Semana 13 finalizada

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Nathalia de Souza Rocha – 201307301861 – semana 13
AO JUÍZO DA VICE PRESIDENCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS art. 1016
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Referente ao Processo nº ...
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 	JOÃO SOBRENOME ..., nacionalidade ..., estado civil..., profissão ..., portador da carteira de identidade nº ..., expedida por ..., inscrito no CPF sob nº ..., com endereço eletrônico ..., residente e domiciliado na Rua ..., nº ..., bairro..., cidade ...., estado ..., CEP ..., nos autos da AÇÃO DE DESPEJO CC COBRANÇA DE ALUGUERES, que lhe move PEDRO SOBRENOME ... nacionalidade ..., estado civil..., profissão ..., portador da carteira de identidade nº ..., expedida por ..., inscrito no CPF sob nº ..., com endereço eletrônico ..., residente e domiciliado na Rua ..., nº ..., bairro..., cidade ...., estado ..., CEP ..., vem por seu advogado infra assinado, com endereço profissional na Rua ..., nº ..., bairro..., cidade ...., estado ..., CEP ..., com endereço eletrônico ..., tempestivamente inconformado com a respeitável decisão interlocutória de fls ..., interpor o presente
AGRAVO DE INSTRUMENTO
nos termos das razões anexas, pelo o que requer que seja o mesmo recebido no efeito suspensivo e devolutivo nos termos do art. 1019, inciso I do CPC e ulterior remessa para o julgamento para o órgão competente.
Informa que o preparo foi devidamente realizado fornecendo desde já o nome e o endereço completo dos advogados constantes no processo, nos termos do art. 1016, inciso IV do CPC
Termos em que,
Confia deferimento.
Local e data
ADV. OAB/UF
DAS RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Agravante: JOÃO SOBRENOME
Agravado: PEDRO SOBRENOME
Processo nº: ...
Juízo de Origem: 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA - MG
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara Cível,
-I-
DA ADMISSIBILIDADE
DA TESPESTIVIDADE:
Cumpre ser dito que, nos termos do art.1.003, § 5º do CPC, o prazo para interposição do presente recurso é de 15 dias a contar da ciência dos termos da decisão agravada.
 
Assim sendo, levando em consideração que o presente recurso está sendo protocolado antes do fim do referido prazo, resta claro a tempestividade do presente recurso.
DO PREPARO:
Na forma do artigo 1007 e seus parágrafos do Código de Processo Civil, no ato de interposição do recurso o recorrente comprovará o respectivo preparo. Conforme documento em anexo, o devido preparo do presente recurso foi devidamente realizado, o que confirma a admissibilidade do presente recurso.
DAS EXIGÊNCIAS DO ARTIGO 1017 DO CPC:
Em cumprimento as exigências do art. 1017 NCPC, inciso I, II, vem informar as peças que instruem o presente agravo de instrumento:
1- Cópia da inicial;
2- A peça da contestação; 
3- Cópia da decisão agravada; 
4- Cópia da intimação da decisão ;
5- Cópia da procuração do agravante e do agravado;
6- Contrato de locação;
7- Cópia do de recibo de pagamento. 
Aproveita a oportunidade para informar o nome e endereço dos patronos de ambas as partes, quais sejam: 
PATRONO DO AGRAVANTE: Nome, OAB/UF, endereço profissional situado na rua, nº , bairro, cidade, Estado, CEP.
PATRONO DO AGRAVADO: Nome, OAB/UF endereço profissional situado na rua, nº, bairro, cidade, Estado, CEP.
- II -
DA REFORMA DA DECISÃO:
A decisão interlocutória de fls ..., contém “error in judicando”, razão pela qual requer a sua integral reforma pelas razões a seguir aduzidas.
-III-
DO BREVE RELATO DOS FATOS
Cuida-se de Ação de Despejo cumulada com cobrança de aluguéis em virtude da inadimplência do Agravante, de quatro meses de aluguéis, conforme contrato de locação celebrado em 1º de Outubro de 2012 entre o agravante e o agravado.
