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Partidos Políticos: Conceitos e Natureza

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PARTIDOS POLÍTICOS. 
 
Introdução: 
 
Os partidos políticos ora são reverenciados como meios de expressão da democracia, ora 
como organismo social arregimentador de pessoas em torno de ideias e objetivos para 
diversas funções estatais exercidas ou não por meio de eleição. 
Organizar e participar de partidos políticos não pode ser visto apenas como uma faculdade do 
cidadão. Em qualquer regime democrático, dentre eles, o Brasil, conferem-se direitos e 
obrigações às pessoas, a fim de que, não só usufruam os benefícios legais (direito), como 
auxiliem o Estado na busca do equilíbrio social (dever). 
 As forças dos partidos podem ser de caráter liberal, conservador, radical e 
reacionário. 
Enquanto os liberais assimilam as atividades governamentais e os conservadores mostram-se 
satisfeitos, os radicais e os reacionários são contrários a qualquer tipo de mudanças. Isso por 
se mostrarem insatisfeitos com a situação vivenciada pelo estado. 
 Radicais, membros de um movimento que defende a mudança extrema de instituições 
sociais e políticas. O termo foi utilizado pela primeira vez no sentido político na Inglaterra, 
quando o estadista britânico Charles James Fox pediu uma reforma radical que estendesse o 
direito de voto ao sufrágio universal. 
 O termo passaria logo a designar os partidários daquela reforma parlamentar (1832). 
Os radicais britânicos liderados pelo filósofo James Mill, o jurista e filósofo Jeremy Bentham, 
e o economista político David Ricardo definiram uma filosofia baseada no utilitarismo (cujo 
lema era “maior felicidade possível para o maior número de pessoas”). O radicalismo britânico 
fez um esforço para estabelecer o princípio da expansão econômica privada como premissa do 
estado moderno. 
 No Brasil, há muitas confusões em torno dos partidos políticos, levando 
alguns deles a não representar nada, bastando a sua simpatia com o poder para levar os seus 
candidatos a ocuparem os cargos eletivos. 
 
2. RAMOS DO CONHECIMENTO 
 Numa visão universalizada sobre os partidos políticos. Registre-se que as 
variações conceptuais vão ser ampliadas em consideração aos diversos ramos do 
conhecimento humano. Levando em conta as suas particularidades, a Sociologia trata de 
fornecer um conceito de partidos políticos, ocorrendo o mesmo com a Filosofia, o Direito, a 
Ciência Política... 
a) Sociologia destaca o fato de os partidos políticos apresentarem-se como espécie de 
sociedade e de gerarem influência sobre todos os grupos sociais, permitindo até 
aproximações entre eles. 
Ainda sobre eles, além de se tratar de espécie de sociedade, não se pode afastar o 
fato da sua estreita relação com a sociedade política mais importante que é o 
estado. No Brasil, devido a facilidade de se instituir partidos políticos, os grupos 
sociais buscam suprir as suas deficiências utilizando-se deles. 
b) Na Filosofia sobreleva-se o conteúdo das ideias e dos objetivos que movem cada 
partido político desde a sua instituição, atentando-se sempre para os embates entre 
a democracia e a ditadura. A democracia pode até estar estabelecida, precisando de 
orientação nos pensamentos filosóficos para se aperfeiçoar. 
c) Juridicamente, os partidos políticos são concebidos como pessoas jurídicas no 
direito. Não se tratando de pessoa jurídica na sua forma simples, mas aquela voltada 
para a preservação do regime democrático. Para tanto, eles devem ser defensores 
da representatividade e dos direitos fundamentais dos governados. 
d) A Ciência Política trata, preferencialmente, das relações entre os partidos políticos e 
o poder, seja analisando e refletindo sobre os objetivos dos partidos ou os 
interesses de seus membros. Em imersões completas nas conjunturas vivenciadas 
pelo estado, a análise aqui não se restringe ao partido e aos seus membros, mas aos 
problemas emergentes dos governados. 
As fases conclusivas de cada análise da atuação de determinado partido político, 
seguida da reflexão ponderada com os dados colhidos, não hão de ser unânimes, 
pois a fertilidade do meio somada às variações não autorizam uniformidade. Aqui, 
os partidos políticos podem apresentar-se como transformadores ou portadores de 
ideais inatingíveis. 
 
