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PUC – GOIÁS CADERNO DE GEOTECNIA I 2014/1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA GEOTECNIA I – ENG 1081 ENSAIOS DE GEOTECNIA Profº Msc. PAULO SÉRGIO DE OLIVEIRA RESENDE Turma: C02/3SHAYRA MATOS CUNHA DIAS LUCAS RABELO RODRIGUES GEOVANE ARAUJO DA SILVA WALLACE OLIVEIRA DE JESUS Acadêmicos: Goiânia, Abril de 2014 INTRODUÇÃO Geotecnia é a aplicação de métodos científicos e princípios de engenharia para a aquisição, interpretação e uso do conhecimento dos materiais da crosta terrestre e materiais terrestres para a solução de problemas de engenharia. É a ciência aplicada de prever o comportamento de solos e/ou rochas e seus diversos materiais, no sentido de poder dar o suporte técnico a projetos e construções. A geotecnia abrange muitos dos aspectos de engenharia da geologia, geofísica, hidrologia, mecânica dos solos, mecânica das rochas, fundações, túneis, barragens, pavimentação, Engenharia Ambiental, com envolvimentos e estudos em Pedologia, Agronomia, Geografia, etc. Em Geotecnia o conhecimento se baseia em pesquisa e experimentos, a disciplina ministrada é teórico/prática. Este caderno tem o objetivo de registrar, resumir e facilitar o acompanhamento do aluno às aulas práticas. Nele deve-se observar principalmente as técnicas aplicadas, as normas e orientações com objetivo final no aprendizado, tendo em vista que alguns ensaios e condições podem sofrer variação. Para a construção deste trabalho a participação do Profº Paulo Sérgio de Oliveira Resende foi de grande importância, orientando sobre os requisitos e métodos necessários. Esperamos, portanto que os futuros profissionais do curso de Engenharia Civil encontrem neste Caderno os conhecimentos básicos necessários para iniciarem suas atividades profissionais, cujo aprimoramento se dará em especial através da vivência dos processos construtivos. ENSAIO 1 - PREPARO DE AMOSTRAS PARA ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO COM SECAGEM PRÉVIA - NBR – 6457 PASSO A PASSO: - Coleta de amostra deformada ou indeformada; - Secagem da amostra ao ar até a umidade de equilíbrio, umidade hignoscópica; - Desmanchar os torrões, evitando-se quebrar os grãos, e homogeneizar a amostra; - Desprezar material retido na #76mm - Quarteamento Fig.1.1.2. Homogeneização da amostra. Fig.1.1.1. Destorroamento Através do quarteamento, reduzir a quantidade de material até se obter uma amostra representativa em quantidade suficiente para a realização dos ensaios requeridos; Fig.1.2. Quarteamento, para redução proporcional da amostra. AMOSTRA PARA ANÁLISE GRANULOMÉTRICA - Tomar uma fração da amostra conforme tabela 1 abaixo; - Foi coletado e pesado 8kg do material quarteado, pois há dimensões de grãos contidos na amostra maiores que 25 mm. TABELA 1 – Quantidade de amostra para análise granulométrica Dimensões dos grãos maiores contidos na amostra determinada por observação visual (mm) Quantidade mínima a tomar (kg) < 5 1 5 à 25 4 > 25 8 Nota: O material assim obtido constitui a amostra a ser ensaiada. Fig.1.3. Seleção da amostra a ser trabalhada após quarteamento. - Passar o material na peneira #10 (2mm), para obter 2 frações: - Obter fração fina (passante) e grossa (retida). Fig.1.4. Peneiramento na peneira #10 (2mm). Fig.1.5. Fração grossa (à direita) e fina (à esquerda) da amostra inicial, resultante do