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UNIDADE 2 AVISO PRÉVIO E RESCISÃO

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Curso de Direito
Disciplina: Direito do Trabalho II
PROFESSOR LUÍS ALVES DE FREITAS LIMA
Fortaleza, 2015.1
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Unidade II
Aviso Prévio e 
Terminação do Contrato de Trabalho
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Unidade 2 AVISO PRÉVIO E TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
2.1 . Aviso Prévio
2.1.1 Conceito
2.1.2 Natureza jurídica e finalidade
2.1.3 Cabimento, duração e efeitos
2.2 . Terminação do Contrato de Trabalho
2.2.1 Causas de extinção do contrato de trabalho e os direitos decorrentes
2.2.2 Terminação normal do contrato de trabalho, efeitos
2.2.3 Terminação anormal do contrato de trabalho, efeitos
Conteúdo Programático
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2.2.3.1 Resilição
2.2.3.2 Resolução
2.2.3.3 Rescisão
2.2.3.4 A terminação do contrato de trabalho por fato ou ato não dependente da vontade das partes (factum principis e força maior)
2.2.3.5 A terminação do contrato de trabalho por motivo de morte, aposentadoria
2.3 . A homologação na extinção do contrato de trabalho
2.3.1 Termo de quitação
2.3.2 Prazo e efeitos
Conteúdo Programático
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Aviso Prévio
2.1.1 Conceito
Consiste na comunicação que uma parte do contrato de trabalho deve fazer à outra de que pretende rescindir o referido pacto sem justa causa, de acordo com o prazo previsto em lei, sob pena de pagar uma indenização substitutiva.
É a forma, por meio da qual, uma das partes (empregador ou empregado) comunica a outra o fim da relação do contrato por prazo indeterminado. 
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Aviso Prévio
2.1.2 Natureza jurídica e finalidade
A natureza jurídica do aviso prévio é tríplice:
Comunicação: comunicação à outra parte da concessão do aviso prévio
Tempo: prazo de cumprimento do aviso prévio, para que as partes possam se ajustar ao término do vínculo de emprego
Pagamento: pagamento feito pelo empregador ao empregado em caso de cumprimento do aviso ou mesmo indenização substitutiva por qualquer das partes em caso de não cumprimento do aviso.
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Aviso Prévio
Legislação:
Constituição Federal (art. 7º, inciso XXI): aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei.
CLT: artigos 487 ao 491.
Lei nº. 12.506/2011 (dispõe sobre o aviso prévio proporcional)
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Aviso Prévio
2.1.3 Cabimento, duração e efeitos
O aviso prévio apresenta-se em duas modalidades:
Trabalhado.
Indenizado.
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Aviso Prévio
Aviso Prévio Trabalhado: Acontece quando uma das partes comunica a outra o desejo de cumpri-lo integralmente.
Sendo concedido pelo empregador, o empregado terá a sua carga horária reduzida, podendo optar (art. 488, CLT):
Pela redução de 2 horas na jornada diária ou
Trabalhar 23 dias sem redução das 2 horas, tendo, porém o direito de ficar 07 dias em casa.
Qualquer que seja a opção feita pelo empregado, a rescisão só acontecerá no final do aviso.
Se concedido pelo empregado, este terá que cumprir os 30 dias do aviso prévio de forma integral, sem redução da jornada de trabalho.
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Aviso Prévio
Aviso Prévio Indenizado:
A modalidade indenizada pode se dar tanto pelo empregador como pelo empregado e acontece quando qualquer das partes tem interesse no desligamento imediato.
Se pelo empregador, ele indenizará um mês da remuneração do empregado. 
Se pelo empregado, será descontado um mês de sua remuneração. 
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Aviso Prévio
 Contagem do Prazo do cumprimento do aviso prévio:
Súmula nº 380 – TST: Aviso Prévio - Início da Contagem:
	Aplica-se a regra prevista no "caput" do art. 132 do Código Civil de 2002 à contagem do prazo do aviso prévio, excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento.
EMENTA Nº 21: HOMOLOGAÇÃO. AVISO PRÉVIO. CONTAGEM DO PRAZO (Portaria SRT/MTE Nº 1, de 25/05/2006):
O prazo do aviso prévio conta-se excluindo o dia da notificação e incluindo o dia do vencimento. A contagem do período de trinta dias será feita independentemente de o dia seguinte ao da notificação ser útil ou não, bem como do horário em que foi feita a notificação no curso da jornada.
