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simulado 09

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO 7º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BRASÍLIA.
PROCESSO Nº. 0710332-68.2016.8.07.0016
CELG DISTRIBUIÇÃO S.A, já qualificados nos autos do processo em epígrafe, AÇÃO DE IDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS, movida pelo RECORRIDA, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio dos advogados do Núcleo de Prática Jurídica Recursal do UDF, que este subscreve, não tento se conformado com a referida sentença de fls..., com fulcro nos termos do 41 da Lei nº 9.099/95, interpor 
RECURSO INOMINADO
em desfavor da douta sentença fls..., conforme razões em anexo, as quais requer que seja recebida, juntada, autuada e, atendidas as formalidades encaminhamento a Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Distrito Federal..
Do Preparo e Recolhimento das Custas Recursais
Cumprindo uma das exigências para o recebimento do presente recursos, as custas referentes ao preparo já foram recolhidas, conforme demonstram as guias e comprovantes em anexo.
	Nestes termos,
	Pede deferimento.
	Brasília – DF,10 de março de 2017.
ALUNO: Marcelo Vargas Silva Yara Gissoni Almeida
RA: 1328107 OAB/DF 5146
 NPJ RECURSAL UDF
 111.111
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO RELATOR DA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS DO DISTRITO FEDERAL.
PROCESSO Nº. 0710332-68.2016.8.07.0016
RECORRENTE: CELG DISTRIBUIÇÃO S.A 
Recorrido: AUTORA
RAZÕES DO RECURSO INOMINADO
Colenda Turma,
	Em que pese a argumentação do R. sentença, o mesmo não merece prosperar, conforme as razões expostas a seguir:
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
1º Legitimidade
 O RECORRENTE é parte vencida, conforme artigo 41 e seguintes da Lei nº 9.099/95, haja vista que a r. sentença julgou procedente o pleito autoral. Logo o mesmo tem interesse e é parte legítima para recorrer, em decorrência do binômio necessidade/ utilidade.
2º Cabimento
O presente recurso é próprio, tempestivo, as partes são legítimas e estão devidamente representadas, portanto, preenchido os pressupostos de admissibilidade, tendo previsão legal no artigo 41 e seguintes da Lei nº 9.099/95, portanto, como meio de alcançar o fim desejado, qual seja, a reforma da sentença é cabível o presente recurso.
3º Interesse
O RECORRENTE, almeja obter uma decisão jurídica mais favorável, haja vista que a decisão proferida lhe causou prejuízos, fazendo-se necessária a utilização do recurso para buscar a adequação e melhora de sua situação.
PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
1º Tempestividade
Conforme posto, a sentença foi publicada no dia 21/02/2017. O prazo para a interposição de Recurso Inominado é de 10 (dez) dias, começando a contar o prazo no 1º dia útil seguinte, dá este findo em 10/03/2017, portanto trata-se de manifestação tempestiva.
2º Preparo
Pagamento realizado, conforme comprovante em anexo.
3º Regularidade Formal
 A decisão proferida resta impugnada, especificamente, conforme a demonstração dos tópicos adiante expedidos e esclarecidos.
4º Adequação/Cabimento
O presente recurso é próprio, tempestivo, as partes são legítimas e estão devidamente representadas, portanto, preenchido os pressupostos de admissibilidade, tendo previsão legal no artigo 41 e seguintes da Lei nº 9.099/95, portanto, como meio de alcançar o fim desejado, qual seja, a reforma da sentença é adequado e cabível o presente recurso.
I – BREVE RESUMO DOS AUTOS 
Trata-se de RECURSO DE INOMINADO, interposto pelo recorrente em desfavor de decisão de 1° grau que deferiu a presente AÇÃO DE IDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS, movida pelo recorrido, em função de um suposto dano em seu veículo, causado por respingos de cobre decorrente de uma explosão de transformados, localizado em poste de energia elétrica do recorrente. 
Em suas contrarrazões, o recorrente alegou excludente de responsabilidade, tendo em vista que o veículo da recorrente estava estacionado sob “faixa de segurança de linhas de transmissão de energia elétrica”. Contudo, a Juíza não deu razão à concessionária. Entendo que a recorrida tinha direito a ressarcimento dos prejuízos sofridos, vindo a condenar o recorrido a pagar R$1.500,00 (mil e quinhentos reais) a título de danos matérias, e negando-lhe o pedido de danos morais.
II – DO DIREITO 
O caso em tela, não se aplica o dispositivo do artigo 188 do código civil, tendo em vista, trata-se de dano material causado única e exclusivamente por culpa da vitima, que estacionou sei veiculo em local indevido. Assumindo, portanto, a culpa de eventuais danos vindos a sofre e eximindo completamente a responsabilidade do agente. 
