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06 – SISTEMAS DE MASSA ATIVA 06.01 - Conceitos • Principal característica: – Vencer o conflito de direções mantendo a horizontalidade do espaço. – Isso se dá às custas de mecanismos internos de flexão. • Distribuição de tensões normais em peças solicitadas à flexão: • A necessidade de Inércia é a principal característica dos sistemas de massa ativa. 06.01 - Conceitos • Horizontalidade do espaço criado pela estrutura: – Pisos de edificações. • Emprego na transmissão de cargas laterais em edifícios: 06.01 - Conceitos • Representantes típicos: – Viga • Distribuição de carga unidirecional. • Isolada ou contínua. – Grelha • Distribuição de carga bidirecional. – Pórticos • Continuidade entre vigas e pilares. – Lajes • Distribuição bidirecional das cargas. 06.02 - Otimização em sistemas de massa ativa • Objetivo: – Melhorar a Eficiência Estrutural, – Melhorar a relação carga resistida / peso próprio. • Otimização: – Da seção transversal da peça: • Melhorando a distribuição de inércia. – Do perfil longitudinal da peça: • Enfatizando seções mais solicitadas. – Do esquema, organização, estrutural. • Reduzindo esforços máximos na estrutura. Otimização da seção transversal Seções ideais – Flexão • Aço: – Seções I simétricas. – Seções I assimétricas, com mais massa na mesa comprimida. • Concreto – Seções T com mesa do lado da fibra comprimida. Seções I, T, T Invertido Transporte Vigas de concreto Vigas de concreto Vigas-calha de concreto Vigas de concreto Laje PI Laje maciça X nervurada 10 40 10 H 50 H (4cm)c Comparativo de rigidezes H Área Inércia Área Inércia 8 400 2.133,33 230 853,33 10 500 4.166,67 260 1.600,51 12 600 7.200,00 280 2.750,48 15 750 14.062,50 300 5.367,77 18 900 24.300,00 340 9.233,92 20 1.000 33.333,33 360 12.568,89 25 1.250 65.104,00 410 23.990,26 MACIÇA NERVURADA Lajes estaticamente eqüivalentes 10 40 10 H 50 H (4cm)c Lajes nervuradas • Menor peso, maior inércia! • Menor consumo de armaduras • Menores flechas • Vãos maiores • Podem ser usadas em sistemas com vigas ou sem vigas Execução de lajes nervuradas Exemplo de lajes nervuradas Fôrmas para lajes nervuradas Fôrmas para lajes em caixão perdido Lajes caixão perdido Forro em lajes nervuradas Isolamento de ambientes Lajes nervuradas com blocos de enchimento Pilares e vigas aliviados Aspectos tecnológicos • A produção de peças com seção otimizada só se viabiliza em ambiente industrial: – Estruturas pré-moldadas em concreto armado e protendido. • Seções I, Seções T, Vigas Vierendel, Peças treliçadas – Estruturas metálicas. • Seções I, Seções L, Seções H, etc. • Vigas casteladas ou vigas alveolares. • Sistemas de fôrmas apropriados: – Lajes nervuradas com cubetas removíveis. Produção de perfis metálicos • Laminação a quente – Hot rolled – Menor custo / Kg – Paredes mais espessas...Menos eficientes – Seções padronizadas pelos laminadores • Soldagem – Seções compostas personalizadas – Seções compostas de série • Dobragem a frio – Cold formed – Perfis mais leves...Mais eficientes – Maior custo/Kg Perfis Laminados Perfis Laminados Açominas Perfis Laminados Açominas • Nomenclatura – bf = Largura da mesa (flange) – tf = espessura da mesa – tw = espessura da alma (web) Perfis Soldados Perfis Juresa Seções compostas com rebites Perfis eletro-soldados Vigas com alma senoidal Otimização do perfil longitudinal UNESCO (Paris) Vigas casteladas ou alveolares 06.03 - Vigas • São os representantes mais simples dos sistemas de massa ativa. • Tensões internas devidas à flexão: – Tensões normais: • Variação com a altura: – Bordos extremos tracionados e comprimidos. – Tensão nula na linha neutra. • Variação ao longo do vão: – Tensões máximas onde os momentos são máximos. 