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DIREITO PENAL RELAÇÃO DE CAUSALIDADE A relação de causalidade é o vínculo que une a causa, enquanto fator propulsor, a seu efeito, como consequência derivada. Trata-se do liame que une a causa ao resultado que produziu. Art. 13, CP: O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera- se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. O Código Penal Brasileiro adotou a teoria da equivalência dos antecedentes. Por meio dessa teoria, admite-se que todos os antecedentes do resultado, ainda que sobre ele tenham exercido a mínima influência, serão considerados como sua causa. Causa, para essa teoria, seira a soma de todas as condições, consideradas no seu conjunto produtoras de um resultado. Para que se possa verificar se determinado antecedente é causa do resultado, deve-se fazer o juízo hipotético de eliminação. Para que se faça isso, segue-se o seguinte esquema, inicialmente: Ocorre que a utilização de tal teoria poderia fazer com que fosse levada ad infinitum a pesquisa do que seja a causa: todos os agentes das condições anteriores responderiam pelo crime. Essa teoria não é capaz de oferecer critérios valorativos que auxiliem na delimitação das condutas realmente relevantes sob a perspectiva jurídico-penal. A relação de causalidade limita-se aos crimes de resultado TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DAS CONDIÇÕES O comportamento não ocorreu: O resultado teria surgido mesmo assim? Se sim, não há relação de causa e efeito O resultado desapareceria? Se sim, há nexo de causalidade. Assim, procura-se limitar o alcance de tal teoria, a partir dos critérios; a) Elementos subjetivos do tipo; b) Considerações valorativas acerca da causalidade; c) Postulados das teorias da imputação objetiva. SOBRE AS CONCAUSAS -> As concausas se tratam de outras causas que podem concorrer para que seja obtido determinado resultado. Elas podem ser dependentes ou independentes. Vejamos: CONCAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES - São condições preexistentes, concomitantes ou supervenientes à conduta que podem auxiliar na produção do evento ou produzi-lo de maneira total independentemente da conduta que se examina. - Sempre excluem o nexo causal, de modo que o agente não responderá pelo resultado, mas apenas por seus atos. EXEMPLO: Vítima faz ingestão voluntária de veneno antes de ser atingida por tiros. Nesse caso, mesmo se não tivesse sido atingida por tiros, a vítima morreria. CONCAUSAS RELATIVAMENTE INDEPENDENTES As concausas atuam de tal forma que auxiliam ou reforçam o processo causal iniciado com o comportamento do sujeito ocorrendo uma soma de energias. - Não excluem o nexo causal, motivo por que o agente, se as conhecia ou podia prevê-la, responde pelo resultado. EXEMPLO: Um hemofílico toma um tiro no pé e, devido a sua condição, desenvolve um quadro hemorrágico e morre. Nesse caso, apenas um tiro no pé não o mataria, mas sua condição de hemofílico fez com que tiro fosse fatal. CONCAUSA SUPERVENINETE RELATIVAMENTE INDEPENDENTE QUE, POR SI SÓ, PRODUZ O RESULTADO Quando alguém coloca em andamento determinado processo causal, pode ocorrer que sobrevenha, no decurso deste, uma nova condição que, em vez de inserir no fulcro aberto pela conduta anterior, provoca um novo nexo de causalidade. - Neste caso, existe nexo de causalidade, mas o agente apenas responde pelo resultado que produziu diretamente. EXEMPLO: Uma pessoa é esfaqueada e é submetida a tratamentos médicos. No hospital, desenvolve uma infecção e morre. Nesse caso, a infecção foi um fluxo inesperado, não podendo ser de responsabilidade do agente. IMPORTANTE!!! Quando a questão trouxer algumas dessas situações como causa da morte da vítima: Por sua vez, se a questão trouxer como causa da morte da vítima: B Broncopneumonia I Infecção hospitalar P Parada cardiorrespiratória E Erro médico I Incêndio D Desabamento A Acidente com ambulância CAUSAS SUPERVENIENTES RELATIVAMENTE INDEPENDENTES O agente deve responder pelo resultado morte. CAUSAS INDEPENDENTES O agente responde pela tentativa.
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