3. Natureza 
 
 Na Filosofia, o partido político localiza-se entre os veículos irradiadores de democracia 
fundada na legítima representação do povo, mas fundada em suportes teóricos dos mais 
diversos, podendo até se mostrar como conservador de governos ditatoriais. 
 Sociologicamente, o partido político apresenta-se como espécie de sociedade com a 
difícil função de permitir o acesso ao poder da sociedade política de maior importância, qual 
seja o estado. 
 Juridicamente, antes da Constituição Federal de 1988, quiçá pelo maior controle 
estatal na sua instituição e a exigência do registro na Justiça Eleitoral, não eram poucos os 
doutrinadores que o classificavam como pertencente ao direito público. 
 Depois da Carta de 1988 (Art. 17), apesar da manutenção do referido registro, as 
fileiras dos defensores do partido político integrado ao direito privado aumentaram 
consideravelmente e logo veio a Lei dos Partidos, que é a Lei (ordinária) n. 9.096 de 19 de 
setembro de 1995, que foi mais explícita, declarando em seu art. 1º que o partido político é 
pessoa jurídica de direito privado. 
 
4. Importância 
 A importância da presença dos partidos políticos pode ser sentida pelos 
governados e pelo próprio estado como instituição. Pelas suas funções, incluindo aí até a de 
servir de veículo politizador, os partidos políticos mostram-se de grande valia para os 
governados. Por outro lado, uma vez bem aceito o sistema de integração entre o povo, os 
pretendentes ao poder e o estado; o qual é oferecido pelos partidos políticos, o estado passa 
considerá-los indispensáveis em todas as conduções de pessoas ao poder. 
 
5. Elementos 
 
Os partidos políticos necessitam de alguns elementos para ter existência, como um grupo de 
pessoas, relações entre os seus membros, programa político e organização. No grupo de 
pessoas, como base subjetiva, encontram-se os fundadores, os dirigentes, os líderes, os 
candidatos, os filiados e os simpatizantes. No desenvolvimento das atividades do partido, os 
participantes atuam desde a propagação de alguns ideais partidários até atos de direção. 
 O programa político serve para registrar os princípios gerais, evitando que o partido afaste-se 
de seus ideais. Geralmente, a ideologia atua como causa determinante na instituição de 
qualquer partido, como se deu com o partido socialista, o partido verde, o partido dos 
trabalhadores ... Na organização, o estatuto deve deixar claras as atribuições de todos os 
envolvidos com o partido. 
 
6. Classificação 
 
Acerca da presença de bases ideológicas, os partidos políticos podem ser de opinião, de massa 
ou misto. De início, os fundadores do partido podem se servir de algumas ideias filosóficas, de 
pregações religiosas, de questões práticas de problemas insolúveis, de interesses de 
determinada classe social. 
 
 Os partidos de opinião contam com uma ideologia bem definida, não se propondo a 
resolver os problemas emergentes sem antes atentar para o suporte teórico transformador. 
Deveras, atenta-se para as ideias filosóficas promovedoras de mudanças no meio social, seja 
resolvendo algumas questões ou até mesmo servindo para convencer de seu acerto no modo 
de pensar. 
Partidos de quadros, quando, de mais preocupados com a qualidade de seus membro do que 
com a quantidade deles, não buscam reunir o maior número possível de integrantes, 
preferindo atrair as figuras mais notáveis, capazes de influir positivamente no prestígio do 
partido, ou os indivíduos mais abastados, dispostos a oferecer contribuição econômico-
financeira substancial à agremiação. 
 
