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3º grupo Dionísio Tomás Sabonete Newman Marcelino Mindiate Caisse Aly J. A. Mulieca Idrisse Dau Assane Percio Joao Alcete Goden Samuel Ligação cristalina e oscilação da rede cristalina Licenciatura em Ensino de Física com habilitação em Matemática 4º Ano Universidade Pedagógica Quelimane 2017 3º grupo Dionísio Tomás Sabonete Newman Marcelino Mindiate Caisse Aly J. A. Mulieca Idrisse Dau Assane Percio Joao Alcete Goden Samuel Ligação cristalina e oscilação da rede cristalina Licenciatura em Ensino de Física com habilitação em Matemática 4º Ano Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue na cadeira Física do estado solido, faculdade de ciências Naturais e Matemática Docente: Dr. Beny Virgílio Universidade Pedagógica Quelimane 2017 Índice Introdução ........................................................................................................................................ 4 2. Ligação cristalina ......................................................................................................................... 5 2.1.Ligação iônica............................................................................................................................ 6 2.2.Ligação covalente ...................................................................................................................... 6 2.3.Ligação metálica ........................................................................................................................ 8 2.4. Ligação de hidrogênio .............................................................................................................. 9 2.5.Ligação de van der Waals ........................................................................................................ 10 3. Oscilação de Rede cristalina e teoria de Banda ......................................................................... 11 3.1 Ondas quase planas .................................................................................................................. 12 3.2. Estrutura de bandas dos metais e superfícies de Fermi .......................................................... 18 3.3. Condições Fronteiras de Born-von Karman ........................................................................... 25 3.4. Comparação entre estados de Bloch e estados de Sommerfeld .............................................. 26 4.Conclusão ................................................................................................................................... 28 5.Bibliografia ................................................................................................................................. 29 4 Introdução O presente trabalho tem como tema ligacao cristalina, oscilações da rede cristalina e teoria de Bandaa onde geralmente iremos abordar os seguintes aspectos Ligação cristalina, Ligação iônica, Ligação covalente, Ligação metálica , Ligação de hidrogênio, Ligação de van der Waals, Oscilação de Rede cristalina e teoria de Banda, Ondas quase planas, Estrutura de bandas dos metais e superfícies de Fermi, Condições Fronteiras de Born-von Karman, Comparação entre estados de Bloch e estados de Sommerfeld. Para a consumação do presente trabalho foi necessário uma grande leitua de modo a apresenter os conteúdos requeridos de forma compilada e clara. 5 2. Ligação cristalina De acordo com KITTEL (1978:71), quando de ligação cristalina estamos geralmente preocupados em intender a respeito do que mantem um cristal unido? A interação eletrostática entre as cargas negativas dos elétrons e as cargas positivas dos núcleos é a responsável pela coesão dos sólidos. As forças negativas possuem efeito muito pequeno na coesão cristalina, e as forças gravitacionais podem ser inteiramente desprezadas. Existem termos especiais usados para caracterizar situações diferentes referentes a ligação cristalina que são: energia de troca, forças de Van der Waals, energia de ressonância de estabilização, e ligações covalentes. Um cristal, só pode ser estável se sua energia total for menor do que a energia dos átomos ou das moléculas livres. A diferença da energia dos átomos livres pela energia cristalina fornece a energia de coesão. A distribuição eletrônica dos átomo que constituem uma substancia contribui de forma determinante para um grande número das suas propriedades. Sendo partículas de ‘’spin’’ semi- inteiro, o comportamento dos electrões é descrito pela estatística de Fermi-Dirac e, portanto, obedece ao princípio de Exclusão de Pauli: cada estado quântico só pode ser ocupado por um electrão. FIGUEIREDO(2006:11) No estado fundamental, a zero kelvin, um sistema atômico com N electrões tem os N estados quânticos de menor energia ocupados (com um electrão cada), estando os restantes estados de energia possíveis desocupados. Os electrões que ocupam estados de menor energia estão, em média, mais próximo do núcleo do átomo a que pertencem do que os que ocupam estados de maior energia. Os electrões mais inteiros ‘’Sentem’’ com menor intensidade a presença de outros átomos na vizinhança e, por isso, praticamente não participam nas ligações químicas responsáveis pelo agrupamento de átomos em estruturas periódicas ou em moléculas. O conjunto do núcleo e dos electrões mais interiores designa-se por “ cerne do átomo’’. As ligações intra-atômicas envolvem, apenas, os electrões mais exteriores de cada átomo, os electrões de valência, e o tipo particular de ligação química estabelecida entre dois átomos só depende, praticamente, das propriedades dos estados quânticos ocupados por estes electrões. 