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Partidos Políticos

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PARTIDOS POLÍTICOS 
 
Pollyana Muraro
 
E-mail: pollyanamuraro@gmail.com 
Direito Constitucional – André Serotini. 
 
Resumo 
 
Este trabalho vem tratar sobre Direitos Políticos e Partidos Políticos. Há priori, faz-se 
necessário que se analise o significado de cada expressão. Há uma previsão dos direitos 
políticos, de forma basilar, nos artigos 14, 15 e 16 da Constituição Federal Brasileira. Esses 
são direitos fundamentais que caracterizam o regime democrático, incumbindo a participação 
popular na formação da vontade do Estado. Tamanha é a importância dos partidos no debate 
político e nas discussões sobre os rumos do país, que a Constituição de 1988 dotou-lhes de 
autonomia administrativa e financeira, conferindo-lhes recursos do Fundo Partidário e acesso 
gratuito ao rádio e à televisão nos termos da lei, exigindo-se, em contrapartida, a obrigação de 
prestar contas das receitas arrecadadas e despesas realizadas ordinariamente durante o ano e 
durante as campanhas eleitorais. 
 
 
 
 
Palavras-chave: constituição; partidos políticos; 
 
 
 
Introdução 
 
 
Os partidos políticos são livres na sua formação, tendo a liberdade na sua criação, mas 
observando e resguardando os preceitos constitucionais, na formação de novos partidos 
políticos. Embora a expressão partidos seja utilizada desde a Antiguidade, sabe-se que a 
mesma só será conhecida com o significado moderno a partir do século XIX. O aparecimento 
dos partidos, nos termos e nos moldes específicos com que os entendemos hoje, é um 
fenômeno relativamente recente, que grosso modo se pode situar entre as décadas de 20 e 30 
do século XIX. 
Os partidos políticos não poderão ferir a Soberania Nacional do Estado. O poder 
político que detém é o Estado, de impor suas próprias regras, impedir a imposição de regras 
externas, é um fundamento da república federativa do Brasil. Quando for criar ou incorporar 
sempre resguardar, sempre proteger a soberania do brasil. 
 
 
 