Ref.: art. 487 da CLT; art. 132 do CC; e Súmula nº 380 do TST.
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Aviso Prévio
Aviso Prévio Proporcional ao tempo de serviço (Lei n.º 12.506/2011):
Art. 1o  O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º/05/1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. 
Parágrafo único.  Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. 
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Aviso Prévio
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Aviso Prévio
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Aviso Prévio
Data de baixa na CTPS:
OJ n.º 82 do TST: a data da saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado.
Instrução Normativa MTE n.º 15/2010: 
	Art. 17 - Quando o aviso prévio for indenizado, a data da saída a ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS deve ser: 
	I - na página relativa ao Contrato de Trabalho, a do último dia da data projetada para o aviso prévio indenizado; e
	II - na página relativa às Anotações Gerais, a data do último dia efetivamente trabalhado. 
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Aviso Prévio
Aviso Prévio e Garantia de Emprego:
Art. 391-A, CLT: A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Lei nº 12.812, de 2013)
Súmula nº 348 do TST: É inválida a concessão do Aviso Prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos.
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Aviso Prévio
Aviso Prévio e Garantia de Emprego:
Súmula nº 369 do TST (item V): O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
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Aviso Prévio
Jurisprudência sobre o tema:
Súmula nº 44 do TST: A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio.
Súmula nº 163 do TST: Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do Art. 481 da CLT.
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Aviso Prévio
Jurisprudência sobre o tema:
Súmula nº 182 do TST: O tempo do aviso prévio, mesmo indenizado, conta-se para efeito da indenização adicional prevista no art. 9º da Lei nº 6.708, de 30.10.1979.
	OBS.: Art. 9º da Lei nº 6.708/79: O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede a data de sua correção salarial terá direito à indenização adicional equivalente a um salário mensal, seja ele, ou não, optante pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
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Aviso Prévio
Jurisprudência sobre o tema:
Súmula nº 230 do TST: É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes.
Súmula nº 276 do TST: O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o valor respectivo, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego.
OBS.: O prazo para o pagamento neste tipo de caso, será de 10 dias contados da dispensa do cumprimento do aviso prévio, desde que não ocorra primeiro o termo final do aviso prévio.
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Aviso Prévio
Jurisprudência sobre o tema:
Súmula nº 305 do TST: O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito à contribuição para o FGTS.
Súmula nº 371 do TST: A projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso prévio
indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. No caso de concessão de auxílio-doença no curso do aviso prévio, todavia, só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício previdenciário. 
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Aviso Prévio
Jurisprudência sobre o tema:
Súmula nº 441 do TST: O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011. 
OJ 14 do TST: Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento das verbas rescisórias é até o décimo dia da notificação de despedida.
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Aviso Prévio
Jurisprudência sobre o tema:
Precedente Normativo Nº 24: O empregado despedido fica dispensado do cumprimento do aviso prévio quando comprovar a obtenção de novo emprego, desonerando a empresa do pagamento dos dias não trabalhados.
 
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Terminação do Contrato de Trabalho
2.2 . Terminação do Contrato de Trabalho
2.2.1 Causas de extinção do contrato de trabalho e os direitos decorrentes
1. Classificação dos Civilistas:
Terminação normal;
 Terminação anormal.
 
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Terminação do Contrato de Trabalho
2.2.2 Terminação normal do contrato de trabalho, efeitos
a) Terminação normal: quando finda dentro do prazo pré-estabelecido pelas partes. 
São os contratos a termo ou por prazo determinado, que são sinônimos. 
Na extinção normal do contrato de trabalho ninguém despede ninguém.
 
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Terminação do Contrato de Trabalho
2.2.2 Terminação anormal do contrato de trabalho, efeitos
b) Terminação anormal: é a que ocorre nos contratos por prazo indeterminado. 
Esse contrato somente pode extinguir-se pela iniciativa de uma das partes. Ou o empregado pede demissão ou o patrão despede o empregado.
O empregador para exercer o direito de despedir tem que o contrato de trabalhar estar fluindo, ou seja, o contrato não pode está suspenso, interrompido, ou se o empregado detiver alguma estabilidade.
