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Logística Global e estoque

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Logística Global
 
Cenário internacional
Regimes aduaneiros
Canais de distribuição
Classificação de materiais
Formação de preços e INCOTERMS
Modalidade de pagamento
Documentação
Como fator de sucesso, sem levar em consideração o tamanho e as metas de uma empresa, a logística global está assumindo, cada vez mais, uma posição de destaque no pensamento e na ação estratégica.
“A fonte da vantagem competitiva é encontrada, primeiramente, na capacidade de a organização diferenciar-se de seus concorrentes aos olhos do cliente e, em segundo lugar, pela sua capacidade de operar a baixo custo e, portanto, com lucro maior”. (CHRISTOPHER, 1997)
Partindo desta afirmação e analisando o âmbito da logística nas organizações, pode-se dizer que a logística constitui-se numa vantagem competitiva, já que está presente no sistema total da organização. Através do gerenciamento logístico é possível satisfazer a necessidade dos clientes, pois há a coordenação dos fluxos de materiais e informações que vão do mercado até a empresa, suas operações e, posteriormente, para seus fornecedores.
Balanço de Pagamentos:
Balanço de pagamentos é um instrumento da contabilidade social referente à descrição das relações comerciais de um país com o resto do mundo. Ele registra o total de dinheiro que entra e saí de um país, na forma de importações e exportações de produtos, serviços, capital financeiro, bem como transferências comerciais.
É elaborado pelo Banco Central do Brasil, uma vez que este é o órgão por gerir as reservas do país, sendo apresentada anualmente. 
Estrutura de um Balanço de Pagamentos
1 – Balança Comercial (A-B)
A – Exportações
B – Importações
2 – Balança de Serviços
Fretes
Seguros
Viagens internacionais
Royalties
Remessa de lucros
Juros ao exterior
Outros serviços ao exterior
3 – Transferências Unilaterais
Remessa de residentes no exterior, doações, etc.
4 – Transferência correntes ( 1 + 2 + 3 )
5 – Movimento de Capitais
. Amortizações
. Investimentos
. Empréstimos
. Outros.
6 – Erros e Omissões
7 – Saldo do Balanço de Pagamentos ( 4 + 5 + 6 )
Regimes Aduaneiros:
É o conjunto de procedimentos ou regras previstas em lei para efetivar uma importação ou exportação.
Podem ser: Regimes Aduaneiros Comuns ou Regimes Aduaneiros Especiais.
REGULAMENTO ADUANEIRO – DECRETO Nº 4.543/2002 e legislação complementar.
Regimes Aduaneiros Especiais:
São regras ou procedimentos que visam regular situações especiais no comércio de importação e exportação em um país. Exemplo: Entreposto aduaneiro, Admissão temporária, aplicados nas zonas francas, free shops.
Importância: traz vantagens financeiras ou operacionais para as empresas.
Via de regra: traz vantagens fiscais ao suspender ou impedira cobrança de tributos. 
Drawback:
Permite a importação de insumos para industrialização de bens destinados à exportação, sem incidência de tributos.
Pode ser:
Suspensão
Restituição
Isenção 
Admissão ou franquia temporária:
Permite a entrada de produtos estrangeiros com suspensão de tributos, no prazo de 1 ano, prorrogável por mais 1
Exemplos:
Feiras, congressos e eventos internacionais
Competições ou exposições esportivas
Promoção comercial
Prestação por técnico estrangeiro de assistência técnica a bens importados em virtude de garantia
Outros bens definidos na IN (instrução normativa) nº 285/2003 SRF
Exportação temporária:
Permite a saída e futuro regresso de produtos nacionais ou nacionalizados , não havendo a incidência de impostos. Prazo de 1 ano, prorrogável por mais 1.
Exemplos:
Feiras, congressos e eventos nacionais
Competições ou exposições esportivas
Promoção comercial
Prestação de assistência técnica a bens exportados em virtude da garantia
Atividades temporárias de interesse da agropecuária
Outros bens definidos IN nº 319/2003 da SRF 
Trânsito aduaneiro:
Permite o transporte de mercadorias de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão de tributos.
Exemplo: transporte rodoviário de mercadorias do Uruguai para o Paraguai, passando pelo território brasileiro. 
Entreposto aduaneiro:
Permite o depósito de mercadorias em local determinado do território aduaneiro, com suspensão de tributos.
Pode ser direto (produtos descriminados pela SRF) ou indireto (produtos da pauta de importação autorizados pela SRF), pelo prazo de 1 ano prorrogável por até 3 anos.
Exemplo: mercadoria acondicionada no Porto de Santos que aguarda embarque para a argentina. 
 
Entreposto industrial:
Permite importar insumos para a industrialização que deverão ser destinadas ao mercado externo, com suspensão de tributos.
Os produtos industrializados podem ser destinados ao mercado interno desde que haja o recolhimento dos tributos devidos.
Exemplo: importação de polipropileno para fabricação e exportação de sacolas plásticas. 
Zonas francas:
Áreas de livre comércio de importação exportação. Há isenção de impostos.
Visa promover o desenvolvimento econômico e social de certas regiões.
Situadas nas imediações de portos marítimos, fluviais ou aéreos.
Canal de distribuição:
Rede (sistema) organizada de órgãos e instituições que executam todas as funções necessárias para ligar os produtores aos usuários finais. 