peneiramento. Fig.1.6. Lavagem para retirada do solo argiloso do material. GRANULOMETRIA - FRAÇÃO GROSSA - Lavar o material retido na peneira #10 até retirar toda argila, e colocar em bandeja para secar em estufa. Fig.1.7. Amostra seca em estufa, depois de retirada do solo argiloso. GRANULOMETRIA - FRAÇÃO FINA Nos passos abaixo iremos obter amostras para vários ensaios: classificação dos grãos por sedimentação, massa específica, limites de liquidez e plasticidade e teor de umidade. - Pesar 3 amostra de material para ensaio de Teor de umidade; - Pesar 2 amostras de 70g para ensaio de sedimentação. - Pesar 2 amostras de 60g para ensaios de massa específica e colocar em água destilada. - Pesar 120g do material fino e lavar na # 200 (0,0075 mm). Depois de seco, peneirar. Fig.1.10. Pesagem em balança tarada, de 120g (gramas) e lavagem do material (à direita). - Passar um pouco de material na peneira de 0,42mm, e separar material em um recipiente limpo para ensaio de Limite de Liquidez (LL) e Limite de Plasticidade(LP). OBS.: Da amostra separada foi separado o material para análise de granulometria cujo ensaio e procedimento é apresentado neste caderno no ensaio 4. ENSAIO 2 – DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE Massa (g) CÁPSULA Nº 79 88 121 C+S+A 51,67 51,19 59,51 C+S 51,34 51,19 59,09 A 11,30 12,53 12,18 C 0,33 0,30 0,42 S 40,04 38,66 46,91 Teor de umidade (%) 0,82 0,78 0,90 Umidade média 0, 83 ENSAIO 3 - DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DOS GRÃOS SÓLIDOS – NBR 6508 Esta Norma prescreve o método de determinação da massa específica dos grãos de solos que passam na peneira de 4,8mm, por meio de picnômetro, através da realização de pelo menos dois ensaios. AMOSTRA DE 60g - SOLOS ARENOSOS FERRAMENTAS: - Estufa capaz de manter a temperatura entre 60 e 65º C e entre 105 e 110º C; - Aparelho de dispersão, com hélices metálicas substituíveis e copo munido de chicanas metálicas; - Picnômetro de 500 ou 1000 cm3 , calibrado a 20º C, com a respectiva curva de calibração; - Bomba de vácuo com registros, vacuômetro e conexões, capaz de aplicar um vácuo de 88 kPa (66cm de Hg a 0º C), para remoção do ar aderente às partículas do solo; - Termômetro graduado em 0,1º C, de 0 a 50º C; - Balança que permita pesar nominalmente até 1,5 kg, com resolução de 0,01g e sensibilidade compatível; - Funil de vidro; - conta-gotas. EXECUÇÃO DO ENSAIO - Pegar as 2 amostras de 60g de solos do tipo arenosos, que estava imersa em água destilada, por uma semana; - Bater cada amostra separadamente por 20min, para retirada de todo ar; Fig.3.2. Batedeira industrial, para retirada dos vazios do material. Fig.3.1. Amostra material imerso em água destilada. - Após bater, colocar no picnômetro com auxilio do funil de vidro, acrescentando água destilada e tampar; Fig.3.3. Transferência do material da batedeira para o picnômetro. - Colocar bomba de vácuo para retirada do todo ar, por 20 min; - Depois completar com água destilada até o bico, com auxilio de uma seringa; - Logo em seguida, pesar o conjunto picnômetro + solo + água usando uma balança e obter a massa (M2) da 1ª e 2ª Amostra; Fig.3.5. Pesagem Fig.3.4. Retirada do ar do picnômetro - Com o auxilio do termômetro graduado, obter temperatura do conjunto da 1ª e 2ª Amostra Fig.3.6. Aferição da temperatura da amostra, com termômetro digital. - Calcular a massa do solo seco (Ms), utilizando