1 Partidos Políticos 
 
 
 Os partidos políticos são organizações burocráticas que visam à conquista do Estado e 
buscam legitimar esta luta pelo poder através da ideologia da representação e expressam os 
interesses de uma ou outra classe ou fração de classe existentes. Assim, os quatro elementos 
principais que caracterizam os partidos políticos são: a) organização burocrática; b) objetivo 
de conquistar o poder do Estado; c) ideologia da representação como base de sua busca de 
legitimação; e d) expressão dos interesses de classe ou fração de classe. Uma organização 
burocrática se caracteriza por funcionar através da relação dirigentes-dirigidos. Aqueles que 
dirigem, os burocratas, tomam as decisões e controlam os dirigidos. Na sociedade 
contemporânea, existem diversas organizações burocráticas além dos partidos políticos, tais 
como: os sindicatos, as igrejas, as escolas, o próprio Estado, etc. 
Esse termo de partidos políticos na ciência política contemporânea salienta os aspectos 
formais e organizacionais destes grupos organizados, além dos objetivos que os qualificam 
como instituição política e nesse sentindo há pelo menos 4 critérios que definem um partido 
político dentro de suas perspectivas: uma organização durável que vai além do período de 
vigência de um pleito político; uma organização bem estabelecida e que mantém relações 
regulares e variadas com o escalão nacional; uma vontade deliberada dos dirigentes nacionais 
e locais da organização de conquista e exercer o poder; uma preocupação de buscar o apoio 
popular por intermédio das eleições ou por qualquer outra forma. 
 Mediante a contribuição de vários dos autores, podemos dizer que esses critérios 
difundidos são elementos de legitimação das agremiações levando a mínima definição de 
partido político. Nessa linha de pensamento Sartori (1982) com base neste procedimento vem 
apresentar que nessa perspectiva um partido político é qualquer grupo identificado por um 
rótulo oficial que apresente em eleições, e seja capaz de colocar através de eleições (livres ou 
não) candidatos a cargos públicos. Os partidos políticos que buscam conquistar o poder 
através de golpe de Estado precisam de uma sólida estrutura organizativa, financeira. Como o 
meio escolhido para se chegar ao poder é ilegal, então a clandestinidade ou 
semiclandestinidade é necessária. Uma disciplina de caráter militar, um controle da burocracia 
sobre os demais membros, são fatores indispensáveis. Portanto, a eficiência e a eficácia 
exigem a burocratização dos partidos políticos. Isto é mais forte ainda nos partidos que 
buscam “representar” a classe trabalhadora. Na verdade, na democracia representativa, o 
eleitor ao escolher seu representante delega o poder a este e de “soberano” passa a “súdito”. 
Delegação de poder significa transferência de poder. “Terminadas as eleições, termina 
também o poder dos eleitores sobre os seus eleitos”. Mas, para se manter no poder, a 
burocracia partidária, tanto nas questões internas do partido quanto nas externas, precisa 
apelar para a ideologia da representação. É por isso que a democracia representativa também é 
chamada de democracia burguesa, pois nela prevalece os interesses e a hegemonia da classe 
burguesa, reforçada pela ajuda de sua classe auxiliar, a burocracia. Outro elemento definidor 
dos partidos políticos é o seu objetivo de conquistar o poder do Estado. Mesmo os pequenos 
partidos sonham com a conquista do poder estatal e enquanto isto é um horizonte quase 
impossível de se atingir, buscam conquistar espaços através das eleições, às vezes aliando-se 
aos grandes partidos em troca de cargos públicos. Portanto, os partidos integrados na 
democracia burguesa aspiram, em maior ou menor grau, a aquisição do poder. Mas existem 
partidos que buscam conquistar o poder estatal através de golpe de Estado, tal como os 
partidos nazistas, fascistas, stalinistas, leninistas, entre outros. Os objetivos são os mesmos, os 
meios é que são diferentes. Entretanto, ainda se apela para a ideologia da representação, os 
partidos stalinistas e leninistas dizem “representar” a classe operária e o partido nazista a 
“raça ariana” e assim por diante. Todo partido político é expressão política de uma ou outra 
classe social. Ocorre, porém, que a ideologia da representação ofusca a visão de qual classe o 
partido representa realmente. Apesar disso, o fato do partido ser expressão política de classe é 
fundamental, e é por isto que lhe dedicaremos o capítulo seguinte. Enfim, os partidos políticos 
modernos possuem estas características e outras que lhe são derivadas. Estas são as suas 
características fundamentais e que expressam o que eles são. A Lei nº 9.096/95 define que 
todos os partidos políticos devem fazer a escrituração contábil e encaminhar suas 
demonstrações contábeis para o Tribunal Superior Eleitoral – TSE – no caso dos diretórios 
nacionais dos partidos, ou para o Tribunal Regional Eleitoral – TRE – no caso dos diretórios 
estaduais e municipais. Além de atender às exigências legais, a utilização das informações 
contábeis para fins de acompanhamento econômico-financeiro podem auxiliar na gestão 
partidária, e possibilitar uma melhor utilização dos recursos arrecadados. Tal 
acompanhamento das demonstrações contábeis pode ser facilitado e, atualmente, está 
disponível apenas no site do TRE, e expandido para além das cúpulas partidárias no intuito de 
se criar uma cultura de transparência econômico-financeira. 
 O primeiro setor é o governo, que utiliza seu papel regulador pelo cumprimento das 
decisões legais, além de estabelecer políticas públicas. Já o segundo setor seria o mercado, 
cujo interesse é regulado pelos indivíduos que dele fazem parte,sem qualquer referência a 
bens públicos. Desta forma, entende-se, que primeiro setor é representado pelo Estado e todas 
as suas organizações governamentais, autarquias, empresas públicas, estatais, fundações, 
inclusive todos os órgãos da administração direta. Enquanto o segundo setor é composto pelas 
entidades privadas e que tem por objetivo o lucro através da venda de bens e serviços. Os 
partidos políticos são componentes essenciais do regime democrático, auxiliando os eleitores 
a tomar decisões, esclarecendo-os perante as diversas opções políticas e guiando-os na 
escolha dos que melhor podem governar. Cabem-lhes assim importantes funções, entre outras, 
a de formar a opinião pública e a de propor os candidatos à eleição, concorrendo, desta forma, 
para a formação e expressão da vontade política. Os partidos políticos assumem a 
comunicação entre governantes e governados, promovendo a circulação das informações entre 
as bases e as cúpulas. E entre os partidos e o meio ambiente do sistema político. A liberdade 
partidária está associada à isonomia. Numa dimensão fundamental, a isonomia representa 
equilíbrio nas propagandas políticas eleitorais e partidárias, financiamento transparente, 
prestação de contas e acatamento dos preceitos dispostos nos incisos do art. 17 da Carta 
Magna. 
A principal importância dos partidos políticos devidamente registrados no TSE reside 
justamente no lançamento de candidatos às eleições, uma vez que é proibido, no Brasil, o 
registro de candidaturas avulsas. Essa premissa foi fundamental para que o Supremo Tribunal 
Federal (STF), instância máxima do Poder Judiciário brasileiro, confirmasse entendimento 
dado pelo TSE, órgão superior da Justiça Eleitoral no Brasil, de que os mandatos políticos 
pertencem aos partidos e não aos candidatos eleitos sob sua legenda e que a infidelidade 
partidária pode ter como consequência a perda do cargo do representante que trocar de partido 
no curso do mandato. 
 
 
 
Considerações Finais 
 
 
A história dos partidos políticos no Brasil é marcada por alguns períodos de 
negação seguidos de um sistema bipartidário. Nos regimes ditatoriais, a existência de 
partidos políticos era vista como ameaça aos governantes, o Estado brasileiro só 
reconhecia a existência e o funcionamento de dois partidos políticos determinados. Em 
linhas gerais, pode-se afirmar que os partidos representam diferentes ideologias e 
convicções políticas existentes na sociedade, reunindo, como seus filiados, cidadãos 
adeptos à sua corrente de pensamento. Por isso, antes de se filiar a um partido político, 
deveria o eleitor tomar conhecimento do estatuto partidário, que é a norma interna que 
rege sua organização e funcionamento, com o objetivo de verificar sua afinidade com 
aquele projeto político. Por fim, na atualidade, a Constituição da República Federativa 
do Brasil, que é a lei máxima do Estado brasileiro, adota o pluripartidarismo, permitindo 
o surgimento de várias agremiações políticas desde que atendidos certos requisitos 
previstos em lei. 
 
 
 
Referências 
 
 
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2000. 
 
http://www.portalconscienciapolitica.com.br/ci%C3%AAncia-politica/partidos-politicos/ 
http://www.tse.jus.br/institucional/escola-judiciaria-eleitoral/revistas-da-eje/artigos/revista-
eletronica-eje-n.-6-ano-3/o-papel-dos-partidos-politicos-no-estado-democratico-brasileiro

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