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Usucapião resumo

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DA USUCAPIÃO; 
Conceito: 
É uma forma originária de aquisição da propriedade, é uma prescrição aquisitiva que enseja a abertura de uma nova matrícula junto ao cartório de registro de imóveis, o passado é totalmente apagado. Diferentemente da forma derivada de aquisição de propriedade, não há uma transmissão de bens, é compreendido transmissão derivada como qualquer de transmissão da propriedade que não apaga o registro anterior, a exemplo da compra e venda, doação, permuta e outros. 
O direito que um cidadão adquire em relação à propriedade de bens imóveis, em decorrência do uso continuado durante determinado lapso temporal é chamado de usucapião. A Palavra Usucapião deriva do latim usucapio, união de usu (significando "pelo uso”) e capere (verbo "tomar”) -formando -se assim, a expressão "tomar pelo uso". De acordo com a doutrina, usucapião é uma das formas originárias de aquisição da propriedade de bens móveis e imóveis. Nada mais é do que aquisição do domínio pela posse prolongada, de acordo com Clóvis Beviláqua (Beviláqua, 1950). Nesse sentido é a redação do artigo 1.238 do Código Civil que conceitua tal instituto como modo de aquisição da propriedade imobiliária.
Art. 1238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título de boa -fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se -á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços caráter produtivo.
Dessa forma, conclui-se, que, sendo o poder de fato sobre o bem imóvel a posse está aliada ao decurso de tempo (e demais requisitos legais)"confere juridicidade a uma situação de fato, convertendo -a em propriedade ". Assim, o proprietário da coisa será privado de seu patrimônio, em favor daquele que detém a posse do imóvel, uma vez que o fundamento d usucapião é a consolidação da propriedade. (Chaves &Rosenvald, 2009, p.274)
Convém analisarmos também a distinção entre modo originário e modo derivado de aquisição da propriedade: No modo de aquisição originário da propriedade, o novo proprietário adquire o bem imóvel, sem vícios da relação jurídica pregressa. Todavia, ao adquirir a propriedade através de modo derivado, o bem será transferido mantendo-se as relações de direito real ou obrigacional já existentes.
Como dito anteriormente a usucapião é exemplo de obtenção da propriedade pelo modo originário, assim, a sentença de procedência da ação tão -somente reconhece o domínio adquirido, sendo atributiva no quis respeito à constituição da propriedade(Chaves & Rosenvald, 2009).
NATUREZA JURÍDICA DA SENTENÇA: 
Declaratória, ou seja, a sentença não tem natureza constitutiva da propriedade, o sujeito não se torna dono a partir da sentença, em regra, já é dono antes mesmo da propositura da ação, a sentença apenas declara a propriedade. 
INCIDÊNCIA DO ITCD:
Como não houve o fato gerador, não incide esse imposto, a usucapião é uma forma ORIGINÁRIA de aquisição da propriedade.
QUANTO A HIPOTECA:
O direito real a hipoteca em regra tem natureza acessória ao direito da propriedade, a usucapião declara a aquisição da propriedade e apaga a matrícula do antigo imóvel, nascendo a propriedade de forma livre e desembaraçada de qualquer ônus, assim, a hipoteca gravada no antigo registro do imóvel é apagada, inibindo o exercício do direito real contra o atual proprietário, entretanto, é possível hipotecário cobrar a hipoteca do antigo proprietário, em razão da Evicção
EXERCÍCIO QUALIFICADO DA POSSE: 
Em regra, para usucapir não basta apenas o prazo, é necessário preencher os requisitos básicos e gerais da usucapião: 
1. Posse pública e notória; não pode ser clandestina.
2. Mansa e pacífica; 
3. Contínua; não pode haver interrupção. Indo além, posse não é contato físico com o bem é agir como se dono fosse, não é necessário morar no bem, mas exercer a posse, cumprir a função social. 
4. Duradoura;
5. Ânimus Domini, embora o Código Civil não tenha adotado a teoria de Savigny para definir posse, ele pensou essa teoria para definir a Usucapião. 