a fórmula a seguir: MT = 60g (massa total) h = 77 %( teor de umidade) Ms = 59,38g 1a AMOSTRA - Obter a massa (M1) através de tabela de calibração: M1 = 669,48 Tabela.3.1. - Calibração do Picnômetro - Obter a massa específica da água através de tabela: Ƴa = 0,9965 g/cm3 Tabela.3.2. – Massa específica de água em g/cm3 . - Calcular a massa específica do solo: Ƴ = 1,156 g/cm3 2a AMOSTRA - Obter a massa específica da água através de tabela: Ƴa = 0,9962 g/cm3 Tabela – Massa específica de água em g/cm3 . - Obter a massa (M1) através de tabela de calibração: M1 = 669,31 Tabela - Calibração do Picnômetro - Calcular a massa específica do solo: Ƴ = 1,162 g/cm3 ENSAIO 4 – ANÁLISE GRANULOMETRICA POR PENEIRAMENTO – NBR 7181 Esse método tem como objetivo realizar a análise granulométricados solos seja ela realizada por peneiramento ou por uma combinação de sedimentação e peneiramento. Teve como referencia normativa, além da NBR 7181, a NBR – 5734 (ABNT) – Peneiras para ensaios – Especificação. GRANULOMETRIA POR PENEIRAMENTO FERRAMENTAS: - Estufa - Bandejas metálicas; - Peneiras de 50 , 38 , 25 , 19 , 9.5 , 4.8 , 2.0 , 1.2 , 0.6 , 0.42, 0.30, 0.15 e 0.075 mm; - Balanças com carga nominal de 200g, 1,5kg, 5kg e 10kg, com resolução de 0,01g, 0,1g, 0,5 e 1g respectivamente; EXECUÇÃO DO ENSAIO Conforme a amostra de solo fração grossa e fina lavada preparada na aula anteriormente e levada a estufa, retiramos a mesma para prosseguir com o ensaio referente à NBR – 7181, para determinarmos a granulometria do material. Massa total úmida (MT) = 8000 g - O processo é dividido em duas etapas: - O peneiramento grosso, onde peneiramos materiais com granulometria maior que 2mm. - E o peneiramento fino, que é realizado através de uma amostra de 120g de solo com granulometria menor que 2mm, onde é feita uma proporção sobre a quantidade de solo que passou pela peneira de 2mm. - Retiramos nossa amostra da estufa juntamente com as três capsulas para verificarmos o teor de umidade higroscópica do solo. Onde os resultados estão apresentados na tabela abaixo: - Com o valor da umidade média verificamos a massa total de solo seco (Ms) de nossa amostra com a seguinte fórmula: Ms = 7.934,15g - Logo após realizamos o peneiramento grosso, onde pesamos a quantidade retida de solo retido em cada peneira. Com esses valores, calculamos a porcentagem de solo que passa em relação à amostra total seca. Os valores estão expressos na tabela abaixo: PENEIRAMENTO DA FRAÇÃO GROSSA Peneiras Massa retida (g) Massa que passa (g) % que passa da amostra total Nº Abertura (mm) 2” 60 - 7.934,15 100 1 ½” 38 - 7.934,15 100 1” 25 - 7.934,15 100 ¾” 19 25,21 7.908,94 99,68 3/8” 9,5 408,60 7.500,34 94,53 4 4,8 1.617,60 5.882,74 74,15 10 2 1.166,60 4.716,14 59,44 Total retido seco 3.218,01 - Para realizarmos o peneiramento de fração fina, utilizamos uma amostra parcial da quantidade de solo que passou pela peneira de 2mm. De acordo com a norma NBR 6457 devemos retirar uma amostra de 120g para solos arenosos, que é o nosso caso, para ensaios de peneiramento fino. Ms = 119,01g - A quantidade que peneiramos é realmente 119,01g (pois eliminamos a umidade) do solo que passou da peneira de 2mm nas demais peneiras de menor granulometria, pesando a massa de solo retido em cada uma delas. Com os valores da porcentagem que passa em cada peneira em relação à massa de 119,01g podemos fazer uma