Dessa forma, sendo a culpa exclusiva da recorrida, não há o que se falar em nexo causal do dano com o agente, pois o nexo se encontrará unicamente entre o dano e vítima.
Ainda, Caso a culpa não fosse exclusiva, haveria concorrência de culpas, o que diminuiria a indenização a ser paga pelo agente, conforme o Art. 945 do Código Civil. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. Nesse caso ver-se que a recorrida não mediu esforços para evitar que seu bem jurídico fosse lesado.
 com base no termos do artigo  927 do Código Civil que estabelece a obrigação de indenizar ou reparar o dano na proporção devida daqueles que praticam ato ilícito violam direito e/ou causam danos a outrem, provado o nexo causal. Em vista disso a obrigação em reparar o dano é aparente na proporção devida, visando não proporcionar enriquecimento ilícito, assim também estabelece o artigo 944 do Código Civil, que diz que a indenização deve ser medida pela extensão do dano.
III. JURISPRUDÊNCIAS ATUALIZADAS
Nesse sentido há jurisprudências firmada do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios sobre a matéria que merece ser citada, vejamos:
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS CIVIL. 5ª TURMA CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. AÇÃO PROPOSTA PELA SEGURADORA EM DESFAVOR DO CAUSADOR DO SINISTRO. COLISÃO DE VEÍCULOS. PRIORIDADE DE PASSAGEM DO VEÍCULO QUE TRAFEGA EM VIA PREFERENCIAL. CULPA EXCLUSIVA DO CONDUTOR DO VEÍCULO QUE INVADIU A VIA PREFERENCIAL, SEM OBSERVÂNCIA DAS CONDIÇÕES DE TRÂNSITO NO MOMENTO DO ACIDENTE. DEVER DE RESSARCIR O VALOR VERTIDO PELA SEGURADORA PARA CONSERTO DO VEÍCULO SEGURADO. SENTENÇA MANTIDA. 
1 - Paga a indenização, o segurador sub-roga-se, nos limites do valor respectivo, nos direitos e ações que competirem ao segurado contra o autor do dano. Inteligência do artigo 786 do Código Civil.
2 -Os condutores de veículos automotores devem observância às normas gerais de conduta e circulação previstas no Código de Trânsito Brasileiro, notadamente aquelas que recomendam o respeito aos veículos que já se encontram trafegando na via principal, com vistas a evitar acidentes de tráfego.
3 - O ingresso em via preferencial é uma manobra arriscada e que exige cautela redobrada, incidindo em culpa o condutor que adentra a via preferencial em cruzamentos sem a devida cautela, colidindo com outro veículo que nela trafegava.
4 - Na hipótese, as provas produzidas pela autora evidenciam que o réu deixou de observar o dever de cuidado contido no art. 34 do CTB, adentrando à via preferencial em que trafegava o veículo segurado, o qual detinha prioridade de passagem, sem considerar sua posição, sua direção e sua velocidade, enfim, as condições de trânsito no momento do acidente. Dessa forma, imperioso reconhecer sua culpa pela colisão narrada nos autos.
5 - Não tendo o réu logrado êxito em demonstrar qualquer fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da seguradora/autora,uma vez que não conseguiu demonstrar que o sinistro ocorreu em razão de conduta adotada pelo condutor veículo segurado, e não por conduta própria, tem o dever de ressarcir o prejuízo suportado pela seguradora com o conserto do veículo da vítima na forma dos artigos 186, 786 e 927 do Código Civil.
6 - Recurso conhecido e desprovido.
(Acórdão n.987184, 20140110648965APC, Relator: MARIA IVATÔNIA 5ª TURMA CÍVEL, Data de Julgamento: 07/12/2016, Publicado no DJE: 03/02/2017. Pág.: 648/654)
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS Órgão : 5ª TURMA CÍVEL Classe : APELAÇÃO N. Processo : 20160310012494APC (0001226-06.2016.8.07.0003) Apelante(s) : ROSENI DE CARVALHO SILVA OLIVEIRA Apelado(s) : FACULDADE EVANGELICA DE BRASILIA SS LTDA Relator : Desembargador HECTOR VALVERDE Acórdão N. : 967223
INDENIZAÇÃO. DEMORA NA ENTREGA DE DIPLOMA. DANOS MORAIS E MATERIAIS NÃO CONFIGURADOS.
O dano material cinge-se ao que o lesado pelo ilícito perdera ou deixara razoavelmente de lucrar (art. 402 do Código Civil). O dano material não se presume, há de ser devidamente comprovado.
A apelante não se desincumbiu de demonstrar o efetivo prejuízo financeiro em razão do que deixou de lucrar pelo atraso na emissão do diploma.
