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DIREITO INTERNACIONAL COSTUMES E MEIOS

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DIREITO 
INTERNACIONAL 
 
Professora Maria Clarice B. da Nóbrega 
 – 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de 
Direito; Jurisprudência e Doutrina). 
 EXERCÍCIOS 
- 2 parte da aula (Chefe de Estado/Governo; Ministro 
das Relações Exteriores e Diplomadas – CF art. 84-VII 
c/c art. 52-IV e 102-I-c e Convenção de Viena 1961) 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; 
Jurisprudência e Doutrina). 
Costume internacional 
- Podemos definir o direito costumeiro; tácito 
ou consuetudinário, como sendo a 
- prática reiterada, pacífica e pública de 
determinado ato, produzido por agente 
capaz, desde que gere 
- expectativa de direito e obrigação. 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; 
Jurisprudência e Doutrina). 
Elementos constitutivos do direito 
costumeiro: 
- Elemento Material/Objetivo (consiste na 
prática reiterada de determinado ato); 
- Elemento Psicológico/Subjetivo (consiste na 
expectativa de direito e obrigação). 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; 
Jurisprudência e Doutrina). 
Início do direito tácito: 
 Análise do comportamento das Partes e 
comprovação da existência dos dois elementos 
constitutivos. 
 
Término do direito consuetudinário: 
- Pelo desuso; ou 
- Pela transformação em direito expresso 
(tratado). 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; 
Jurisprudência e Doutrina). 
- AULA 1 - CASO CONCRETO 
- Considerando as fontes de direito internacional público 
previstas no Estatuto da Corte Internacional de Justiça 
(CIJ) e as que se revelaram a posteriori, bem como a 
doutrina acerca das formas de expressão da disciplina 
jurídica, as convenções internacionais, que podem ser 
registradas ou não pela escrita, são consideradas, 
independentemente de sua denominação, fontes por 
excelência, previstas originariamente no Estatuto da CIJ. 
Analise a afirmativa e com base no aprendizado, julgue e 
fundamente sua resposta. 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; 
Jurisprudência e Doutrina). 
AULA 2 - CASO CONCRETO 
A República de Utopia e o Reino de Lilliput são dois 
Estados nacionais vizinhos cuja relação tornou-se 
conflituosa nos últimos anos devido à existência de sérios 
indícios de que Lilliput estaria prestes a desenvolver 
tecnologia suficiente para a fabricação de armamentos 
nucleares, fato que Utopia entendia como uma ameaça 
direta a sua segurança. Após várias tentativas frustradas 
de fazer cessar o programa nuclear lilliputiano, a República 
de Utopia promoveu uma invasão armada a Lilliput em 
dezembro de 2001 e, após uma guerra que durou três 
meses, depôs o rei e promoveu a convocação da 
Assembléia Nacional Constituinte, que outorgou a Lilliput 
sua atual constituição. 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; 
Jurisprudência e Doutrina). 
Nessa constituição, que é democrática e republicana, as 
antigas províncias foram convertidas em estados e foi 
instituído, no lugar do antigo Reino de Lilliput, a atual 
República Federativa Lilliputiana. 
 