Nos partidos de massa ou populistas, os governados menos privilegiados pelo discernimento 
mostram-se simpatizantes a propostasfantasiosas, como o fim da corrupção, a garantia da 
segurança pública, o funcionamento do sistema de saúde pública... Geralmente, são pequenos 
partidos com grandes propostas concentradas em um único candidato. 
Sobre os mistos, não se quer dizer que um único partido pode ser de opinião e de massa ao 
mesmo tempo, pois isso seria contraditório. Esclarecendo, dá-se a presença de partidos de 
opinião e de massa num mesmo sistema; tal convívio pode ser admitido sem maiores 
dificuldades devido ao mau entendimento das funções dos partidos, sendo detectável a falta 
de maturidade dos governados e governantes. 
 Apesar de a confusão aumentar e do próprio meio deixar de assimilar os partidos 
políticos, as tendências vão ganhando espaço e o futuro deve ser marcado com uma única 
espécie de partidos: todo o grupo será de opinião ou de massa. 
 Com base no posicionamento frente ao governo, os partidos políticos apresentam-se 
como de movimento ou conservadores. 
 Os partidos de movimento, renovadores ou opositores são aqueles contrários ao 
partido ocupante do poder; seja com base ideológica diversa ou com propostas diferentes os 
partidos opositores pleiteiam o poder para realizar as suas mudanças. 
 
 Os partidos conservadores ou da situação são aqueles que dominam o cenário político 
com os seus membros ocupando os principais cargos do poder executivo e a maioria dos 
cargos do poder legislativo. 
 Acerca do número de partidos. o sistema comporta o monopartidarismo; o 
bipartidarismo e o pluripartidarismo. No monopartidarismo, há um rico partido, o qual se 
apresenta como conservador e é próprio de governo ditatorial. O bipartidarismo conta com 
dois partidos, atuando em oposição entre si. A presença de três ou mais partidos marca o 
sistema pluripartidário. 
7. Objetivo 
Além de irradiarem as suas ideias institucionais, os partidos políticos devem indicar possíveis 
soluções para as grandes questões nacionais, promovendo um bom entendimento por parte 
dos governados. 
 Em alguns estados, como sói acontecer no Brasil, o desempenho dos partidos deixa a 
desejar, pois eles não têm por base ideias e ideais. Inconcebível seria instituir um partido 
político para lutar em favor de pequeno grupo, haja vista a exigência de muitos votos para 
conduzir seus candidatos ao poder. Mas isso ocorre aqui no nosso País e sem qualquer 
constrangimento. 
Os objetivos dos partidos políticos são: 
 tornar conhecidas as suas ideias institucionais; 
 pregar a representatividade; 
 politizar o povo, incutindo uma participação mais consciente; 
 defender a manutenção da democracia. 
 
8. Constituição 
Os partidos políticos são instituídos por grupos de pessoas físicas com afinidades garantidoras 
da unidade no momento presente e para o futuro. Reforçando a ideia, deve já haver certa 
coesão do grupo para servir de sustentação para o partido como um todo. 
 Elabora-se um estatuto, o qual segue os ·passos da pessoa jurídica comum, 
somando o registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Os atos são chamados de 
preparatórios. Importante também ressaltar que os partidos podem se fundir, incorporar-se e 
extinguirem-se, como qualquer pessoa jurídica respeitada as formalidades especificadas em 
lei. Da fundação do partido ao seu registro, há que se elaborar um estatuto, um programa e 
uma ata de registro das ocorrências, bem como as declarações de apoio. 
 O nosso sistema, por ser pluripartidário, não poderia impor restrições à criação ou a 
qualquer desdobramento dos partidos, sob pena de ser entendida como intervenção. Em 
regimes totalitários, a figura do partido único prevalece, podendo até se admitir o 
bipartidarismo com inúmeras imposições, como se deu depois da instalação do regime militar 
em 1964. 
 
9. Monopólio das Candidaturas 
 Aos partidos políticos foi reservado o monopólio das candidaturas para qualquer cargo 
eletivo dos poderes legislativo e executivo. 
 