Para haver compensação por danos morais é preciso mais que o mero incômodo, constrangimento ou frustração, sendo necessária a caracterização de um aborrecimento extremamente significativo capaz de ofender a dignidade da pessoa humana.
O dano moral, passível de ser indenizado, é aquele que, transcendendo à fronteira do mero aborrecimento cotidiano, a que todos os que vivem em sociedade estão sujeitos, e violando caracteres inerentes aos direitos da personalidade, impinge ao indivíduo sofrimento considerável, capaz de fazê-lo sentir-se inferiorizado, não em suas expectativas contratuais, mas em sua condição de ser humano.
Os infortúnios alegados como decorrentes da conduta da apelada não se mostram suficientes para caracterização do dano moral, uma vez que não foi demonstrado o abalo à personalidade da apelante.
Recurso desprovido.
(Acórdão n.967223, 20160310012494APC, Relator: HECTOR VALVERDE 5ª TURMA CÍVEL, Data de Julgamento: 21/09/2016, Publicado no DJE: 29/09/2016. Pág.: 288/293)
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS Órgão : 4ª TURMA CÍVEL Classe : APELAÇÃO N. Processo : 20160610067879APC (0006696-09.2016.8.07.0006) Apelante(s) : ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA Apelado(s) : ISABEL CRISTINA FARIAS Relator : Desembargador ROMULO DE ARAUJO MENDES Acórdão N. : 1010095 APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DO CONSUMIDOR. EDUCAÇÃO SUPERIOR. ATRASO NA ENTREGA DE DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR. ALEGAÇÃO DE ATO ILÍCITO E FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS FORNECIDOS POR INSTITUIÇÃO PARTICULAR DE ENSINO SUPERIOR. FIXAÇÃO DE ASTREINTES. RAZOABILIDADE E COMPATIBILIDADE COM A OBRIGAÇÃO. ALEGAÇÃO DE NECESSIDADE DE RECEBIMENTO DE DOCUMENTOS PESSOAIS DO ESTUDADE. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Odiploma, para ter validade reconhecida em todo o território nacional, deve ser registrado pela universidade ou, em caso de instituição não-universitária, registrado em universidade indicada pelo Conselho Nacional de Educação, nos termos do art. 48 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei 9.394/96.
2. As provas colacionadas demonstram que a estudante autora assinou a ata e colou grau no Curso de Serviço de Saúde daquela Universidade em 13 de dezembro de 2013. Não obstante inexista um prazo legal para expedição e entrega do referido documento, é certo que a demora da entidade ré ultrapassou os limites da razoabilidade, considerando que até a presente data não forneceu o diploma nem o histórico escolar.
3. Não podem prosperar as alegações da apelante de que os documentos necessários para a expedição do documento não foram apresentados pela estudante, tendo em vista que no ato da matrícula em qualquer instituição de ensino superior faz-se necessária a entrega dos documentos indispensáveis à identificação da pessoa física, sendo também requisito para o ingresso no curso superior a comprovação da escolaridade e conclusão do ensino médio.
4. Aparte ré não se desincumbiu do ônus previsto no artigo 373, II, do CPC, quanto à existência de fato impeditivo, extintivo ou modificativo do direito do autor.
5. Considerando trabalho adicional realizado em grau recursal, cabível a majoração do valor dos honorários em mais 5% (cinco por cento) do valor da causa, com fulcro no art. 85, §11, do CPC/15.
6. Recurso conhecido e desprovido. Sentença mantida.
(Acórdão n.1010095, 20160610067879APC, Relator: ROMULO DE ARAUJO MENDES 4ª TURMA CÍVEL, Data de Julgamento: 05/04/2017, Publicado no DJE: 19/04/2017. Pág.: 264/279).
III – PEDIDOS 
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
Tendo em vista o preenchimento de todos os requisitos de admissibilidade seja conhecido o presente Recurso Inominado;
A intimação da recorrente, para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias;
Sejam as custas juntadas aos autos processuais;
Seja provida a total reforma da sentença, com base nos fundamentos acima aludidos, sendo declarada a excludente de responsabilidade do recorrente;
Caso a sentença não seja totalmente reformada, requer que seja minorado o valor fixado da indenização para que não haja enriquecimento ilícito por parte da apelada, sendo o montante reduzido a patamares que condizem com os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade no valor de 750,00 (setecentos e cinquenta reais).
	Nestes termos,
	Pede deferimento.
	Brasília – DF, 10 de março de 2017.
ALUNO : Marcelo Vargas da Silva Yara Gissoni Almeida
RA : 1328107 OAB/DF 5146
 NPJ RECURSAL UDF
 111.111
Centro Universitário do Distrito Federal
Núcleo de Prática Jurídica Recursal do UDF
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Telefones: (61) 3344.0447 e 3103.6922
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