06.03 - Vigas • Tensões internas devidas à flexão: – Tensões tangenciais: • Cisalhamento vertical. • Cisalhamento longitudinal. – Variação com a altura: • Variação parabólica de tensões tangenciais com máximo no centro. • Tensão nula nas mesas de uma seção T. • Almas de seção T muito com muita solicitação de cisalhamento devem ser mais espessas. – Variação ao longo do vão: • Tensões máximas nos apoios. Forma otimizada de uma viga T Forma otimizada de uma viga T Vigas contínuas X vigas isoladas • A continuidade, pela restrição de rotação nas extremidades da viga, reduz a deformação e pode reduzir também os momentos fletores. • A continuidade é natural em peças moldadas em concreto. • A continuidade é mais difícil em peças montadas, industrializadas em aço e pré-moldados. • A utilização de vigas isoladas em estruturas de aço e pré-moldados leva à necessidade do contraventamento da estrutura, pois todos os nós são articulados. Estruturas pré-moldadas Estruturas pré-moldadas Estruturas metálicas Ligações Ligações Vigas contínuas Distribuição de apoios • Em vigas contínuas, sobre apoios simples, com vãos iguais, os primeiros vãos tendem a ser mais solicitados pela falta de continuidade em uma das extremidades. • Alguns artifícios podem ser utilizados para equilibrar os momentos e otimizar o projeto da viga: Viga contínua com 50 metros de comprimento total • Situação A: – 5 vãos de 10 metros • Situação B: – Diminuindo comprimento dos vãos extremos e aumentando dos vãos internos • Situação C: – Criando dois balanços laterais de 1,50 metros e 5 vãos de 9,40 metros. • Situação D: – Três vigas isostáticas de 16,67 metros com relação ideal entre os balanços e os vãos. Situação A Situação B Situação C Situação D Proporção ideal a b a L M M q b 2 / 8 Proporção ideal 4 )28( 8 8 2 )84( 8 8 2 )84( )84( )84( )84( 4 ) 4 48(; 8 82;2 8 8; 8 282 2 2 222 LLba LLb LbLbbLba baqbqa qaqbqa Proporção ideal kNmM kNmM maLa mbLb 57,5957,59 8 763,910 57,59 2 452,310 452,3 4 )28( 3 50; 4 )28( 763,9 2 )84( 3 50; 2 )84( 2 2 06.04 - Grelhas • Estrutura plana com carregamento perpendicular ao plano da estrutura. • Principal característica: – Distribuição bi-direcional de cargas. – Menores esforços que em sistemas unidirecionais. Comparação entre sistemas de vigas paralelas e grelhas Análise de uma grelha de duas vigas Igualando as flechas 9/: 0: : : 1 1; ;1;)( 48 )( 48 ; 1 3 2 2 3 12 3 11 3 2 1 3 2 1 3 2 2 3 11 3 2 3 2 2 1 3 1 3 2 2 1 3 1 2 3 2 1 3 1 21 PX X PX IL IL PX ILIL ILPX IL ILIL X P L I I L X P L I I L X XP EI LXP EI XLff 21 21 12 21 2LL Se LL Se LL Se II Se Conclusões • Se I1 = I2 e L1 = L2: – X = P/2 • Se I1 = I2 e L1 >>>> L2: – X=0; MV1=0; MV2=PL2/4 – O carregamento vai todo para a viga V2 que é a mais rígida. • Se I1 = I2 e L2 >>>> L1: – X=P; MV1=PL1/4; MV2=0 – O