Na inicial foi pedido e em decisão liminar foi deferido o despejo liminar do Agravante, sendo concedido o prazo de 72 horas para tanto, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00 (dois mil reais), em virtude do inadimplemento acima, nos termos da decisão anexada ao instrumento e atacada por este Recurso.
Em que pese o imenso respeito e admiração conferidos ao Juízo a quo, conforme a seguir será analiticamente demonstrado, a r. decisão agravada merece reforma. É o que se passa a demonstrar.
-IV-
DO MÈRITO:
DAS RAZÕES PARA REFORMA DA R. DECISÃO RECORRIDA:
Determina o Art. 62 da Lei 8.245/1991, em seus incisos I e II, que o locatário e o seu fiador, que foi devidamente ofertado, devem ser citados, sendo-lhes facultado, no prazo de 15 dias, o pagamento do débito atualizado, purgando a mora, o que foi desrespeitado pela decisão recorrida e enseja, por sua vez, a reforma da decisão, vez que ilegal.
Logo, vislumbra-se que a r. decisão embargada não ofereceu ao locatário e ao seu fiador a possibilidade de purgar a mora, resta patente o equívoco do D. Juízo de Piso, devendo esta decisão ser reformada pela Colenda Turma.
Neste sentido, confira-se o seguinte julgado:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL. AÇÃO DE DESPEJO. FALTA DE PAGAMENTO. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. DESPEJO IMEDIATO DO LOCATÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. IMPRESCINDIBILIDADE DA PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO. LOCADOR. OPORTUNIZAÇÃO DE PURGA DA MORA. LOCATÁRIO. A Lei de Locações (Lei nº 8.245/91), em seu artigo 59, §1º, IX e §3º, determina expressamente os requisitos necessários para o deferimento de medida liminar de despejo. Além das hipóteses previstas na Lei de Inquilinato, para fins de concessão da medida liminar de despejo, deverão estar presentes os requisitos do artigo 273, caput, I, do CPC, autorizadores da concessão da tutela antecipada, quais sejam, a prova inequívoca e convencimento da verossimilhança, requisitos específicos, bem como o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação. SEJA COMO FOR, O DESPEJO FICARÁ CONDICIONADO (I) à prestação de caução pelo locador (requisito imprescindível, porquanto a caução exerce uma função específica no processo, qual seja, a de prevenir o direito do réu quanto à possível prejuízo), bem como (II) À OPORTUNIZAÇÃO DA PURGA DA MORA PELO LOCATÁRIO - HIPÓTESES, AQUI, NÃO CONFIGURADAS. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO, EM DECISÃO MONOCRÁTICA. (Agravo de Instrumento Nº 70068572627, Décima Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Adriana da Silva Ribeiro, Julgado em 14/03/2016).
Noutro giro, embora o Código de Ritos autorize, expressamente, independente de pedido do autor, a imposição de multa diária, como forma de efetivar a tutela concedida, verifica-se que o valor fixado a título de multa foi além da medida do razoável.
 Com efeito, deve-se atentar para o fato de que a r. decisão recorrida fixou, para o caso do descumprimento da sentença, multa no valor de R$ 2.000,00 (mil reais). 
Por óbvio que a coerção em pecúnia é instrumento hábil a conferir a máxima eficácia às decisões judiciais, contando com expressa previsão no bojo dos art. 537, do diploma processual civil de 2015.
Contudo, tal postura não pode ser convolada em mecanismo de empobrecimento do polo passivo da demanda, máxime se for levado em consideração que o réu é pessoa que está passando por dificuldades financeiras e, consequentemente, com restrições orçamentária.
Destarte, com arrimo no princípio da razoabilidade, deve o Poder Judiciário perfilhar uma forma de atuação construtiva no combate a atos arbitrários dos órgãos públicos, de sorte a controlar lhes a discricionariedade, mas nunca impingir dano superlativo à Administração. 