Funções realizadas por intermediários:
	Funções
	Operação
	Descrição
	Transacionais
	Compra
	Comprar produtos afim de revende-los
	 
	Venda
	Promover produtos para clientes potenciais e solicitar pedidos
	 
	Riscos
	Assumir os riscos comerciais da propriedade de bens que podem se deteriorar, ser danificados ou tornar-se obsoletos 
	Logísticas
	Concentração
	Trazer bens de vários lugares para um único ponto de venda
	 
	Armazenamento
	Manter estoques e proteger os bens de maneira a satisfazer as necessidades dos consumidores
	 
	Dist. Física
	Mover bens fisicamente de onde são fabricados para onde são comprados e usados – transporte e armazenagem 
	Facilitação
	Financiamento
	Proporcionar créditos ou fundos para facilitar uma transação
	 
	Graduação
	Inspecionar produtos e classifica-los em categorias com base na qualidade
	 
	Pesq. Marketing
	Reunir e transmitir informações sobre condições do mercado, vendas esperadas, tendências e forças competitivas
Canal direto:
Canais indiretos:Varejista
Agente
Consumidor
Produtor
Varejista
Produtor
Atacadista
Consumidor
Produtor
Consumidor
Varejista
Atacadista
Canais de distribuição internacional:
Canal direto:
Distribuidor / Vendedor
Filial de vendas
Venda por correio
Consórcio de exportação
Agente no exterior
Rock Jobbing
Joint venture
Aquisições
Canal direto:
Vendedor direto – a empresa possui um funcionário que reside no país importador, provendo e realizando vendas;
Filial de vendas – constitui uma loja de vendas que é gerenciado por funcionário da empresa exportadora, o produto é enviado pelo exportador diretamente para sua filial, que possuem armazenagem própria, e esta entregará ao cliente final;
Vendas pelo correio – muitas exportações de pouco volume são realizadas por correio ou por serviços de courrier, isto é, a remessa de encomendas expressas para o exterior;
Consórcio de exportação – é uma das formas mais práticas e baratas para entrar no mercado internacional, juntando sinergias com outros produtores;
Agente no exterior – é uma das formas mais utilizadas para se entrar nos mercados externos, esta forma funciona quando uma pessoas física ou jurídica que, através de um acordo, vende e representa seu contratante e é paga com uma comissão sobre o total vendido;
Rock Jobbing – o exportador administra, por sua própria conta, um espaço de uma loja ou armazém de um comerciante local, contactando e vendendo diretamente aos consumidores locais;
Distribuidor – é uma pessoa jurídica que compra o produto em seu próprio nome, estoca a mercadoria e a vende a um terceiro, aplicando um aumento de preço, que cobre os gastos e dá lucronecessário. 
Canal indireto:
Buyer(comprador) Agente
Broker(corretor)
Piggy Back	
Jobber (empregador)
Agente de Venda	
Trading Company
Canal indireto:
Boyer Agente – Atua no país do exportador, em nome e por conta do importador, levando oportunidades de negócios e mantendo-o bem informado a respeito de mercado exportador;
Broker – é um intermediário que atua em setores muito específicos, como os de matéria-prima e tem uma relevante especialização no setor de mercado;
Piggy Back – são empresas conhecidas no mercado de destino da mercadoria e que atua no mesmo segmento do exportador;
 Jobber – é um atacadista que compra, estoca e revende para outros atacadistas ou para o distribuidor, sua comissão é paga em parte pelo comprador e em parte pelo vendedor;
Agente de venda – é um executivo que desenvolve contatos de venda, tendo como sede principal o país do próprio exportador. Sua remuneração é baseada em comissão sobre o volume de negócios realizados;
Trading Company – é uma sociedade mercantil, cujas as atividades são compra e venda, intermediação, financiamento, comercialização e inclusive industrialização. 
Canais de Distribuição Internacional - JOINT VENTURE
“ Um contrato entre duas partes para criar uma associação entre empresas , com o objetivo comum e vantagem recíproca, com a finalidade de concretizar um ou mais negócios por tempo definido ou indefinido” (Minervini – 2001).
O Joint Venture pode ser a única forma de entrar num país ou região, se as práticas governamentais de concessão de contratos geralmente favorecem empresas nacionais ou se as leis proíbem controle acionário estrangeiro.
Canais de Distribuição Internacional – LICENCIAMENTO
Acordo contratual pelo qual o licenciador permite que o licenciado use patentes, marcas tecnologias ou outros bens intangíveis mediante a pagamento de royalties ou outra forma de pagamento.
O licenciamento é uma das formas de redes que está se tornando comum, pois tem provado ser um meio rentável de penetração em mercados estrangeiros por não usar muitos recursos da empresa licenciadora, favorecendo assim as firmas menores que não possuem os recursos e as possibilidades de instalação no exterior. 
Classificação de Mercadorias:
É uma determinação, em uma tabela padronizada com códigos, do melhor enquadramento de uma mercadoria, dentro das regras estabelecidas, em um único código dentre os existentes.
Classificação de Mercadorias - SISTEMA HARMONIZADO (SH)
SH é a linguagem universal do comércio – criado pela OMA – Organização Mundial das Alfandegas;
SH é utilizado em 179 países;
SH cobre mais de 98% do comércio mundial. 
COMPOSIÇÃO DE UM CÓDIGO SH:
0207.14
Capítulo 2 (Carnes e miudezas, comestíveis)
Posição 0207 (Carnes e miudezas, comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105)
Subposição de 1º nível 0207.1 – De galos e galinhas
Subposição de 2º nível 0207.14 – Pedaços e miudezas, congelados.
