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Analgésico de ação periférica e antipirético

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Analgésico de ação periférica e antipirético
Já vimos anteriormente: AINES tem ação analgésica(PIROXICAM,DICLOFENACO, o diclofenaco causa infarto do miocárdio); PARACETAMOL E A DIPIRONA também tem ação analgésica e antipirética e NÃO tem ação anti-inflamatória, por conta disso eles são mais potente. Lembrando, que o Paracetamol inibe PG, então ele é classificado como AINE, já a Dipirona não. O ácido acetilsalicílico também tem efeito analgésico.
Paciente chega no consultório e usa AINE, e você faz um procedimento cirúrgico. O correto é você conversar com o paciente e explicar que se caso ele sinta dor(AINE que ele está tomando, não está fazendo efeito), que ele pode fazer uso de Paracetamol ou Dipirona, isso dependendo do paciente. O Paracetamol ele induz Hepatotoxidade, ou seja, ele não pode ser utilizado com pacientes que usam medicamentos que são metabolizados pelo P450(alcoólatra). Antigamento a dose para causar hepatotoxiadade era 10g, hoje 3g já causa.
OBS: O ácido acetilsalicílico causa sangramento gástrico, broncoconstrição, aumento do sangramento. Paciente asmático, paciente que faz uso de anticoagulante(vai dar interação medicamentosa), que tem úlcera gástrica não pode fazer uso desse medicamento. A Dipirona causa aplasia de medula( diminui número de leucócitos)
Aspirina e Silicilatos da COX(COX1)
Torna a inibição da Cox irreversível
Paciente chega no seu consultório fazendo uso de ac. Acetilsalicílico, para que você possa fazer um procedimento cirúrgico que tem risco de hemorragia, é bom você consultar o médico do seu paciente e ver se pode suspender o uso por 7 dias pois nesse período de 7 dias novas plaquetas são formadas, e como o tromboxano e prostaciclina não vão estar bloqueadas, vai manter um controle entre agregação plaquetária e inibição da agregação plaquetária.
Não tem efeito teratogênico(má formação do feto) em baixas doses
Uso prolongado, diminui o peso no nascimento
Outros efeitos: Aumento da mortalidade perinatal, anemia, hemorragia enteparto pós parto, gestação prolongada, partos complicados 
OBS: Quando usado em gestantes, suspender antes da época prevista para o parto. Além de ser contra-indicado para pacientes com asma, ulcera e que faz uso de medicamento com ação anticoagulante.
PARACETAMOL
Tem ação analgésica e antipirética. Ele inibe COX3(produzida no final do processo inflamatório, por isso não tem ação anti-inflamatória, para inibir COX1 e 2 a sua dose tem que ser maior que 1000). O paracetamol é capaz de inibir COX encontrada no cérebro, no baço, rim ,pulmão, mas não inibe nas plaquetas e nem na mucosa gástrica, pois não tem COX3 nesses locais, por isso pode ser usado para pacientes que tem ulcera e que não tem coagulação boa.
OBS: Não se usa mais paracetamol em criança, pois esse medicamento causa hepatotoxidade, e a criança não tem o metabolismo hepático formado, recomenda-se o ibuprofeno, que também tem ação analgésica.
Indicações: 
Não afeta os níveis de acido úrico( e o ac. Acetilsalicílico afeta); carece de propriedades inibidoras da plaquetas; pacientes alérgicos a aspirina; pacientes com hemofilia ou ulcera péptica; pacientes asmasticos. 
Contra-indicado
Pacientes que faz uso de polivitaminicos; Paciente que tem dengue(pois você não sabe se ela é hemorrágica ou não); pacientes alcoólatra; com insuficiência hepática ; drogas imunossupressoras(pois induz hepatotoxidade).
Para ter efeito analgésico e antipirético a dose para adulto é de 325g a 1000mg(não exceder dose de 2000mg) e para criança é de 40-80mg
Efeito Adverso
Hepatotoxidade 
Prejudica a capacidade de identificar erros e tomar decisões 
DIPIRONA
Um estudo avaliou reações adversas de alguns fármacos, e o resultado foi: Agranulocitose, anemia aplásica, anafilaixa e hemorragia digestiva, isso resultou nos seguintes dados:
Acetaminofeno: 20 a 100 milhões 
Dipirona: 25 por 100 milhões
Aspirina 185 por 100 milhões 
Diclofenaco: 592 por 100 milhões
Mecanismo de ação da Dipirona é desconhecido*
Posologia : Comprimido de 500mg; Soluções injetáveis de 1 a 2,5g; Gotas em intervalos de 6 a 8h
Bactérias, agentes estranhos, vai ser metabolizado no fígado, e lá estimulam macrófagos(Célula de Kupffer),a produzir proteínas toxicas, proteínas de choque térmico, e essas proteínas cai na corrente sanguínea e vai para o centro hipotalâmico, na área pré-ótica , e estimula a produção de prostaglandina, esse processo é conhecido como resposta de fase aguda.
A resposta de fase aguda induz alguns eventos , como:
Leucocitose
Ativação do eixo HPA
Diminui os níveis lasmaticos de ferro e zinco
Diminui a interação social
Estimulação da síntese de PTns fase aguda
Febre(normal é de 36 a 37,5)
Nosso organismo está sempre tentando combater bactérias no organismo, por isso que as vezes a temperatura corporal aumenta, mas é importante ficar atento, pois pode causar danos irreversíveis(se o corpo chega a 43 graus). Obs: Sempre esperar para tomar um anti térmico, esperar o organismo reagir, ele libera fatores pirogênicos, libera citocinas, cortisol que combatem a resposta febril. A febre pode levar a hipertermia(que lesa hormônios, musculo, metabolismo)
Consequências da Febre:
Causa alteração muscular
Interação hormônio-receptor
Atividade neuronal
Função imunológica 
Alterações enzimáticas 
Glicocorticoides(cortisol); Citocinas inibitória, como: IL-10, que tem efeito antipirético.*
Analgésicos e antagonista opióide
É utilizado para dor, ele inibe o trajeto do estimulo doloroso, e não a causa da dor, e está é um sinal que tem algo de errado com o organismo. Os opiódes tem na forma endógena(endorfinas) e sintética(São chamados de Opíaceo, são fármacos sintéticos semelhantes a morfina com estrutura não peptídica). 
	Agonista forte- IV,IT,O
	Agonista leves a moderados 
	Agonista fraco
	Agonista Parcial
	Antagonista
	
