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05/05/2014 1 Funções arquitetônicas: Caracterização e dimensionamento de área. Legislação e Código de Obras municipais. UNIVERSIDADE FEDERAL DEMATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL Greyce B. de Mello Rezende Barra do Garças, 02 de maio de 201 Aspecto Conceitual: Forma x Função 05/05/2014 2 • Figura ou aspecto exterior dos corpos materiais. Caracterização: Forma Forma Caracterização: Forma Atividade Projetual - Volumetria (Fachadas) 05/05/2014 3 Qual a importância da Forma na Arquitetura? Caracterização: Forma Fiesp (1979) – Rino Levi 05/05/2014 4 Caracterização: Forma Museu Guggenheim New York – Frank Lloyd Wright Caracterização: Forma Museu Guggenheim New York – Frank Lloyd Wright 05/05/2014 5 Caracterização: Forma Memorial do World Trade Center Caracterização: Forma Memorial do World Trade Center – Michael Arad 05/05/2014 6 Caracterização: Forma Museu do Louvre - Paris Caracterização: Forma 05/05/2014 7 Caracterização: Forma Edifício Ohtake Cultural - Ruy Ohtake 2004 • O atendimento a um conjunto de necessidades Caracterização: Função Função O uso a que se destina o edifício 05/05/2014 8 A Atividade projetual – Planta (Função) Caracterização: Função • Forma e Função andam juntas, são indissociáveis e devem ser trabalhadas de forma integradoras; • Forma: Atividade projetual da volumetria e das fachadas; • Função: Atividade projetual da planta Caracterização: Forma X Função 05/05/2014 9 “A Atividade projetual consiste na organização espacial” Caracterização e dimensionamento de área O profissional deve compatibilizar os espaços com o usuário, com o mobiliário e equipamentos necessários a realização das funções, e os fluxos, levando em consideração os outros aspectos do conforto ambiental, a legislação vigente, utilizando a melhor técnica construtiva. Caracterização e dimensionamento de área A Atividade projetual consiste na organização espacial 05/05/2014 10 Caracterização e dimensionamento de área O usuário – Dimensões e espaços necessários Fonte: Neufert,2002 Máxima ocupação por m2 = 6 Caracterização e dimensionamento de área O usuário – Dimensões e espaços necessários Fonte: Pronki (2001) Fonte: NBR 9050/94 05/05/2014 11 Caracterização e dimensionamento de área Mobiliário e equipamentos – dimensões e espaços necessários Fonte: Pronk (2001) Caracterização e dimensionamento de área Mobiliário e equipamentos – dimensões e espaços necessários Fonte: Pronk (2001) Poltronas e sofás comerciais 05/05/2014 12 Caracterização e dimensionamento de área Mobiliário e equipamentos – dimensões e espaços necessários Fonte: Pronk (2001) Caracterização e dimensionamento de área Mobiliário e equipamentos – dimensões e espaços necessários Fonte: Pronk (2001) 05/05/2014 13 Caracterização e dimensionamento de área Usuário x equipamento x fluxo Fonte: Pronk (2001) L a rg u ra = 1 ,7 5 m Caracterização e dimensionamento de área Usuário x equipamento x fluxo Fonte: Neufert (2002) circulação 0,75m a 0,90m 05/05/2014 14 Caracterização e dimensionamento de área Fonte: Pronk (2001) Fonte: Neufert (2002) Caracterização e dimensionamento de área 05/05/2014 15 Caracterização e dimensionamento de área 05/05/2014 16 Caracterização e dimensionamento de área Caracterização e dimensionamento de área 05/05/2014 17 Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende Áreas Mínimas Ideais Quarto principal– 12,00m² (4mx3m) Áreas Mínimas Ideais Demais Quartos – 9,00m² (3mx3m) 05/05/2014 18 Áreas Mínimas Ideais Sala de Estar – 12,00m² (4mx3m) Áreas Mínimas Ideais Cozinha– 9,00m² (3mx3m) 05/05/2014 19 Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende Áreas Mínimas Ideais Banheiro – 3,92m² (1,4x2,80) 3,50m² (2,5mx1,4m) Áreas Mínimas Ideais Àrea de Serviço = 4.00m² 1 .6 0 05/05/2014 20 Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende Áreas Mínimas Ideais Garagem = 3x5m (15m²) Estacionamento = 2,5x5,00 Circulação Horizontal As larguras mínimas para corredores em edificações e equipamentos urbanos são: a) 0,90 m para corredores de uso comum com extensão até 4,00 m; b) 1,20 m para corredores de uso comum com extensão até 10,00 m; e 1,50 m para corredores com extensão superior a 10,00 m; c) 1,50 m para corredores de uso público; Fonte: adaptado de Panero 2002 Fonte: NBR 9050/94 05/05/2014 21 Circulação Vertical A circulação vertical faz-se por meio de ESCADAS, de RAMPAS e de ELEVADORES DISPOSIÇÃO INTERNA - TENDÊNCIAS Passado Presente Setor Íntimo Moradia com uma suíte Mais de uma suíte Quartos grandes Quartos menores com banheiros Compartilhavam os espaços da casa Cada um no seu espaço Disputa pelo único computador, televisão e telefone TV, DVD, celular individuais Setor de Serviço Imóveis com quarto de serviço Quarto Reversível Demais setores Copa/ Sala de jantar separada da cozinha Integração cozinha c/ sala de jantar (“balcão americano”) Fragmentação de cada ambiente Integração entre ambientes Uma vaga de garagem Mais de uma vaga de