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Características do Balanço Social em diversas partes do mundo 
 
No Brasil, no ano de 1965, a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas do Brasil, 
publicou a Carta de Princípios do Dirigente Cristão de Empresas, cunhando, então, a 
expressão Responsabilidade Social, ligada diretamente às empresas associadas. Este 
passo abriu as portas para a divulgação das ações efetivas na área social realizadas pelas 
empresas. 
 
Entretanto, somente na metade dos anos 1970 passou a ser difundida amplamente a 
ideia de Responsabilidade Social, basicamente com suas ações concentradas no Estado 
de São Paulo, em função do desenvolvimento econômico-industrial. 
 
O primeiro documento brasileiro que carrega a denominação Balanço Social é o da 
Nitrofértil, empresa estatal sediada na Bahia, que publicou voluntariamente em 1984 o 
seu relatório de cunho social, dando publicidade às ações sociais realizadas, assim como 
ao processo participativo da empresa durante o período. 
 
Os primeiros relatórios no formato de um Balanço Social foram elaborados ao término 
dos anos 1980, pela Fides (Fundação de Desenvolvimento Empresarial e Social), que 
elaborou um modelo adotado por várias empresas a partir de 1990. 
 
O sociólogo Herbert de Souza iniciou, então, uma campanha com o seu artigo publicado 
em 1997, pela publicação voluntária do Balanço Social, no reconhecimento das empresas 
públicas ou privadas como agentes essenciais no processo de desenvolvimento social. 
 
Ainda em 1997, as, na época, deputadas federais Maria da Conceição Tavares, Marta 
Suplicy e Sandra Starling apresentaram o Projeto de Lei nº 3.116, defendendo a ideia do 
Balanço Social obrigatório a todas as empresas privadas com mais de 100 empregados, 
assim como às empresas públicas e sociedades de economia mista. 
 
 
 
 
2 
 
Dessa forma, as ações realizadas seriam divulgadas, reconhecendo-se, de forma legal, as 
empresas engajadas na promoção do desenvolvimento social. 
 
Assim, enquanto nos EUA e na Europa o principal enfoque do Balanço Social é a 
influência das organizações no meio externo a elas, evidenciando sua contribuição para 
a defesa dos recursos naturais e a conservação das condições normais de uma vida digna, 
no Brasil, ao contrário, apresenta-se um Balanço Social interno às organizações, 
enfocando salários, condições físicas e ambientais de trabalho, bem-estar social, 
seguridade social e, em segundo plano, as questões ambientais. 
 
Percebe-se com clareza que, no Brasil, o Balanço Social proposto tem como finalidade a 
prestação de informações sobre diversos aspectos da relação capital-trabalho das 
entidades, ou seja, um conjunto de informações, contábeis ou não, gerenciais, 
econômicas e sociais, que proporcionam um panorama dos aspectos relacionados à 
sociedade (SANTOS; FREIRE; MALO, 1998).

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