	
	Morfina(receituário tipo A)
	Codeina
	Propoxifeno
	Nalorfina
	Naloxona
	
	
	Meperidina 
	Oxicodona
	
	Pentazocina
	Levalorfano
	
	
	Metadona
	Tramadol
	
	Profadol
	Naltroxona
	
	
	Fentanil
	
	
	
	
	
	
	Sulfentanil
	
	
	
	
	
	
	Levorfanol
	
	
	
	
	
	
	Oximorfona
	
	
	
	
	
	
 
Obs:Uso o antagonista para reverter a depressão respiratória que o Agonista pode causar 
Peptídeo endógeno- Endorfina, encefalina, dinorfina.
Mecanismo de ação e vias da dor- Nociceptor é estimulado por trauma, lesão térmica, geralmente tem produção de PG, essa PG estimula o nociceptor que despolariza o neurônio primário que faz sinapse no corno dorsal da medula espinal com o neurônio secundário que atravessa a medula e vai no tálamo e córtex cerebral, no centro da dor. E em todos esses trajetos tem receptores opióde, esse receptor é do tipo muscarinico, tem 7 domínios ligado a proteína G, sua estimulação separa beta, gama de um lado e alfa do outro, e essa estimulação induz:
Inibição da adenilato-ciclase
Redução da abertura do canal de Ca
Estimulação do transporte de K por canais 
Ativação da PKC e da PCL
São localizados no SNC (bulbo, mesencéfalo, córtex e tálamo), SNP e M. liso do trato gastrointestinal. Existem receptores MU, CAPA, DELTA, SIGMA E EPSILON, mas os mais comuns são os três primeiros. O receptor MU é mediador da analgesia produzida pelos opiodeis(principal); Delta- as encefalinas são agonistas protótipos(clássico) desses receptores, embora possam interagir com os receptores MU; Capa- As dinorfinas são seus ligantes naturais.
Efeito Colateral- Constipação intestinal, pois tem receptor opioide no T. Gastrointestinal 
Mecanismo de ação dos Agonista
Quando um agonista se liga nos receptores MU,DELTA e CAPA nos neurônios pré-sinaptico, leva a diminuição dos níveis de Ca e liberação de neurotransmissor, impedindo a despolarização. Já quando esses agonistas se ligam no pós-sinaptico, os receptores vão aumentar a liberação de K, IPSD, causando hiperpolarização. Ou seja, ele inibe a condução do impulso nervoso.
Efeitos funcionais associados comos principais subtipos de receptores opioides 
Depressão respiratória
Constipação pupilar
Motilidade GI reduzida
Euforia 
Disforia
Sedação
Dependência física 
Seleção do opióide é baseada nas características farmacológicas( se o opióide é fraco ou forte, diferença farmacológica, toxicidade e duração do efeito); experiência profissional de quem medica, situação clinica que deve ser tratada.
Efeito farmacológico centrais:
Analgesia (pode ser usado como coadjuvante da anestesia)- 10mg/70kg
Depressão respiratória (relacionada a dose) 
Supressão da tosse (Codeina)
Reação pupilar (miose)
Náusea e vomito 
Euforia 
MORFINA
Pode ser administrado por qualquer via. Atua no Trato GI; M. Liso; sistema cardiovascular( hipotensão e bradicardia)- Ação no bulbo; Induz liberação de histamina. Ela é metabolizada pelo fígado e em baixa concentração tem meia vida de 2h.
Fatores que agravam a depressão respiratória- Outros fármacos que atua no SNC(analgésicos gerais, tranquilizantes, álcool, hipnótico sedativo); Sono(Sono natural diminui a sensibilidade do centro bulbar ao CO2); idade (recém nascidos); doença(cardiopulmonares e renais crônicas); DPOC; alivio da dor(a dor estimula a respiração, a eliminação da condição dolorosa, deprimi o estimulo ventilatório)
