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O DIREITO NA PRIMEIRA REPÚBLICA

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O DIREITO NA PRIMEIRA REPÚBLICA
A Primeira Republica, também conhecida como Republica Velha, é um período que começa após a Proclamação da Republica, em 15 de novembro de 1889 e vai até a revolução de 1930. É um período de grandes transformações no Brasil e está dividido em dois momentos; o primeiro denominado de Republica da Espada (1988/1894) marcado pela forte presença dos militares no poder e o segundo denominado de Republica das Oligarquias (1894/1930) marcado pela presença de civis no poder.
Ao assumir o poder, Deodoro invalidou os efeitos legais da Constituição de 1824, passando a governar através de decretos e tal como um ditador acumulava as funções legislativas e executivas da República. Fez várias mudanças, dentre elas a expulsão da família real portuguesa do Brasil, a extinção da vitaliciedade do Senado, a dissolução das assembleias provinciais e das câmaras municipais. Nomeou governadores para a administração os Estados (antigas províncias) e intendentes para a administração dos municípios. Procedeu-se à “grande naturalização” que possibilitava a naturalização dos estrangeiros residentes no Brasil. Desassociou a Igreja do Estado, estabeleceu a liberdade de culto religioso, regulamentou o casamento e o registro civil e secularizou os cemitérios.
A república herdou da monarquia um grande déficit na balança de pagamentos. Com o advento internacional da industrialização o Brasil passou a ser alvo de interesse econômico principalmente dos Estados Unidos e da Inglaterra. Foram feitos vários acordos comerciais que prejudicaram as tentativas nacionais de industrialização. A abolição da escravatura e a corrente migratória criaram um número maior de trabalhadores assalariados e como não foi possível buscar recursos financeiros fora do país, a solução foi a emissão de papel moeda que teve como consequência a inflação e uma violenta especulação com as ações das empresas novas que surgiam. Essa especulação ficou conhecida como “O Encilhamento”.
Uma junta militar reuniu-se em Assembleia Constituinte para discutir acerca de uma nova Constituição que marcaria de fato o início da República e em 24 de fevereiro de 1891 foi promulgada a primeira Constituição da República do Brasil. Esta constituição foi inspirada no modelo liberal da Constituição dos Estados Unidos que se fundamenta na descentralização do poder dividido entre os Estados.
A Constituição de 1891 estabeleceu que a República Federativa dos Estados Unidos do Brasil seria constituída de 20 estados autônomos econômica e administrativamente. O Presidente, o Vice-presidente, os Senadores e os Deputados seriam eleitos diretamente pelo sufrágio universal masculino. O presidente seria eleito para um mandato de quatro anos, não sendo permitida a reeleição no período seguinte. Seria da competência da Presidência a nomeação e exoneração dos seus Ministros, sancionar leis e deliberações do Senado e da Câmara. O Poder Legislativo seria da competência do Congresso Nacional. Os senadores e os deputados seriam eleitos para o mandato de nove e três anos, respectivamente. O Rio de Janeiro passou a ser a sede do Governo Federal. O Poder Judiciário teria como órgão superior o Supremo Tribunal Federal, e seria composto por juízes federais. Cada Estado elegeria seu governador e sua assembleia legislativa e seria autônomo para se organizar administrativamente. Os municípios também ganharam autonomia político-administrativa.
Deodoro da Fonseca insatisfeito com a crescente autonomia das oligarquias e com temor de perder o poder resolve fechar o Congresso o que acarretou uma revolta armada e consequentemente sua renuncia em 23 de novembro de 1891. Floriano Peixoto, o então vice-presidente assume a Presidência do Brasil. Igualmente tirano e discordando das deliberações da Assembleia Constituinte, Floriano Peixoto impediu que uma nova eleição fosse feita, o que provocou grande revolta e oposição por parte das classes dominantes, que o consideravam como um “ditador”, que pretendia governar de forma centralizadora. Floriano demitiu todos os que apoiaram Deodoro da Fonseca o que acarretou a segunda revolta armada no ano de 1893 teve como consequência a sua saída da presidência..