 
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Terminação do Contrato de Trabalho
2. Classificação segundo as causas da extinção:
Extinção contratual decorrente de fatores que envolvam a conduta do empregado (lícita ou ilícita). A rescisão ocorre por uma conduta licita (pedido de demissão) ou ilícita (justa causa do empregado).
Extinção contratual decorrente de fatores que envolvam a conduta do empregador (lícita ou ilícita). Justa causa praticada pelo patrão – rescisão indireta.
 
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Terminação do Contrato de Trabalho
c) Extinção contratual decorrentes de fatores tidos como excepcionais situados fora da estrita conduta das partes contratuais. 
	Exemplos: Nulidade contratual, aposentadoria compulsória, extinção da empresa, etc.
 
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Terminação do Contrato de Trabalho
3. Terceira classificação:
Resilição do contrato de trabalho.
Resolução do contrato de trabalho.
Rescisão do contrato de trabalho.
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Terminação do Contrato de Trabalho
2.2.3.1 Resilição
a) A Resilição do contrato de trabalho ocorre quando uma ou ambas as partes resolvem, imotivadamente ou sem justo motivo, romper o pacto de emprego.
Resilição unilateral por ato do obreiro: Pedido de demissão.
Resilição unilateral por ato empresarial: Dispensa ou despedida sem justa causa.
Distrato: o pacto de emprego é extinto por vontade de ambas as partes. Exemplo: Programa de Demissão Voluntária (PDV) praticado por empresas públicas e sociedades de economia mista.
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Terminação do Contrato de Trabalho
2.2.3.1 Resolução
b) A Resolução contratual corresponderia a todas as modalidades de ruptura do contrato de trabalho por descumprimento faltoso do pacto por qualquer das partes. 
Justa causa praticada pelo empregado.
Justa causa praticada pelo empregador ou Rescisão indireta.
Rescisão por culpa recíproca.
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Terminação do Contrato de Trabalho
2.2.3.1 Rescisão
c) A Rescisão do contrato de trabalho corresponderia à ruptura do contrato de trabalho em face de alguma nulidade. Exemplo: a administração pública desrespeita a CF e contrata servidores ou empregados sem o concurso público.
	
	OBS.: Apesar do conteúdo interpretativo dessa corrente, é a denominação mais utilizada para se referir à terminação do contrato de trabalho. 
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Terminação do Contrato de Trabalho
2.2.3.1 Rescisão
	Súmula nº 363 do TST: A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.
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Terminação do Contrato de Trabalho
DIREITOS RESCISÓRIOS:
1. RESCISÃO POR PEDIDO DE DEMISSÃO:
a) Empregado com menos de 01 ano de contrato de trabalho:
Saldo de salário
Salário família
Aviso prévio: É o empregado quem vai pagar ao patrão.
13º salário
Férias proporcionais
1/3 sobre férias
Multa do FGTS: NÃO.
Saque do FGTS: NÃO
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Terminação do Contrato de Trabalho
DIREITOS RESCISÓRIOS:
1. RESCISÃO POR PEDIDO DE DEMISSÃO:
b) Empregado com mais de 01 ano de contrato de trabalho:
Saldo de salário
Salário família
Aviso prévio: É o empregado quem vai pagar ao patrão.
13º salário
Férias vencidas
Férias proporcionais
1/3 sobre férias
Multa do FGTS: NÃO.
 Saque do FGTS: NÃO
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Terminação do Contrato de Trabalho
DIREITOS RESCISÓRIOS:
2. RESCISÃO POR DISPENSA SEM JUSTA CAUSA.
a) Empregado com menos de 01 ano de contrato de trabalho:
Saldo de salário
Aviso prévio
13º salário.
Férias proporcionais
1/3 sobre férias
Multa do FGTS
Saque do FGTS: SIM
Indenização da data-base (se for o caso)
Salário família
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Terminação do Contrato de Trabalho
2. RESCISÃO POR DISPENSA SEM JUSTA CAUSA.
b) Empregado com mais de 01 ano de contrato de trabalho:
Saldo de salário
Aviso prévio
13º salário
Férias vencidas
Férias proporcionais
1/3 sobre férias
Multa do FGTS
Saque do FGTS: SIM 
Indenização data-base (se for o caso)
Salário família
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Terminação do Contrato de Trabalho
3. RESCISÃO POR DISPENSA COM JUSTA CAUSA.
a) Empregado com menos de 01 ano de contrato de trabalho:
Saldo de salário
Férias proporcionais: SIM pela OIT (convenção 132) e NÃO pela Súmula 171 do TST.