Consequências funcionais da ativação do opióides 
Dependência- Física (Síndrome da abstinência ou retirada fisiológica. E a física causa irritabilidade anormal e agressão, bocejo, febre, sudorese, dilatação pupilar, náusea, diarreia e insônia); Psicológica (compulsão pelo fármaco, a euforia que o fármaco proporciona). Causa tolerância, que é o aumento da dose necessária para produzir o efeito farmacológico e com o tempo vai reduzir a eficácia; Internalização dos receptores MU, e Capa(o receptor é transmembranico, se internaliza , você não tem o efeito do fármaco); Desensibilização(depende da fosforilação dos receptores);adicção(uso compulsivo da droga).
CODEÍNA- VO(via oral)
Bloqueia a condução do estimulo doloroso, tem duração de 3h a 4h, também é produzida pela ópio, assim como a morfina.
ANTAGONISTA
Quando usados é para reverter efeito agonista, para reverter os efeitos se foram dads após a administração do agonista, como na intoxicação aguda, além de precipitar a Síndrome de Abstinência no individuo com dependência de opioides.
Analgesia
Na dor aguda severa- Opioide forte(morfina e fentanil)
Na dor inflamatória moderada- Aines ou paracetamol suplementados ou não com opioide fracos(codeína)
Na dor severa- Opioide forte administrado por Via oral, intratecal ou epidural ou injeção subcutânea 
Na dor neuropática crônica- geralmente não responde, tratada com antidepressivos triiclicos ou anticonvulsivante
Uso na Odontologia 
Administração por VO da codeína, hidrocodona, oxicodona,tramadol e pentazocina. São utilizados exclusivamente para alivio da dor. A dor origina-se da inflamação, primeiro prescrever anti inflamatórios não opioides para alivio da dor.
Obs: Tramadol(4h a 6h) e Paracetamol com Codeina(1 a 4h). O efeito analgésico é de regular pra bom para o tramadol, e do paracetamol com a codeína é de bom para excelente. Os efeitos adversos são náusea, tontura, sonolência, dor de cabeça, isso para o tramadol, para o outro são os mesmos efeito, com acréscimo de diminuição da respiração. O tramadol é mais caro, pois ele é um opioide puro.
Interação Medicamentosa 
Neuroepileticos
Antidepressivos tricíclicos 
Inibidores da IMAO
Anestésicos locais
Anticoagulantes orais
Combinações- Codeina/acetaminofeno; codeína/aspirina; hidrocodona/acetaminofeno; oxicodona/acetaminofeno; Oxicodona/aspirina; propoxifeno/aspirina.
Medicações para dor Orofacial
Se a dor é aguda, ela pode ser leve ou severa. Se for leve ou moderada uso AINE ou PARACETAMOL, se for severa pode usar AINE ou TRAMADOL ou CODEINA. Se a dor for crônica, temos que avaliar que tipo de dor crônica é essa, se for disfunção miofacial(ex: disfunção da ATM), posso usar AINE, TRAMADOL, ou associação de um Opioide com um não opioide. Se for neurovascular, como enxaqueca, pode ser AINE, ou NEUROTRANSMISSORES ESPECIFICOS PARA ENXAQUECA, ou pode associar com antidepressivos também. Se for neuropática, por exemplo, neuralgia do trigêmio, pode usar AINE, ANTIDEPRESSIVOS(se for causado pela depressão) OU ANTICONVULSIVANTE. Ou seja, sempre analisar o que o paciente tem para prescrever.

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