4407.24 
Capítulo 44 (Madeira e obras de madeira)
Posição 4407 (Madeira serrada ou fendida longitudinalmente , cortada em folhas ou desenrolada, mesmo aplainada, polida ou unida por malhetes, de espessura superior a 6mm)
Subposição de 1º nível 4407.2 (De madeiras tropicais)
Subposição de 2º nível 4407.24 (Virola, Mahogany, Imbuia e Balsa) 
Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM
Tem como base o SH
Código de 8 dígitos
6 dígitos SH + 2 dígitos Mercosul
Dois dígitos são acrescentados para atender peculiaridades/interesses do comércio regional
Estrutura do código NCM
SH
0713 – Legumes de vagem, secos, em grão, mesmo pelados ou partidos.
0713.3 – Feijões
0713.33 Feijão Comum – Phaseolus Vulgares 
0713.33.1 – Preto
0713.33.11 – Para Semeadura
0713.33.19 – Outros
NCM
	NCM
	DESCRIÇÃO
	8703
	AUTOMÓVEIS DE PASSAGEIROS E OUTROS VEÍCULOS
	8703.3
	OUTROS VEÍCULOS COM MOTOR DE PISTÃO, DE IGNIÇÃO POR COMPRESSÃO (DIESEL OU SEMIDIESEL)
	8703.32
	DE CILINDRADA SUPERIOR A 1.500 CM3 MAS NÃO SUPERIOR A 2.500 CM3
	8703.32.10
	COM CAPACIDADE DE TRANSPORTE DE PESSOAS SENTADAS INFERIOR OU IGUAL A 6, INCLUNDO O CONDUTOR
Objetivo da classificação de mercadorias:
Simplificação do comércio;
Acompanhamento estatístico;
Controle das importações e exportações;
Cobrança dos direitos aduaneiros e outros tributos.
A correta classificação na NCM define:
Incidência de tributos;
Acordos internacionais;
Tratamento administrativo.
A Secretaria da Receita Federal – SRF é a responsável pela classificação dos produtos na NCM.
Tratamento Administrativo:
PORTARIA 
SECEX
15/2004 – 17.11.2004
LIVRE
Tratamento Administrativo
SUJEITA A PROCEDIMENTOS 
ESPECIAIS
PROIBIDA
CONTINGENCIADA
Formação de preços e Incoterms:
Preço de Venda da Mercadoria no Mercado Interno
P. Int. = CUSTOS TOTAIS + LUCRO + TRIBUTOS
Custos Industriais 
 Matéria Prima
 Mão de Obra
 Custos Ind. De Fab.
ICMS+PIS+COFINS+OUTROS
 
Despesas Financeiras
Despesas Administrativas
Despesas de Comercialização 
Preço de Venda da Mercadoria no MERCADO EXTERNO
P. Exp. = P. Int. - Tributos - Despesas I + Despesas II
 
	(-) DESPESAS I
	(-) DESPESAS II
	Incluídas no preço de mercado interno, mas que não incidem na exportação
	Embalagens, carregamento, transporte interno, desembaraço aduaneiro na exportação, despesas portuárias, despesas aeroportuárias... 
	Comissão de vendas no mercado interno
	Aluguel de contêiner, transporte e seguro do contêiner até o costado do navio...
	Despesas financeiras para obtenção de capital de giro a taxas de mercado
	Carga, descarga e estada do contêiner, capatazia e taxas portuárias;
	E outras
	Seguro internacional, frete internacional, descarregamento da mercadoria no porto de destino, transporte interno no país de destino, desembaraço aduaneiro na importação, outras despesas......
Observar as condições de vendas – Incoterms
http://www.apredendoaexportar.gov.br
Incoterms:
EXW (EX WORK)
A partir do local de produção (local designado).
Menor obrigação para o vendedor.
FCA (FREE CARRIER) – transportador livre
Transportador livre (local designado).	
Vendedor entrega os bens já desembaraçados para exportação ao transportador designado pelo comprador, no local mencionado.
Qualquer modalidade de transporte. 
FAS (FREE ALONGSIDE SHIPE) – livre ao lado do navio
Livre no costado do navio (porto de embarque designado).
Vendedor entrega os bens já desembaraçados no costado do navio, no porto de entrega designado. 
FOB (FREE ON BOARD) – livre a bordo
Livre a bordo do navio (porto de embarque).
Vendedor entrega os bens no momento em que os mesmos transpõem a amurada do navio, no porto de embarque designado.
Transporte marítimo.
CFR ( COST AND FREIGHT) – custo e frete
Custo e frete (porto de destino designado).
Vendedor entrega os bens no momento em que os mesmos transpõem a amurada do navio no porto de embarque.
Vendedor deve pagar as despesas e o frete internacional necessários para levar a mercadoria até o porto de destino designado.
CIF (COST, INSURANCE E FREIGHT) – Custo do seguro e frete
Custo, seguro e frete (porto de destino designado).
Vendedor transfere os bens quando os mesmos transpõem a amurada do navio no porto de embarque .
Vendedor deve pagar os custos, frete internacional e seguro internacional necessários para levar os bens até o porto do destino designado. 
Obs.: os valores do custo do frete e seguro estão embutidos no preço final da mercadoria.
CPT (CARRIAGE PAID TO) – Porte pago
Transporte pago até......(local de destino designado).
 Vendedor entrega os bens ao transportador designado, e deve pagar o transporte necessário para levar os bens até o destino combinado.
Qualquer modalidade de transporte.