10. HISTÓRICO 
 
Podemos dizer que a existência de partidos é tão antiga quanto o Estado. Dede a mais remota 
Antiguidade, com patrícios e plebeus em Roma, os guelfos e guibelinos nas cidades medievais 
da Itália, até os modernos partidos dos Tories e wihgs na Inglaterra, os jacobinos e girondinos 
na França revolucionária, os republicanos e democratas nos Estados Unidos, os liberais e 
social-democratas da Europa atual e também no Brasil. 
 
 No início da Era Moderna, prevaleciam, na Europa, em especial na França, formas de 
organização de Estado extremamente autoritárias (absolutistas) e o poder do monarca 
se perpetuava. 
 O Poder Estatal era enorme e amedrontava, enquanto os direitos do povo (súditos) 
eram mínimos, para não dizer inexistentes. 
 
 Surgem movimentos contra o absolutismo, questionando os excessos do poder 
monárquico. Fortalecia a proposta de que as pessoas deveriam ter direito à liberdade 
em relação ao Estado. 
 Teoria da Separação ou Divisão de Poderes - Montesquieu (O Espírito das Leis): 
PODER EXECUTIVO: EXERCIDO PELO CHEFE DO GOVERNO; 
PODER LEGISLATIVO: ALÉM DE ELABORAR LEIS E REALIZAR O CONTROLE EXTERNO 
 DO EXECUTIVO, COMPETIA O EXERCÍCIO DA REPRESENTAÇÃO POPULAR; 
PODER JUDICIÁRIO: COMPETENTE PARA DECIDIR OS CONFLITOS JUDICIAIS. 
 
 A partir do funcionamento dos sistemas parlamentares (Poder Legislativo), foram surgindo os 
primeiros partidos. 
A classe dominante da época não defendia a participação popular no poder. Partidos 
orientados pela elite. Com as transformações democráticas ocorridas, ao final do século XIX e 
início do século XX, é que surgiu um novo modelo partidário: o Partido de Massas. 
 
 No Brasil, em razão da colonização portuguesa, os partidos políticos foram criados sob 
inspiração do modelo europeu, com as peculiaridades locais. 
Colônia (1500-1831) – sem partidos políticos. Faltava autonomia e liberdade. 
Império (1831-1889) – Sem partidos políticos. Grupos de opinião (partidistas), se 
formavam por pessoas que partilhavam determinados pontos de vista políticos (republicanos, 
absolutistas e liberais). 
 Em janeiro de 1822, o jornal Correio Brasiliense referiu-se àquele que seria, de fato, o 
primeiro partido brasileiro: Partido da Independência. 
Duas grandes agremiações da época do império, por provocarem a maior parte das 
lutas políticas: o Partido Liberal e o Partido Conservador, datados de 1837 ou 1838. 
 
 Primeira República (1889-1930) – Partidos Republicanos (PRs) estaduais: Partido 
Republicano Mineiro (PRM), Partido Republicano Paulista (PRP), etc. As forças 
regionais eram muito fortes e as elites locais desconfiavam demais do Poder Federal. 
 Segunda República (1930-1937) 
Criação da Justiça Eleitoral; 
Regulamentação do Código Eleitoral de 1932, concebendo o direito de voto à mulher; 
Várias legendas surgiram: Partido Progressista, na Paraíba; Partido Nacional, em 
Alagoas; Partido Nacionalista, no Rio Grande do Norte; etc. 
 
 Terceira República (1937-1945) – Ditadura Vargas. Extinção da pluralidade partidária. 
Vargas argumentava que os partidos não tinham estrutura, organização, nem contatos 
permanentes com suas bases, de forma que não era possível exercerem sua função de 
atender as aspirações e necessidades da população. 
 Quarta República (1945-1964) – Neste período, os três grandes partidos foram: 
Partido Social Democrático (PSD): conservador, vinculado a interesses agrários, 
opositor da UDN; 
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB): seus fundadores queriam ser herdeiros e 
continuadores da obra de Getúlio Vargas; 
 União Democrática Nacional (UDN): conservador, perfil urbano, elitista. 
 