DAS ESPÉCIES DE USUCAPIÃO NO CC: 
O código civil adotou a teoria da compensação de requisitos quanto a espécies de usucapião, isto é, tem espécies de usucapião que vão requerer um maior lapso temporal, mas com menor quantidade de requisitos, exemplo: Usucapião Extraordinária, 15 anos de posse ininterrupta(prazo extremamente grande), mas não é necessário para usucapir ter justo título e boa fé. 
I - USUCAPIÂO EXTRAORDINÁRIO, ART. 1238.
-Requisitos:
1. Tempo: 15 anos, regra.
2. Tempo: §único; 10 anos, moradia habitual ou nele realiza obras ou serviços de caráter produtivo, exceção.
3. Sem limite de área. 
4. Necessário a presença dos requisitos básicos e gerais, já elucidados, posse pública e notória, mansa e pacífica e etc.
II – USUCAPIÃO ORDINÁRIA, ART. 1242.
-Requisitos:
1. Tempo: 10 anos, com justo título e boa-fé, regra.
2. Tempo: §único, 5 anos se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico, exceção.
3. Não há limite de área.
4. Necessário a presença dos requisitos básicos e gerais, já elucidados, posse pública e notória, mansa e pacífica e etc.
III – USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL, ART. 1239.
-Requisitos:
1. Tempo: 5 anos.
2. Limite de área: 50 há.
3. Não ser proprietário de outro imóvel, rural ou urbano, o objetivo da norma é garantir moradia.
4. Não é necessário Justo título e boa fé.
5. Possua como sua, ou a torne produtiva para seu trabalho ou de sua família.
6. Necessário a presença dos requisitos básicos e gerais, já elucidados, posse pública e notória, mansa e pacífica e etc.
IV - USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA, ART 1240.
-Requisitos:
1. Tempo: 5 anos.
2. Limite de área: 250m².
3. Não ser proprietário de outro imóvel, rural ou urbano, o objetivo da norma é garantir moradia.
4. Não é necessário Justo título e boa fé.
5. Possua como sua ou a torne produtiva para seu trabalho ou de sua família.
6. Necessário a presença dos requisitos básicos e gerais, já elucidados, posse pública e notória, mansa e pacífica e etc.
V – USUCAPIÃO ESPECIAL FAMILIAR, ART 1240-A.
-Requisitos: 
1. Tempo: 2 anos, contra o ex-cônjuge que abandonou o lar.
2. Limite de área: 250m².
3. Não ser proprietário de outro imóvel, rural ou urbano, o objetivo da norma é garantir moradia.
4. Não é necessário Justo título e boa fé.
5. Utilizar o imóvel como sua moradia ou de sua família.
6. Necessário a presença dos requisitos básicos e gerais, já elucidados, posse pública e notória, mansa e pacífica e etc.
A interpretação atual desse dispositivo, é que não basta que o sujeito saia de casa, deve haver um real abandono da família como um todo, exemplo: a família precisa de ajuda e o sujeito não ajuda não fornece alimentos, nem o mínimo de direitos necessário no prazo de 02 anos.
O que adquire nessa usucapião é a metade do imóvel pertencente ao ex-cônjuge, é a parte meeira do ex cônjuge. Esse dispositivo esta sendo objeto de discussão no direito de família, por ferir normas do direito de família
SOMA DE POSSE;
 Por força do artigo 1243 é permitido a soma das posses, com a de seu antecessor, para fins de usucapir. Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto que todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242, com justo título e de boa-fé. 
Tema de discussão: Enunciado 497 do CJF-STJ: O prazo, na ação de usucapião, pode ser completado no curso do processo, ressalvadas as hipóteses de má-fé processual do autor. Esse entendimento contraria o código civil na parte de interrupção da prescrição, e o CPC, ordenada a citação verifica-sea prescrição na data da propositura da ação, interrompendo desde esta.
LEGITIMIDADE:
Na legitimação ativa e na passiva, a estrutura do processo se volta para a relação de direito material, diante da coisa a ser usucapida. Deve haver, de regra, um vínculo de pertinência lógica de natureza subjetiva entre o autor e os réus, sejam eles interessados certos e incertos, partindo-se da relação de direito matéria. Como regra geral, há que observar a identidade do autor coma pessoa a quem a lei favorece (legitimação ativa), e a identidade da pessoa do réu com a pessoa a quem é contrária a vontade da lei (legitimação passiva).