CIP (CARRIAGEAND INSURANCE PAID TO) – Porte e seguro pago
Transporte e seguros pagos até.....(local de destino designado).Vendedor transfere os bens ao transportador designado, porém o vendedor adicionalmente deve pagar as despesas de transporte e seguro necessárias para levar os bens até o local de destino designado.
Qualquer modalidade de transporte.
DAF (DELIVERED AT FRONTIER) – Entregue na fronteira
Entregue na fronteira (local designado).
Vendedor entrega os bens quando os mesmos forem disponibilizados para o comprador na chegada do meio de transporte combinado, SEM DESCARREGAR, porém já desembaraços, no ponto e local indicados na fronteira (país de exportação) e ANTES DA FRONTEIRA DO PAÍS LIMÍTROFE. 
DES (DELIVERED EX SHIP) – Entregue no navio
Entregue a partir do navio (porto de destino designado).
Vendedor transfere os bens no porto do destino mencionado, a bordo do navio, sem estarem descarregados e sem estarem desembaraçados para importação.
Vendedor deve assumir todas as despesas e riscos relacionados com o transporte dos bens até o porto de destino antes de sua chegada neste local.
DEQ ( DELIVERED EX QUAY) – Entregue no cais
Entregue a partir do cais (porto de destino designado).
O vendedor transfere os bens ao comprador quando os mesmos forem disponibilizados, sem ter acontecido o desembaraço de importação, no cais do porto de destino designado.
Transporte marítimo.
DDU (DELIVERED DUTY UNPAID) – Entregue desalfandegado
Entregue direitos não pagos (local de destino designado).
Vendedor transfere os bens ao comprador, SEM ESTAREM DESEMBARAÇADOS PARA IMPORTAÇÃO, no país importador, e SEM DESCARREGADOS de qualquer meio de transportes utilizado até o local de destino mencionado.
Qualquer modalidade de transporte.
DDP (DELVERED DUTY PAID) – Entregue e imposto pago
Entregue direitos pagos (local de destino designado).
Vendedor transfere os bens ao comprador, JÁ DESEMBARAÇADOS PARA IMPORTAÇÃO, no país importador, porém SEM SEREM DESCARREGADOS de qualquer meio de transporte no local de destino mencionado. 
Modalidade de Pagamentos:
Pagamento: após os contatos preliminares, o importador compra a mercadoria do exportador e efetua o pagamento por meio de um banco;
Embarque: o exportador providencia o despacho e o embarque da mercadoria para o importador;
Documentos: o exportador remete a documentação para o importador;
Desembarque: o importador, de posse dos documentos, solicita o desembaraço da mercadoria. 
O importador remete previamente o valor da transação, após que o exportador providencia a exportação da mercadoria e o envio da respectiva documentação. Do ponto de vista cambial, o exportador deve providenciar, obrigatoriamente, o contrato de cambio, antes do embarque, junto a um banco, pelo qual receberá reais em troca de moeda estrangeira, cuja conversão é definida pela taxa de cambio vigente no dia. Esta modalidade de pagamento não é muito frequente, pois coloca o importador na dependência do exportador. 
Embarque: após contatos preliminares, o importador compra a mercadoria do exportador, este providencia o despacho e embarque;
Documentos: o exportador remete a documentação diretamente para o importador;
Desembarque: de posse dos documentos, o importador solicita o desembaraço da mercadoria;
Pagamento: o importador, por meio de um banco localizado em seu país, providencia o pagamento;
Ordem de Pagamento: o banco do importador remete a ordem de pagamento ao banco do exportador;
Pagamento: finalmente, o banco do exportador efetua o pagamento ao exportador. 
Esta modalidade de pagamento é alto risco para o exportador, uma vez que em caso de inadimplência, não há nenhum título de crédito que lhe garanta a possibilidade de protesto e início de ação judicial. No entanto, quando existir confiança entre o comprador e o vendedor, possui algumas vantagens, entre as quais: agilidade na tramitação dos documentos e a isenção ou redução de despesas bancárias. 
Ao contrário das duas modalidades anteriores, a cobrança documentária é caracterizada pelo manuseio de documentos pelos bancos.
Os bancos intervenientes nesse tipo de operação são meros cobradores internacionais de uma operação de exportação, cuja transação foi fechada diretamente entre o exportador e o importador, não lhes cabendo a responsabilidade quanto ao resultado da cobrança documentária.
O exportador embarca a mercadoria e remete os documentos de embarque a um banco que os remete para outro banco, na praça do importador, para que sejam apresentados para pagamento (cobrança à vista ) ou para aceite e posterior pagamento (cobrança a prazo)
Para que o importador possa desembaraçar a mercadoria na alfândega, ele necessita ter em mãos os documentos apresentados para cobrança. Portanto, após retirar os documentos do banco, pagando à vista ou aceitando ( o assina, manifestando concordância) a cambial para posterior pagamento, o importador estará apto a liberar a mercadoria. 
Embarque: após contatos preliminares, o exportador efetua a venda da mercadoria e providencia o despacho e o embarque;
Documentos: assim que a mercadoria é embarcada, o exportador dirige-se a um banco em seu país, com os documentos da exportação e um saque contra o importador, e contrata os serviços desse banco;
Documentos em Cobrança: o banco do exportador envia os documentos e o saque a um correspondente no país do importador (banco cobrador);
Documentos: o banco cobrador entrega os documentos ao importador, que paga a vista ou aceita o saque para pagamento futuro;
Ordem de Pagamento: assim que o importador efetua o pagamento ou aceita a cambial, o banco cobrador expede ordem de pagamento ao banco do exportador;
Pagamento: o banco do exportador efetua o pagamento a ele;
Desembarque: finalmente, de posse dos documentos, o importador solicita o desembaraço da mercadoria. 