6 2.1.Ligação iônica Um exemplo típico de uma substancia que resulta de ligações iônicas é o cloreto de sódio (NaCl), o sal das cozinhas. No estado cristalino, cada átomo de sódio cede o electrão de valência ao átomo de cloro vinho, resultando um cristal iônico contendo iões positivos Na e negativos: cada átomo de Na é rodeado por seis iões Cl e vice-versa, como mostra a figura abaixo. Fonte: FIGUEIREDO (2006) A análise do par de iões Na e Cl permite concluir que existe uma forca eletrostática atrativa de grandeza 2 0 2 4 r e , entre os pares de iões de carga oposta. Esta força é responsável pela do NaCl e de cristais iônicos similares. A estrutura resultante da ligação iônica é muito estável, sendo a energia de ligação de um par de átomos da ordem de eV5 , que resulta da elevada intensidade da força de Coulomb entre iões. Em geral, os sólidos iônicos apresentam temperaturas de fusão elevadas: cerca de C0801 no caso do NaCl (comparar com C08,97 do metal Na ). A ligação iônica é bastante comum entre os elementos com eletronegatividades muito diferente, como é o caso dos metais alcalinos (eletropositivos) e dos halogêneos (eletronegativos). 2.2.Ligação covalente A ligação covalente é particularmente comum entre do grupo 14 (IV-A) da tabela periódica. Por exemplo, o diamante é formado por átomos de carbono numa estrutura cubica, em que cada átomo está rodeado por quatro, formando um tetraedro regular. No diamante, cada átomo de carbono mantem os seus electrões, não havendo formação de iões. Isto é comum no caso de estruturas de átomos idênticos. Os quatro electrões de valência do carbono são usados para formar ligações com 7 quatro átomosvizinhos mais próximos. Cada ligação é formada por 2 electrões, é muito comum em compostos orgânicos e designa-se por ligação covalente. No caso do carbono, cada átomo com oito electrões de valência (quatro primeiros e mais quatro, um de cada um dos quatro átomos vizinhos), o que assegura uma estrutura atômica mais estável. A ligação covalente é forte, como comprova a dureza e o elevado ponto de fusão (>3000ºC) do diamante. O valor típico da energia de ligação é de vários eV por ligação. Como foi referido anteriormente, outros elementos de IV grupos da Tabela Periódica, como o Si, o Ge, Sn, etc., cristalizam em estrutura semelhantes à do diamante através de ligações covalente. O silício (Si) e o germânio (Ge) são de grande relevância tecnológica dado que são dois semicondutores bastante usados industrializados. Em geral, os cristais formados por ligações covalente são duros, quebradiços e muito difícil de moldar. Tal resulta das características das forças intra-atômicas que originam ligações com direções bem definidas, o que justifica a elevada resistência do cristal a alteração. Um modelo mais completo da ligação covalente é obtido através da Mecânica Quântica, considerando a hibridação 3sp . Existem, contudo, compostos em que as ligações nem são puramente iônicas nem são completamente covalentes. Um exemplo típico é o arsenieto de gálio (GaAs), composto semicondutores binários formado Fig: Estrutura cristalina do diamante: cada átomo de carbono estabelece quatro ligações covalentes com átomo vizinhos, formando um tetraedro regular. A separação entre átomos é 154 pm e o comprimento da aresta do tetraedro é 0,3567 nm Fonte da fig: FIGUEIREDO (2006) 8 por e elementos do grupo 13 (III-A) e 15 (V-A) da tabela periódica. Estes compostos são, em geral, polares. Neste caso não há transferência completa de electrões de um para o outro átomo: em geral, polares. Neste caso não há tranferencia completa de electrão de um para o outro átomo: apenas 46 ٪ dos electrões de valência do átomo de Ga são cedidos ao átomo de As. Esta tranferencia é responsável pela parte iónica da ligação entre os átomos. Contudo, a componente da ligação devido ao compartilhar de electrões (parte covalente da ligação) entre os átomos de Ga e de As vizinhos é mais forte. 