A Republica da Espada então, é um período dominado por uma acirrada luta pelo poder entre centralistas e federalistas os federalistas reúnem uma maioria de civis que representam as forças políticas e econômicas dominantes nos Estados, principalmente São Paulo e Minas, os mais ricos do país. Eles defendem a descentralização do poder sob a forma de República Federativa e o controle do governo pelo Congresso, onde as oligarquias regionais estariam representadas.
Com a saída de Floriano Peixoto, a aristocracia cafeeira que já tinha o controle da economia passa a dominar também a política. A República Oligárquica consolida-se com a chegada de Prudente de Morais, o primeiro presidente civil. Seu governo é voltado para os interesses das elites cafeicultoras e a ascensão dos civis no ao poder nacional. Os Estados de São Paulo e Minas Gerais, os maiores produtores de café e de leite do país, passam a dominar o governo central na chamada política do café com leite
Os presidentes que saiam do Partido Republicano Paulista (PRP) e do Partido Republicano Mineiro (PRM), controlavam as eleições e contavam com o apoio das elites agrárias do país para implementar políticas que beneficiavam exclusivamente aos seus interesses, gerando consequentemente uma série de revoltas na população menos privilegiada liderados por Getúlio Vargas, os políticos da Aliança Liberal com o apoio dos militares descontentes, provocam a Revolução de 1930.
É o fim da República Velha e início da Era Vargas.
A Revolução de 1930 foi então, um momento da história do Brasil onde houve transformações institucionais que abriram caminho para a modernização econômica e atualização da política social do país.
Durante o governo de Getúlio Vargas, ocorreram diversas transformações nacionais: a industrialização progrediu de forma substancial, as cidades cresceram, o Estado se tornou forte, interferiu na economia e foi instaurada uma nova relação com os trabalhadores urbanos. Enquanto permaneceu no poder, Vargas foi chefe de um governo provisório (1930-1934), presidente eleito pelo voto indireto (1934-1937) e ditador (1937-1945).
Ao tomar posse em 1930, Getúlio Vargas discursou que o seu governo era provisório, mas tão logo começou a governar, tomou uma série de medidas que fortificaram o seu poder. Dissociou todos os segmentos que compunham o poder legislativo, assim exerceu o poder legislativo e o executivo simultaneamente. Vargas suprimiu a constituição estabelecida, exonerou os governadores e, para substituí-los, nomeou interventores de sua confiança. Vários deles eram militares ligados ao tenentismo.
Os tenentes no papel de interventores substituíram os presidentes de estados exonerados e cumpriram a tarefa de neutralizar as possíveis resistências dos velhos poderes locais ao novo governo, a fim de consolidar a revolução. A Era Vargas contou com uma política intervencionista ferrenha, através disso o poder público contemplou outros interesses sociais, superando a visão arcaica que a oligarquia tinha das funções do Estado.
A Era Vargas foi um período de modernização da Nação brasileira, mas também foi um período conturbado pela:
Revolução Constitucionalista de 1932.
Constituição de 1934.
Criação da Ação Integralista Brasileira (AIB) e Aliança Nacional Libertadora (ANL).
Política econômica e administrativa do Estado Novo.
Política paternalista varguista.
Transformação social e política trabalhista com a criação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão responsável pela censura do período.
Constituição de 1937.
Consequência da Segunda Guerra Mundial.
Decadência do Estado Novo.
Ascensão e crise do Segundo Governo de Vargas (1950 – 1954).
Getúlio Vargas governou o Brasil por quase vinte anos. Chegou ao poder através da Revolução de 1930, abrindo um período demodernidade voltada para os aspectos políticos, econômicos e sociais brasileiros, até então nunca trabalhados. O forte espírito nacionalista de Vargas fez com ele fosse considerado o mais importante e influente nome da política brasileira do século XX.
 
 As constituições 
A Constituição Brasileira de 1891 foi a primeira da história da República no país.
Em 1889, chegou ao fim o Império do Brasil. Após uma série de fatores que concorreram para o desgaste do sistema monárquico de governo no Brasil e a definitiva eliminação de Dom Pedro II, os militares se articularam junto com outros grupos interessados na República para a sua proclamação. Derrubado o regime então vigente, o Brasil iniciou uma fase de reformulação com um governo provisório do marechal Deodoro da Fonseca. Os dois anos seguintes foram tomados de movimentações com o objetivo de estabelecer novas diretrizes para o Estado brasileiro.
