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Ação civil publica

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SAMAMBAIA/DF
ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DOS MULÇUMANOS, pessoa jurídica de direito privado, com o CNPJ nº____, com sede no endereço da Rua______, Bairro__, Cidade Samambaia/DF, CEP_____, por meio de sua advogada com endereço eletrônico ____ e endereço profissional Rua___, Bairro___, Cidade de Samambaia/DF, CEP___, no qual recebe as notificações, citações e intimações vem à presença de Vossa Excelência, com base na Lei 7.347/85, propor a presente:
AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO DE LIMINAR
em face do CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISA EM AVALIAÇÃO E SELEÇÃO E DE PROMOÇÃO DE EVENTOS (Cebraspe), pessoa jurídica de direito privado, portadora do CNPJ nº ___, com endereço na Rua____, Bairro___, Cidade___/DF, CEP____, pelos fatos e fundamentos à seguir:
I – DOS FATOS
A senhora Joana Adhalla da Silva, brasileira que se encontra desempregada é adepta da religião mulçumana. A mesma veio a se inscrever em um concurso publico para provimento de cargo de professora do ensino fundamental da rede pública do Distrito Federal, tendo solicitado, nos termos do edital n. 01/2017 que regula o certame, a autorização para utilização do véu islâmico (hijab) durante a realização das provas objetivas.
O véu mencionado cobre apenas a parte superior da cabeça e as laterais do rosto, todavia o pedido foi indeferido pelo Diretor do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e de Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), qualificado como Órgão Social (OS) com o argumento de que o item 11.2 do edital, elaborado pelo Distrito Federal, proíbe a utilização de bonés, chapéus e afins durante a realização das provas. Diante disso, a requerente foi notificada do indeferimento em 06/01/2017.
No entanto, a requerente protesta que as provas se realizarão em 12/01/2017 e que conhece outras pessoas pertencentes à sua religião em Brasília que também tiveram o pedido idêntico indeferido com base no mesmo argumento, mas deixaram de comparecer à associação por desacreditar na chance de resolver o problema em tão pouco tempo.
II – DO DIREITO
III – DA LIMINAR
É uma ordem judicial que tem como escopo resguardar direitos alegados pela parte antes da discussão do mérito da causa. Para a concessão de liminar é necessário estar demonstrado o fumus boni iuris e o periculum in mora, ou seja, deve estar claro que a demora na decisão poderá acarretar eventuais danos ao direito pretendido, bem como a presença aparente de uma situação que ainda não foi inteiramente comprovada. Para a sua concessão, em alguns casos, o juiz exige a prestação de caução da parte requerente.
A Lei 7.347/85 regula a matéria procedimental da Ação Civil Pública. Em seu 12º artigo há a hipótese da medida liminar, em face de eventual necessidade de tutela instrumental ao objeto da tutela jurisdicional principal, de cunho cognitivo, garantido a efetividade e utilidade desta.
Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em decisão sujeita a agravo.
§ 1º A requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, poderá o Presidente do Tribunal a que competir o conhecimento do respectivo recurso suspender a execução da liminar, em decisão fundamentada, da qual caberá agravo para uma das turmas julgadoras, no prazo de 5 (cinco) dias a partir da publicação do ato.
§ 2º A multa cominada liminarmente só será exigível do réu após o trânsito em julgado da decisão favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se houver configurado o descumprimento.
A medida liminar requer além das condições comuns da ação, condições específicas, ou seja, a presença do “fumus boni juris” e do “periculum in mora”. O primeiro requisito reside no fato de que consiste um direito assegurado, constitucionalmente, da requerente em liberdade de crença religiosa. Já o segundo requisito reside no fato de que, caso o pedido de realização de prova objetiva utilizando véu mulçumano pela requerente não seja deferido, implicará em sérios danos aos seus associados, uma vez que, em alguns casos, alguns de seus membros se encontram desempregados, precisando urgentemente de um emprego.
Conforme os fatos acima é claro o cabimento da liminar determinando à autoridade suscitada, na presente ação, a deferir o requerimento para que a requerente possa realizar a prova objetiva do referido concurso público.
IV - DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer:
a) a concessão da LIMINAR, ordenando à autoridade coatora ao IMEDIATO deferimento da realização da prova utilizando véu mulçumano, nos termos do artigo 12, §§1º e 2º da Lei 7.347/85;
b) a notificação da Requerida, para que, no prazo da lei, preste as informações necessárias;

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