A carta de crédito, também conhecida por crédito documentário, é a modalidade de pagamento mais difundida no comércio internacional, pois oferece maiores garantias, tanto para o exportador como para o importador.
É um instrumento emitido por um banco (o banco emissor), a pedido de um cliente (o tomador de crédito). De conformidade com instruções deste, o banco compromete-se a efetuar um pagamento a um terceiro (o beneficiário), contra entrega de documentos estipulados, desde que os termos e condições do crédito sejam cumpridos.
Por termos e condições do crédito, entende-se a concretização da operação de acordo com o combinado, especialmente no que diz respeito aos seguintes itens: valor do crédito, beneficiário e endereço, prazo de validade para embarque da mercadoria, prazo de validade para negociação do crédito, porto de embarque e de destino, discriminação da mercadoria, quantidades, embalagens, permissão ou não para embarques parciais e transbordo conhecimento de embarque, faturas, certificados, etc. 
A carta de crédito é uma ordem de pagamento condicionado, ou seja, o exportador, só terá direito ao recebimento se atender as exigências por ela convencionadas.
O Pagamento da Carta de Crédito envolve:
Tomador: o importador que, após as negociações iniciais com o exportador, solicita a abertura da carta de crédito;
Banco Emissor: emite a carta de crédito conforme solicitação e instrução do importador exigindo garantias;
Banco Correspondente: aquele que apresenta ao beneficiário o texto da carta de crédito por solicitação do banco emitente; 
Beneficiário: o exportador.
A Carta de Crédito deve explicitar as formas de pagamento, que poderão ser:
À vista: se a documentação estiver em ordem, o exportador recebe o pagamento de imediato;
Por aceite de letra de câmbio: o banco sacado dará aceite e devolverá a letra de câmbio ao exportador, que poderá negociar o seu desconto na rede bancária;
Por diferimento: pagamento efetuado na data designada na carta de crédito;
Irrevogável: um crédito irrevogável constitui um compromisso firme do banco emitente que os documentos estipulados sejam apresentados e os termos e condições do crédito sejam cumpridos. O seu cancelamento ou sua modificaçãoserá permitido apenas com a anuência prévia do exportador;
Transferível: o exportador (beneficiário) poderá transferir o valor ou parte do crédito para outros beneficiários. Para tanto, a carta de crédito deve ser declarada TRANSFERÍVEL de modo expresso.
Confirmada: a confirmação constitui um compromisso pessoal complementar dado ao beneficiário por um banqueiro de outro banco emitente. Isto significará um seguro adicional de que será pago o valor correspondente.
Condições para cumprimento:
Prazo para embarque: pode prescrever;
Documentos: basicamente a fatura, o conhecimento de embarque (B/L) e apólice de seguro;
Valor e quantidade;
Portos de origem e destino;
Prazo de negociação. 
Abre o crédito: após contatos preliminares, o importador solicita a um banco de seu país a abertura de um crédito em favor do exportador;
Emite carta de crédito: o banco do importador emite a carta de crédito e comunica ao banco do país do exportador a existência desse crédito;
Comunica o crédito: o banco do exportador comunica a ele a chegada da carta de crédito e sua condições;
Embarque: o exportador providencia o embarque da mercadoria;
Documentos e pagamentos: o exportador entrega os documentos exigidos pelo crédito ao banco do seu país e este recebe os documentos, examina-os e, se estiverem em ordem, efetua o pagamento ao exportador;
Documentos: o banco do exportador remete os documentos ao banco do importador;
Documentos e reembolso: o banco do importador entrega os documentos a ele e cobra deste o reembolso do pagamento efetuado;
Desembarque: o importador de posse dos documentos, paga os direitos aduaneiros e retira a mercadoria.
Documentos referentes ao exportador:
Inscrição no Registro de Exportadores e Importadores (RE) da SECEX/MDIC (Secretaria de Comércio Exterior/ Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio)
Documentos referentes ao Contrato de Exportação:
Fatura Pro-Forma (INVOICE);
Carta de Crédito;
Letra de Câmbio e
Contrato de Câmbio.
Documentos referentes a mercadoria:
ACOMPANHAM TODO O PROCESSO DE TRANSLADO DA MERCADORIA
Registro de exportação no SISCOMEX ( SISTEMA INTEGRADO DE COMERCIO EXTERIOR – RECEITA FEDERAL);
Registro de Operação de Crédito (RC) – se o exportador utilizar o PROEX (PROGRAMA DE FINANCIAMENTO ÀS EXPORTAÇÕES), facultativo se o exportador utilizar recursos próprios ou de instituições financeiras, o preenchimento desse documento é no SISCOMEX EXPORTAÇÕES;
Registro de venda (RV) - só vale para venda de commodities ou produtos negociados na bolsa de mercadorias – preencher no SISCOMEX;
Solicitação de Despacho (SD) – Também preenchido no SISCOMEX 
Conhecimento de Embarque (Bill of Lading) – documento emitido pela empresa transportadora que atesta o recebimento da carga, as condições de transporte e a obrigação de entrega das mercadorias ao destinatário legal , no porto de destino preestabelecido, conferindo a posse das mercadorias;
Fatura Comercial (Commercial Invoice);
Romaneio (Packing List) - Documento emitido pelo exportador para o embarque de mercadorias que se encontram acondicionadas em mais de um volume ou em um único volume que contenha variados tipos de produtos. É necessário para o desembaraço da mercadoria e para a orientação do importador quando da chegada dos produtos no país de destino.