Desde a formação do governo que se estabeleceu após a queda da monarquia, uma nova Constituição começou a ser elaborada para o Brasil. Era preciso descaracterizar o país de como era no regime anterior e, em alguns casos, apagar o passado que não era mais bem visto. Entre os principais elaboradores da nova Constituição brasileira estava Prudente de Morais e Rui Barbosa, os quais foram muito influenciados pela Constituição dos Estados Unidos. Dela seguiram princípios como a descentralização dos poderes, a implantação do modelo federalista e a concessão de autonomia aos estados e municípios.
A Constituição que vigorava no Império tinha marcas de um outro tempo. Características que não cabiam mais na República e deveriam ser superadas. Nesse sentido, a principal mudança ocorrida foi a extinção do Poder Moderador. O antigo poder era símbolo máximo da monarquia, ele permitia ao Imperador interferir nos outros poderes e tomar as decisões de interesse. A Constituição republicana de 1891 abolia essa característica da antiga Constituição e determinava a existência de apenas três poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Para, além disso, estabelecia também que os representantes dos dois primeiros seriam eleitos por voto popular direto.
Naturalmente, a figura do imperador não era mais adequada. Seu posto foi substituído pelo de Presidente da República. O cargo seria ocupado através de eleição por voto direto popular e o presidente eleito ficaria quatro anos no poder, sem direito à reeleição. O detalhe curioso é que, à época, Presidente e Vice eram eleitos individualmente. Assim, poderia acontecer de unir candidatos de plataformas diferentes no governo do país. Diferentemente do que acontece hoje, já que se elege uma chapa previamente determinada com quem poderá vir a ser Presidente e Vice. O voto para eleger o candidato ao cargo máximo do país e os representantes do Legislativo, contudo, não eram secretos. E só podia votar quem estivesse acima do limite de uma renda mínima.
Outra característica proveniente da Constituição Imperial que foi abolida diz respeito a relação entre Igreja e Estado. Embora o Brasil seja majoritariamente católico, o Estado passou a não assumir mais uma religião específica e deixou de interferir nos assuntos da Igreja. Por sua vez, coube ao Estado o controle da educação. E finalizando as características imperiais, os títulos nobiliárquicos foram abolidos.
A Constituição de 1891 inaugurou a orientação da República no Brasil. Foi publicada no dia 24 de fevereiro daquele ano e vigorou até 1932. Foi a diretriz do período chamado como República Velha, comandada por oligarquias latifundiárias, com uma economia profundamente baseada no café e dominada pelos estados de São Paulo e Minas Gerais.
CONSTITUIÇAO DE 1934
A Constituição brasileira de 1934 é a terceira carta magna a vigorar no Brasil, e a segunda do regime republicano. Apesar de sua existência exageradamente curta, ela ficou marcada na história brasileira pela introdução de uma ordem econômica e social inéditas no país, refletindo muito das mudanças sociais, econômicas e políticas pela qual o Brasil passava à época. A constituição é ainda o resultado das aspirações manifestadas na chamada Revolução de 1930 e da pressão exercida pela Revolução Constitucionalista de 1932, promovida em São Paulo, onde se realizava um clamor direto por uma nova carta por meio da revolta armada. Desde 1930 o país estava sob administração de um governo provisório que havia revogado a carta de 1891 e governava por meio de decreto-lei.
Finalmente em 1933, depois de três anos no poder, o governo provisório que derrubara a Primeira República (também chamada "República Velha"), encabeçado por Getúlio Vargas nomeia a chamada Comissão do Itamarati, (assim chamada por se reunir no Palácio do Itamarati, no Rio de Janeiro), responsável pelo anteprojeto de constituição, que seria posteriormente debatido pela Assembleia Constituinte instalada em novembro de 1933 para aprovar o conteúdo da carta.