2.3.Ligação metálica Boa parte dos elementos ocorrem na Natureza na forma de metais. Estes são caracterizados por sentarem elevadas condutividade (eléctrica e térmica) e resistência mecânica, para além de representares grande ductilidade. Considere-se um típico, por exemplo, o sódio. Cada átomo de sódio, o electrão de valência que esta fracamente ligado ao átomo. Quando se forma um cristal de sódio, o electrão de valência desliga-se do átomo original a que pertence e torna-se, essencialmente, um electrão quase livre, capaz de se deslocar através do cristal. É comum de valência com estas características por electrões de condução. A função de onda associada aos estados destes electrões apresenta a diferenças significativas em relação as associadas aos electrões de valência dos elementos que tendem a formar sólidos covalentes ou iónicos. Nestes, os electrões de valência estão mais fortemente ligados aos seus átomos. No caso da ligação metálica, os electrões de valência estão muito fracamente ligados a cada átomos, sendo relativamente fácil o seu deslocamento para outras regiões do cristal, após o deslocamento para outras regiões do cristal, após o estabelecimento da ligação. A propriedade destes electrões de valência se comporta como electrões quase-livres e, portanto, de condução, é consequência da deslocalização das funções de onda destes electrões, que se estendem por todo volume do metal, i.e., há igual probabilidade de encontrar estes electrões junto a qualquer átomo do cristal. Estas funções de onda são, normalmente designadas por orbitais metálicas. Estas deslocalizações das orbitais metálicas é responsável pela elevada condutibilidade térmica eléctrica dos metais (daí a designação de electrões de condução), e por outras propriedades características dos metais. É a propriedade dos electrões de valência se comportarem como electrões quase livres que distinguem, principalmente, os metais dos cristais covalentes. 9 Um cristal de sódio, num modelo simplista, corresponde a um conjuntos de iões positivos Na formando uma rede cubica imersa num gás de electrões. A razão porque é que a energia deste sistema é interior à dos átomos isolados/livres só é explicada em termos quânticos. Segue-se uma explicação simples: o electrão de valência de um átomo de Na no estado gasoso possui, em média, elevada energia cinética porque se move exclusivamente na região limitada pelo átomo (volume atómico). No cristal de sódio, os electrões podem mover-se por todo o cristal, o que reduz consideravelmente a energia cinética media associada a estes electrões, de que resulta numa diminuição apreciável da energia total do sistema, justificando a ligação metálica. A ligação metálica é um pouco mais fraca que as ligações iónica e covalente (relembrar que o ponto de fusão do sódio ocorre a C08,97 ). Como foi referido, a elevada condutividade eléctrica é devida à facilidade com que os electrões de valência se deslocam através do cristal sob a influência de um campo eléctrico, originando facilmente uma corrente eléctrica na direção e sentido do campo. A condutividade térmica é, também, consequência da grande mobilidade dos electrões de valência uma vez que este comportamento permite um empacotamento de átomos, pois os electrões de valência tendem a contrariar a repulsão entre iões 2.4. Ligação de hidrogênio Além dos três tipos de ligação, ditas primarias (iônicas, covalentes e metálica), há ligações mais fracas contudo, permitem, muita das vezes, explicar as propriedades de várias substancias, como por exemplo cristal de gelo ( 82OH ). A molécula de agua é formada por dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio, como mostra a figura abaixo, ligação entre o oxigênio e o hidrogênio são do tipo covalente. O electrão de valência de cada hidrogênio é compartilhado com o oxigênio, ficando este, em média, com uma distribuição electrónica na última camada características de gás nobre, i.e., com oito electrões de valência. Esta configuração é bastante estável (os átomos da molécula estão fortemente ligados). Contudo, as ligações entre as moléculas de agua são significativamente mais fracas, como demostra o baixo ponto de fusão do gelo ( C00 ). Convém referir que embora cada molécula de OH 2 seja eletricamente neutra, a distribuição interna de carga não é uniforme. Os eléctrones de ligação OH na mesma molécula estão, em média, 10 mais próximos do átomo de oxigênio, resultando numa distribuição de carga negativa em torno do O e positiva em redor do H , como mostrado na figura abaixo. Esta distribuição de cargas produz um dipolo elétrico na molécula de agua, e diz-se que a molécula da agua é dipolar. Fonte: FIGUEIREDO (2006) A distribuição de carga interna desigual na molécula de agua pode induzir interações entre diferentes moléculas, i.e.,os dipolos atraem-se , fazendo com que as moléculas se liguem umas as outras: a régio negativa do dipolo (o átomo de oxigênio) atrai as zonas positivas do dipolo ( o ião hidrogênio) de outras moléculas. Esta ligação é, normalmente, designada por ligação de hidrogênio, sendo também referida muitas vezes como ponte de hidrogênio. Este tipo de ligação é, em geral, comum em estruturas onde participa o ião hidrogênio (Protão). 