 Quinta República (1964-1985) – Ditadura Militar. Vigorou o bipartidarismo: 
 Aliança Renovadora Nacional (ARENA): seguidores do regime militar; 
 Movimento Democrático Brasileiro (MDB): oposicionistas ao regime militar 
compunham-se dos que sobreviveram às cassações políticas impostas pelos militares. 
 
 Pela Lei nº 6.767, de 20.12.1979,o bipartidarismo foi extinto. Em 1980, seis novos 
partidos foram organizados: PDS (antigo ARENA), PMDB (antigo MDB), PP, PT, PTB e 
PDT. 
Constituição Federal de 1988 rompe com os resquícios autoritários, completando o 
processo de transição democrática. 
As eleições livres e diretas retornaram em todos os níveis, abrindo caminho para a 
realização, em 1989, da primeira escolha presidencial via voto popular. 
Desde então, vigora, no Brasil, a liberdade de criação, extinção, fusão e incorporação de 
Partidos Políticos. 
 
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES: 
 
Onde se encontra a legalidade dos Partidos Políticos? 
No Brasil, a Constituição Federal de 1988, art. 17 - dispõe sobre os Partidos Políticos, 
estabelecendo as normas gerais de sua criação e de seu funcionamento. 
Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995 - regulamenta a criação e o funcionamento dos 
partidos políticos em nosso país, por isso, é chamada de Lei Orgânica dos Partidos Políticos. 
 