Essa regra sofre temperamentos, como é o caso da separação entre os planos do direito processual e material; isto é, da pessoa que a lei autoriza a conduzir o processo e daquela titular do direito substantivo. O autor pode não ser necessariamente o usucapiente. Não se pode olvidar das hipóteses de legitimação extraordinária. Assim, por exemplo, uma associação de moradores pode requerer a usucapião de seus associados, desde que aprovada a medida em assembleia ou haja previsão expressa no seu estatuto (STF-AO 152/RS, rel.Min.Carlos Velloso,15/09/19990)
Pode ainda o cessionário dos direitos do autor ocupar a sua posição processual, tanto que demonstrada a cessão ou alienação, mesmo depois de instaurado o processo. Consoante o art. 109 § 1º, NCPC, a sucessão singular depende de consentimento dos réus. Na prática, o ingresso do cessionário nas ações de usucapião geralmente se dá por via de assistência.
Predispunha o art.941 do CPC/73 competir a ação de usucapião imobiliária ao possuidor. De acordo coma literalidade do dispositivo, somente o possuidor então poderia demandar a usucapião de bem imóvel. Mas se houver perdido a posse, depois da consumação do prazo, nem por isso ficaria tolhido de obter a declaração do domínio. Na usucapião especial urbana e rural, porém, não se admite a accessio prossessionis.
Bem por isso que, nesses casos, a transferência da posse a terceiro por quem já usucapiu não confere aquele legitimidade para o exercício da ação, por meio do aproveitamento do lapso temporal já decorrido. E também não habilita o antecessor que transferiu a posse a ingressar em juízo, uma vez que o exercício da posse nesse caso é intransferível, evitando-se o que se convencionou chamar de comercialização da posse.
Na ação de usucapião as partes são plúrimas. O autor é sempre certo, de regra, o atual possuidor. Se casado for, exigir-se á o consentimento do cônjuge, salvo se o regime patrimonial for o de separação total dos bens (art.73, caput, NCPC). A lei não diferencia as espécies de separação, se obrigatória ou convencional. É preciso, contudo, acentuar que, na esteira da Súmula 377-STF”, regime de separação de bens, comunicam –se adquiridos na constância do casamento.”
Embora remanesçam ainda hoje controvérsias a respeito da referida súmula, após a edição do atual Código Civil, quer nos parecer que se trata de presunção relativa que cede perante prova em contrário, comunicando-se apenas as aquestos; ou seja, os adquiridos sem esforços comum, sem abranger os que forem adquiridos sem o auxílio do outro cônjuge.
Ressalva se faz relação á usucapião especial urbana, podendo ser o título de domínio conferido ao homem ou mulher, independentemente do estado civil (ar.t 183, §1º, da CF). Na esteira da abalizada lição de Benedito Silvério Ribeiro.” Entendeu o legislador constitucional privilegiar o interesse da coletividade familiar, em detrimento do cônjuge que não mais conjugue esforços para a vida em comum”.
Em caso de condomínio tradicional sobre determinado imóvel, pode cada condômino, independentemente da autorização dos demais, ingressar com ação de usucapião sobre sua parte certa e determinada. Obtempera –se, porém como asseverado por Francisco Eduardo Loureiro. “Seja imperioso evitar a fraude à lei, evitando-se usucapião como sucedâneo de parcelamentos ilegais. Aliás, a usucapião não pode nem merecer acolhida, em nenhuma hipótese de fraude à lei.
Discute –se a legitimidade do espólio para fins de registros. Malgrado a possibilidade de habilitação dos herdeiros até a prolação da decisão, final não se nega a possibilidade de o espólio (que não ostenta personalidade jurídica) ingressar com pedido de usucapião, por intermédio de seu inventariante (art.75, VII, do CPC), desde que seja dativo, e daí o título inscritível, afetando –se o imóvel á partilha ou sobrepartilha.

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