2.5.Ligação de van der Waals A ligação de van der Waals é responsávelpela formação de sólidos de gases nobres. Como já foi referido, os elementos do grupo 18 ( AVIII ) da tabela periódica ( .,,, etcArNeHe ) interagem muito pouco entre si ou entre eles, i, e., em geral, não participam em reações químicas, daí a designação de elementos inertes. Estes elementos formam gases monoatômicos, a temperatura ambiente, em vez de diatômicos como o 2H , o 2O ou outros gases poliatômicos. A ligação de van der waals é uma ligação relativamente fraca, em consequência da pequena intensidades das forças de interação, o que é ilustrado pelos baixos pontos de fusão destes sólidos: Co2,272 (Ne), -248,7°C (Ne), e -189,2°C (Ar). Este facto resulta de os gases nobres terem a 11 camada exterior completamente preenchida, não representando tendência para cede, receber ou compartilhar electrões com outros átomos. Em consequência, a ocorrência de ligação iônicas, covalente ou metálica é muito pouco provável. No entanto, há forças Inter atômicas de fraca intensidade que são suficientes, a temperatura muito baixa, para agruparem os átomos. Estas forças de pequenas flutuações na distribuição simétrica dos electrões em torno do átomo, o que produz um dipolo elétrico flutuante em cada um dos átomos. Contudo, os dipolos atômico dos diferentes átomos não estão sincronizados. A atração destes dipolos é a origem das forças de van der Waals (também designa-se forca de London). Potencial resultante diminui com a distância, com 6/1 R , muito mais rapidamente que o potencial iônico que diminui com R/1 . 3. Oscilação de Rede cristalina e teoria de Banda Os métodos de cálculo da estrutura electronica de átomos, moléculas e sólidos, baseiam-se, em geral, no conceito de orbitais, de electrões independentes, que se movem num campo médio rV (como mostra a figura abaixo). A teoria pressupõe que os electrões se movem independentemente uns dos outros no campo dos núcleos, considerados fixos (aproximação de Born-Oppenheimer), e num campo médio, das interações com os outros electrões. Fonte: ALCACER (2013:107) A equação de shrodinger para os electrões tem a forma geral ),()(,, 2 2 2 RrRERrRrV m i i Em que as coordenadas dos núcleos R são considerados como parâmetros 12 Note-se que RrV , contem todas as interações, em particular as interações-núcleo e as interações electrao-electrao que são dois tipos de interação: Coulomb(repulsão ) e interações de permuta ou escambo e não inclui outras interações de natureza quântica chamadas de correlação. 3.1 Ondas quase planas O modelo do gás de Fermi pode ser consideravelmente melhorado introduzindo um potencial periódico fraco da forma j jRrVrV que pode incluir repulsões e escambo e mesmo outras interações e recorrendo a um método variacional. O índice “ j ” corresponde a cada átomo do cristal. A aproximação do electrão livre introduzida anteriormente e utilizada para desenvolver os modelos de Drude e Sommerfeld, é agora levantada. O resto do capítulo consiste em estimar como é que os estados electrónicos são calculados na presença dum potencial periódico da rede. Pode tomar-se a função de onda monoelectrónica como uma combinação linear de ondas planas: KaKr k k E substitui-se esta equação na equação de valores próprios rErrV m )( 2 2 2 Multiplicando à esquerda pelos vários ,'K obtém-se um sistema de N equações (1 para cada k): KKaEKrVKaK m Ka k k k k k k ''2 2 ' 2 Atendendo a que K m K K m 22 22 2 2 e KK KK ' ' e fazendo krVkV kk |)('' , vem o sistema de N equações-uma para cada valor de ,k : 0 2 '' 22 kk k kk VaaE m k 13 Vimos já que, devido a simetria translacional da rede, ee possível escrever: dRrve V e N krVkV j Rrki C N j Rki kk jJ )( 11 |)(' )].([ 1 . ' Note-se que o primeiro fator de KK V , e o fator de estrutura geométrica, hklS , e que, 0|)(|, krVk so quando Gk . Deste modo, o sistema de equações 0 2 ' '' 22 kk k kk VaaE m k Pode ser simplificado tomando apenas os KK V , ,em que ,, Gkkk e atendendo ainda ao facto de que 0, KKV quando G , podemos fazer a aproximação de truncar o somatório KKkK Va , , tomando apenas um conjunto razoável de KK V , . Se tomarmos, por exemplo os primeiros 100 KK V , , obtemos um Sistema de 100 equações homogêneas cujo determinante secular da as 100 primeiras bandas de energia. Notar que também se pode expandir )(rV em serie de Fourier derV V V eVrV riG c G G riG G . . )( 1 )( Oque de resto é equivalente a dRrve V e N krVkV j Rrki C N j Rki kk jJ )( 11 |)(' )].([ 1 . ' : GkrVKVG ,, |)(| Para visualizar o efeito de )(rV sobre as bandas de energia )(kE , vamos resolver o Sistema 0 2 '' 22 kk k kk VaaE m k , tomando apenas a componente de Fourier maior, )(minimoGV . Note-se que GV é pequeno comparando com as outras energias em jogo. ( Fazer kk , e ), Gkk : 14 0)( 2 )( 0)( 2 22 22 GkkG GkGk akE m Gk aV aVakE m k Fazendo 0 22 2 KE m k e GkE m Gk 0 22 2 )( , obtém-se o determinante secular: 0 )( )( 0 0 kEEV VkEE GkG Gk Que dá as soluções 220000 ||4)( 2 1 )( 2 1 )( GGkkGkk VEEEEkE Obtêm-se assim as duas primeiras bandas de energia. Se atribuirmos valores a k entre 0 e o limite de zona, GLZ 2 1 , pode obter-se a representação dessas primeiras duas bandas de energia. Para o efeito de GV nos limites 0k e Gk 2 1 : Para 0k vem 00 KE ; m Gh E Gk 2 22 0 ; sendo VG pequeno comparando com 00 Gkk EE pode desprezar-se o termo . As duas soluções de 0E são