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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA XXª VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE GARANHUNS-PE Maria Helena, Brasileira, Solteira, portadora do documento de Identificação Rg nº 765425 SDS-PE, inscrito no CPF sob o nº 547.632.489-21, domiciliada e residente na AV. Djalma Dutra, nº 458, Heliópolis, Garanhuns/PE, CEP: 56.789-000, neste ato representada por sua advogada que a subscreve, com endereço eletrônico: jamilefabricio@gmail.com e com endereço profissional a Rua da Fé, nº 04, Centro na cidade de Garanhuns/PE, onde devera receber as intimações sob pena de nulidade, conforme instrumento procuratório em anexo, vem perante a vossa excelência com fulcro o art.319 e seguintes do código do processo civil( Lei 13.105/2015) e no art. 12 e seguintes do código de defesa do consumidor (Lei 8.078/1990) ajuizar a presente: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS EMERGENTES E LUCROS CESSANTES Em face do plano de saúde UNICEP, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº 02.812.468/0001-06, com sede na Rua Vicência, nº 45, Ipsep, Recife/PE, CEP: 58.789-03, pelas razões de fato e de direito que passa a expor: I- DOS FATOS A autora contratou com a empresa ré um plano de Saúde conhecido como UNICEP. No dia 05/06/2019, a Srª Maria Helena sofreu um acidente de moto o qual quebrou o braço. No mesmo do fato, Maria Helena dirigiu-se até a emergência do Hospital Monte Sinai em Garanhuns, que é conveniado com o plano de Saúde UNICEP, estando incluída em sua rede credenciada. No momento do seu atendimento foi informado a ela que o sistema da UNICEP estava fora do ar. Então ela ligou diretamente para o canal de atendimento do plano de saúde, e ele se recusou a liberar o atendimento dela no hospital sem justificativa. Diante dessa recusa injustificada por parte do plano de saúde UNICEP, Maria Helena teve que se dirigir-se a um hospital da rede pública, não conseguindo atendimento imediato. Diante da alta demanda no hospital público, Maria Helena só conseguiu fazer o Raio-X , para ver a dimensão da lesão no braço muito tempo depois do acidente. Em decorrência disso, o tratamento iniciou tardiamente, o que ocasionou uma sequela no movimento do braço de dona Maria Helena, a requerente não teve alternativa para ver seu direito reparado e integralmente restituído vem à autora, mui respeitosamente, valer-se do poder judiciário para ver sua integridade plenamente reparada. II-DO DANO Os danos morais suportados pela requerente tornam-se evidentes diante dos fatos que deram origem a presente ação. Eles decorrem da injustificada ausência de prestação dos serviços de saúde contratados pela requerente no momento em que esta necessitou do atendimento. Tal falha na prestação dos serviços é causa de danos morais porque abala diretamente o estado psicológico causando grande aflição e angústia à requerente também em decorrência disso, o tratamento iniciou tardiamente, o que ocasionou uma sequela no movimento do braço de dona Maria Helena. Manifesta o conceituado Tribunal de Justiça Mineiro: “PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO - PLANO DE SAÚDE - CUSTEIO DE MATERIAL INERENTE À CIRURGIA - PRESCRIÇÃO MÉDICA - APLICAÇÃO DO CODECON - ECUSA INJUSTA - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - QUANTUM. Se, por meio de contrato de adesão, a autora buscou atendimento médico hospitalar oferecido pela ré, dúvida não remanesce de que a relação existente entre as partes é de consumo, sujeitando-se às normas do CDC, que em conformidade com o art. 47 devem ser interpretadas de maneira mais favorável à demandante. Havendo prescrição médica para utilização de determinado material inerente ao procedimento cirúrgico indicado, não pode a ré se escusar de seu custeio, especialmente não havendo exclusão de sua cobertura expressamente prevista no contrato. No exame da recusa dos planos de saúde em cumprir o contrato, não se pode perder de vista que a vida e a saúde das pessoas são bens jurídicos de valor inestimável, e por isso mesmo tutelados pela Constituição da República (artigos 196 e seguintes), não podendo se submeter a entraves de qualquer espécie.” (TJMG n° 1.0024.03.142513.5/001(1), Rel. Des. Tarcísio Martins Costa, Pub. em 13/01/2007) Dessa forma, não resta menor dúvida que a requerente sofreu abalo psíquico em razão de todo o ocorrido, já que o estado de saúde dela era preocupante e, por se tratar de fratura no braço, necessitando de atendimento e tratamento com urgência. Acerca do tema já decidiram as Turmas Recursais: “PLANO DE SAÚDE - NEGATIVA DE AUTORIZAÇÃO - PROCEDIMENTO CIRÚRGICO CUSTEADO PELO AUTOR - RESSARCIMENTO