1/3 sobre férias: SIM pela OIT e não pela Súmula 171 do TST.
Multa do FGTS: NÃO
Saque do FGTS: NÃO 
Salário família
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Terminação do Contrato de Trabalho
3. RESCISÃO POR DISPENSA COM JUSTA CAUSA.
b) Empregado com mais de 01 ano de contrato de trabalho:
Saldo de salário
Férias vencidas
Férias proporcionais: SIM pela OIT e NÃO pela Súmula 171 do TST.
1/3 sobre férias
Multa do FGTS: NÃO
Saque do FGTS: NÃO
Salário família
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Terminação do Contrato de Trabalho
4. RESCISÃO DE CONTRATO DE EXPERIÊNCIA (EXTINÇÃO AUTOMÁTICA):
Saldo de salário
13º salário
Férias proporcionais
1/3 sobre férias
Multa do FGTS: NÃO.
Indenização Art. 479, CLT: NÃO.
Saque do FGTS: SIM
Salário família
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Terminação do Contrato de Trabalho
5. RESCISÃO ANTECIPADA DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA (INICIATIVA DO EMPREGADOR):
Saldo de salário
13º salário
Férias proporcionais
1/3 sobre férias
Multa do FGTS: SIM
Indenização data-base (se for o caso)
Indenização Art. 479, CLT: SIM 
Saque do FGTS: SIM 
Salário família
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Terminação do Contrato de Trabalho
OBS.: A indenização do Artigo 479 da CLT somente é aplicada quando o contrato por prazo determinado não prevê uma clausula assecuratória de direito recíproco de rescisão antecipada, em caso contrário, substitui-se a referida indenização pelo aviso prévio.
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Terminação do Contrato de Trabalho
6. RESCISÃO ANTECIPADA DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA (INICIATIVA DO EMPREGADO): 
Saldo de salário
13º salário
Férias
proporcionais 
1/3 sobre férias
Multa do FGTS: NÃO.
Indenização Art. 479, CLT: NÃO. O empregado é que deve pagar a indenização do Art. 480, CLT.
Salário família
Saque do FGTS: NÃO
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Terminação do Contrato de Trabalho
OBS.: A indenização do Art. 480, CLT só é aplicada quando o contrato por prazo determinado não prevê uma cláusula assecuratória de direito recíproco de rescisão antecipada, em caso contrário, substitui-se a referida indenização pelo aviso prévio.
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Terminação do Contrato de Trabalho
7. RESCISÃO POR DISPENSA INDIRETA (MENOS DE 01 ANO). JUSTA CAUSA PRATICADA PELO EMPREGADOR (art. 483, CLT):
Saldo de salário
Aviso prévio
13º salário
Férias proporcionais 
1/3 sobre férias
Multa do FGTS: SIM 
Indenização data-base (se for o caso)
Salário família
Saque do FGTS: SIM
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Terminação do Contrato de Trabalho
8. RESCISÃO POR DISPENSA INDIRETA (MAIS DE 01 ANO). JUSTA CAUSA PRATICADA PELO EMPREGADOR:
Saldo de salário
Aviso prévio
13º salário
Férias vencidas
Férias proporcionais 
1/3 sobre férias
Multa do FGTS: SIM 
Indenização data-base (se for o caso)
Salário família
Saque do FGTS: SIM 
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Terminação do Contrato de Trabalho
8. RESCISÃO POR DISPENSA INDIRETA (MAIS DE 01 ANO). JUSTA CAUSA PRATICADA PELO EMPREGADOR:
Saldo de salário
Aviso prévio
13º salário
Férias vencidas
Férias proporcionais 
1/3 sobre férias
Multa do FGTS: SIM 
Indenização data-base (se for o caso)
Salário família
Saque do FGTS: SIM 
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Terminação do Contrato de Trabalho
9. RESCISÃO POR CULPA RECÍPROCA (MENOS DE 01 ANO):
Saldo de salário
Aviso prévio: 50% (Súmula 14 do TST).