então, notando que GG VV ; 0)0( 2 )0( 22 0 E m G EE G Para , 2 1 Gk vem G G VEGE 2 1 2 1 uma vez que 0 2 1 0 2 1 GG EE verifica-se assim 15 Fonte: ALCACER (2013:120) que o efeito de VG é o de abrir um hiato para Gk 2 1 (limite de zona) separando as duas primeiras bandas de energia. O seu valor é GV2 . Se atendermos a que nos metais simples, pelo menos nos monovalentes, GKF 2 1 a curva E-(k) correspondente à primeira banda coincide com a curva m k kE 2 )( 22 Esse facto explica o sucesso do modelo do electrão livre )0)(( rV para interpretar as propriedades dos metais simples. Vamos agora tentar justificar algumas das aproximações feitas acima. Consideremos o potencial como uma perturbação dos estados do electrão livre. Podemos escrever então kk kEkE kVk kVkkEkE ' 00 2 0 )'()( '| |)()( Em que m kh kE 2 )( 22 0 . Uma vez queV(r) tem periodicidade da rede cristalina, os seus elementos de matriz são nulos a não ser que kk ' seja igual a um vector da rede recíproca, G. Vem então 0' 00 2 0 0 )()( )()( G G GkEkE V VkEkE 16 em que VG é a componente de Fourier de V (r) para o vector da rede recíproca G. Para esta expansão ser válida, as duas condições seguintes devem ser satisfeitas: (i) as componentes de Fourier VG devem tender para zero à medida que G aumenta; (ii) não deve haver degenerescência (que de facto há) do tipo )()( 00 GkEkE entre estados não perturbados que são misturados pela perturbação. Concentremo-nos por enquanto sobre a condição (ii) (a qual é equivalente a escrever k = k-G, e que nos diz que a expansão perturbacional simples (para níveis não degenerados) não é válida quando k estiver numa (ou perto duma) fronteira da zona de Brillouin. Se considerarmos a função de onda monoelectrónica (expandindo Uk(r) em série de Fourier) m riG m rik meGue V rk .. )( 1 ),( e substituirmos na equação de Schrödinger, vem m j rGKi m riG jm mj eGeGVkEGk mV 0)()()( 2 1 ).(2 2 Multiplicando por rGki g me V ).(1 e integrando sobre (notar que ) 1 0, . G riG g de V m mmnnn GuGGVGukEGk m 0)()()()()( 2 2 2 para todos os valores de G (incluindo Gn e Gm iguais a zero). A fórmula simples da teoria das perturbações apresentada acima pode ser reproduzida assumindo que todos os u(G) são pequenos, excepto u(0). Esta aproximação é equivalente a tomar )()( )( 00 GkEkE V Gu Gm Como vimos atrás, é esta aproximação que falha quando k está próximo da fronteira de zona. Como primeira aproximação equacionemos E = E(k) em à solução não perturbada e façamos o somatório apenas para o termo u(0) 1, considerando todos os outros u(G) pequenos comparados com u(0). Vem então 17 ]))[( 2 )( 22 2 kGk m V Gu n Gn m Vemos que os u(Gn) são grandes quando (k + Gn) 2 = k 2 , o que corresponde às regiões perto das reflexões de Bragg. Se escrevermos (k+Gp) 2 = k 2 , para um dado Gp, ou seja, se estivermos junto à fronteira da zona de Brillouin, então em ambos os coeficientes u(0) e u(Gp) são grandes. Para encontrar a solução na vizinhança duma fronteira da zona temos de considerar então as equações da perturbação explicitamente8, obtendo duas equações: 0)0()()()()( 2 0)()()0()( 2 2 2 2 2 uGVGukEGk m GuGVukEk m ppp Pp Sendo )()( pp GVGV e 22 )( pGkk Vem )( 2 22 pGV m k E Em conclusão, para vectores k que satisfazem a condição de difracção de Bragg, a energia separa- se em proporção da correspondente componente de Fourier do potencial. Vimos que para o método dos electrões quase livres a série das componentes de Fourie VG deve convergir rapidamente. V (r) é o potencial duma rede de iões. Sabemos que o campo perto do núcleo de um ião é muito forte, ou seja, que V (r) tem um poço de potencial profundo e estreito em cada ponto da rede. Isto significa que tem componentes de Fourier de muito pequeno comprimento de onda, de modo que VG pode ser elevado para valores de G que são muito grandes comparados com as dimensões da 1a zona de Brillouin. Este argumento levaria provavelmente ao abandono 18 deste método para cálculos de estrutura de bandas. No entanto, veremos que este método pode ser tornado formalmente válido pela introdução da ideia de pseudo-potencial. 3.2. Estrutura de bandas dos metais e superfícies de Fermi O conhecimento da estrutura de bandas de um sólido permite-nos determinar a distribuição dos electrões em função da sua energia e o seu comportamento na presença de campos externos. O conceito de densidade de estados, quer no espaço k, quer em função da energia é aqui de grande importância. As suas expressões gerais já foram introduzidas no segundo capítulo, mas recordam- se aqui: )(3 33 )2( 2)( )2( )( ES k E dSV ED V kd dN dk dN kD A segunda expressão permite-nos calcular a densidade de estados por unidade de energia, desde que se conheça a estrutura de bandas En(k). As bandas de energia podem eventualmente sobrepor-se, i.e., uma parte dos estados de uma dada banda, En(k), pode ficar acima dos estados de menor energia da banda En+1(k). Neste caso, os estados com a mesma energia somam-se e a densidade de estados total é o somatório em k estendido a todas as bandas En(k). Na abaixo representa-se esquematicamente esta situação. A partir da densidade de estados e usando a distribuição de Fermi-Dirac podemos determinar a distribuição dos electrões no sólido, n(E)dE = D(E)f(E)dE, e a densidade electrónica, n = R D(E)f(E)dE. Esquema da densidade de estados com as bandas E1(k) e E2(k) sobrepostas e um hiato entre E2(k) e E3(k). 