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AULA 02: SOLUÇÕES ESTRUTURAIS NORMALIZADAS 1-) Normas Técnicas: O Concreto segue Normas Técnicas rígidas; Entre as Normas Técnicas que definem a sua fabricação e utilização destacam-se as da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e da American Society for Testing and Materials (ABTM). Toda ação relacionada a construção ou utilização do Concreto seguem parâmetros rígidos indicados pelas Normas Técnicas 1.1-) As principais Normas Técnicas da ABNT relacionadas ao Concreto são: ▪ NBR 5732 – Cimento Portland Comum – Especificação; ▪ NBR 5733 – Cimento Portland de Alta Resistência Inicial – Especificação; ▪ NBR 5735 – Cimento Portland de Alto Forno – Especificação; ▪ NBR 5736 – Cimento Portland Pozolânico – Especificação; ▪ NBR 5738 – Confecção e Cura de Corpos-de-prova de Concreto Cilíndricos ou Prismáticos – Método de ensaio; ▪ NBR 5739 – Ensaio de Compressão de Corpos – de – prova Cilíndricos de Concreto – Método de ensaio; ▪ NBR 7211 – Agregados para Concreto – Especificação; ▪ NBR 7480 – Barras e Fios de Aço Destinados a Armadura de Concreto Armado – Especificação; ▪ NBR 7680 – Extração, Preparo, Ensaio e Análise de Testemunhos de Estruturas de Concreto – Procedimento; ▪ NBR 8953 – Concreto para Fins Estruturais – Classificação por Grupos de Resistência – Classificação; ▪ NBR 11578 – Cimento Portland Composto – Especificação; ▪ NBR 11768 – Aditivos para Concreto de Cimento Portland; ▪ NBR 12142 – Concreto – Determinação da Resistência à Tração na Flexão em Corpos – de – prova Prismáticos – Método de Ensaio. 1.2-) As principais Normas Técnicas da ABTM relacionadas ao Concreto são: ▪ ASTM C 42 – Standard Test Method for Obtaining and Testing Drilled Cores and Sawed Beams of Concrete; ▪ ASTM C 309 – Liquid Membrane – Forming Compounds for Curing Concrete. 2-) Características dos materiais: Para que o Concreto mantenha as suas características de resistência e maleabilidade, utiliza-se areia e brita de boa qualidade; Deve ser adicionado apenas a água necessária para tornar o concreto mole e fácil de ser trabalhado; Deve misturá-lo de forma a obter um material uniforme com partes iguais em toda a sua composição; O preparo do Concreto pode ser realizado de maneira manual ou mecânica; O Concreto manual é realizado em uma área pavimentada com um piso cimentado ou possuindo um lastro de madeira sobre o chão, usando para isso ferramentas rudimentares e carrinho-de-mão para o transporte do material; O preparo mecânico é realizado por um equipamento chamado Betoneira, que é uma caçamba acionada por um motor que a faz girar, misturando os componentes do concreto; 3-) Vantagens e desvantagens do Concreto Armado: O Concreto Armado, por ser um elemento utilizado amplamente na construção civil brasileira, possui vantagens que o tornam demasiadamente escolhido pelos construtores; Mas, ao mesmo tempo, possui desvantagens que o torna desaconselhado em determinadas utilizações; Quando observadas as vantagens e as desvantagens do Concreto Armado em relação a outros materiais como o aço e a madeira, elas tornam-se ainda mais evidentes. 3.1-) Vantagens do concreto armado em relação ao aço e a madeira: Econômico quando comparado ao aço e a madeira; Produzido com matéria prima sem elevado valor, diferente do aço; Não possui grandes restrições ambientais para a sua produção, como é o caso da madeira; Utilizam-se equipamentos simples para o seu transporte, diferentes dos guindastes necessários para erguer grandes perfis metálicos e toras de madeiras; Não há a necessidade de mão-de-obra especializada, como soldadores e marceneiros no caso do aço e da madeira; É uma estrutura durável, resistente a intempéries. Diferente da madeira; 3.2-) Desvantagens do Concreto Armado em Relação ao Aço e a Madeira: Possui um Peso Elevado para a construção, diferente do Aço e principalmente da Madeira; É difícil de se realizar reformas ou demolições devido a sua estrutura rígida e inflexível, diferente do Aço, que se parafusado, pode ser montado e desmontado de acordo com a necessidade; Não possui eficiência quanto ao isolamento térmico e acústico, diferente da Madeira, utilizada inclusive em estações científicas na Antártida como isolante térmico; Quando executado com espessura reduzida, não resiste adequadamente aos esforços solicitados, ao contrário de estruturas em Aço, que mesmo com dimensões reduzidas, possui boa capacidade de resistência aos esforços solicitantes; 3.3-) Lajes, Vigas, Pilares e Vãos com o Concreto Armado: Quanto maiores as lajes, maiores as possibilidades do surgimento de deformações; Utilizando Lajes Maciças Retangulares, recomenda-se a dimensão mínima do lado menor equivalente a 2,5 metros e a dimensão máxima do lado menor equivalente a 6 metros; Para economia na construção, recomenda-se dimensões entre 3,5 e 5 metros para o lado menor; Portanto, as Lajes Maciças não podem ser grandes demais, podendo a sua dimensão do lado menor e do lado maior ser 6x8m, com vãos entre pilares em média de 4 metros; Para lajes maiores a estas, recomenda-se Lajes Nervuradas e Lajes Protendidas. 