A 16 de julho de 1934 é promulgada a nova constituição, que se assemelhava à de 1891, mantendo os pilares básicos da composição do estado brasileiro. O Brasil continuava a ser uma República Federativa, com relativa autonomia para os estados, além da manutenção do sistema tripartite de poderes (Legislativo Executivo e Judiciário). Possuía 187 artigos e foi inspirada na Constituição alemã de 1919 e em questões sociais em voga logo após o término da Primeira Guerra Mundial. É nesse ponto que ela trazia novidades por trazer artigos dedicados à ordem econômica e social, à família, educação e cultura, além de tratar da questão da segurança nacional. Foi a partir desta constituição que surgiu a Justiça do Trabalho, o salário, mínimo, a proibição de trabalho infantil, a jornada de 8 horas diárias, férias remuneradas e descanso semanal. Ela trazia ainda o voto secreto e o sufrágio feminino, que já estava previsto no Código Eleitoral de 1932.
Apesar da grande quantidade de mudanças positivas, a nova lei máxima do país iria vigorar, na prática, durante um ano. Logo, em 1935, com a Intentona Comunista (tentativa de grupos de esquerda de tomarem o poder por meio de um golpe de estado), Getúlio Vargas tinha o pretexto ideal para endurecer o regime, utilizando-se de instrumentos previstos pela própria constituição, como a declaração de estado de emergência e de sítio. O governo volta a administrar o país por meio de decreto-lei, e pouco depois irá instalar a ditadura do Estado Novo, onde, a 10 de novembro de 1937 o exército irá fechar o Congresso e Getúlio Vargas outorga uma nova carta magna, considerada a mais autoritária que o país já teve, elaborada em grande parte por um colaborador fiel do regime, o advogado mineiro Francisco Campos, o "Chico Ciência".
CONSTITUIÇAO DE 1937
A Assembleia Constituinte elegeu Getúlio Vargas para a presidência da República, cargo que seria exercido até 3 de maio de 1938. Em meados de 1937, os candidatos à presidência eram Armando de Sales Oliveira, José Américo de Almeida, Plínio Salgado, e Luís Carlos Prestes.
As eleições não ocorreram, pois em novembro de 1937, Getúlio deu um golpe de estado. No mesmo mês, Getúlio Vargas outorgou a Constituição do Estado Novo, elaborada por Francisco Campos, sendo uma Constituição autoritária e centralizadora.
Na Constituição do Estado Novo, o Presidente da República era considerado autoridade suprema e coordenador maior das atividades dos órgãos representativos, sendo de política interna e externa. Além de orientar os caminhos da política legislativa.
A autoridade do Judiciário estava suprimida perante o presidente, havendo também censura prévia na imprensa. Getúlio Vargas possuía o poder de dissolver o Congresso e de indicar o candidato à sua sucessão.
Segundo o artigo 180, o presidente tinha livre direito de expedir decretos-leis sobre o legislativo. Após a derrota do fascismo e do nazismo, ocorrera uma abertura de liberalidades no governo Vargas, havendo até a marcação de eleições futuras. Em 29 de outubro de 1945, Getúlio Vargas fora deposto por um movimento liderado pelo General Góis Monteiro.CONSTITUIÇAO DE 1946
Quando Getúlio Vargas chegou ao poder em 1930 através de um movimento revolucionário, o país passou novamente por transformação de suas estruturas tradicionais. Novos direitos foram incorporados à Constituição Brasileira e também novos deveres que alteravam de maneira progressista a realidade do país. Mas, em 1937, Getúlio Vargas, alegando ameaça comunista em dominar o Estado, decretou o Estado de Sítio e passou a exercer um governo ditatorial no Brasil. Em seguida, o presidente ditador adotou a chamada Constituição Polaca estabelecendo determinações fascistas para gerir o Estado de acordo com seus interesses. Tal carta constitucional permaneceu valendo até sua deposição, em 1945.
Getúlio Vargas entrou em descrédito após entrar na Segunda Guerra Mundial e um movimento de oposição conseguiu retirá-lo do poder no ano de 1945. Com a queda do ditador, assumiu a presidência o general Eurico Gaspar Dutra. A Constituição de cunho autoritário não era mais adequada para o Brasil e precisava ser substituída. O então presidente convocou uma Assembleia Nacional Constituinte para que se pudesse promulgar uma nova carta constitucional.