garagem 05/05/2014 22 Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende Projetos Residenciais Residência Unifamiliar Padrão Simples Padrão Normal Padrão Alto 2 dormitórios Sala Banheiro Cozinha Área de serviço 03 dormitórios sendo 01 suíte com banheiro Banheiro social Circulação Cozinha/Sala de jantar Área de serviço Varanda (garagem) 04 dormitórios sendo: 01 suíte com banheiro e closet; 01 suíte com banheiro Banheiro social Sala de estar Sala de jantar Sala íntima/TV Circulação Cozinha Área de serviço completa Varanda/ área de lazer com banheiro ou lavabo (abrigo para autos) Classificação dos tipos de edificação UNIVERSIDADE FEDERAL DEMATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende 05/05/2014 23 Classificação dos tipos de edificação Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende As edificações dividem-se em: 1) Residenciais 2) Não – residenciais 3) Mistas Classificação dos tipos de edificação Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS -Transitórias 1) hotéis, apart-hotéis, 2) Internatos, pensionatos - Permanentes 05/05/2014 24 Classificação dos tipos de edificação • habitação unifamiliar – definida por uma unidade habitacional em edificação a que corresponde lote exclusivo; • habitação geminada – definida por duas unidades habitacionais justapostas em uma mesma edificação, em lote exclusivo. São as ligadas por uma parede comum. • habitação seriada – definida como a edificação de duas ou mais unidades habitacionais isoladas ou mais de duas unidades habitacionais justapostas em lote exclusivo; • habitação coletiva – definida por mais de duas unidades habitacionais, superpostas em uma ou mais edificações isoladas, em lote exclusivo; Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS PERMANENTES Classificação dos tipos de edificação 05/05/2014 25 Classificação dos tipos de edificação Classificação dos tipos de edificação 05/05/2014 26 Classificação dos tipos de edificaçãoClassificação dos tipos de edificação Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende EDIFICAÇÕES NÃO-RESIDENCIAIS • comércio varejista; • comércio atacadista; • prestação de serviço; • industrial; • Institucional (bancos, escolas, estádios, hospitais) • Usos especiais diversos (depósitos de explosivos, inflamável, armazenagem) MISTAS • São aquelas destinadas a abrigar as atividades de diferentes usos tanto Residencial como Não-residencial. Atacadista = venda de grande volume de um determinado produto a um preço acessivel ou até com descontos. Varejista = venda de produto em pequenas quantidades com preço de final de venda ao consumidor. 05/05/2014 27 Classificação dos Compartimentos de uma edificação Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende CLASSIFICAÇÃO DOS COMPARTIMENTOS - Habitáveis - Não-habitáveis Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende Classificação dos Compartimentos Compartimentos Habitáveis Dormitórios Salas Lojas Salas destinadas a comércio 05/05/2014 28 Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende Classificação dos Compartimentos Compartimentos Não-Habitáveis Cozinhas, copas e áreas de serviço Banheiros, lavabos e instalações sanitárias Circulações em geral Garagens Casas de máquina Locais para depósito de lixo Legislação e Códigos Municipais UNIVERSIDADE FEDERAL DEMATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL 05/05/2014 29 • Instrumento básico de política de desenvolvimento e expansão urbana; • Finalidade: ordenar o desenvolvimento das funções sociais da cidade e bem-estar coletivo; • Ordenador: planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano. Plano Diretor Lei de Zoneamento e/ou Uso e Ocupação do Solo • Coordenar o crescimento urbano. • Regular o uso do solo. • Controlar a densidade do ambiente edificado. • Proteger o meio ambiente. 05/05/2014 30 . Zoneamento é a divisão da área Urbana da Sede do Município em zonas, para as quais são definidos os usos e os parâmetros de ocupação do solo. Uma zona pode ter uso único ou misto Uso do Solo é o relacionamento das diversas atividades para uma zona; Ocupação do Solo é a maneira que a edificação ocupa o lote, em função de normas e parâmetros urbanísticos incidentes sobre os mesmos Lei de Zoneamento e/ou Uso e Ocupação do Solo Lei de Zoneamento e/ou Uso e Ocupação do Solo 05/05/2014 31 Lei de Zoneamento e/ou Uso e Ocupação do Solo Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende Assim, a Lei de Uso e Ocupação do Solo, possui os seguintes itens: • Tipo de uso permitido para um determinado lote; a) Usos Permitidos b) Usos Permissíveis c) Usos Proibidos Lei de Zoneamento e/ou Uso e Ocupação do Solo 1 05/05/2014 32 Lei de Zoneamento e/ou Uso e Ocupação do Solo Taxa de permeabilidade 2 • Área locada no interior do lote destinada à infiltração de água, com a função principal de realimentação do lençol freático. Lei de Zoneamento e/ou Uso e Ocupação do Solo Taxa de permeabilidade 2 05/05/2014 33 Lei de Zoneamento e/ou Uso e Ocupação do Solo