 Assim, podemos afirmar que a República Federativa 
Lilliputiana deve obediência aos costumes internacionais 
gerais que eram vigentes no momento em que ela adquiriu 
personalidade jurídica de direito internacional, não 
obstante essas regras terem sido estabelecidas antes do 
próprio surgimento desse Estado. (CESPE – adaptada) 
 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; 
Jurisprudência e Doutrina). 
Aula 3 - Caso Concreto 1 
O litígio se dá entre Portugal e Índia. O primeiro Estado 
aparelhou perante a Corte Internacional de Justiça 
procedimento judicial internacional contra o Estado 
indiano, relativo a certos direitos de passagem pelo 
território deste último Estado de súditos portugueses 
(militares e civis), assim como de estrangeiros autorizados 
por Portugal com a intenção de dirigir-se a pontos 
encravados situados perto de Damão, para acesso aos 
encraves de Dadra e Nagar-Aveli. O Estado português 
alega que havia um costume [internacional] local que 
concedia um direito de passagem pelo território indiano a 
seus nacionais e às forças armadas até Dadra e Nagar-
Aveli. 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; 
Jurisprudência e Doutrina). 
A alegação de fundo é a de que o Estado indiano quer 
anexar estes dois territórios portugueses, ferindo seus 
direitos soberanos sobre eles. Os indianos sustentam que, 
segundo o Tratado de Pooma, realizado em 1779 entre 
Portugal e o governante de Maratha e posteriores decretos 
exarados por este governante, os direitos portugueses não 
consistiam na soberania sobre os mencionados encraves, 
para os quais o direito de passagem é agora reclamado, 
mas apenas num "imposto sobre o rendimento". Quando o 
Reino Unido se tornou soberano naquele território em lugar 
de Maratha, encontraram os portugueses ocupando as 
vilas e exercendo um governo exclusivo. Os britânicos 
aceitaram tal posição, não reclamando qualquer tipo de 
soberania, como sucessores de Maratha, mas não fizeram 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; 
Jurisprudência e Doutrina). 
um reconhecimento expresso de tal situação ao Estado 
português. Tal soberania foi aceita de forma tácita e 
subseqüentemente reconhecida pelo Estado indiano, 
portanto as vilas Dadra e Nagar -Aveli foram tidas como 
territórios encravados portugueses, em território indiano. A 
petição portuguesa coloca a questão que o direito de 
passagem foi largamente utilizado durante a soberania 
britânica sobre o Estado indiano, o mesmo ocorrendo no 
período pós -britânico. Os indianos alegam que 
mercadorias, com exceção de armas e munições, 
passavam livremente entre o Porto de Damão (território 
português) e ditos encraves, e que exerceram seu 
soberano poder de regulamentação impedindo qualquer 
tipo de passagem, desde a derrubada do governo 
português em ditos encraves. 
 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; 
Jurisprudência e Doutrina). 
(Pereira, L. C . R. Costume Internacional: Gênese do 
Direito Internacional. Rio de Janeiro: Renova, 2002, p. 347 
a 349 – Texto adaptado). Diante da situação acima e dos 
dados apresentados, responda: 
 
1) De acordo com entendimento da Corte Internacional de 
Justiça, qual a fonte de direito internacional Público é 
aplicável a fim de dar solução ao litígio? 
2) Como ela é definida? 
3) Qual o elemento que a torna norma jurídica? 
 
 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; 
Jurisprudência e Doutrina). 
Princípios gerais de direito 
podem ser definidos como a base, o 
fundamento, a origem, a razão fundamental 
sobre a qual se discorre qualquer matéria. 
Trata-se de proposições mais abstratas que 
dão razão ou servem de base e fundamento ao 
Direito. 
Vários são os princípios identificados no DIP já 
mencionados nos nossos encontros, a saber: 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; 
Jurisprudência e Doutrina). 
 
- Da isonomia para elaboração de tratados; 
 
- Da irretroatividade de tratados; 
 
- Da publicidade de tratados; 
 
- Da boa fé, etc... 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; 
Jurisprudência e Doutrina). 
- Jurisprudência 
- A jurisprudência enquanto fonte do DIP, é 
considerada como o conjunto de decisões e 
pareceres do judiciário internacional. 
- Doutrina 
- Interpretação de determinado tema por 
pesquisadores renomados. 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito;Jurisprudência e Doutrina). 
- Aula 3 - QUESTÃO OBEJTIVA 
Segundo o Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de 
Justiça, são fontes do direito internacional as convenções 
internacionais, 
a) o costume, os atos unilaterais e a doutrina e a 
jurisprudência, de forma auxiliar. 
b) o costume internacional, os princípios gerais de direito, 
os atos unilaterais e as resoluções das organizações 
internacionais. 
c) o costume, princípios gerais de direito, atos unilaterais, 
resoluções das organizações internacionais, decisões 
judiciárias e a doutrina. 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; 
Jurisprudência e Doutrina). 
d) o costume internacional, os princípios gerais de direito, 
as decisões judiciárias e a doutrina, de forma auxiliar, 
admitindo, ainda a possibilidade de a Corte decidir ex 
aequo et bono, se as partes concordarem. 
– 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; 
Jurisprudência e Doutrina). 
Aula 6 – 
Tratados são, por excelência, normas de direito 
internacional público. No modelo jurídico brasileiro, como 
nas demais democracias modernas, tratados passam a 
integrar o direito interno estatal, após a verificação de seu 
iter de incorporação. A respeito dessa temática, uma vez 
firmados, os tratados relativos ao MERCOSUL, ainda que 
criem compromissos gravosos à União, são 
automaticamente incorporados visto que são aprovados 
por parlamento comunitário. Diga se está correta ou errada 
a afirmativa e fundamente. (CESPE – adaptada) 
2 parte da aula: Meios representativos dos Estados 
Os Estados se personificam através dos 
seguintes representantes: 
 