Vários intelectuais da época participaram da elaboração da nova Constituição. Pela primeira vez os comunistas também integraram as reuniões da Assembleia Constituinte. O resultado foi uma carta constitucional bastante avançada para a época, conquistando avanços democráticos e na liberdade individual de cada cidadão. As liberdades que o próprio Getúlio Vargas havia acrescentado à Constituição em 1934 e que foram retiradas por ele mesmo em 1937 voltaram a integrar a carta de 1946.
A Constituição Brasileira foi promulgada no dia 18 de setembro de 1946, entre suas novas regulamentações estavam: igualdade perante a lei, ausência de censura, garantia de sigilo em correspondências, liberdade religiosa, liberdade de associação, extinção da pena de morte e separação dos três poderes.
A Constituição de 1946 ficou em vigência até o Golpe Militar, em 1964. Nessa ocasião, os militares passaram a aplicar uma série de emendas para estabelecer as diretrizes do novo regime até ser definitivamente suspensa pelos Atos Institucionais e pela Constituição de 1967.
CONSTITUIÇAO DE 1967
Logo que os militares assumiram o poder no Brasil através de um Golpe de Estado, medidas foram tomadas para que o exercício do regime que estabeleciam fosse viabilizado através de aparatos legais. A Constituição de 1967 foi uma das medidas do novo governo, a qual reuniu todos os outros decretos do regime militar iniciado em 1964.
O respaldo jurídico utilizado pelos militares no exercício da nova forma de governo aplicada no Brasil se deu através dos famosos Atos Institucionais. Nos primeiros anos com os militares no comando do país foram eles que determinaram as novas leis e as condições para que a oposição não conseguisse se organizar e oferecer ameaça ao novo sistema. Já no ano de 1964 foi publicado o Ato Institucional Número Um, que a princípio não recebia determinação numérica, pois acreditavam que seria o suficiente para controlar as movimentações da oposição. O tempo mostrou que não, e os Atos Institucionais foram se somando e ficando cada vez mais autoritários e opressores.
O Congresso Nacional foi transformado então em Assembleia Nacional Constituinte e teve os membros da oposição afastados, os militares pressionaram para que uma nova Carta Constitucional fosse elaborada para definitivamente legalizar o Golpe Militar de 1964.
Em 1966, no dia 6 de dezembro, ficou pronto um projeto de constituição que foi redigido por Carlos Medeiros Silva, Ministro da Justiça, e por Francisco Campos. O tal projeto foi criticado pela oposição, como era de se esperar, mas também por alguns membros do próprio partido do governo, a ARENA. O impasse foi resolvido através do Ato Institucional Número Quatro (AI-4), no dia 7 de dezembro, que convocou o Congresso Nacional para debater e votar a nova Constituição entre 12 de dezembro de 1966 e 24 de janeiro de 1967. O AI-4 determinou a função de poder constituinte originário, o qual é “ilimitado e soberano”, ao Congresso Nacional. A formulação de uma nova Constituição para o Brasil prosseguiu, já que a Constituição de 1946 não era julgada mais como compatível para a nova fase pela qual o país passava.
Enquanto a nova Constituição era debatida no Congresso Nacional, o governo tinha o poder de legislar através de Decretos-Lei para comandar a segurança nacional, a administração e as finanças do Estado. Para elaborar o texto da nova Carta Constituinte foram contratados por encomenda do presidente Castelo Branco juristas nos quais o regime militar depositava confiança, entre eles estavam: Levi Carneiro, Miguel Seabra Fagundes, Orosimbo Nonato e Temístocles Brandão Cavalcanti. O texto incorporava medidas já estabelecidas pelos Atos institucionais e por Atos Complementares utilizados no regime militar.
No dia 24 de janeiro de 1967 foi votada a nova Constituição que, aprovada, entrou em vigor no dia 15 de março de 1967 estabelecendo a Lei de Segurança Nacional.
A sexta constituição brasileira institucionalizou o regime militar, deixando o Poder Executivo em posição soberana em relação aos outros poderes e transformando-os junto com a população brasileira em meros espectadores das medidas tomadas pelos militares. Como foi debatida e votada pela Assembleia Nacional Constituinte, a Constituição de 1967, muito embora tenha sido amplamente elaborada de acordo com os interesses de quem estava no poder, pode ser considerada uma Carta Constituinte semi-outorgada. Desta forma, os militares garantiam a imagem na política internacional de um país de certo modo democrático, mas a prática mostraria que o regime estabelecido no Brasil se tratava mesmo de uma ditadura.