Outros documentos: Certificado de Origem, Legalização Consular, Certificado ou Apólice de Seguro, Borderô ou Carta de Entrega.
 
Para negociação com o potencial importador:
Fatura Proforma ou Pro Forma Invoice
Controle Governamental:
Registro da Exportação - RE
Para fins fiscais e contábeis:
Contrato de Câmbio;
Comprovante de exportação;
Nota Fiscal;
Certificado de apólice de Seguro;
Fatura Proforma ou Pro Forma Invoice
Para embarque para o exterior:
Nota Fiscal;
Registro de Exportação – RE;
Fatura Comercial (Commercial Invoice)
Romaneio de Embarque (Packing List);
Conhecimento de Embarque Marítimo ( Bill of Lading – B/L)
Conhecimento de Embarque Aéreo (Airway Bill – AWB);
Conhecimento de Embarque Rodoviário (CRT)
Para negociação com o banco:
Registro de Operação de Crédito – RC;
Fatura Comercial (Commercial Invoice);
Conhecimento de Embarque Marítimo (Bill of Lading – B/L);
Conhecimento de Embarque Aéreo ( Airway Bill – AWB);
Conhecimento de Embarque Rodoviário (CRT);
Conhecimento de Embarque Ferroviário (TIF/DTA)
Carta de Crédito;
Borderô;
Certificado de Apólice de Seguro;
Romaneio de Embarque (Packing List);
Contrato de Câmbio;
Certificado de Origem. 
Bibliografia:
. Aula Professor Mário Filho – PUC RJ – Março, 2001.
.Receita Federal;
.SISCOMEX. 
Estoque
1 – O que é estoque?
Representativo de matérias-primas, produtos acabados, produtos semiacabados, componentes para montagens, sobressalentes, materiais administrativos e suprimentos variados.
Considerando-se o exposto anteriormente, pode-se definir estoque assim:
A – materiais, mercadorias ou produtos acumulados para utilização posterior, de modo a permitir o atendimento regular das necessidades dos usuários para a continuidade das atividades da empresa, sendo o estoque gerado, consequentemente, pela impossibilidade de prever-se a demanda com exatidão;
B – reserva para ser utilizada em tempo oportuno.
2 – Consumo:
Quantidade de material requerido para atendimento das necessidades de produção e comercialização, relacionada a determinada unidade de tempo.
2.1 – Consumo Regular:
Caracteriza-se por materiais utilizados significativamente, em quantidades de pequena variação entre sucessivos intervalos de tempo constantes.
2.2 – Consumo com tendência crescente:
Caracteriza-se pelo crescimento vegetativo da utilização de materiais, de forma crescente e ordenada.
2.3 – Consumo com tendência decrescente:
Caracteriza-se pelo decréscimo da utilização, anteriormente definida e perfeitamente regular.
2.4 – Consumo irregular:
Caracteriza-se por materiais utilizados em quantidades aleatórias, por meio de grande variação entre sucessivos intervalos de tempo.
2.5 – Consumo sazonal:
Caracteriza-se por padrão repetitivo de demanda, que apresenta alguns períodos de considerável elevação em determinado período.
3 – Demanda:
A demanda caracteriza intenção de consumo e tem o objetivo básico de fazer previsões, levando-se em consideração dois aspectos relevantes, quais sejam sua evolução histórica e seus afastamentos, que podem ser identificados analisando-se tipos de funções (distribuições) da própria demanda.
3.1 – Previsão da demanda:
A previsão da demanda é de competência do usuário, quando o material será adquirido pela primeira vez. Normalmente essa previsão é fixada por estimativa, estando sujeita a distorções pela falta de dados anteriores que o auxiliem a prever com exatidão.
4 – Informações do usuário:
O usuário deve fornecer as seguintes informações, condição sine qua non para que a gestão exerça suas atribuições:
Especificação, incluindo-se exigências e recomendações especiais;
Aplicação;
Classificações sugeridas;
Unidade de compra;
Quantidade estimada para consumo;
Valor estimado.
5 – Atribuições do gerenciamento:
Necessidade do material;
Padronização da especificação;
Codificação;
Fixação de níveis de estoque;
Cadastramento do item no sistema.
6 – Solicitação de materiais não de estoque:
A aquisição de materiais de consumo eventual, portanto, classificados como não de estoque, deve sempre ser efetuada por meio de interveniência direta do usuário, sempre que se constatar a necessidade, por meio do formulário devidamente elaborado pela empresa.
7 - Razões para existência dos estoques:
As principais causas que exigem estoque permanente para o imediato atendimento do consumo interno e das vendas nas empresas são:
Necessidade de continuidade operacional;
Incerteza da demanda futura ou de sua variação ao longo do período de planejamento;
Disponibilidade imediata do materialnos fornecedores e cumprimento dos prazos de entrega.
Impossibilidade de ter-se os materiais em mãos na ocasião em que as demandas ocorrem;
Benefício obtido em função das variações dos custos unitários (esta razão torna-se altamente significativa em economias inflacionárias, quando a manutenção de elevados estoques de materiais estratégicos poderá, até determinado limite, beneficiar o detentor);
Redução da frequência dos contatos com o mercado externo, que muitas vezes é prejudicial à atuação formal do órgão comprador;
Segurança contra os riscos de produção do mercado fornecedor.
