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Sociologia Jurídica- Aula 4

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Aula 4 – Comte (parte 1)
Surge a figura de Hegel, que leva a realidade como o grande elemento da compreensão social, com seus estudos filosóficos no início da Idade Contemporânea e foi o grande iniciador da sociologia. Hegel deixou de separar a razão da realidade. A razão individualista, especulava a partir de quadrantes próprios, desconhecendo a realidade, não inaugurando então no Iluminismo a sociologia.
Hegel propôs que a razão e a realidade fossem consideradas no mesmo patamar, e que os problemas de uma também era os da outra. Com isso construiu a dialética, que possibilitou pela primeira vez uma efetiva especulação cientifica sobre os dados sociais, porque a sociedade passaria a ser compreendida a partir de sua própria realidade.
A pré sociologia burguesa não parte da realidade existente, é uma especulação idealista sobre uma sociedade que não existia. A burguesia dos países europeus não detinha o poder político e jurídico, é por isso que o Iluminismo separava a razão da realidade e dava primazia a razão.
Hegel está num tempo em que a burguesia já havia tomado o poder político.
Auguste Comte
O pensamento deste foi o embrião de toda a sociologia, pois Comte rompeu definitivamente com todas as crenças religiosas e as abstratas ideias iluministas que até então alimentavam a pré sociologia. Seu pensamento esparramou por várias áreas falando da reforma social, da mudança política e social, tratando inclusive das instituições - embora apenas lateralmente do direito - até chegar a certas temáticas típicas da Psicologia.
Abominando as explicações que não partiram da própria realidade social, Comte propõe que se reconte a história a partir de TRÊS ESTADOS. Trata-se de três estados que se constituem nas etapas progressivas do conhecimento humano: o estado teológico, o metafísico e o positivo.
Para Comte, quanto mais primitivo o pensamento, mais ele está voltado às discussões religiosas. Quanto mais avançado, mais o pensamento incorpora os dados da ciência.
No primeiro estado, o teológico, o homem busca compreender o mundo a partir de divindades e espíritos, buscando dar respostas absolutas às angustias humanas fornecendo um grande quadro de certezas e crenças a partir do qual se promove a coesão social.
- fase fetichista: Aonde o homem explica o mundo por meio de fenômenos incompreensíveis da natureza (trovões, sol, lua...)
- fase politeísta: Ideia dos deuses e espíritos, que se encontrariam em um mundo estranho aquele da natureza e da sociedade.
- fase monoteísta: Todos os atributos mágicos e poderosos passam a se reunir em uma só figura pensada agora como sendo a criadora universal (Deus).
Estado metafísico – Já não se usará mais a crença religiosa como fundamento da explicação de fenômenos, passa-se a considerar que haja forças naturais e leis constantes que organizam e regem o mundo e a sociedade. O Iluminismo pode ser considerado como uma etapa metafísica da explicação social.
Estado positivista – Aqui, o espirito humano chegaria a uma compreensão científica do mundo, diretamente a partir da observação dos fatos. Comte buscará compreender as leis que regem os fenômenos sociais. Nessa etapa, a humanidade chegaria a um novo patamar de evolução: a ciência positiva.
Com a evolução dos três estados, Comte aposta que a ciência, a partir de fatos e leis universais conseguiria a reforma social, a transformação, a concórdia entre todos e o progresso humano. E o positivismo ia se revelar como a tábua de salvação das divisões e desarmonias da sociedade.
A lei dos três estados aplicar-se-ia na compreensão do próprio direito e das instituições políticas. A etapa positiva para Comte começa quando a humanidade passa a entender as causas efetivas de suas ações sociais. Somente aí o direito poderá ser compreendido em suas reais estruturas. E as normas sociais seriam pensadas como produtos das estruturas, vícios e virtudes sociais do homem.
A sociologia para Comte trataria de duas partes importantes, uma estática e uma dinâmica.
A primeira observaria fenômenos invariáveis constantes a todos os grupos sócias como a religião e a família. A segunda, trataria da evolução das sociedades observando suas alterações Como os fenômenos constantes a todas as sociedades são os elementos que ordenam sua organização, resulta da estática o conhecimento da ordem. A dinâmica trataria do progresso.
Eis o lema “ORDEM E PROGRESSO”. 
O positivismo foi um divisor de aguas entre a pré sociologia e a sociologia propriamente dita.

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