No ano de 1969 a Constituição de 1967 sofreu algumas alterações por causa do afastamento do presidente Costa e Silva que passava por problemas de saúde. A Junta Militar que assumiu o poder em seu lugar baixou a Emenda Nº 1 acrescentando o Ato Institucional Número Cinco e permitindo o poder da Junta Militar, mesmo havendo um vice-presidente.
A Constituição de 1967 vigorou durante o restante do regime militar como órgão máximo da antidemocracia. Só foi substituída em 1988, quando a ditadura já havia acabado.
CONSTITUIÇAO DE 1988
A constituição de 1988 é a atual carta magna da República Federativa do Brasil. Foi elaborada no espaço de 20 meses por 558 constituintes entre deputados e senadores à época, e trata-se da sétima na história do país desde sua independência. Promulgada no dia 5 de outubro de 1988, ganhou quase que imediatamente o apelido de constituição cidadã, por ser considerada a mais completa entre as constituições brasileiras, com destaque para os vários aspectos que garantem o acesso à cidadania.
Assembleia Constituinte de 1988;
A constituição está organizada em nove títulos que abrigam 245 artigos dedicados a temas como os princípios fundamentais, direitos e garantias fundamentais, organização do estado, dos poderes, defesa do estado e das instituições, tributação e orçamento, ordem econômica e financeira e ordem social. Entre as conquistas trazidas pela nova carta, destacam-se o restabelecimento de eleições diretas para os cargos de presidente da república, governadores de estados e prefeitos municipais, o direito de voto para os analfabetos, o fim à censura aos meios de comunicação, obras de arte, músicas, filmes, teatro e similares.
A preocupação com os direitos do cidadão é claramente uma resposta ao período histórico diretamente anterior ao da promulgação da constituição, a chamada “ditadura militar”. Durante vinte anos o povo foi repetidamente privado de várias garantias. O presidente da república devia ser necessariamente membro das forças armadas (exemplo disso foi o que ocorreu com Pedro Aleixo, o vice-presidente civil de Artur da Costa e Silva, que foi sumariamente impedido de assumir a presidência quando da morte deste). Somado às restrições e proibições, tínhamos ainda graves casosde tortura e perseguição política.
Tal cenário causou uma gradual reação da opinião pública, com reflexo na assembleia constituinte responsável pela confecção da carta. É nesse ponto que convergem a maioria das críticas ao texto, pois, num anseio de incluir o máximo de garantias e tornar o documento um espelho do período pós-ditadura, este ficou “inchado”, repetitivo em inúmeros pontos, além de trazer matérias que não são típicas de uma constituição.
Em relação às Constituições anteriores, a Constituição de 1988 representou um avanço. As modificações mais significativas foram:
Direito de voto para os analfabetos;
Voto facultativo para jovens entre 16 e 18 anos;
Redução do mandato do presidente de 5 para 4 anos;
Eleições em dois turnos (para os cargos de presidente, governadores e prefeitos de cidades com mais de 200 mil habitantes);
Os direitos trabalhistas passaram a ser aplicados, além de aos trabalhadores urbanos e rurais, também aos domésticos;
Direito a greve;
Liberdade sindical;
Diminuição da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais;
Licença maternidade de 120 dias (sendo atualmente discutida a ampliação).
Licença paternidade de 5 dias;
Abono de férias;
Décimo terceiro salário para os aposentados;
Seguro desemprego;
Férias remuneradas com acréscimo de 1/3 do salário.
Modificações no texto da Constituição só podem ser realizadas por meio de Emenda Constitucional, sendo que as condições para uma emenda modificar a Carta estão previstas na própria Constituição, em seu artigo 60.
Primeiramente, faz-se necessário explicar que o artigo no qual as cláusulas pétreas estão inseridas trata da forma como são elaboradas as propostas de modificação à Constituição, sendo que as quatro hipóteses elencadas não podem ser modificadas, nem ao menos serem discutidas em qualquer proposta de modificação constitucional. Isso se deve ao fato dos conceitos nelas contidos serem fundamentais na tradução das bases em que se estabelece a República Federativa do Brasil. Para modificá-las, só anulando a atual Constituição.