13º salário: 50% (Súmula 14 do TST).
Férias proporcionais: 50% (Súmula 14 do TST).
1/3 sobre férias: SIM.
Multa do FGTS: 20% (Art. 18, 2º, da Lei 8.036/90).
Salário família
Saque do FGTS: SIM 
OBS.: Este tipo de rescisão é bastante raro e supõe decisão judicial a respeito, dentro de um processo trabalhista.
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Terminação do Contrato de Trabalho
10. RESCISÃO POR CULPA RECÍPROCA (MAIS DE 01 ANO):
Saldo de salário
Aviso prévio: 50% (Súmula 14 do TST).
13º salário: 50% (Súmula 14 do TST).
Férias vencidas
Férias proporcionais: 50% (Súmula 14 do TST).
1/3 sobre férias
Multa do FGTS: 20% 
Salário família
Saque do FGTS: SIM
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Terminação do Contrato de Trabalho
2.2.3.4 A terminação do contrato de trabalho por fato ou ato não dependente da vontade das partes (factum principis e força maior):
Factum principis (art. 486 da CLT): a empresa paralisa as suas atividades, temporária ou definitivamente, em virtude de ato da administração pública, de forma a ensejar a ruptura contratual. Nesse caso, o pagamento das indenizações ficaria a cargo do governo responsável pelo ato.
	
A prática jurisprudencial raramente tem acolhido essa modalidade de ruptura do contrato, uma vez que considera as modificações e medidas legais e administrativas do Estado, que possam afetar a empresa, mesmo gravemente, como parte inerente ao risco empresarial. 
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Terminação do Contrato de Trabalho
b) Força maior (artigos 501 e 502 da CLT): é todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, desde que não haja participação patronal direta ou indireta no ocorrido, visto que a imprevidência do empregador exclui a razão da força maior.
 
A força maior também provoca a redução pela metade do percentual rescisório pago sobre os depósitos contratuais de FGTS (art. 18, 2º, da Lei 8.036/90). 
Não há previsão legal para redução de outras verbas rescisórias, no presente caso.
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Terminação do Contrato de Trabalho
2.2.3.5 A terminação do contrato de trabalho por motivo de morte, aposentadoria:
RESCISÃO POR MORTE DO EMPREGADO. 
	Os herdeiros farão jus:
Saldo de salário.
13º salário.
Férias vencidas. (mais de 01 ano).
Férias proporcionais. (menos ou mais de 01 ano).
1/3 de férias.
Multa do FGTS: NÃO
Saque do FGTS e do PIS/PASEP.
OBS.: Caso a morte tenha sido provocada culposamente pelo empregador (acidente de trabalho) a solução jurídica será distinta.
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Terminação do Contrato de Trabalho
A Lei 6.858/80 dispõe sobre o pagamento, aos Dependentes ou sucessores, de valores não recebidos em vida pelos respectivos titulares.
Os valores serão pagos, em quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento.
As quotas atribuídas a menores ficarão depositadas em caderneta de poupança e só serão disponíveis após o menor completar 18 (dezoito) anos, salvo autorização do juiz para aquisição de imóvel destinado à residência do menor e de sua família ou para dispêndio necessário à subsistência e educação do menor.
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Terminação do Contrato de Trabalho
2.2.3.5 A terminação do contrato de trabalho por motivo de morte, aposentadoria:
b) RESCISÃO POR MORTE DO EMPREGADOR PESSOA FÍSICA. 
Morte do empregador e fim do empreendimento: aplica-se o artigo 485, da CLT, tendo o trabalhador direito a todas as verbas decorrentes de uma dispensa sem justa causa, inclusive ao aviso prévio e à multa do FGTS;
Morte do empregador com a continuação do negócio: havendo interesse do empregado em continuar trabalhando, haverá a chamada sucessão trabalhista.
No último caso acima, o empregado poderá romper o contrato sem obrigatoriedade de conceder aviso prévio e não terá direito à multa do FGTS.
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Terminação do Contrato de Trabalho
A terminação do contrato de trabalho por motivo de aposentadoria:
Aposentadoria por Invalidez: não rompe o contrato de trabalho.
Sumula 160, do TST: Não rompe o contrato de trabalho, ocorre a suspensão. 
