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MEDIDA DE SEGURANÇA

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1. Espécies de medida de segurança 
 
a. Detentiva 
 Internação. Inclusiva, o STF admite o sistema particular. 
 
b. Restritiva 
 Tratamento ambulatorial sem internação. 
 
 Critério legal: será detentiva se o crime for punido com reclusão. Se o crime for 
punido com detenção pode ser restritiva, pois é uma faculdade do juiz. 
 Doutrina: crime punido com reclusão, em regra (não absolutamente), é 
internação. Mas pode ser de tratamento, dependendo do grau de periculosidade. 
Crime punido com detenção, em regra, é punido com tratamento ambulatorial. Só 
excepcionalmente poderá ser punido com internação. 
 
 Lei de Drogas tem um tratamento especial nas medidas de segurança. A 
internação (não importa o crime, se por reclusão ou detenção) é sempre 
excepcionalíssima. 
 
2. Duração da medida de segurança (art. 97, § 1 do CP) 
 Pela lei, a medida de segurança não tem prazo máximo, é por tempo 
indeterminado. Só tem o prazo mínimo que varia de 1 a 3 anos. O juiz vai variar este 
prazo de acordo com o grau de periculosidade, não adianta basear-se no fato. 
 Mas a doutrina, segundo Luiz Flávio Gomes entende que essa indeterminação é 
inconstitucional porque está se tornando sanção de caráter perpétuo. Recentemente, 
o ministro Marco Aurélio do STF adotou esta posição da inconstitucionalidade. 
 Este prazo mínimo está contado para detração. Ou seja, o tempo cumprido na 
medida de segurança poderá ser descontado (art. 42 do CP). Este prazo mínimo é 
para ser realizada a primeira perícia para saber se cessou a periculosidade (art. 97, § 2 
da CP). 
 
Ex: Juiz impôs a internação de 2 anos 
 2 anos 1 ano 1 ano 
*----------------------X--------------------------X---------------------X 
 1º perícia 2º perícia 
 
 O juiz pode realizar as perícias em 1 ano ou antes, jamais depois de 1 ano. Este a 
qualquer tempo permite ao juiz antecipar a perícia, não pode postergar. 
 Art. 43 da LEP – permite que a juntada de documento de médico particular 
relacionado a perícia. Se houver divergência entre o médico público e o particular o 
juiz irá decidir. A art. 43, § 3 da LEP “a desinternação ou liberação será sempre 
condicional, isto é a título de ensaio”. E durante 1 ano o sujeito será avaliado. Se 
neste ano ele praticar fato (não precisa ser crime nem contravenção) indicativo da 
persistência da periculosidade, ele volta para onde estava. 
 Art. 43, §4 da LEP. Se durante o tratamento ambulatorial a perícia diz que a 
providência é a internação o sujeito vai para a internação. Isso é regressão da medida 
de segurança? Não, pois a regressão tem finalidade punitiva, já na medida de 
segurança a finalidade é curativa – está se tentando curar melhor o sujeito. Tem 
gente admitindo a desintegração progressiva (jurisprudência tem admitido isso), mas 
é analogia em malem partem, ou seja, não poderia passar da internação para o 
tratamento ambulatorial. 
 
 Art. 96, § único do CP. Medidas de segurança também são alcançadas pelas 
causas extintivas de punibilidade a qualquer tempo.

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