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Aula 07

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Prof. Rosangela Amado
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Definição
	O gerenciamento de resíduos sólidos é o conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos rejeitos.
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Maximizar as oportunidades e reduzir custos e riscos associados à gestão de resíduos sólidos.
Contribuir para um maior controle da destinação dos resíduos pelo poder público. 
Contribuir para aperfeiçoar as ações da coleta seletiva solidária já implementada por muitas instituições.
Diminuir os riscos associados ao mal gerenciamento dos resíduos.
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Risco: Possibilidade de ocorrência de um perigo.
Perigo: Situação (incêndio, explosão, vazamento de substâncias tóxicas) que ameaça a existência de uma pessoa ou a integridade física de instalações e edificações. 
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A Lei n° 12.305/2010 previu, no art. 21, o conteúdo mínimo para elaboração dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos, apresentado a seguir:
I - Descrição do empreendimento ou atividade; 
II - Diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem, o volume e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados;
III - observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa e, se houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos:
	a) explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos;
	b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador;
	
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	IV - identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros geradores;
	V - ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento incorreto ou acidentes;
	VI - metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos sólidos e, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama (sistema nacional do meio ambiente), do SNVS (sistema nacional de vigilância sanitária), entre outros, à reutilização e reciclagem; 	
	VII - se couber, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, na forma do art. 31;
	VIII - medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos;
	IX - periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o prazo de vigência da respectiva licença de operação a cargo dos órgãos do Sisnama.
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	Os planos de gerenciamento devem observar o conteúdo mínimo e a ordem de prioridade definidos em lei: 
não geração
Redução
Reutilização
Reciclagem
Tratamento 
Destinação final
	Da mesma forma, tem que observar as resoluções pertinentes ao Conama e Anvisa, entre outras, bem como as normas da ABNT.
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O PGRS garante que todos os resíduos serão gerenciados de
forma apropriada e segura e envolve as seguintes etapas:
Planejamento
Implementação
Verificação e ações corretivas
Revisão da gestão
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 Identificação, Classificação, quantificação
 Requerimentos legais
 Objetivos e metas
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CONHEÇA SEUS RESÍDUOS (identificação, classificação, quantificação)
GERAÇÃO: QUAIS SÃO OS PROCESSOS QUE GERAM RESÍDUOS?
	Através da análise dos processos e entrevistas com os responsáveis pode-se identificar os resíduos gerados.
CLASSIFICAÇÃO: QUAIS SÃO AS CLASSES DE CADA RESÍDUO GERADO?
	Os resíduos identificados devem ser classificados, para a definição de sua periculosidade (NBR 10.004)
QUANTIFICAÇÃO: QUAIS SÃO AS QUANTIDADES DE CADA RESÍDUO?
	A determinação da quantidade de cada resíduo gerado será fundamental para a definição das formas de transporte e armazenamento, assim como para a análise financeira do tratamento e da destinação final.
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REQUERIMENTOS LEGAIS E OUTROS
OBJETIVOS E METAS
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 NBR15112/2004 – Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Área de transbordo e triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação; 
 NBR15113/2004 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação; 
 NBR15114 /2004 – Resíduos sólidos da construção civil – Áreas de reciclagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação; 
 NBR15115/2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos; 
 NBR15116/2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos.
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Objetivos e metas
Os objetivos são direcionamentos gerais aos quais o PGRS está vinculado.
As metas são numéricas e temporais.
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Exemplos: Descrição do empreendimento ou atividade
Dados da instituição
Dados do responsável pela implementação do PGRS
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Exemplo: Diagnóstico
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Após a etapa de planejamento, têm início a implementação e a
operação do PGRS. Neste 2º passo, talvez o mais longo e difícil,
devem ser considerados os seguintes itens:
ESTRUTURA E RESPONSABILIDADE
	É fundamental que o PGRS contemple toda a estrutura proposta para a gestão dos resíduos e indique claramente os responsáveis por cada atividade componente do Plano.
TREINAMENTO, CONSCIÊNCIA E COMPETÊNCIA
	Deve-se avaliar cautelosamente as pessoas a serem envolvidas nos processos inerentes à gestão de resíduos, as quais deverão ter a competência técnica necessária para conduzir os processos.
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SEGREGAÇÃO
O processo de segregação consiste na separação dos resíduos no momento da geração, por classes, conforme norma ABNT NBR10.004/2004;