Além disso, somente a título comparativo, o Egrégio Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro tem entendimento firmado de que astreintes fixados em valores superiores a R$ 200,00 (duzentos reais) nos casos de fornecimento de medicamentos se mostram descabidos, conforme se observa dos seguintes julgados:
0025232-79.2014.8.19.0014 - REMESSA NECESSARIA
 Des(a). PEDRO SARAIVA DE ANDRADE LEMOS - Julgamento: 09/11/2016 - DÉCIMA CÂMARA CÍVEL
 
REEXAME NECESSÁRIO. Obrigação de Fazer. Fornecimento de medicamentos. Direito à saúde. Garantia constitucional. Responsabilidade solidária de todos os entes federativos. Aplicação da Súmula 65 do TJ/RJ. Extrema importânciado bem jurídico tutelado. RETIFICAÇÃO DA SENTENÇA, apenas para reduzir o valor Multa diária que se mostra excessiva. Redução para R$ 100,00, em observância aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade e ao patamar aplicado por esta Corte a casos semelhantes. Precedentes jurisprudenciais.
0051301-25.2016.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO
 Des(a). PAULO SÉRGIO PRESTES DOS SANTOS - Julgamento: 23/11/2016 - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
 
Agravo de instrumento. Ação de obrigação de fazer. Decisão que deferiu a antecipação de tutela. Fornecimento dos medicamentos prescritos por médico, e necessários à manutenção da saúde do agravado. Multa diária fixada no valor de R$ 500,00. Cumprimento parcial da decisão proferida pelo juízo a quo. Redução do valor da multa para o patamar de R$ 200,00 (duzentos reais). Parcial provimento do agravo de instrumento.
Justifica-se, portanto, a necessidade de moderar a multa imposta sob a luz da razoabilidade e da proporcionalidade, tudo em observância à vedação de enriquecimento sem causa, expressamente prevista no art. 884 do Código Civil, haja vista que, se no caso de fornecimento de medicamentos necessários à manutenção da saúde do paciente o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) é excessivo, no caso de uma simples desocupação de imóvel.
Assim sendo, requer a diminuição dos valores fixados das multas pelo eventual descumprimento da r. decisão de antecipação de tutela, a fim que elas se adequem ao princípio constitucional da razoabilidade.
DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL: EFEITO SUSPENSIVO AO AGRAVO: 
De acordo com os artigos 1.019. Inciso I, e 932, inciso II, ambos do Código de Processo Civil, pode o relator emprestar efeito suspensivo ao Agravo de Instrumento em verificando-se tratar de caso no qual haja possibilidade de ocorrência de lesão grave ou de difícil reparação e quando relevante a fundamentação.
À luz dos argumentos expendidos e dos precedentes jurisprudenciais a que já se referiu, em rol meramente exemplificativo, resta patente a injuridicidade da tutela antecipada concedida em primeiro grau.
A decisão recorrida, no mérito, data maxima venia, carece de suporte jurídico, pois, dentre outros aspectos: (i) foi exarada em desconformidade com o regramento sobre a matéria; e (ii) não observa os postulados da proporcionalidade e da razoabilidade, ao fixar multa com valor excessivo e o prazo ínfimo para cumprimento. 
Torna-se, portanto, imperiosa a concessão de efeito suspensivo ao agravo de instrumento.
-IV-
DO PREQUESTIONAMENTO:
Caso o presente recurso não seja provido e pretendendo o apelante recorrer à superior instância diante do inafastável interesse recursal, requer, desde já, o prequestionamento explícito das matérias de ordem federal e constitucionais aqui ventiladas, inclusive dos artigos da Constituição da República e das leis federais.
-V-
DOS PEDIDOS:
Diante do exposto requer aos nobres julgadores o conhecimento e o provimento do presente agravo de instrumento para reformar integralmente a decisão interlocutória proferida com a condenação do agravado aos honorários sucumbenciais.
Termos em que,
Confia deferimento.
Local e data
ADV. OAB/UF 
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