carregamento vai todo para a viga V1 que é a mais rígida • Se I1 = I2 e L1 = 2L2: – X=P/9; MV1=PL1/36; MV2=8PL2/36; MV2=4MV1 Alternativas para diferenças de vãos • Se L1 = 2L2, basta fazer I1 = 8I2: – X=P/2; MV1=PL1/8; MV2=PL1/16; MV1=2MV2 • Outras alternativas para compensar a diferença de vãos: – Utilizar espaçamentos de nervuras diferentes em cada direção. – Utilizar nervuras em diagonal, fazendo com que a maior parte das nervuras tenha o mesmo comprimento Modelo Grelha01 • Grelha 6,0 X 6,0 metros, apoiada em todo contorno. • Nervuras a cada 0,50 metros em duas direções. • Carregamento uniforme de 10,0 kN/m2, que resulta em uma carga de 2,50 kN/m em cada nervura, em cada direção. • Nervuras com seção T: – bf = 50 cm; bw = 10 cm; H = 35 cm; Hf = 5 cm. – It = 0 em todas as barras (sem rigidez à torção). • Material: – E = 25.000.000 kN/m2; • Flecha máxima = 3,30 mm. • Momento máximo igual em cada direção: – 13,81 kNm. Modelo Grelha01 M=13,81 kNm Modelo Grelha02a • Grelha 6,0 X 12,0 metros, apoiada em todo contorno. • Nervuras a cada 0,50 metros em duas direções. • Carregamento uniforme de 10,0 kN/m2... • Nervuras com seção T... • E = 25.000.000 kN/m2; • Flecha máxima = 5,95 mm. • Momentos máximos: – Na direção do menor vão = 25,58 kNm. – Na direção do maior vão = 4,09 kNm. Modelo Grelha02a M=25,58 kNm M=4,09 kNm Modelo Grelha02b • Igual modelo Grelha02a – Cargas apenas nas nervuras transversais de 5,0 kN/m. • Flecha máxima = 5,97 mm. • Momentos máximos: – Na direção do menor vão = 25,57 kNm. – Na direção do maior vão = 4,05 kNm. – Nas nervuras próximos aos apoios os momentos máximos são menores = 3,95 kNm. • Momento máximo para a hipótese de funcionamento unidirecional: – Mmax = qL2/8 = 5,0.6,02/8 = 22,5 kNm. Modelo Grelha02b M=25,57 kNm M=4,05 kNm M=3,95 kNm Modelo Grelha03 • Grelha 6,0 X 12,0 metros, apoiada em todo contorno. • Nervuras a cada 0,50 metros em duas direções, inclinadas de 45 graus em relação aos bordos. • Carregamento uniforme de 10,0 kN/m2... • Nervuras com seção T... • E = 25.000.000 kN/m2. • Flecha máxima: – 5,28 mm. • Momento máximo igual em cada direção: – 12,97 kNm. Modelo Grelha03 M=12,97 kNm 06.05 - Pórticos • Definição: – Estrutura plana com carregamento colocado paralelamente ao plano da estrutura. – Arranjo estrutural adequado para condução de cargas verticais e horizontais. Ação de cargas verticais • Uma viga isolada apoiada sobre dois pilares apresenta liberdade de rotação sobre os apoios. • Os pilares ficam solicitados somente à esforço normal de compressão. Ação de cargas verticais • Uma viga conectada rigidamente aos dois pilares apresenta restrições de rotações nas extremidades que fazem com que apareçam momentos negativos nestas ligações, reduzindo as flechas e os momentos positivos. Ação de cargas verticais • O momento fletor na ligação entre a viga e o pilar depende da rigidez do pilar. Se este for muito rígido o momento se aproxima do valor do momento de engastamento perfeito da viga: Cargas Verticais Cargas Verticais Cargas Verticais Ação de cargas horizontais • Dois pilares isolados ligados a uma viga, com liberdade de rotação, sofrem flexão sem solicitar a viga. • A viga fica solicitada somente a esforço normal para compatibilizar os deslocamentos horizontais. Ação