Desse modo, o legislador considerou que os conceitos a serem protegidos sob qualquer aspectos seriam estes quatro, a saber:
1 - Forma federativa de Estado - O próprio nome em extenso do país traduz esse princípio. A denominação República Federativa do Brasil já indica que o país é baseado em uma federação, isto é, uma pluralidade de povos sob diversas latitudes, das mais diversas raças, crenças e origens, unidos para constituir um país. Portanto, a forma como o estado está organizado não é passível de discussão. Não se aceitam propostas que possam transformar o Brasil em um estado unitário, por exemplo, sem estados, e sem a autonomia que estes possuem. Isso não quer dizer que não se possam criar novos estados dentro do país, nem que não se possam dois ou mais estados se unir para formar um único estado dentro da federação.
2 - Voto direto, secreto, universal e periódico - Não se pode discutir, muito menos cogitar a modificação do sistema de voto direto, onde cada cidadão devidamente alistado tem direito a voto. Além de ser direto, este deverá sempre ser secreto (o cidadão tem o direito de não revelar o seu voto, evitando assim perseguições políticas ou qualquer outra coerção). Além de secreto, deve ser universal, ou seja, todos os brasileiros, natos ou naturalizados têm a oportunidade de se alistar e votar, a menos que se encaixem em certos casos previstos no artigo 14 da Carta Magna. Deve este voto ser ainda periódico, ou seja, o cidadão deve ter a oportunidade de votar de tempos em tempos. Assim, qualquer proposta de modificação do voto que não inclua essas características é passível de discussão e modificação, como por exemplo, o voto obrigatório ou o voto distrital.
3 - A separação dos poderes - Não se pode discutir a organização tripartite do Estado em Judiciário, Legislativo e Executivo.
4 - Os direitos e garantias individuais - importante notar que este dispositivo não deve ser confundido com o nome dado ao Título II da Constituição, com o qual se inicia o artigo 5º. Ali temos as garantias fundamentais, aqui, as garantias individuais (apesar de que as garantias do artigo 5º estarão incluídas no conceito aqui mencionado). Teremos porém garantias individuais em outros pontos da Constituição, fora deste artigo, como por exemplo, boa parte do conteúdo do artigo 7º. Faz-se importante mencionar que direitos não exclusivamente individuais, como o direito de greve estão incluídos. Apesar de direito individual, a greve só se concretiza se organizada coletivamente, mas mesmo assim, pode-se considerar como integrante do conjunto de direitos individuais do cidadão.
 Conclusão
Após a analise do conteúdo do direito na republica brasileira podemos concluir que o Brasil obteve uma grande evolução. Saindo da primeira constituição em 1891 passando pelos períodos de controle de SP/MG a chamada política do café com leite , a Era Vargas o período ditatorial e chegarmos até a Constituição de 1988 que é considerado como a melhor constituição do mundo quando se trata de garantias fundamentais porem não podemos nos contentar com o que temos e devemos busca uma melhora ainda maior pois quando conseguirmos exercer com êxito os direitos que estão previstos na constituição automaticamente estaremos conseguindo uma melhora na saúde publica,educação e na qualidade de vida como um todo para o povo brasileiro. Atualmente o problema de nosso pais encontra-se na parte de execução pois nos temos leis que regulam praticamente todas as ocasiões porem na hora de colocar isso em pratica pecamos e muito por não sabermos a maneira correta de exigir nossos direitos. Mais já podemos perceber que mesmo de forma desordenada o povo já começa a exigir uma melhora dessa parte e isso fica evidente nas atuais manifestações e mesmo que tenha ocorrido o vandalismo por uma pequena parte vemos que em sua grande maioria são pessoas que lutam pelo direito do povo para poder melhorar a vida deles a vida de todos nos e isso somente será obtido através da comoção popular pois se formos depender dos políticos que estão no poder estaremos em mais lençóis porque eles só querem mais e mais poder. 
 Trabalho de história do direito 
 O direito na república
 
 Foz do Iguaçu Pr. 07, de Agosto de 2013. 
Turma: 2013/1 
Alunos: R.A.:

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