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Aplicativo gratuito auxilia crianças com deficiência

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
 
CLAUDIA ROSANE IANK - RU: 1214666
JANAINA FERREIRA SANTOS RU:1198214
 
 PORTFÓLIO LICENCIATURAS E NÚCLEO COMUM - MÓDULO A FASE II
QUEBRANDO BARREIRAS NA TROCA DE SABERES
Aplicativo gratuito auxilia crianças com deficiência auditiva
 
CASTRO - PARANÁ
2017
 QUEBRANDO BARREIRAS NA TROCA DE SABERES
Aplicativo gratuito auxilia crianças com deficiência auditiva
Todas as crianças aprendem no dia a dia, brincando, participando das atividades de vida diária, em casa, na escola, em diversos ambientes. No caso de uma criança com deficiência é da mesma forma, mas esse aprendizado muitas vezes precisa de orientações e um acompanhamento especializado, assim a tecnologia se tornou uma importante aliada de professores para garantir a autonomia dos alunos especiais, seja para amenizar barreiras ou para personalizar o aprendizado, alguns professores dedicados a trabalhar a inclusão na escola reconhecem que as ferramentas digitais têm um potencial de engajar os alunos nas práticas de aprendizagem.
Os números mostram que a demanda é significativa: O Unicef estima que 93 milhões de crianças no mundo, ou uma em cada 20 crianças com 14 anos de idade ou menos, vivem com algum tipo de deficiência moderada ou grave. No Brasil, 29 milhões de crianças até os 9 anos de idade declararam ter algum tipo de deficiência, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que em países de baixa renda apenas entre 5% e 15% das pessoas que necessitam de tecnologia assistiva conseguem obtê-la. Com a popularização da tecnologia móvel, diversas famílias possuem tablets com excelentes recursos de acessibilidade e softwares que custam muito menos, o que amplia o acesso e dá novas oportunidades para milhares de crianças.
As recentes conquistas tecnológicas estão possibilitando uma nova inclusão de alunos com deficiência. Se antes eram necessários dispositivos específicos, hoje smartphones, computadores e tablets comuns podem ser utilizados para melhorar as oportunidades de aprendizado das pessoas com deficiência.
Os aplicativos permitem combinar sons, animações, textos, imagens e, além disso, interagir com dispositivos sensoriais adequados às múltiplas necessidades de quem o utiliza. Isso torna as aulas enriquecedoras.
Um aplicativo desenvolvido por pesquisadores do Instituto Eldorado, na Unicamp, em Campinas (SP), tem a intenção de facilitar a comunicação de pessoas com deficiência auditiva, e com elas. Segundo os criadores, a ferramenta disponível para celulares, chamada de Uni Libras, consiste em um dicionário da linguagem de sinais.
O Uni Libras é um dicionário com índice em LIBRAS desenvolvido especialmente para pessoas com deficiência auditiva. Este aplicativo permite que o usuário encontre palavras através da língua brasileira de sinais obtendo vídeos, fotos e palavras em português, além de oferecer opções de busca na internet, auxiliando na sua comunicação em determinados momentos.
Ao digitar uma palavra utilizando o alfabeto em português, o usuário visualiza como ela é representada em libras, por meio de um instrutor que mostra, na tela, como dizê-la em sinais.
A ferramenta também faz a função contrária, já que é possível escolher sinais na tela e saber como a palavra é escrita em português.
O aplicativo está disponível para smartphones e tablets com sistema operacional iOS e já foi baixado 1,2 mil vezes. Segundo os administradores, em seis meses a ferramenta também será disponibilizada para celulares que funcionam com a plataforma Android.
A interface do aplicativo não é das melhores, mas ele conta com índices de busca em LIBRAS ou português, vídeos com intérprete, download de conteúdos, entre outras coisas. A melhor parte é que o Uni Libras é gratuito.
Um dos usuários que baixou o aplicativo foi a professora Ana Maria, do 4 ano do Ensino Fundamental, da Escola Municipal Telles Miranda, localizada na cidade de Cristo Rei no Paraná, que recebendo em sua turma um aluno com deficiência auditiva buscou meios de facilitar a comunicação, pois a mesma não dominava a linguagem Brasileira de Sinais, LIBRAS assim como os outros alunos de sua turma, buscou meios na internet de resolver seu problema, encontrando o aplicativo Uni Libras e teve a ideia de usá-lo em sala de aula, mas um tablet apenas não seria suficiente, assim conversou com a equipe pedagógica, que junto a APM da escola prontamente adquiriram 20 tablets e os fones de ouvido disponibilizando-os para a turma da Prof. Ana Maria.
Para iniciar a adaptação a professora criou a aula silenciosa e escolheu literatura como a matéria naquele mês onde em todas as aulas de leitura e interpretação os alunos usariam fones de ouvido que bloqueiam os sons, utilizando o aplicativo Uni Libras, e um de cada vez faria a leitura e os outros acompanhavam o texto pelo aplicativo, iniciou-se com apenas algumas palavras e expressões, em alguns dias já acompanhavam frases e em pouco mais de um mês podiam acompanhar um texto inteiro.
Os alunos surpreendentemente aprenderam rápido e em poucos dias dominavam as funções, compartilhando entre eles e a professora novas descobertas sobre as funções e novas utilidades para o aplicativo e para o uso do tablet.
Em alguns meses a maioria do alunos dominavam parcialmente a linguagem de sinais que se tornou rotineira em sala de aula e nas dependências da escola, essa iniciativa ajudou os alunos a professora e toda a equipe pedagógica da escola para a tarefa de transpor, por meio da comunicação, as barreiras que se erguem entre o universo dos ouvintes e o dos surdos, capacitando-os para conhecer e usar a Língua Brasileira de Sinais, ampliando o acesso à informação e à igualdade de direitos.
O projeto foi um sucesso e todos aprenderam muito e segundo a Prf. Ana Maria “ A educação é um direito de todos. A preservação da individualidade, respeitando a diversidade, é dever de gestores e educadores. Atualmente, é muito mais simples quebrar os paradigmas e unir a tecnologia ao ensino tradicional para fomentar a educação de crianças e adolescentes, sem restrições. Então por que não tentar?”.

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