de cargas horizontais • Dois pilares conectados rigidamente a uma viga apresentam restrições de rotações nas extremidades que fazem com que apareçam momentos nestas ligações, reduzindo os deslocamentos horizontais e a flexão nos pilares. Ação de cargas horizontais • O momento fletor na ligação entre os pilares e a viga depende da rigidez da viga. Se esta for muito rígida o momento se aproxima do valor do momento de engastamento perfeito do pilar na viga: Cargas Horizontais Cargas Horizontais Cargas Horizontais Pórticos com cargas verticais • Vão de 6,0 metros. • Altura de 3,0 metros. • Carga vertical na viga de 20,0 kN/m. 20,0 kN/m 6,00 3 , 0 0 Modelo 01a • Vigas e pilares 20X50 48,00 24,00 42,00 Modelo 01b • Vigas: 20X50 – Pilares: 20X100 58,18 29,09 31,82 Modelo 01c • Vigas: 20X50 – Pilares: 50X20 23,41 11,71 56,59 Modelo 01d • Vigas: 20X50 – Pilares: 20X20 12,23 6,11 77,77 Pórticos com cargas horizontais • Vão de 6,0 metros. • Altura de 3,0 metros. • Carga horizontal no nó de 20,0 kN. 20,0 kN 6,00 3 , 0 0 Modelo 04a • Pilares: 20X50 – Vigas: 20X20 2,42 27,58 Modelo 04b • Pilares: 20X50 – Vigas: 20X80 13,87 16,13 3 0 , 0 0 3 , 0 0 6,00 HA MBMA HA VBVA BA 20,0 KN 20,0 KN A B VA VB HA MA MB HA 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN A B VA VB HA MA MB HA 6,00 3 , 0 0 3 0 , 0 0 HA MBMA HA VBVA BA 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN 20,0 KN Pórtico sem ligações rígidas Com uma carga concentrada )( 42 )( 2 2 max NNH FNNHHFM Com várias cargas concentradas NHFM 2max Pórtico com ligações rígidas Com uma carga concentrada NFHNHFM 422max Com várias cargas concentradas 422max FHHFM Pórtico 05a • Pilares 20X50 – Vigas 20X20 (sem ligação com pilares). • 10 pavimentos. Carga de 20,0 kN por andar 1.650,00 KNmM 650.110 2 131010310 max Pórtico 05b • Pilares 20X50 – Vigas 20X150. • 10 pavimentos. Carga de 20,0 kN por andar KNmM 15010 2 13 2 20 max 153,47 74,63 75,37 146,52 Pórtico 05c • Pilares 20X50 – Vigas 20X20 (sem ligação com pilares). • 10 pavimentos. Carga de 20,0 kN no último andar. 300,00 KNmM 300103 2 20 max Pórtico 05d • Pilares 20X50 – Vigas 20X150. • 10 pavimentos. Carga de 20,0 kN no último andar. 15,00 15,00 KNmM 15 2 13 2 20 max Reações Pórtico 05a HA MBMA HA VBVA BA 20,0 KN 20,0 KN pilares. nos normais esforços existem Não pilares. nos momentos em mobilizado é tombamento de momento o Todo :tombamentodeMomento 100;100;0;0 300.36 300.3650.12 BABA BAtA t HHVV MMMV KNmM Reações Pórtico 05b normal. esforço o maior pilares, os entre distância a menor Quanto pilares. nos normais esforços e fletores momentos em mobilizado é tombamento de momento O muda! Não :tombamento de Momento ;100 3 1502 ;500;500 6 1502300.3 150 300.36 300.3650.12 BA BA BA BAtA t HH VKNV MM MMMV KNmM HA MBMA HA VBVA BA 20,0 KN 20,0 KN Viga Vierendel Modelo 07a • Viga Vierendel – 6X3,00 m de vão. 4,00 m de altura. • Vigas 20X100. Montantes 20X50, sem ligação rígida. • Cargas de 50,0 kN/m no banzo superior e inferior. Modelo 07a 2.025 2.025 Modelo 07b • Vigas 20X100. Montantes 20X50. 622,38 558,92 Memorial Castelo Branco Garagem Recife Estádios Futebol Edifícios Aeroporto Congonhas Estádio João Havelange Edifício IPE Arquibancadas Pré-moldados Pré-moldados
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