3.4-) Relação Concreto Armado x Concepção Arquitetônica: Segundo a NBR 6118, as Lajes Maciças precisam ter no mínimo 5 cm quando utilizadas para Forro, 7 cm para Piso e 12 cm quando utilizadas para o tráfego de veículos; Quanto as Vigas, possuem em média 30 cm de altura e devem ser instaladas sob e sobre as paredes, com exceção quando os vãos forem menores que 2,5 metros, ou maiores que 6 metros; O Vão máximo recomendado entre pilares em uma construção com concreto armado é de 6 metros; Os Pilares devem ficar nas interseções das Lajes, onde os vãos das Vigas comandam a posição destes Pilares; Deste modo, a concepção estrutural deve respeitar todos estes parâmetros; A Locação dos Pilares deve ser sempre iniciada pelas extremidades e posteriormente pelas áreas comuns como escadas, elevadores, corredores e etc; Projetos residências, como casas e apartamentos possuem uma ótima aderência a estrutura com concreto armado, devido a existência de vãos menores e ambientes normalmente quadrados e retangulares, ótimos para as Lajes Maciças; Hospitais e centros comerciais, quando construídos com concreto armado, devem ser projetados já se esperando a inserção de pilares isolados nos ambientes, pela necessidade destas construções possuírem grandes áreas livres, ou seja, sem paredes internas; Quanto a equipamentos como escolas, teatros e cinemas, pela necessidade de garantir uma visão ampla para os usuários, sem o surgimento de pilares junto as cadeiras, sugere-se a construção sem carga excessiva na cobertura e com Pilares planejados apenas nas extremidades; Quando o vão é muito extenso, são alterados o posicionamento dos Pilares e Vigas, além da capacidade de carga das Lajes, para se chegar ao resultado desejado O Brasil apresentou em seu passado novas técnicas em concreto armado, utilizadas principalmente em Brasília; Vista a relação entre a Concepção Arquitetônica e o Concreto Armado, é sugerida a pesquisa de novas técnicas em concreto armado, que auxiliem na construção de maiores vãos e a redução de pilares internos; Técnicas que podem ser utilizadas na construção de Teatros, Cinemas, Centros Comerciais e Residências; Procure também imagens de projetos que usam estas novas técnicas. Aula 03: Uso adequado dos materiais normalizados. 1-) Uso Adequado do Material. Em 1902, foi elaborada e publicada a primeira teoria cientificamente consistente, onde, a partir dela, foram redigidas as primeiras normas para o cálculo e construção em concreto armado; A Partir destas normas, pôde, finalmente, ser elaboradas técnicas com o objetivo de realizar o uso adequado do material; Hoje, o concreto pode ser usado na forma de elementos estruturais; Estes elementos estruturais podem ser: Lages Maciças, Pilares e Vigas. Estes elementos são Vinculados entre sí; O vínculo mais simples entre duas peças é a articulação, que não permite rotações; Quando há restrição de movimentoem uma direção, cria-se um apoio simples; Quando é imposta restrição de movimento em duas direções, cria-se um apoio duplo; Quando há restrição em todos os movimentos, há um engastamento; Em estruturas de concreto armado, há engastamento em maior ou menor grau, havendo transmissão dos esforços de flexão devido a rigidez das peças envolvidas; Estas características podem ser vistas na Lajes Maciças, nos Pilares e Vigas em Concreto Armado. As Lajes Maciças são elemento bidirecionais horizontais que constituem os pisos dos compartimentos; As Lajes suportam diretamente as cargas verticais e são solicitadas predominantemente à flexão Os Pilares são elemento unidirecionais verticais, que garantem o vão dos compartimentos e dão apoio às vigas; Os Pilares são solicitados à compressão e, sob determinadas cargas, também são solicitados a flexão As Vigas são elementos unidirecionais horizontais, que vencem vãos entre os pilares e fornecem apoio às lajes; As Vigas são solicitadas predominantemente à flexão Combinados, os materiais formam as construções, como por exemplo o Portão de Bruxelas, onde pode ser visto claramente a Laje Maciça ao topo sustentando as estátuas e a Viga Horizontal sustentada pelos Pilares 2-) Cargas Verticais. Para o devido dimensionamento das Lajes, Pilares e Vigas, é necessário utilizar como base a Carga Vertical em KN/m² definida para cada tipo de edificação segundo a NBR 6120 / 1980; Sendo assim, tempos por exemplo: -Escritórios e Banheiros / 2 KN/m²; -Sala com Estantes de Livro (Biblioteca) / 6 KN/m²; -Platéia com Assentos Fixos (Cinema) / 3 KN/m²; - Edifícios Residenciais (Sala, copa, cozinha...) / 2 KN/m² 3-) Dimensões Básicas. Seguindo estes parâmetros, as Vigas devem ter altura entre 1 / 10 e 1 / 13 do vão entre os Pilares; As Vigas altas possuem mais resistência e vencem vãos maiores que as Vigas mais largas e Baixas; As Vigas, preferencialmente, devem manter a mesma altura para a padronização das Formas; Para os Pilares, recomenda-se que a base (b), seja menor que a altura (h), onde b x h define a área da seção transversal; Devido as cargas verticais, os Pilares, além das extremidades das edificações, também devem estar instalados nos cruzamentos das Vigas; A dimensão das Lajes varia de acordo com o tipo de construção e, consequentemente, com a carga vertical exercida, onde construções com carga vertical elevada precisam ter altura maior e dimensões laterais menores. Ex. h da Laje 12 cm e dimensão lateral 3,5x5m; Por outro lado, construções com carga vertical baixa, podem ter lajes com altura menor e dimensões laterais maiores. Ex. h da Laje 7 cm e dimensões laterais 6 x 8m; Estas configurações definem também a distância entre os Pilares, onde construções com maiores cargas verticais precisam de distâncias menores entre os Pilares e construções com menores cargas verticais permitem maiores vãos entre os Pilares. Aula 05)
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