8 – Natureza dos estoques:
Pode-se classificar os materiais compõem o estoque sob vários aspectos. No entanto, a classificação de materiais quanto a sua aplicação, em materiais produtivos e improdutivos, auxilia a política de formação de estoques.
9 – Fundamentos da gestão de estoque:
Seu objetivo fundamental consiste essencialmente na busca do equilíbrio entre estoque e consumo, o que será obtido mediante as seguintes atribuições, regras e critérios:
Impedir entrada de materiais desnecessários, mantendo em estoque somente os de real necessidade da empresa;
Centralizar as informações que possibilitem o permanente acompanhamento e planejamento das atividades de gestão;
Definir os parâmetros de cada material incorporado ao sistema de gestão de estoques, determinando níveis de estoque respectivos (máximo, mínimo e segurança);
Determinar, para cada material, as quantidades a comprar, por meio dos respectivos lotes econômicos e intervalos de parcelamento;
Analisar e acompanhar a evolução dos estoques da empresa, desenvolvendo estudos estatísticos a respeito;
Desenvolver e implantar política de padronização de materiais;
Ativar o setor de compras para que as encomendas referentes a materiais com variação nos consumos tenham suas entregas aceleradas; ou para reprogramar encomendas em andamento, em face das necessidades da empresa;
Decidir sobre a regularização ou não de materiais entregues além da quantidade permitida, portanto, em excesso;
Realizar frequentemente estudos, propondo alienação, para que os materiais obsoletos e inservíveis sejam retirados do estoque.	 
10 – Política de gerenciamento de estoques
A preocupação da gestão de estoques está em manter o equilíbrio entre as diversas variáveis componentes do sistema tais como: custos de aquisição, de estocagem e de distribuição; nível de atendimento das necessidades dos usuários consumidores, etc...
Logo, gerir estoques economicamente consiste essencialmente na procura da racionalidade e equilíbrio com o consumo, de tal maneira que:
 As necessidades efetivas de seus consumidores sejam satisfeitas com o mínimo custo e menor risco de falta possível;
Seja assegurada a seus consumidores a continuidade de fornecimento;
O valor obtido pela continuidade de fornecimento deve ser inferior a sua própria falta.
A grande dificuldade em selecionar um modelo eficaz de gestão reside principalmente na obtenção de dados corretos que servirão como parâmetros nas equações matemáticas. 
11 – Análise do comportamento de consumo:
Para acompanhar a evolução dos estoques, a fim de manter o equilíbrio entre estoque versus consumo, deve-se continuamente analisar o comportamento de consumo de materiais da empresa.
12 – Modelos de gerenciamento de estoques:
Gerenciamento manual;
Gerenciamento mecanizado.
13 – Formação dos estoques:
Os problemas do estoque resumem-se à questão fundamental: quanto vamos consumir? Ou quando vamos vender?, que pode ser equacionada de três formas:
Palpites;
Programas de produção;
Previsões matemáticas.
14 – Influências internas:
As influências internas na formação de estoques são representadas por alguns fatos que propiciam o conflito interno de interesses produção X materiais X financeiro, os quais podem ser contornados com ações administrativas apropriadas. Destacamos, a seguir, alguns dos mais importantes desses fatos:
Necessidade de espaço para armazenamento;
Possibilidade de deterioração do material armazenado;
Capital empatado para a sua manutenção;
Variação das quantidades consumidas;
Disponibilidade imediata;
Risco de falta que prejudique a produção, com perda de vendas ou de clientes.
15 - Influências externas:
Segurança contra riscos de produção;
Cumprimento dos prazos de entrega;
Disponibilidade de mercado.
16 - Tipos de Estoques:
É possível classificar os estoques por grandes grupos e com isso, conseguir um melhor gerenciamento para cada tipo, utilizando as técnicas e ferramentas adequadas para cada grupo.
16.1 - Estoque de matérias-primas:
É o estoque de qualquer mercadoria que ainda não sofreu alguma transformação por parte do fabricante. Faz-se necessário para regular a quantidade entregue pelo fornecedor, com a quantidade que será utilizada em determinado momento da produção.
- Estoque de material semiacabado:
Trata-se de material parado em determinada linha de produção/montagem, aguardando a sua utilização em outra fase do processo produtivo. Nas indústrias com diversos estágios distintos de produção, é um dos estoques mais onerosos, pois durante o processo de fabricação cada estágio tem determinada capacidade produtiva, que deve ser suprida pela fase anterior no mesmo processo. Este estoque é utilizado para regular diferente taxas de produção entre os equipamentos, seja por diferentes especificações de velocidades de produção, sejam por manutenções preventivas ou corretivas.
- Estoque de produtos acabados:
Considera-se nesse estoque o produto já acabado e pronto para uso que tem como princípio básico a disponibilidade ao cliente.
-Estoque em transito:
Toda mercadoria necessita ser transportada de um local a outro e durante esse transporte a mercadoria não é processada, portanto verifica-se outro ponto de estoque, o chamado estoque de trânsito.
Esse transporte pode ocorrer dentro de um armazém, ou entre diversos locais de armazenagem e distribuição. Os fatores que influenciam o custo desse estoque são a quantidade movimentada e o tempo de transporte de mercadoria.
