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Usucapião familiar o direito do cônjuge residente em face do abandono do lar

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jusbrasil.com.br
11 de Novembro de 2017
Usucapião familiar: o direito do cônjuge residente em face do
abandono do lar
A usucapião é o instituto jurídico e o modo de adquirir propriedade através da
posse prolongada e observados determinados requisitos.
A usucapião familiar foi inserida no nosso Código Civil através da lei 12.424/2011,
que regulamenta o programa Minha Casa, Minha Vida. Através dessa inclusão,
criou-se a possibilidade de um cônjuge usucapir do outro e pleitear o domínio
integral do bem imóvel que compartilhavam. Essa inclusão é verificada no Art.
1240- A do Código Civil:
Art. 1240-A: Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem
oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m²
(duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-
cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais
de uma vez.
Essa possibilidade foi inserida em atenção aos problemas sociais, já que o cônjuge
que permanece no lar, o qual foi abandonado, sofre com a instabilidade financeira
e a insegurança social e por esse motivo, o legislador pretende proteger essas
pessoas, regularizando a posse do bem imóvel, ocupado exclusivamente por um
dos cônjuges, em face do abandono do lar, integralizando o domínio. Esse foi o
objetivo da função social da usucapião familiar.
Para que isso seja possível, é necessário que sejam observadas algumas condições,
preenchendo obrigatoriamente os requisitos: prazo de 2 (dois) anos de habitação
ininterrupta e de forma mansa e pacífica, a posse precisa ser direta e exclusiva do
cônjuge residente, imóvel com área inferior a 250m², que o requerente não seja
proprietário de nenhum outro imóvel, que não tenha sido beneficiado outra vez
PUBLICAR CADASTRE-SE ENTRARPESQUISAR
pelo mesmo instituto e é necessário que exista o requisito subjetivo do abandono
efetivo do lar, ou seja, que o cônjuge saia do lar de forma espontânea e sem
justificativa.
Apesar de muitos requisitos, a lei restringiu muito o direito de usucapir nessa
forma, pois, não abrange imóveis rurais, nem imóveis superiores a 250m²,
portanto, não condiz muito com nossa realidade. Contudo, para o fim que se
destina, embora contenha algumas restrições, visa a proteção patrimonial do
cônjuge residente e é um meio eficaz e seguro de garantia de propriedade do bem
de família.
Disponível em: http://mariateixeiracabral.jusbrasil.com.br/artigos/137644940/usucapiao-familiar-o-direito-do-conjuge-residente-em-
face-do-abandono-do-lar

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