Sumula 217, do STF: Completados 05 anos, a aposentadoria por invalidez rompe automaticamente o contrato de trabalho.
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Terminação do Contrato de Trabalho
2. Aposentadoria compulsória: aquela requerida pelo empregador quando o empregado homem completa 70 anos ou a empregada mulher completa 65 anos de idade (art. 51, da Lei 8.213/91).
Compulsória: porque depende do requerimento do empregador, mas uma vez requerida, se preenchidos os requisitos legais a Previdência defere e rompe-se o contrato automaticamente.
Será garantida ao empregado a indenização prevista na legislação trabalhista, considerada como data da rescisão do contrato de trabalho a imediatamente anterior à do início da aposentadoria
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Terminação do Contrato de Trabalho
3. Aposentadoria espontânea: é a forma de aposentadoria que é o próprio empregado quem toma a iniciativa de requerê-la junto a Previdência Social.
A Jurisprudência atual entende que a aposentadoria espontânea não rompe mais o contrato de trabalho (O STF declarou a inconstitucionalidade dos parágrafos 1º e 2º, do art. 453, da CLT). 
O simples fato de o empregado requerer sua aposentadoria espontânea (comprova os requisitos de idade e tempo de serviço), se deferida, por si só, não rompe o contrato de trabalho. 
Somente rompe o contrato de trabalho se o próprio empregado pedir demissão ou o empregador dispensá-lo.
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Terminação do Contrato de Trabalho
Caso o empregado seja dispensado sem justa causa, o empregador terá que pagar a multa do FGTS sobre o saldo da conta vinculada correspondente a todo o período trabalhado (anterior e posterior à aposentadoria).
Na hipótese dos empregado de empresas públicas e sociedades de economia mista, não há mais necessidade de realização de novo concurso público para permanência na atividade.
Será lícita, portanto, a acumulação do salário e do benefício previdenciário, devendo-se observar o limite remuneratório previsto na Constituição Federal.
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Terminação do Contrato de Trabalho
2.3 . A homologação na extinção do contrato de trabalho
2.3.1 Termo de quitação:
HOMOLOGAÇAO: Art. 477, parágrafo 1º da CLT.
Quando o contrato extinto tiver sido firmado há mais de um ano, o ato de pagamento e recebimento das verbas rescisórias
exige uma formalidade especial denominada assistência, que confere validade jurídica aos pagamentos.
O objetivo da assistência é, assim, garantir o cumprimento da lei e o efetivo pagamento das verbas rescisórias, bem como orientar e esclarecer as partes sobre os direitos e deveres decorrentes do fim da relação empregatícia.
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Terminação do Contrato de Trabalho
Súmula nº 330 do TST: A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas.
	I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, consequentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem desse recibo.
	II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no recibo de quitação.
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Terminação do Contrato de Trabalho
2.3.2 Prazo e efeitos (art. 477, § 6º, CLT):
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.
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Terminação do Contrato de Trabalho
ASSISTÊNCIA OU HOMOLOGAÇÃO (art. 477, § 1º, CLT):
O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social.
Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo Represente do Ministério Público ou, onde houver, pelo Defensor Público e, na falta ou impedimento deste, pelo Juiz de Paz (art. 477, § 3º, CLT)
A assistência é gratuita para ambas as partes (art. 477, § 7º, CLT).
O menor de 18 anos deve ser assistido pelo seu responsável no pagamento das verbas rescisórias (art. 439, CLT)
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Terminação do Contrato de Trabalho
FORMA DE PAGAMENTO (art. 477, § 4º, CLT):
O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado, conforme acordem as partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento somente poderá ser feito em dinheiro.
Aceita-se o depósito em conta corrente bancária.
LIMITE DE DESCONTO (art. 477, § 5º, CLT):
Qualquer compensação no pagamento das verbas rescisórias não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado.
Não se inclui no limite acima os descontos legais (INSS, IRRF, VT etc.) e os empréstimos em consignação (limitado a 30% do valor da rescisão).
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Terminação do Contrato de Trabalho
Atraso no Pagamento das Verbas (art. 477, § 8º, CLT): a inobservância do prazo de pagamento sujeitará o infrator à:
a) multa administrativa, por trabalhador e 
b) multa em favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa ao atraso.
Atraso na homologação: há previsão de multa na CLT???
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