- Estoque de segurança:
É uma quantidade extra deixada armazenada para suprir alguma anormalidade no abastecimento, como erros de previsão de consumo e atrasos na entrega da mercadoria. O maior benefício do estoque de segurança é que, quando alguma dessas anomalias ocorre no processo, não há falta de mercadoria ao cliente.
17 - Consumo por meio de cotas:
Para aprimorar o controle efetivo de consumo de materiais, adota-se a cota, que é a quantidade de material estabelecida pelo usuário para ser consumido em determinado período de tempo. Funcionando como se fosse um fundo de crédito à disposição do interessado, com utilização regulada por uma série de dispositivos que vão desde a permissão até o bloqueio, o que leva a afirmar que a falta de disponibilidade de cota pode impedir o atendimento do requisitante.
O consumo assim controlado fornece as seguintes anormalidades:
Material sem cota de consumo;
Consumo maior que a cota;
Consumo menor que a cota;
Material se consumo no período (da cota);
Material sem consumo no período anterior (da cota).
18 - Materiais sujeitos a recondicionamento:
A possibilidade de recuperação permite redução de custos e prazos de reposição menores. O recondicionamento é recomendável para materiais de valor de aquisição significativos, quando viável econômica e tecnicamente. A decisão é sempre oriunda de uma peritagem por técnicos que irão diagnosticar a conveniência ou não da recuperação.
19 - Sistemas de recondicionamento:
O modelo de gestão adotado para materiais sujeitos a recondicionamento implica esquema funcional com as seguintes características:
Os usuários e fornecedores são corresponsáveis no processo de recuperação e, portanto, na reposição do material;
A gestão assume o controle do processo e o papel de cobradora do material a recondicionar.
20 – Variáveis do sistema de recondicionamento:Materiais similares: são os materiais intercambiáveis entre si, que se substituem mutuamente. Assim, o sistema deve dispor de um cadastro de materiais similares entre si, como subsídio para auxiliar os usuários na utilização alternativa. A detecção de material similar, no momento da troca, implica correções nos controles, o qual deve ser realimentado com a informação da similaridade.
Recondicionamento parcial: determinados serviços de recuperação podem ser efetuados parcialmente em mais de um fornecedor, ou seja, parte do serviço é executada por determinado fornecedor e outra parte por outro.
Sucateamento do material: o material sujeito a recondicionamento é objeto de peritagem, a qual conclui por sua inviabilidade, motivo pelo qual quando recuperação é desaconselhada, técnica ou economicamente, o sucateamento é proposto. Nesse contexto, visando o considerável ganho de tempo, o processo de compra pode ser acionado por meio da própria ordem de recondicionamento, que adquire nesses casos, a função de pedido de compra, motivo pelo qual, em consequência, a decisão de sucateamento deve estar sujeita aos níveis de aprovação compatíveis aos exigidos para o processo de compra.
Sucata nobre: o material em processo de recondicionamento ou sucateamento pode gerar sucata de materiais nobres como: cobre, latão, bronze, alumínio e outros, cujo controle fica configurado em procedimentos específicos a serem analisados.
21 – Obsolescência e alienação de materiais inservíveis: 
O ritmo de desenvolvimento, imperativo para grandes empresas, tem como consequência a alienação de objetos substituídos pela inovação tecnológica, além da geração de uma massa ditada pelo próprio desgaste natural dos materiais utilizados. Assim, a geração de inservíveis compreende bens móveis, sucatas diversas, sucatas ferrosas, sucatas de material nobre, materiais usados diversos, materiais obsoletos sem uso, equipamentos, máquinas diversas, veículos, materiais em estado precário, materiais de pouco valor etc.
O descarte de materiais inservíveis, obsoletos e sucateados objetiva:
Eliminar os materiais que não mais atendam as especificações técnicas da empresa;
Desocupar áreas de armazenagem;
Reduzir custos de armazenamento;
Reduzir o valor das imobilizações em materiais.
Nesse enfoque, deve-se segrega-los no estoque por meio dessas denominações:
 Materiais a serem beneficiados;
Sucata;
Venda;
Utilizar até esgotar.
22 – Natureza dos materiais a alienar:
Alienação é o ato de liberação, após a devida análise, de qualquer material para outras aplicações, consumo como sucata ou venda, podendo acontecer por material excedente, obsoleto, sucatado ou inservível. 
Material excedente: trata-se de material cuja quantidade existente em estoque seja superior às necessidades do usuário.
Material obsoleto: trata-se de material que, embora em condições de utilização, não satisfaz as exigência da empresa, pois foi substituído por outro.
Material sucateado: trata-se de material deteriorado pelo tempo de uso, sem qualquer outra utilização, que não apresenta outro valor, senão o intrínseco de sua composição.
Material inservível: trata-se de material que, em consequência do tempo de utilização, avaria ou deterioração, torna-se inútil ou de recuperação técnica e ou economicamente inviável.
23 – Processo de alienação:
Os procedimentos fundamentais que envolvem os materiais sujeitos à análise de obsolescência e passiveis de alienação são relacionados a seguir:
Geração e emissão de relatório de materiais sujeitos à análise de obsolescência, conforme critérios já definidos.
Por meio do histórico de consumo, verifica-se a descontinuidade, o que torna o material potencialmente alienável. A análise de descontinuidade de consumo conduz a duas alternativas:
1ª o material é de consumo irregular, portanto deve ser mantido em estoque;
2ª o material é alienável.
Existem outros fatores facilmente identificáveis, como:
Material de vida útil limitada ou deteriorada;
Nacionalizações ou padronizações com aplicações similares;
Excesso de estoque.

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