Afastamentos ou recuos 3 • Normalmente sendo a distância entre o limite externo da edificação e as divisas do lote. (frontal, lateral e de fundos) Lei de Zoneamento e/ou Uso e Ocupação do Solo Taxa de Ocupação 4 • A projeção máxima do edifício sobre o terreno; 05/05/2014 34 Coeficiente de Aproveitamento Valor que se deve multiplicar pela área do terreno para se obter a área permitida a construir, variável para cada zona. A -Aproveitamento AP = A x AT AP - Área Permitida de Construção AT - Área do Terreno Lei de Zoneamento e/ou Uso e Ocupação do Solo 5 Um engenheiro civil irá projetar um sobrado em um terreno de 500,00m². A prefeitura forneceu os seguintes dados sobre o terreno: Taxa de Ocupação: 50%, Coeficiente de aproveitamento: 1. Pergunta-se: Qual será a área máxima do pavimento térreo? 250m² Considerando que no projeto utilizou-se a área máxima permitida no pavimento térreo, qual será a área máxima do pavimento superior? 250m² AP=AxAT AP= 1x 500 AP= 500m² 500-250 = 250 Dimensões, áreas e alturas mínimas de ambientes, bem como, ventilação, iluminação e detalhes construtivos de corredores, escadas e rampas. Código de Obras ? Quais critérios para o edifício em si? 05/05/2014 35 Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende Alvará de Construção: Licença expedida pela prefeitura que autoriza a construção ou a reforma de um imóvel. O poder municipal fica obrigado a liberar a permissão sempre que um pedido for feito, desde que respeite todas as regras e apresente todos os documentos requeridos. • Projeto Arquitetônico • Memorial Descritivo da Obra (descreve as etapas e materiais utilizado na obra) • Documento do Imóvel • ART do CREA • Certidão de Débitos Negativa proprietário e profissional • Entre outros Código de Obras Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende Habite-se : (Certificado de Conclusão da Obra) Licença que libera o imóvel construído ou reformado para a moradia ou para a permanência e circulação de pessoas. • Alvará de construção • Laudo de vistoria do fiscal da prefeitura. (obra construída conforme o projeto) * Sempre dar baixa na ART Código de Obras 05/05/2014 36 Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende Regularização ou Levantamento Arquitetônico Documento expedido pela prefeitura quando a edificação está pronta e irregular (não possui Alvará de Construção e Habite-se) e normalmente não está de acordo com os parâmetros urbanístico em lei. • Levantamento Arquitetônico • Memorial Descritivo da Edificação (descreve os ambientes e a situação estrutural e instalações elétricas e hidro-sanitárias) • ART de Regularização da edificação Código de Obras • Segundo a legislação Brasileira, aquele que comete ato ilícito (causa prejuízo a outrem), deve indenizar. (art. 927 cc) Responsabilidade Subjetiva – É Necessária a comprovação de culpa. Responsabilidade Objetiva – Não é necessária comprovação de culpa. Apenas é necessário provar a conduta do agente, o resultado danoso e o nexo de causalidade. • A Culpa – Responsabil. por conduta Voluntária, e resultado involuntário Negligência – Omissão Imprudência – Ação descuidada Imperícia – Falta de Aptidão Técnica para exercício de ofício ou profissão. Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende Legislação 05/05/2014 37 Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende Responsabilidade do Engenheiro civil: De acordo com o código de defesa do consumidor, a responsabilidade civil do prestador de serviço é objetiva (independe de culpa). É necessário demonstrar apenas o dano, a conduta do agente e o nexo de causalidade. Exemplo: “O engenheiro projeta uma casa e executa a obra. Durante esse trabalho, uma parede cai, causando enorme prejuízo ao cliente.” Nesse caso, o engenheiro pode responder uma ação indenizatória para ressarcir o prejuízo causado, independentemente de constatação de culpa. Pois era prestador de serviço, e como foi dito anteriormente, a responsabilidade é objetiva.Legislação Arquitetura e Urbanismo - Prof. Greyce Rezende Legislação Responsabilidade civil: •De acordo com o código civil, aquele que causa dano a outrem (ato ilícito) deve indenizar Responsabilidade penal: •Em decorrência de Crime praticado (lesão corporal, homicídio...) - responde por crime culposo, quando agir com negligência, imprudência ou imperícia. Responsabilidade trabalhista: • Se o engenheiro for empregador, responderá pelas relações contratuais ou legais assumidas com empregados utilizados na obra ou serviço. 05/05/2014 38 Bibliografia NEUFERT, Ernest – A arte de projetar em arquitetura – Tradução da 21ª edição alemã – Ed. Gustavo Bill. 2002. PRONK, Emille. Dimensionamento em arquitetura, 7º ed./ Emile Pronk – João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2003. PANERO, J.; ZELNIK, Martin. Dimensionamento humano para espaços interiores. Gustavo Gili, Barcelona, 2002 Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT 9050, 1994.
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