19 Como já vimos, o estado fundamental de N electrões livres constrói-se ocupando (com dois electrões por nível) todos os níveis monoelectrónicos, k, com energias E(k) = m kh 2 22 , até EF , sendo EF determinado pelo requisito de que todos os níveis com energia abaixo de EF sejam completamente preenchidos com o número total de electrões, a T = 0 K. Na presença dum potencial periódico, é necessário considerar a energia potencial dos electrões, em adição à energia cinética considerada no modelo do electrão livre. O estado fundamental de N electrões de Bloch constrói-se de modo idêntico, com a excepção de que os níveis monoelectrónicos são agora indexados pelos números quânticos n e k. En(k) já não tem a forma explícita de electrões livres e k é confinado à zona de Brillouin. Quando os níveis de menor energia estão preenchidos com um dado número de electrões podem resultar duas configurações completamente distintas: 1. Há um certo número de bandas completamente preenchidas ficando as restantes vazias. À diferença de energia entre o último nível preenchido e o primeiro nível vazio (i.e. entre o "topo"da última banda ocupada e a "base"da primeira banda vazia) chama-se hiato ou banda proibida ("gap"). Os sólidos em que o hiato é maior do que kBT (T na vizinhança da temperatura ambiente) têm comportamento isolador. Se o hiato for da ordem de kBT o sólido será um semicondutor intrínseco. Uma vez que o número de níveis numa banda é igual ao número de células primitivas e que cada nível pode conter dois electrões (um para cada estado de spin) a configuração com hiato ocorre, em princípio, quando o número de electrões por célula primitiva é par. 2. Quando existem bandas parcialmente preenchidas, a energia do último nível ocupado, designado por nível de Fermi, EF , fica no interior de uma ou mais bandas. Para cada banda parcialmente preenhida, haverá superfícies no espaço dos k, separando os níveis ocupados dos não ocupados. O conjunto de todas essas superfícies tem o nome de superfície de Fermi. No caso de electrões livres, a superfície de Fermi é uma esfera. A condição para que um sólido tenha propriedades metálicas é a existência de uma superfície de Fermi não nula. Analiticamente, o ramo da superfície de Fermi na banda de índice n é a superfície no espaço dos k determinada por 20 Fn EkE )( A superfície de Fermi é assim a superfície (ou conjunto de superfícies) no espaço dos k, de energia constante, EF . Uma vez que En(k) é periódicana rede recíproca, a solução completa da equação (4.36) para cada valor de n é uma superfície no espaço k, com a periodicidade da rede recíproca. Quando um ramo da superfície de Fermi é representado pela sua estrutura periódica completa, diz- se que é descrita num esquema de zona estendida. Em certos casos é útil representar repetidamente a primeira zona de Brillouin—esquema de zona repetida, (ver p. ex. Fig. Na abaixo mostra-se esquematicamente como se constroem superfícies de Fermi para um sólido bidimensional de rede quadrada. Se retomarmos a (Fig 3-24)e nela desenharmos uma superfície de Fermi de raio kF , que vai até à 4a zona de Brillouin, ( Fig.4.8.a), podemos ver quais as porções das varias zonas de Brillouin ocupadas. A primeira zona está totalmente cheia. As zonas 2, 3, e 4 estão parcialmente ocupadas. As partes ocupadas obtêm-se transferindo (mediante translações G) as partes ocupadas dessas zonas para a primeira zona. Um processo, porventura mais simples, devido a Harrison, para obter o mesmo resultado, consiste em desenhar repetidamente a zona de Brillouin, à volta de um ponto do espaço recíproco tomado como origem, (traçar esferas de raio kF centradas em cada um dos pontos da rede recíproca e contar o número de esferas a que cada região pertence simultaneamente. Assim, se, por exemplo, considerarmos as regiões que pertencem simultaneamente a três esferas, obtemos a figura da terceira zona — a superfície de Fermi na terceira zona é a superfície de separação entre os estados ocupados, (a sombreado na Fig.) e os estados vazios (a branco) A superfície de Fermi é um conceito de grande importância na interpretação das propriedades dos sólidos. No caso do modelo do gás de Fermi, a superfície de Fermi é uma esfera de raio kF . Se considerarmos a existência de um potencial fraco e kF for muito menor do que o limite de zona, a superfície de Fermi continua a ser uma esfera. No entanto, como vimos, na vizinhança do limite de zona faz-se sentir o efeito do potencial, de modo que, se a esfera de raio kF se aproximar ou cortar o limite de zona surge uma descontinuidade na superfície de Fermi. Essa descontinuidade na superfície de Fermi é equivalente ao hiato no diagrama de bandas de energia. Mesmo nos metais