proporção para determinar a porcentagem de solo que passa em cada peneira em relação à amostra total. Os valores estão representados na tabela abaixo: PENEIRAMENTO DA FRAÇÃO FINA Peneiras Amostra parcial % que passa da massa total Nº Abertura (mm) Massa retida (g) Massa que passa (g) % que passa Amostra parcial 16 1,2 5,17 113,84 95,66 56,86 Úmida (g) 120 30 0,6 12,01 101,83 85,56 50,85 40 0,42 6,08 95,75 80,45 47,82 60 0,3 3,93 91,82 77,15 45,86 Seca (g) 119,01 100 0,15 10,51 81,31 68,32 40,61 200 0,074 11,89 69,42 58,33 34,67 Total retido seco 11,89 Com esses resultados podemos traçar a curva granulométrica do solo em estudo. Gráfico – Curva Granulométrica. Somente através da curva podemos visualizar melhor a característica da amostra de solo, pois a mesma apresenta grãos de todas as dimensões possíveis, visíveis a olho nu ou minúsculos. Assim é possível verificar se aquele solo pode ou não ser utilizado em um determinado serviço, ou se ele me permite uma trabalhabilidade adequada para o que eu preciso, ou ainda iniciar a base de estudos de como tornar utilizável o mesmo. Na figura abaixo temos uma coleção do material devidamente separado por granulometria: ENSAIO 5 – ANALISE GRANULOMÉTRICA DE SOLOS POR SEDIMENTAÇÃO – NBR 7181 O ensaio de sedimentação é recomendado para caracterizar a composição granulométrica de solos finos (grão menores que # nº 200), uma vez que a granulometria por peneiramento para esse tipo de solo se torna impraticável. O ensaio baseia-se na medida indireta da velocidade de queda das partículas sólidas em água. Para o cálculo do diâmetro das partículas emprega-se a equação de Stokes abaixo: Onde: v – velocidade de queda de uma partícula esférica em um fluido, em cm/s; δ – massa especifica da partícula esférica, em g/cm3; γ – massa específica do fluido, g/cm3; μ – viscosidade do fluido, em g.s/cm2; d – diâmetro da partícula esférica, em mm. Vale ressaltar que as partículas dos solos não tem forma de esfera, logo a equação acima possibilita o cálculo de um diâmetro equivalente. Diâmetros inferiores a 0,0002mm não são determinados através deste ensaio, uma vez que as partículas dessa ordem de grandeza não sedimentam, por causa da ação de forças repulsivas entre elas. O ensaio de sedimentação complementa o ensaio de granulometria por peneiramento na determinação do diâmetro e das respectivas porcentagens de partículas que ocorrem num solo. PROCEDIMENTO RESUMIDO - Pt = 70g de amostra úmida para solos arenosos; - Foi colocado a amostra em um recipiente com 125 cm3 de solução hexametafosfato de sódio (45,7 g de hexametafosfato de sódio e 1000 cm3 de água destilada). Ficou em repouso por uma semana (mínimo de 12h); - Após o período de repouso, foi colocada a mistura ao dispersor durante 15 minutos; - Colocar a mistura em uma proveta com capacidade para 1000 cm3 e completar com água destilada até a marca de 1000 cm3; - Paralelamente prepara-se também em uma outra proveta, uma mistura com 125 cm3 da solução de hexametafosfato de sódio e 875 cm3 de água destilada para obtenção de temperatura e densidade do meio dispersor correspondente a cada leitura feita na proveta com a amostra de solo; - Executar movimentos enérgicos de rotação na proveta que contém a amostra durante 1 minuto, de modo que a boca da proveta passe de cima para baixo e vice-versa; - Colocar a proveta sobre a mesa, anotar a hora exata