contribuição dessa diarista 
paraesse mês será de R$ 1.500,00. 
 
1..2.4. Segurado Facultativo 
Para o segurado facultativo, entende-se por salário de contribuição: “o valor 
por ele declarado, observados os limites mínimo e máximo”. 
Assim, se em um determinado mês o segurado facultativo quiser verter a sua 
contribuição sobre 1 salário-mínimo, não há problema, tendo em vista que o 
salário-mínimo é o limite mínimo do salário de contribuição para o segurado 
facultativo. 
Entretanto, se o segurado facultativo quiser verter a sua contribuição no mês 
seguinte sobre o limite máximo do salário de contribuição (atualmente, R$ 
7.087,22), também não há problema, tendo em vista que o citado valor é o 
limite máximo do salário de contribuição de qualquer segurado. 
Perceba, portanto, que o segurado facultativo pode contribuir em relação a 
quanto ele quiser, desde que ele observe os limites mínimo (1 salário-mínimo) e 
máximo (R$ 7.087,22). 
 
 
Proporcionalidade 
O tema proporcionalidade está previsto no art. 28, § 1º da Lei n. 8.212/1991, que 
assim dispõe: 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
“§ 1º Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado 
ocorrer no curso do mês, o salário de contribuição será proporcional ao número 
de dias de trabalho efetivo, na forma estabelecida em regulamento.” 
Portanto, quando o segurado empregado, inclusive o doméstico, é contratado 
no dia 26 de um determinado mês, o seu salário de contribuição será 
proporcional ao número de dias efetivamente trabalhados, ou seja, será 
proporcional a 5 dias trabalhados. 
Da mesma forma, se um segurado empregado, inclusive o doméstico, é 
demitido no dia 2 de um determinado mês, o seu salário de contribuição será 
proporcional ao número de dias efetivamente trabalhados, ou seja, será 
proporcional a 2 dias trabalhados. 
A mesma sistemática de raciocínio se aplica em relação às faltas injustificadas. 
Ou seja, o empregador irá efetuar o desconto dos dias faltosos, sendo o salário 
de contribuição proporcional ao número de dias efetivamente trabalhados. 
 
Limites Mínimo e Máximo do Salário de Contribuição 
O limite mínimo do salário de contribuição deverá ser estudado com base em 
uma divisão. 
Estuda-se o limite mínimo para os segurados empregado, trabalhador avulso e 
empregado doméstico. Posteriormente, estuda-se o limite mínimo do salário de 
contribuição para os segurados contribuinte individual e facultativo. 
Para os segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, o 
limite mínimo do salário de contribuição corresponde ao piso salarial legal ou 
normativo da categoria ou, inexistindo este, ao salário-mínimo, tomado no seu 
valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho 
efetivo durante o mês. 
Perceba que o limite mínimo do salário de contribuição dos segurados 
empregado, empregado 
doméstico e trabalhador avulso não é o salário-mínimo, mas sim o piso salarial 
da categoria. 
Apenas se inexistir o piso é que o limite mínimo será o salário-mínimo. 
O piso salarial pode ser o normativo, ou seja, previsto em acordo ou convenção 
de trabalho, ou legal, ou seja, previsto na lei. 
Portanto, imagine uma empresa que faz um acordo coletivo de trabalho com 
o sindicato dos empregados, determinando que uma determinada categoria 
dos seus empregados tenha um piso salarial de R$ 1.500,00. Nessa situação, o 
limite mínimo do salário de contribuição para esses empregados será de R$ 
1.500,00, não sendo observado o salário-mínimo, uma vez que existe o piso 
salarial. 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
Da mesma forma, vários Estados da Federação possuem leis estaduais 
estipulando pisos para diversas categorias profissionais, como é o caso da Lei 
do Estado do Rio de Janeiro n. 8.315/2019, publicada em Diário Oficial no dia 
20/03/19, cujos efeitos são retroativos, ou seja, efeitos a partir do dia 01/01/19. 
A título de exemplo, a citada lei estadual determina que os empregados 
domésticos do Estado do Rio de Janeiro, a partir de 01/01/19, possuem um piso 
salarial de R$ 1.238,11. Tal piso deverá ser observado, sendo um piso salarial 
estipulado pela lei. 
Já o limite mínimo do salário de contribuição para os segurados contribuinte 
individual e facultativo corresponde ao salário-mínimo. O limite máximo do 
salário de contribuição é o mesmo para todos os segurados, sendo estipulado 
por meio de uma Portaria Interministerial do Ministério do Trabalho e Previdência 
e Ministério da Economia publicada sempre que ocorrer alteração do valor dos 
benefícios previdenciários. Tal alteração ocorre sempre que o salário-mínimo é 
alterado. 
Atualmente, o limite máximo do salário de contribuição é de R$ 7.087,22.

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