18. ART. 17 DA CF/88. 
Direito a recursos do Fundo Partidário: 
FUNDO PARTIDÁRIO É O FUNDO ESPECIAL DE ASSISTÊNCIA AOS PARTIDOS POLÍTICOS, 
COMPOSTO DE MULTAS E PENAS PECUNIÁRIAS, RECURSOS FINANCEIROS QUE LHES FOREM 
DESTINADOS POR LEI, DOAÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS E DOTAÇÕES 
ORÇAMENTÁRIAS DA UNIÃO; 
ALÉM DE AUFERIREM VERBAS DO FUNDO 
 PARTIDÁRIO, PODEM OS PARTIDOS POLÍTICOS 
 ADQUIREM RECURSOS PRIVADOS, NOS LIMITES 
 E COM AS CAUTELAS LEGAIS; 
Obrigatoriedade de prestação de contas à Justiça Eleitoral, anualmente, bem como de 
campanhas eleitorais realizadas durante as eleições, no intuito de evitar abusos de poder 
econômico; 
Acesso gratuito à rádio e à televisão, na forma da lei, através da qual difundem suas ideologias 
e propostas de governo; 
Funcionamento parlamentar de acordo com a lei: 
ART. 13 DA LEI Nº 9.096/97: NECESSIDADE DE REPRESENTATIVIDADE PARLAMENTAR, 
MEDIANTE A ELEIÇÃO DE UM MÍNIMO DE DEPUTADOS FEDERAIS PARA A CASA LEGISLATIVA: 
CLÁUSULA DE BARREIRA OU DE EXCLUSÃO: IMPEDE QUE PARTIDOS SEM 
REPRESENTATIVIDADE TENHAM FUNCIONAMENTO PARLAMENTAR, NÃO PODENDO, POR 
EXEMPLO, PARTICIPAR E VOTAR EM DECISÕES TOMADAS PELA CASA LEGISLATIVA, ALÉM DE 
TEREM REDUZIDO O RECEBIMENTO DE RECURSOS DO FUNDO PARTIDÁRIO E O ACESSO À 
RÁDIO E À TELEVISÃO; 
O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, PORÉM, DECIDIU PELA INCONSTITUCIONALIDADE DESSA 
CLÁUSULA; 
PARTIDOS ATUAIS: 
0001 SIGLA NOME DEFERIMENTO PRESIDENTE 
NACIONAL 
Nº 
1 PMDB PARTIDO DO MOVIMENTO 
DEMOCRÁTICO BRASILEIRO 
30.6.1981 VALDIR RAUPP, em 
exercício. 
15 
2 PTB PARTIDO TRABALHISTA 
BRASILEIRO 
3.11.1981 
BENITO GAMA, em 
exercício. 
14 
3 PDT PARTIDO DEMOCRÁTICO 
TRABALHISTA 
10.11.1981 CARLOS LUPI 12 
4 PT PARTIDO DOS 
TRABALHADORES 
11.2.1982 RUI GOETHE DA 
COSTA FALCAO 
13 
5 DEM DEMOCRATAS 11.9.1986 JOSÉ AGRIPINO MAIA 25 
6 PCdoB PARTIDO COMUNISTA DO 
BRASIL 
23.6.1988 JOSÉ RENATO 
RABELO 
65 
7 PSB PARTIDO SOCIALISTA 
BRASILEIRO 
1°.7.1988 EDUARDO CAMPOS 40 
8 PSDB PARTIDO DA SOCIAL 
DEMOCRACIA BRASILEIRA 
24.8.1989 AÉCIO NEVES DA 
CUNHA 
45 
9 PTC PARTIDO TRABALHISTA 
CRISTÃO 
22.2.1990 DANIEL S. TOURINHO 36 
10 PSC PARTIDO SOCIAL CRISTÃO 29.3.1990 VÍCTOR JORGE 
ABDALA NÓSSEIS 
20 
11 PMN PARTIDO DA MOBILIZAÇÃO 
NACIONAL 
25.10.1990 OSCAR NORONHA 
FILHO 
33 
12 PRP PARTIDO REPUBLICANO 
PROGRESSISTA 
29.10.1991 OVASCO ROMA 
ALTIMARI RESENDE 
44 
13 PPS PARTIDO POPULAR 
SOCIALISTA 
19.3.1992 ROBERTO FREIRE 23 
14 PV PARTIDO VERDE 30.9.1993 JOSÉ LUIZ DE 43 
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-do-movimento-democratico-brasileiro
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-trabalhista-brasileiro
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-democratico-trabalhista
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-dos-trabalhadores
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/democratas
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-comunista-do-brasil
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-socialista-brasileiro
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-da-social-democracia-brasileira
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-trabalhista-cristao
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-social-cristao
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-da-mobilizacao-nacional
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-republicano-progressista
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-popular-socialista
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-verde
FRANÇA PENNA 
15 PTdoB PARTIDO TRABALHISTA DO 
BRASIL 
11.10.1994 LUIS HENRIQUE DE 
OLIVEIRA RESENDE 
70 
16 PP PARTIDO PROGRESSISTA 16.11.1995 CIRO NOGUEIRA LIMA 
FILHO 
11 
17 PSTU PARTIDO SOCIALISTA DOS 
TRABALHADORES 
UNIFICADO 
19.12.1995 JOSÉ MARIA DE 
ALMEIDA 
16 
18 PCB PARTIDO COMUNISTA 
BRASILEIRO 
9.5.1996 IVAN MARTINS 
PINHEIRO* 
21 
19 PRTB PARTIDO RENOVADOR 
TRABALHISTA BRASILEIRO 
18.2.1997 JOSÉ LEVY FIDELIX 
DA CRUZ 
28 
20 PHS PARTIDO HUMANISTA DA 
SOLIDARIEDADE 
20.3.1997 EDUARDO MACHADO 
E SILVA RODRIGUES 
31 
21 PSDC PARTIDO SOCIAL 
DEMOCRATA CRISTÃO 
5.8.1997 JOSÉ MARIA EYMAEL 27 
22 PCO PARTIDO DA CAUSA 
OPERÁRIA 
30.9.1997 RUI COSTA PIMENTA 29 
23 PTN PARTIDO TRABALHISTA 
NACIONAL 
2.10.1997 JOSÉ MASCI DE 
ABREU 
19 
24 PSL PARTIDO SOCIAL LIBERAL 2.6.1998 LUCIANO CALDAS 
BIVAR 
17 
25 PRB PARTIDO REPUBLICANO 
BRASILEIRO 
25.8.2005 MARCOS ANTONIO 
PEREIRA 
10 
26 PSOL PARTIDO SOCIALISMO E 
LIBERDADE 
15.9.2005 IVAN VALENTE 50 
27 PR PARTIDO DA REPÚBLICA 19.12.2006 ALFREDO 
NASCIMENTO 
22 
28 PSD PARTIDO SOCIAL 
DEMOCRÁTICO 
27.9.2011 GILBERTO KASSAB 55 
29 PPL PARTIDO PÁTRIA LIVRE 4.10.2011 SÉRGIO RUBENS DE 
ARAÚJO TORRES 
54 
30 PEN PARTIDO ECOLÓGICO 
NACIONAL 
19.6.2012 ADILSON BARROSO 
OLIVEIRA 
51 
31 PROS PARTIDO REPUBLICANO DA 
ORDEM SOCIAL 
24.9.2013 EURÍPEDES G.DE 
MACEDO JÚNIOR 
90 
32 SDD SOLIDARIEDADE 24.9.2013 PAULO PEREIRA DA 
SILVA 
77 
(*) Nos termos do § 1º do art. 58 do estatuto do PCB, para fins jurídicos e institucionais, os cargos de 
Secretário Geral do Comitê Central e de Secretário Político dos Comitês Regionais e Municipais 
equiparam-se ao de Presidente do Comitê respectivo. 
 