do início da sedimentação e mergulhar cuidadosamente o densímetro na dispersão. Efetuar leituras, sem retirar o densímetro, nos tempos de 30 segundos, 1 e 2 minutos (repetir essa leitura); - Fazer as demais leituras a 4, 8, 15 e 30 minutos; 1, 2, 4, 8 e 24 horas, a contar do inicio da sedimentação. Mergulhar o densímetro na dispersão cerca de 15 a 20s antes de cada leitura. CÁLCULOS De posse dos dados obtidos no ensaio e com a curva de calibração do densímetro utilizado no ensaio (abaixo), calcula-se as porcentagens de material em suspensão (% que passa da amostra total) com a seguinte expressão: Qs - % solo em suspensão no instante da leitura do densímetro (% que passa da amostra total); N - % de solo que passa na # 10, obtida no ensaio de granulometria por peneiramento; δ – massa especifica dos grãos do solo, em g/cm3; δd – massa especifica do meio dispersor, à temperatura de ensaio, em g/cm3 (adotar 1 g/cm3); V – volume da suspensão, em cm3 (adotar 1000 cm3); γa – massa especifica da água a 20º C (adotar 1 g/cm3); L – leitura do densímetro na suspensão (proveta com a amostra de solo); Ld - leitura do densímetro no meio do dispersor, na mesma temperatura da suspensão; e Ps - massa da amostra seca, em g; obtida com a massa úmida (Pt) e umidade higroscópica (h). O cálculo do diâmetro equivalente das partículas de solo em suspensão pode ser calculado através da equação abaixo. Substituindo v, por a/t, temos: d – diâmetro equivalente da partícula de solo em suspensão, em mm; μ – coeficiente de viscosidade do meio dispersor, à temperatura de ensaio, em g.s/cm2; a –altura de queda das partículas, correspondente à leitura do densímetro, em cm; t – tempo de sedimentação, em segundos. Curvas de Calibração do Densímetro Leitura no densímetro (L) Onde: - Leitura até 2 minutos: a = -189,34.L + 209,05 - Demais leituras: a = -189,34.L + 208,16 TABELA 2 – Viscosidade da água (μ), em função da temperatura Temperatura (ºC) Valores (10-6 g.s/cm2) Temperatura (ºC) Valores (10-6 g.s/cm2) Temperatura (ºC) Valores (10-6 g.s/cm2) 10 13,36 20 10,29 30 8,16 11 12,99 21 10,03 31 7,98 12 12,63 22 9,80 32 7,82 13 12,30 23 9,56 33 7,66 14 11,98 24 9,34 34 7,50 15 11,68 25 9,13 35 7,45 16 11,38 26 8,92 36 7,20 17 11,09 27 8,72 37 7,06 18 10,81 28 8,52 38 6,92 19 10,54 29 8,34 39 6,79 - Leitura do densímetro no meio dispersor em função da temperatura Nº 26. Fórmula: Ld = - 3x10-5. T2 + 0,0011.T + 0,9935 - Massa de amostra seca (Ps), em g, é obtido com a massa úmida (Pt) e a umidade higroscópica (h): Ms = 69,47g - Obtivemos as tabelas abaixo conforme ensaio de sedimentação com Hexametafosfato (Tabela 3) e sem Hexametafosfato (Tabela 4); - E suas respectivas Curvas Granulométricas. TABELA 3 – Ensaio de Sedimentação com Hexametafosfato Data Hora observada (h:min:s) Altura de queda das patículas (cm) Tempo decorrido (s) Leitura no densímetro Temp. da água (ºC) Coef. de viscosidade da água (g.s/cm2) Diâmetro das partículas (mm) % que passa da amostra total a t L Ld μ d Qs 19/mar 00:00:30 15,1658 30 1,024 1,00350 19,4 10,44 0,0733 26,9 19/mar 00:01 15,3552 60 1,023 1,00350 19,4 10,44 0,0521 25,6 19/mar 00:02 15,5445 120 1,022 1,00350 19,5 10,415 0,0370 24,3 19/mar 00:04 14,8439 240 1,021 1,00350 19,5 10,415 0,0256 23,0 19/mar 00:08 15,0332 480 1,020 1,00350 19,9 10,315 0,0181 21,7 19/mar 00:15 15,7906 900 1,016 1,00340 20,4 10,186 0,0135 16,5 19/mar 