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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE VITÓRIA / ES
PEDRO, brasileiro , casado, profissional da área de ....., portador do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Vitória – Espírito Santo vem por intermédio de sua advogada , com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro .....,Cidade .... Estado..., onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor
AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO 
Em face do hospital SÃO LOURENÇO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na Rua ....., n.º ....., Bairro ......, Vila Velha – Espirito Santo., CEP .....pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
	
DOS FATOS
 
 No dia 10 de dezembro de 2014, após sofrer um grave acidente de automóvel, Pedro dos Reis foi levado ao hospital particular São Lourenço para que pudesse receber os primeiros socorros. Quando sua família chegou ao hospital, foi informada que o estado de saúde de Pedro era muito grave e que, apesar de ele ter plano de saúde e do hospital aceitar o referido plano, seria necessário deixar uma garantia no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para que o atendimento fosse feito. Desesperada, a esposa de Pedro, Mariana dos Reis, entregou ao hospital um cheque no referido valor, cumprido a exigência de caução exigida pelo estabelecimento. No mesmo dia, o hospital entregou a esposa de Pedro um contrato de prestação de serviços para que ela pudesse assinar. Quando Pedro finalmente recebeu alta, o hospital recusou-se a entregar o cheque de volta a ele, alegando que nem todas as despesas haviam sido pagas pelo plano de saúde e que eles só devolveriam o cheque e arquivariam o contrato firmado pela esposa de Pedro quando todas as despesas fossem finalmente pagas. Eles informaram, inclusive, que se o plano de saúde não efetuasse o pagamento do valor total, eles cobrariam de Pedro e de sua esposa, pois, além do cheque, tinham um contrato assinado pela Sra. Mariana. 
 O pedido do cheque-caução é uma prática considerada ilegal seja o consumidor usuário de plano de saúde ou não.
 Se o hospital fizer parte da rede credenciada de um plano de saúde, a prática é vedada pela ANS (Agência Nacional de Saúde), que proíbe depósitos de qualquer natureza, nota promissória ou quaisquer outros títulos de crédito, no ato ou anteriormente à prestação de serviço. 
 
 Os hospitais particulares que não fazem parte de um plano de saúde contratado pelo consumidor TAMBÉM NÃO PODE exigir o cheque-caução para internação de doentes em hospitais ou clínicas nas hipóteses de emergência ou urgência.
 
 A única exigência que o estabelecimento pode fazer em caso de atendimento emergencial é pedir qualquer documento de identificação do paciente ou, caso ele tenha um plano de saúde, a carteirinha da operadora.
DOS FUNDAMENTOS
 
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
 O direito do autor se encontra amparado no art. 171,II do Código Civil.
 Art. 171,II , CC : “ É anulável o Negócio Jurídico por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores”.
TJ-SP - Apelação APL 40010847720138260077 SP 4001084-77.2013.8.26.0077 (TJ-SP)
Data de publicação: 10/03/2015
Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS HOSPITALARES EXECUÇÃO DE QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE Paciente em estado grave levado a hospital pela ambulância local Internação de urgência/emergência em UTI - Termo de responsabilidade pelos custos do atendimento assinado pela irmã do paciente Falecimento horas depois da internação - Estado de perigo caracterizado - Negócio jurídico anulado Embargos procedentes - Recurso desprovido.
TJ-SP - Apelação APL 00263656820128260003 SP 0026365-68.2012.8.26.0003 (TJ-SP)
Data de publicação: 20/10/2015
Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICO -HOSPITALARES – Pretensão declaratória de inexigibilidade de débito julgada improcedente e procedente a reconvenção – Serviço de pronto-atendimento seguido de internação hospitalar por longo período – Remoção para hospital da rede pública impossibilitada pelo agravamento do quadro clínico do paciente – Assinatura de contrato de prestação de serviços pelo filho do paciente – Estado de perigo caracterizado, em face das circunstâncias do caso, a autorizar a anulação do trato e a consequente inexigibilidade da dívida decorrente do tratamento ministrado – Dano moral não caracterizado – Pretensão deduzida na inicial que se tem por parcialmente procedente – Recurso provido em parte para esse fim.
 E a doutrina tem se manifestado no sentido de que:
 O negócio jurídico para ter eficácia , depende da manifestação da vontade do agente . É a pressão exercida sobre alguém através de uma operação psicológica é a coação civil, moral. A vítima vendo-se diante de uma ameaça e tentando salvar a si mesma ou uma pessoa da família, ou mesmo seus bens, é obrigada a concordar com os que a coagem.. Segundo Clóvis Beviláqua a coação civil atua como “um estado de espírito em que o agente, perdendo a energia moral e a espontaneidade do querer, realiza o ato, que lhe é exigido”;
DO PEDIDO
 Diante do exposto, requerer a V. Exa. 
 Seja julgado procedente o pedido para declarar a anulação do negócio jurídico celebrado.
DAS PROVAS
 Requer a produção de prova documental, pericial, testemunhal e o depoimento pessoal do réu.
VALOR DA CAUSA: 
 Dá- se à causa o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais)
 
 Nestes termos,
 Pede Deferimento.
Vitória, 27 de Dezembro de 2015
Ana Jéssica Nunes Espíndola Costa 
OAB/AL nº 12345

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