Segundo a norma, a classificação de resíduos envolve a identificação do processo ou atividade que lhes deu origem e de seus constituintes e características e a comparação destes constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido.
A segregação adequada evita mistura de resíduos incompatíveis e reações químicas indesejadas, aumentando a possibilidade de reutilização, reciclagem e segurança no manuseio dos resíduos sólidos.
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MANUSEIO E ACONDICIONAMENTO
O manuseio consiste nos procedimentos exigíveis para garantir condições de higiene e segurança no processamento. Ex: NBR 12809- Manuseio de resíduos de serviços de saúde.
O acondicionamento consiste na preparação dos resíduos sólidos para a coleta de forma sanitariamente adequada, compatível com o tipo e a quantidade de resíduos. Ex: sacos, containeres, bombonas ,etc
OBS: O correto acondicionamento possibilitarão a maximização das oportunidades com a reutilização e a reciclagem e redução de riscos de contaminação do meio ambiente, do trabalhador e da comunidade. 
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ARMAZENAMENTO
São espaços físicos para armazenamento temporário dos resíduos como galpões;
Para se realizar a correta armazenagem dos resíduos, deve-se observar as normas Conama e ABNT;
Os locais precisam ser devidamente identificados e caracterizados. O período máximo de armazenamento de cada resíduo tem que ser verificado, bem como a capacidade de armazenamento;
Algumas normas da ABNT que devem ser observadas são:
NBR 12235 – armazenamento de resíduos sólidos perigosos;
NBR 9191 – sacos plásticos para acondicionamento de lixo;
NBR 17505 – armazenamento de líquidos inflamáveis;
NBR 7500 – transporte e armazenamento de materiais;
NBR 11174 – armazenamento de resíduos.
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PRÉ-TRATAMENTO
Em muitos casos, os resíduos requerem algum tipo de pré-tratamento antes do seu encaminhamento. 
Por exemplo, latas de alumínio para reciclagem precisam ser prensadas antes do transporte para redução de volume.
Esse pré-tratamento pode ser conduzido dentro ou fora das Dependências da empresa geradora e deve ser especificado;
Caso o pré tratamento seja conduzido dentro da empresa é necessário verificar com o órgão ambiental sobre a necessidade de licença de operação para o processo em questão.
Em geral o lodo de estação de tratamento de efluentes (que é caracterizado, na maioria dos casos como resíduo perigoso) deve ser adensado antes do envio para sua destinação final. Muitas vezes esse processo é condudo nas dependências da empresa onde o tratamento de efluentes é realizado.
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COLETA E TRANSPORTE
Coletar o resíduo significa recolher o resíduo acondicionado por quem o produz para encaminhá-lo, mediante transporte adequado, a uma possível estação de transferência, a um eventual tratamento e à disposição final;
Coleta-se o resíduo para evitar problemas de saúde que ele possa propiciar;
A responsabilidade pelo transporte de resíduos sólidos é do gerador;
Esse, poderá ser feito pelas próprias instituições ou por terceiros (pessoas físicas ou jurídicas).
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DESTINAÇÃO FINAL
A destinação final deverá ser feita conforme Resolução Conama n° 313/02 e outras normas aplicáveis. 
As variáveis comumente avaliadas na definição da destinação final de resíduos são as seguintes:
Tipo de resíduo;
Classificação do resíduo;
Quantidade do resíduo;
Métodos técnica e ambientalmente viáveis de tratamento ou disposição;
 Disponibilidade dos métodos de tratamento ou disposição;
 Resultados de longo prazo dos métodos de tratamento ou disposição;
Custos dos métodos de tratamento ou disposição.
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MONITORAMENTO E MEDIÇÕES
Criação de indicadores vinculados a resíduos (quantitativos, qualitativos e financeiros) que devem ser criados durante a implantação e reavaliados ao longo do funcionamento.
As medições dos indicadores selecionados devem ser guardadas por períodos de tempo determinados e comparadas periodicamente.
Alguns exemplos de indicadores são:
Quantidade de pilhas e baterias trocadas (mensal);
Quantidade de baterias substituídas por recarregáveis;
Custo para envio das baterias para reciclagem.
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	AUDITORIA INTERNA
	As auditorias internas devem ser conduzidas periodicamente em todas as etapas do gerenciamento. O protocolo deve ser específico para cada empresa e deve conter um checklist das questões vinculadas a resíduos que devem ser avaliadas durante a auditoria interna.
	AUDITORIAS NOS TERCEIROS
	É fundamental realizar auditorias nas dependências dos terceiros contratados para conduzir quaisquer etapas do gerenciamento dos resíduos.
	NÃO-CONFORMIDADES E AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS
	Desvios legais, técnicos e até mesmo relações custo/benefício que podem ser melhoradas. Depois de conhecidas as não-conformidades, devem ser estabelecidas ações corretivas e preventivas, de forma que as mesmas não se repitam no futuro.
	
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REGISTROS	
Inventário de resíduos: É um banco de dados que contém todos os resíduos gerados em uma determinada região geográfica. As pequenas empresas devem preencher o inventário dependendo da quantidade e do tipo de resíduos gerados.
Manifestos de resíduos: É um instrumento de controle que permite ao Instituo Estadual do Ambiente (Inea) conhecer e monitorar a destinação dada pelo gerador, transportador e receptor aos resíduos. Devem ser geradas 4 vias dos manifesto:
1°via: Gerador;
2°via: Transportador;
3°via: Receptor; 
4°via: Inea 
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 Avaliações periódicas da política de resíduos
 Reorganização de responsabilidades
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