Tipologia de tipos de partido (Panebianco) Dias (185,2008 
 
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-trabalhista-do-brasil
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-progressista
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-socialista-dos-trabalhadores-unificado
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-comunista-brasileiro
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-renovador-trabalhista-brasileiro
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-humanista-da-solidariedade
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-social-democrata-cristao
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-da-causa-operaria
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-trabalhista-nacional
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-social-liberal
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-republicano-brasileiro
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-socialismo-e-liberdade
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-da-republica
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-social-democratico
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-patria-livre-ppl
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-ecologico-nacional
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-republicano-da-ordem-social
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/solidariedade
Tipologia em Maurice Duverger; Dias (p.186, 2008 
De acordo com sua origem: criação interna e externa; 
De acordo com a sua estrutura: 
 a) Estrutura direta – “ a comunidade partidária formada por interesses 
próprios dos grupos;b) Estrutura indireta – “os partidos cujos filiados são oriundos de outras 
organizações: religião e sindicatos. 
Partidos de articulação fraca e forte: 
 a) fraca – não tem regras fortes internas a respeito da organização; 
 b) fortes – tem pleno controle estatutário de sua organização política e com 
caráter disciplinar. 
Partidos de ligações verticais e horizontais: refere-se ao sentido da articulação e subordinação 
da hierarquia partidária. 
Tipologia em Maurice Duverger; Dias (p.186, 2008) 
Partidos Centralizados e descentralizados 
 a) descentralização local – as decisões emanam da base partidária; os 
dirigentes locais tem grandes poderes locais; 
 b) descentralização ideológica – concede certa autonomia às diversas frações 
ou tendências constituídas no âmbito do partido; 
 c) descentralização social – organizam-se de forma autônoma no partido as 
pessoas por categorias: classe média; agricultores; assalariados; etc. 
 d) descentralização do tipo federal – corresponde a divisão do pacto 
federativo: Diretório Nacional; Estadual e Municipal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia: 
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10. ed. Rio de janeiro, Forense, 1976. 
 
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 29.ed. São 
Paulo:Saraiva,2010. 
DIAS, Reinaldo. Ciência Política. São Paulo: Atlas, 2008. 
GAMA, Ricardo Rodrigues. Ciência Política. Campinas/SP: LZN editora, 2005.

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