DO VALOR DESPENDIDO - DANO MORAL - OCORRÊNCIA - RECURSO IMPROVIDO. Se o valor da cirurgia foi paga pelo usuário, quando deveria ter sido custeada pelo plano de saúde, esta deve efetuar o ressarcimento do valor gasto. Há dano moral quando a negativa de atendimento, sob a alegação de não ter sido cumprido o período de carência é infundada. (TJMT. RNEI, 670/2007, DR. VALMIR ALAÉRCIO DOS SANTOS, 3ª TURMA RECURSAL, Data do Julgamento 11/10/2007, Data da publicação no DJE 25/10/2007) Desta forma, torna-se demasiadamente crível o sofrimento, a aflição, o desalento da requerente, que em todos os meses do ano assiste a cobrança da mensalidade do plano de saúde, que é paga sempre rigorosamente, mas quando realmente necessita usá-lo, vê-se desamparada. Resta demonstrada, assim, a relação de causalidade entre a negativa injustificada de atendimento por falha na prestação do serviço contrato e o sofrimento experimentado pela requerente, de tal modo que a empresa tem o dever de indenizar o dano moral provocado. Imperativo, portanto, que a requerente seja indenizada pelo abalo moral em decorrência dos atos ilícitos, em razão de ter sido vítima de completa e total falha e negligência da demandada. A análise quando da fixação do quantum indenizatório deve observar ainda outros parâmetros, destacando-se o poderio financeiro da parte culpada, com o objetivo de desestimular a prática dos atos abusivos e ilegais. A vítima por sua vez, será ressarcida de forma que amenize o prejuízo, considerando-se o seu padrão sócio-econômico. O dano moral prescinde de prova, dada a sua presunção, isto é, a simples ocorrência do fato danoso, já traduz a obrigação em indenizar. O fato que originou todo este constrangimento não tem nenhuma justificativa plausível por parte da requerida, tendo trazido toda sorte de transtornos à requerente, que se sentiu lesada e humilhada. III - DO REQUERIMENTO Ante o exposto, requer: a) A citação da requerida para comparecer a audiência conciliatória e, querendo, oferecer sua defesa na fase processual oportuna, sob pena de revelia e confissão ficta da matéria de fato, com o consequente julgamento antecipado da lide; b) A procedência do pedido, com a condenação da requerida ao ressarcimento do dano material no valor de R$ 12.000,00 (Doze Mil Reis), acrescido de juros e correção monetária desde a data do evento; c) A condenação da requerida a pagar à requerente um quantum a título de danos morais, em valor não inferior a 40 (quarenta) salários mínimos, em atenção às condições das partes, principalmente o potencial econômico-social do lesante, a gravidade da lesão, sua repercussão e as circunstâncias fáticas; d) A condenação da requerida em custas judiciais e honorários advocatícios, no importe de 20%, caso haja recurso. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas e cabíveis à espécie, especialmente pelos documentos acostados. Dá-se à presente o valor de R$ 12.000,00 (Doze Mil Reais). Termos em que, Pede deferimento. Garanhuns, 21 de Junho de 2019. Jamile Carla Fabricio OAB/PE nº 222-000 Advogado CASO PRÁTICO AULA PETIÇÃO INICIAL (AULA 03) Maria Helena é uma mulher brasileira, que possui o Registro Geral de nº 765.425 SDS/PE e é inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas sob o nº 547.6324.892-01. Ela mora na Avenida Djalma Dutra, nº 458, Heliópolis, Garanhuns/PE, CEP: 56.789-000. Maria Helena contratou o plano de saúde UNICEP, que está inscrito no CNPJ sob o nº 02.812.468/0001-06, e temsede na Rua Vicência, nº 45, Ipsep, Recife/PE, CEP: 58.789-03. No dia 05/06/2019, Maria Helena sofreu um acidente de moto e quebrou o braço. No mesmo dia do acidente, Maria Helena dirigiu-se até a emergência do Hospital Monte Sinai em Garanhuns, que tem convênio com o plano de Saúde UNICEP, estando incluída em sua rede credenciada. Neste momento, foi informado a ela que o sistema da UNICEP estava fora do ar. No momento em que Maria Helena ligou para o atendimento do referido plano de saúde, ele se recusou a liberar o atendimento dela no hospital. Diante dessa recusa injustificada por parte do plano de saúde UNICEP, Maria Helena teve que se dirigir a um hospital da rede pública, não conseguindo atendimento imediato. Diante da alta demanda no hospital público, Maria Helena só conseguiu fazer o Raio X para ver a dimensão da lesão no braço muito tempo depois do acidente. Em decorrência disso, o tratamento iniciou tardiamente, o que ocasionou uma sequela no movimento do braço de Maria Helena. Maria Helena procurou você como advogado para entrar com a petição inicial, a fim de requerer o que fosse de direito. Redija a petição inicial respectiva.
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