monovalentes, como o cobre, embora a banda esteja apenas preenchida até meio e portanto kF é muito menor do que o limite de zona, o efeito do potencial 21 faz-se sentir, deformando a superfície de Fermi, como é indicado. Nessa Fig. representam-se esquematicamente, cortes na Superfície de Fermi do cobre (estrutura cúbica de faces centradas). A superfície de Fermi é o que resta da superfície esférica no interior da zona de Brillouin. Em b) representa- Fonte: ALCACER (2013:30) Construção da superfície de Fermi para uma rede quadrada. a) Desenhamos uma superfície de Fermi de raio kF , que vai até à 4a zona, como exemplo. Podemos ver quais as porções das varias zonas de Brillouin ocupadas (em c): a primeira zona está totalmente cheia. As zonas 2, 3, e 4 estão parcialmente ocupadas. As partes ocupadas obtêm-se transferindo (mediante translações G) as partes ocupadas dessas zonas para a primeira zona. b) Método de Harrison: traça-se uma esfera de Fermi com centro em cada nó da rede recíproca. A superfície de Fermi nas quatro primeiras zonas, é identificada contando o número de esferas a que simultaneamente pertencem os estados ocupados. c) Aqui estão representados os estados ocupados nas primeiras 22 quatro zonas de Brillouin. A superfície de Fermi em cada zona é a superfície de separação entre os estados ocupados, (a sombreado) e os estados vazios. Efeito do limite de zona de Brillouin quando esta corta ou se aproxima da superfície de Fermi. A descontinuidade na superfície de Fermi é equivalente ao hiato no diagrama de bandas de energia. se a superfície de Fermi, em corte, num esquema de zona repetida. Esta representação evidencia, por exemplo, que a superfície de Fermi tem duas secções extremas: um máximo (barriga), que corresponde ao diâmetro da esfera, e um mínimo que corresponde ao pescoço ou região de ligação entre duas esferas consecutivas. Estas secções extremas da superfície de Fermi têm muita importância para a interpretação das propriedades dos sólidos sob a acção de campos magnéticos aplicados, com vamos ver. O efeito dos hiatos na estrutura das bandas reflecte-se marcadamente nas propriedades de transporte. Se osportadores não puderem saltar o hiato. As superfícies de Fermi podem ser obtidas experimentalmente medindo directamente as órbitas dos electrões na presença de campos magnéticos. A forma e tamanho das órbitas permitem construir imagens da superfície de Fermi. Essas medidas só são possíveis se os electrões puderem completar as suas órbitas antes de serem difundidos por colisões com defeitos ou impurezas experimentalmente medindo directamente as órbitas dos electrões na presença de campos magnéticos. A forma e tamanho das órbitas permitem construir imagens da superfície de Fermi. Essas medidas só são possíveis se os electrões puderem completar as suas órbitas antes de serem difundidos por colisões com defeitos ou impurezas do cristal9. Por essa razão, estas experiências só são possíveis em cristais muito puros e a muito baixas temperaturas (da ordem de alguns kelvin) às quais as vibrações da rede cristalina são minimizadas. O método mais preciso para medir a superfície de Fermi baseia-se no efeito de Haas-van Alphen, que consiste na observação de flutuações periódicas da susceptibilidade magnética à medida que se varia o campo magnético. É um efeito quântico devido à quantificação das órbitas dos electrões na presença de um campo magnético. As órbitas ocorrem em incrementos 23 de área igualmente espaçados, /2 eBA e áreas das órbitas são da forma An = (n + 1/2)(2 /eB ). Em consequência, a densidade de estados apresenta flutuações. Assim, à medida que aumentamos o campo magnético, a secção de cada tubo de Landau aumenta continuamente, e estes vão deixando a superfície de Fermi, que é pouco afectada. As flutuações na densidade de estados poderão ser detectadas, por exemplo, medindo a susceptibilidade magnética em função do campo. O período das oscilações de Haas-van Alphen é determinado pelas secções extremas (máximos e mínimos) da superfície de Fermi, normais ao campo magnético. Por exemplo, no caso do cobre, Fig. 4.10, vemos que há secções extremas na superfície de Fermi, consoante as direcções (a barriga e o pescoço). Medindo essas oscilações para várias orientações do campo magnético é possível reconstruir a superfície de Fermi. Fonte: ALCACER (2013:132) Cortes na superfície de Fermi para o cobre (estrutura cúbica de faces centradas). A superfície de Fermi é o que resta da superfície esférica no interior da zona de Brillouin. b) Representação da superfície de Fermi, em corte, num esquema de zona repetida. Esta representação evidencia, por exemplo, que a superfície de Fermi tem duas secções extremas: um máximo, que corresponde ao diâmetro da esfera, e um mínimo que corresponde ao pescoço ou região de ligação entre duas esferas consecutivas. 