 Chefes de Estado/Governo; 
 Ministro das Relações Exteriores; 
 Diplomatas e 
 Cônsules 
2 parte da aula: Meios representativos dos Estados 
Chefe de Estado/de Governo 
- Maior representação estatal; Investidura pública; 
- Cartas de Chancelaria 
- Ministro das Relações Exteriores 
- 2ª maior representação estatal; Investidura pública; 
- Dupla função. 
Relações Diplomáticas 
(material de apoio: CV/1961 e CF) 
 Estabelecimento relações diplomáticas; 
 Direito de Legação: faculdade que possui o Estado para 
enviar (Estado acreditante) e receber (Estado 
acreditado) uma representação diplomática. 
 
2 parte da aula: Meios representativos dos Estados 
Agréement – consentimento do Estado acreditado ao 
Chefe da representação do Estado acreditante. 
Credencial - documento de investidura dos representantes 
diplomáticos. 
Agentes diplomáticos – escolha conforme o direito interno 
de cada Estado. (ex.: Brasil – artigos 84-VII c/c 52-IV da 
CF). 
 Funções diplomáticas: aproximar os Estados. 
TIPOS DE MISSÕES DIPLOMÁTICAS 
 Permanente/ordinária/primária: administração pública do 
Estado Acreditante instalada no território do Estado 
Acreditado, por tempo indeterminado. 
 
 
2 parte da aula: Meios representativos dos Estados 
Sede – Embaixada; Chefe da Missão – Embaixador(a); 
Área de atuação: todo território do Estado acreditado. 
 MISSÃO Diplomática Temporária também chamada de 
extraordinária; secundária; especial ou ad hoc – 
administração pública do Estado acreditante instalada 
no território do Estado acreditado por tempo 
determinado ou objetivo certo. 
Chefe da Missão – será sempre escolhido conforme a 
especificidade da missão dentre as pessoas mais 
qualificadas para representar os interesses do Estado 
acreditante. 
Área de atuação: local pactuado no território do Estado 
acreditado. 
 
 
 
2 parte da aula: Meios representativos dos Estados 
Privilégios/prerrogativas diplomáticas 
 Imunidade de jurisdição: 
- Penal (plena); Civil e administrativa (relativa aos atos 
praticados no desempenho da função de representante 
estatal); 
 Inviolabilidade: 
- Pessoal; dos bens (móveis e imóveis); 
 Isenção: 
- Impostos e taxas. 
 
2 parte da aula: Meios representativos dos Estados 
CÔNSULES - RELAÇÃO CONSULAR 
(material de apoio: CV/1963) 
 Capítulo I – As relações consulares em geral (2º/27) 
 Estabelecimento relações consulares; 
 Direito de Consulado: faculdade que possui o Estado 
para enviar (Estado que envia/investe) e receber 
(Estado receptor) uma representação consular. 
 Funções consulares: atividades administrativas e 
comerciais 
Área de atuação: distrito/jurisdição consular área pactuada 
no território do Estado receptor. 
 
 
2 parte da aula: Meios representativos dos Estados 
TIPOS DE MISSÕES CONSULARES 
 DE CARREIRA: administração pública do Estado que 
enviar, instalada no território do Estado receptor, para 
exercício de função específica. Geralmente é um 
nacional e funcionário do Estado que o investe. 
Sede – Consulado; 
 HONORÁRIA: representação do Estado que investe, no 
território do Estado receptor, para exercício de função 
específica. 
 Representação Honorária – geralmente é exercida para 
atividades comerciais. O responsável poderá não ter 
nacionalidade do Estado que o investe. 
 
2 parte da aula: Meios representativos dos Estados 
PRERROGATIVAS/PRIVILÉGIOS CONSULARES – 
 artigo 28 da CV/1963 
 
 Capítulo II – Cônsules de Carreira (28/57) 
 Capítulo III – Cônsules Honorários (58/68) 
 Capítulo IV – Disposições Gerais (69/73) 
 Capítulo V – Disposições Finais (74/79) 
 
 FIM 
 
Próxima aula: 1 parte: Organizações Internacionais 
(ex: ONU) – 2 parte: Funcionários Internacionais 
- Material necessário para aula: 
 
- Carta de São Francisco 1945 – ONU.

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