00:30 15,9799 1800 1,015 1,00340 20,2 10,238 0,0096 15,2 19/mar 01:00 15,9799 3600 1,015 1,00340 20,4 10,186 0,0068 15,2 19/mar 02:00 16,1692 7200 1,014 1,00330 21,4 9,938 0,0048 14,0 19/mar 04:00 16,1692 14400 1,014 1,00320 21,5 9,915 0,0034 14,2 19/mar 08:00 16,5429 28800 1,012 1,00230 24,7 9,193 0,0023 12,7 19/mar 24:00:00 16,7373 86400 1,011 1,00230 24,7 9,193 0,0013 11,4 LEGENDA Ld = Leitura do densímetro no meio dispersor (Calibração do densímetro) a = Altura de queda das partículas de solo (Calibração do densímetro) t = tempo de sedimentação em segundos ENSAIO 6 – DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DE LIQUIDEZ E PLASTICIDADE Sendo a umidade de um solo muito elevada, ele se apresenta como um fluido denso e se diz no estado líquido. À medida que evapora água, ele se endurece e, para certa umidade = (limite de liquidez), perde sua capacidade de fluir, porém pode ser moldado facilmente e conservar sua forma. O solo se encontra agora no estado plástico. O objetivo é determinar a umidade (limite de liquidez) de uma amostra de solo, para que o mesmo passe do estado líquido para o estado plástico, quando pode ser moldado, conservando sua forma. REFERÊNCIAS NORMATIVAS NBR – 6459 (ABNT) 1994 – Limite de Liquidez; NBR – 7180 (ABNT) 1994 – Limite de Plasticidade; PROCEDIMENTO RESUMIDO A determinação do limite de liquidez (LL) é feita pelo aparelho de CASAGRANDE que consiste em um prato de latão, em forma de concha, sobre um suporte de ebonite e um cinzel (um modelo para cada tipo de solo); 6.1. Aparelho de Casagrande. O procedimento consiste nas seguintes etapas: - Pegar material separado que passou na peneira # 40 de 0,42mm; - Colocar cerca de 70 g do material na cápsula de porcelana. Adicionar água aos poucos, amassando e revolvendo com o auxílio da espátula de forma a se obter uma mistura homogênea com consistência; - Transferir parte da massa para a concha do aparelho; - Com o emprego do cinzel, dividir a massa do solo em duas partes iguais abrindo-se uma canelura no centro, perpendicular à articulação da concha. - Acionar o botão do aparelho para proceder o golpeamento da concha contra a base do aparelho. A altura de queda da concha deve ser de 1 cm, na razão de duas quedas por segundo. Isto deve ser feito até que as duas bordas da canelura se unam, registrar assim o número de golpes, que será marcado automático; 6.2. Aparelho de Casagrande, sendo utilizado para determinação do Limite de Liquidez. - Retirar uma amostra aonde houve o fechamento da canelura e depositar em cápsula de alumínio. Pesar o conjunto cápsula e solo úmido e colocar na estufa a 110°C; 6.3. Retirada de amostra ,após fechamento de fissura feita na amostra. - Repetir as etapas anteriores cinco vezes, aumentando gradativamente a quantidade de solo de modo que o número de golpes necessários para o fechamento da canelura seja aproximadamente de 15, 25 e 40 golpes; - Determinar o teor de umidade de cada amostra, e, a partir dos teores, construir a curva de fluidez. O ponto de abscissa “25 golpes” determina no eixo das ordenadas uma umidade que corresponde ao limite de liquidez (LL) do solo. LIMITE DE LIQUIDEZ Massas(g) Capsulas nº 10 12 21 27 28 43 C + S + A 32,8 29,9 29 26,2 31,4 25,3 C + S 27,6 25,9 25,3 23,4 26,8 22,3 A 5,2 4 3,7 2,8 4,6 3 C 12,1 12,6 12,3 12,7 11,5 12,1 S 15,5 13,3 13 10,7 15,3 10,2 Teor de umidade (%) 33,55% 30,08% 