24 Fonte: ALCACER (2013:133) Numa banda de energia completamente preenchida, as únicas transições possíveis são as indicadas pelas setas na Fig. Um electrão que esteja no topo da banda, (com k = kF ), só pode ir substituir outro que tenha sido removido (do estado -kF ). Fonte: ALCACER (2013:137) 25 Representam-se em a) e b) bandas, respectivamente, completa e parcialmente preenchida. Em c), d), e) e f), representa-se vg = ),( 1 kEk , emfunção de k, na presença de um campo eléctrico, E, nulo em c) e d) e não nulo em e) e f). Vê-se assim que um campo eléctrico só faz mover os electrões que estejam numa banda parcialmente preenchida (caso f). 3.3. Condições Fronteiras de Born-von Karman Comecemos por examinar quais são os valores de k permitidos. Imaginemos uma rede cristalina unidimensional com N células primitivas (p. ex. uma cadeia linear de átomos) de parâmetro de rede a. xikeX .0)( Em que 0 é a amplitude da onda de comprimento de onda tal que 2 || kk . A função (x) está sujeita às condições aos limites de Born-von Karman—condições de ciclicidade ou seja ).(. NaxikXIK ee Pelo que 1. ikNaNaik ee , o que implica que kNa seja um múltiplo de 2 , i.e., mkNa 2 , ou Na m k 2 sendo m um número inteiro (positivo ou negativo incluindo zero). O maior comprimento de onda compatível com esta rede será = Na, sendo portanto o vector de onda de menor módulo não nulo, Na k 2 (i.e. 1m ). Por outro lado, os valores de 2/|| Nm são redundantes5, pelo que os valores de k ficam circunscritos ao interval aa , . Ora este intervalo é nem mais nem menos do que a primeira zona de Brillouin a uma dimensão. Os valores de m são números inteiros (zero incluído) no intervalo 2 , 2 NN . Quer isto dizer que os vectores de onda se circunscrevem à primeira zona de Brillouin e que os seus valores são da forma Na m k 2 ou 1g N m k , em que xe a g 2 1 26 Esta ideia pode generalizar-se ao caso de uma rede cristalina tridimensional, pelo que se pode concluir que os vectores de onda independentes, numa rede cristalina tridimensional, se circunscrevem à primeira zona de Brillouin e são da forma 3 3 3 2 2 2 1 1 1 g N m g N m g N m k sendo 321 ,, ggg os vectores base da rede recíproca e m1, m2, m3 são números inteiros (zero incluído) no intervalo 2 , 2 NN A primeira zona de Brillouin (ou simplesmente zona de Brillouin) conterá N estados (N=número de células primitivas), cada um dos quais ocupará um volume no espaço recíproco ).( 111 . 1 3213 3 2 2 1 1 3 Xggg N g N Xg N g N kk Como ).( 321 Xggg é o volume da célula primitiva no espaço recíproco e atendendo à definição de, 321 ,, ggg vê-se que V kk 3 3 )2( em que V é o volume do cristal. 3.4. Comparação entre estados de Bloch e estados de Sommerfeld Faz-se um resumo comparativo dos estados de Bloch com os estados no modelo de Sommerfeld. Sommerfeld (electrão livre) Bloch (electrão num potencial periódico) Números quânticos K k é o momento, mv n, k k é o momento cristalino n é o indice de banda Gama de números quânticos K estende-se a todo o espaço recíproco consistente com as condições de Born-von Karman i) Para cada n, k estende-se a toda zona de Brillouin ii) n Z 27 (Z : conjunto dos números inteiros) Energia 2 22 2 1 )( 2 )( mvkE m k kE En(k) sem forma explícita simples. Periódica na rede recíproca: )()( kEGkE nn Velocidade media de um electrao Velocidade média de um electrão num estado com vector de onda k m k m P V Velocidade média de um electrão num estado com vector de onda k )( 1 )( kEkV nkn função de onda Função de onda de electrão num estado k: rik k eVk .2/1| (V=volume do cristal) Função de onda de electrão com índice de banda n e vector de onda k: rik knkn eruk . ,, )( knu , sem forma explicita simples. Periódica na rede directa )()( ,, ruTru knkn 28 4.Conclusão Chegando ao fim do presente trabalho, conclui-se que fala-se da ligação cristalina quando geralmente se pretende intender a respeito do que mantem um cristal unido, visto que a interação eletrostática entre as cargas negativas dos elétrons e as cargas positivas dos núcleos é a responsável pela coesão dos sólidos. As forças negativas possuem efeito muito pequeno na coesão cristalina, e as forças gravitacionais podem ser inteiramente desprezadas. Existem termos especiais usados para caracterizar situações diferentes referentes a ligação cristalina que são: energia de troca, forças de Van der Waals, energia de ressonância de estabilização, e ligações covalentes. Um cristal, só pode ser estável se sua energia total for menor do que a energia dos átomos ou das moléculas livres. A diferença da energia dos átomos livres pela energia cristalina fornece a energia de coesão. Cristais metálicos caracterizam-se por uma condutividade elétrica elevada, e um grande número de seus electrões deve permanecer livre para se mover na rede e os electrões susceptíveis a mover-se chamam-se electrões de condução do metal, o que acontece é que há uma diminuição de energia dos electrões de valência do metal tornando-se electrões de condução do metal. 29 5.Bibliografia KITTEL, Charles. Introdução a física do estado solido. 5ª edição. Brasil.1978 FIGUEIREDO, José. Notas da disciplina para os curso de Licenciatura em Física e Química e em Engenharia Física. Portugal.2006 ALCÁCER, Luís. Física do estado sólido.2013