28,46% 26,17% 30,07% 29,41% Golpes 13 21 28 78 25 34 Tabela – Teor de umidade determinado através do número de golpes. Gráfico – Gráfico Nº de Golpes x Teor de Umidade. Limite de Liquidez = 33,55 - Para determinar o índice de plasticidade, fazer 6 rolinhos do material úmido, cortar cada em 3 partes e colocar em cápsulas enumeradas; Figura.5.3. Rolinhos formados pelo material úmido. Umidade. Seguindo as orientações, determinamos os seguintes resultados: LIMITE DE PLASTICIDADE Massas(g) Capsulas nº 94 110 113 127 145 146 C + S + A 12,6 12,7 12,8 14,0 13,7 13,6 C + S 12,4 12,4 12,5 13,7 13,5 13,3 C 11,6 11,6 11,4 12,3 12,2 12,1 A 0,2 0,3 0,3 0,3 0,2 0,3 S 0,8 0,8 1,1 1,4 1,3 1,2 Teor de umidade (%) 25,00% 37,50% 27,27% 21,43% 15,38% 25,00% Tabela – Determinação do teor de umidade através. O valores discrepantes da tabela foram desconsiderados, considerando os em cinza e os restantes feito a média, sendo assim determinamos o Limite de Plasticidade em 23,81. Índice de Plasticidade Com base nos dados anteriores e das fórmulas que se seguem determinamos o índice de plasticidade, conforme abaixo: IP = LL – LP IP = 33,55 – 23,81 = 9,74 Categoria: Medianamente Plástico INDICE DE PLASTICIDADE FRACAMENTE PLÁSTICO 1 < IP < 7 MEDIANAMENTE PLÁSTICO 7 < IP < 15 ALTAMENTE PLÁSTICO IP > 15 Índice de Consistência Da mesma forma determinamos o índice de consistência: IC = LL – h / IP IC =33,55 – 0,77 / 9,74 = 3,365 Categoria: Consistência Dura. INDICE DE CONSISTÊNCIA MUITO MOLE IC < 0 PLÁSTICA MOLE 0 < IC <0,5 PLÁSTICA MÉDIA 0,5 < IC <0,75 PLÁSTICA RIJA 0,75 < IC <1,0 CONSISTÊNCIA DURA IC >1,0 CONCLUSÃO Neste caderno estão reunidos os relatórios de aulas da disciplina de Geotecnia I, constando a primeira parte de duas da disciplina, o mesmo, portanto ainda será complementado com outros ensaios, conhecimentos e experiências.Estas anotações são um registro a ser consultados pelos alunos sempre que necessário, os conhecimentos aqui descritos podem ser constantemente melhorados. A análise dos resultados obtidos em sala, e aqui registrados, devem sempre ser avaliados juntamente com as normas vigentes. Tanto para um maior entendimento dos assuntos abordados quanto para aplicação dos mesmos. Os resultados dos ensaios podem surpreender ao trazerem resultados contrários ao que se imagina empiricamente, mas não foi o que presenciamos, em sua maioria o conhecimento base até o momento serviu de certa forma para validar os resultados. Essa base, vinda da própria disciplina teórica e de outras, tem no laboratório a possibilidade de tornar o aprendizado mais completo, possibilitando aos alunos a comprovação de dados que serão utilizados, não só durante a disciplina de Geotecnia I, na sua posterior Geotecnia II, em todo o curso, e claro aplicada no dia a dia do profissional. BIBLIOGRAFIA NBR – 6457 (ABNT) Agosto/1986 – Preparação de amostras de solo para ensaio normal de compactação e caracterização – Método de ensaio. NBR – 6508 (ABNT) – Grãos de solos que passam na peneira de 4,8mm - Determinação da massa específica – Método de ensaio. NBR – 7181 (ABNT) 1984 – Solo – Análise Granulométrica; NBR – 5734 (ABNT) – Peneiras para ensaios – Especificação. NBR – 7181 (ABNT) 1984 – Solo – Análise Granulométrica; NBR – 6459 (ABNT) 1994 – Limite de Liquidez; NBR – 7180 (ABNT) 1994 – Limite de Plasticidade;
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