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1 INTRODUÇÃO O trabalho presente apresentado é a construção de uma ponte em que já estão estabelecidas suas medidas e no decorrer do desenvolvimento será calculada suas áreas, tipos de cargas, ensaio dos esforços e todos os elementos necessários para execução e uma adequada utilização. Segundo Taguti (2002), para o planejamento do projeto de ponte é necessário aespecificação de super estrutura, estrutura secundaria, aparelhos de apoio e infra-estrutura que são todos os elementos constituintes para a elaboração, tanto em teoria como em cálculos estruturais. Conforme a Associação Brasileira de Normas técnicas NBR 7187 (2002), além de um estudo da área é essencial a apresentação de elementos básicos, memoriais descritivos e justificativo, memorial de calculo, desenhos e especificações. No estudo preliminar de caso será avaliada uma sucessão de dados sobre a individualidade do local a ser construído como, condições climáticas e hidrológicas,áreas ecológicas, topografia do terreno, estudo de solo entre outros. Todos estes estudos devem respeitar as normas gerais existentes e também contribuir para uma construção de menor custo, definição dos melhores pontos de fundação, escolha do menor vão a que será executada a obra e não interromper travessias de rios com pilares intermediários, NBR 7187:2002. Para o anteprojeto é exposto soluções técnicas embasadas nas condições estabelecidas pelo estudo preliminar e juntamente há uma estimativa e uma comparativa de tempo e custo de cada etapa da construção (neste ponto é de grande relevância a experiência de obras anteriores) NBR 7187:2002. Por fim temos o projeto definitivo que é a combinação e escolha do melhor anteprojeto exposto e que atenda aos requisitos de estética, economia e execução, NBR 7187:2002. 1.1 Objetivos O propósito do trabalho é apresentar os cálculos e dimensionamento de uma ponte de concreto armado. 1.2 Objetivo geral Consiste em ampliar conhecimentos técnicos e cálculos estruturais de uma ponte, considerando os esforços solicitantes pelas cargas da estrutura, veículos e pedestres. 1.3 Objetivo específico Por meio de dados fornecidos e aprendizado em aula, será elaborado um projeto estrutural de uma ponte em concreto. 1.3.1 Cálculos Elaborar os cálculos estruturais passo a passo, com o intuito de mostra de uma forma fácil o início ao fim da construção de um aponte. 1.3.2 Diagramas Interpretar e evidenciar por meio de desenhos os resultados encontrados em cada etapa dos cálculos. 2 METODOLOGIA 3 APRESENTAÇÃO DO PROJETO Define-se ponte, de acordo com Marchetti (2008), como uma obra designada a vencer grandes vãos ou obstáculos para que não haja a interrupção de uma via qualquer, sendo ela rodovia, ferrovia ou até mesmo passarela de pedestres. As pontes a serem elaboradas podem ser pontes em viga, em pórticos, em arco, pênsil ou estaiada, destinadas a transpor rios, vales profundos ou outras vias. As pontes são compostas de superestrutura que são as vigas e as lajes atribuídas para vencer os vãos ou obstáculos; mesoestrutura que representa aparelhos de apoio, pilares e encontros e a infraestrutura que se constitui de blocos, sapatas e estacas (fundação). A figura 1 apresenta a composição estrutural de uma ponte que é classificada em superestrutura, mesoestrutura e infraestrutura. FIGURA 1 – composição estrutural Fonte: Marchetti (2008) Segundo NBR 8186:2003 há uma classificação de três categorias de ações, sendo elas ações permanentes, ações variáveis e ações excepcionais Ações permanentes: nesta categoria há uma subdivisão entre ações diretas (inclui peso próprio da estrutura, elementos construtivos permanentes, equipamentos fixos e empuxos) e ações indiretas (recalques de apoio e protensão). Ações variáveis: são cargas acidentais com efeitos, tais como frenação, impactos, ventos, temperatura e pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas. De acordo a possibilidade de ocorrência destes fatores as ações são subdivididas em normais (grande probabilidade de ocorrência, portanto, obrigatoriamente inclusa no projeto) e especiais (representam ações sísmicas e cargas acidentais da natureza). Ações excepcionais: são entendidas como explosões, choques de veículos e também incêndios. A figura 2 exibe a ponte de estudo de caso deste projeto que contem duas vigas principais simplesmente apoiadas com balanços e suas devidas cotas já estabelecida. FIGURA 2 – Projeto da ponte Fonte: Próprio autor (05/03/2017) 4 DESCRIÇÃO DE CALCULOS 4.1 Carga uniformemente distribuída De acordo com a NBR 7187:2013, deve-se considerar, vigas principais (longarinas, laje do tabuleiro, guarda- corpo e pavimentação) para os cálculos cargas uniformemente distribuídas. Na Figura 1 apresenta-se a área da seção transversal da ponte em estudo e a tabela 1 como os cálculos das áreas separadas da Figura 1. FIGURA 1 – Seção transversal Fonte: Próprio autor (4/03/2017). Para obter peso próprio da viga (g1), laje do tabuleiro e passeio utiliza-se Equação 1 Onde: g1= Carga total (kN/m); At = Somatório das áreas da seção transversal da ponte em estudo (m²); Yc = Peso específicos do concreto (25 kN/m³). Substituindo os valores de At e Yc na Equação 1. g1 = At ∙ Yc g1 = 1,934 ∙ 25 g1 = 48,35 kN/m Fornecido pelo projeto em estudo o peso próprio do guarda corpo (Ggc = 0,3 kN/m).Para a NBR 7187:2003 o peso específico do pavimento é Yc = 24 kN/m³.Com a equação 2 calcula-se o peso próprio do pavimento Onde: gpav = Carga total do pavimento (kN/m) Apav = área total do pavimento (m²) Ypav = peso específico do pavimento (24 kN/m³) Substitui-se os valores de Apav e Ypav na equação 2 gpav = Apav ∙ Ypav gpav = (3,8 ∙ 0,08) ∙ 24 gpav = 7,296 kN/m Para calculo do carregamento distribuído total utiliza-se a equação 3 Onde: gt = carga distribuída total (kN/m) g1 = carga total (kN/m) ggc = carga total guarda corpo (kN/m) gt = g1 + ggc + gpav gt = 48,35 + 0,3 + 7,296 gt = 55,946 kN/m De acordo com a NBR 8681:2003 – as Ações e Segurança da Estruturas, estão relacionadas a sua variabilidade em relação ao tempo por meio de três categorias: Ações permanentes Ações variáveis Ações excepcionais Nos cálculos a seguir, pode-se encontrar os elementos cujo são afetados pelas ações permanentes, tais como: Muro, cortina e guarda corpo. Para obter a carga total na transversina, utiliza-se a equação 4 e 5, Onde: gtrans = carga concentrada na transversina. At = Área total da transversina Yc = peso especifico do concreto Calculo da área: Peso próprio da transversina: Para passar o valor em carga concentrada utiliza-se a equação 6 Para descobrimos o peso do muro, foi utilizada a equação 7, 8 Parte interna do muro: Desenho Área total = Vão interno = Parte da extremidade do muro: Desenho Área total = Vão externo = Para calcular o vão total utiliza-se a equação 9, Onde: Vint = Vão interno do muro Vext = Vão externo do muro Vtotal = Somatório total dos vãos Com o resultado de Vtotal, pode-se chegar ao peso total do muro, utilizando a equação 10: Onde: gmtotal = Peso do muro Yo = Peso próprio Peso próprio da cortina: Para encontrar o peso próprio da cortina foi utilizada as mesmas equações para os cálculos realizados no muro: Desenho Área total = Encontrando o Vão da cortina Peso próprio da cortina Para calcular o peso próprio do guarda corpo foi utilizado a equação 11: Por meio da equação 12, pode-se encontrar o Cg da cortina e o momento fletor: Desenho Momento fletor: Onde: bcort = gcort = Peso próprio da cortina; bGC = gGC = Peso próprio do guarda corpo; Desenho 5.0 Cálculo do Trem Tipo Conforme dados fornecidos o Trem Tipo utilizado será o TB-450, onde: TB é a definição do Trem Tipo rodoviário brasileiro, conforme classificação encontrada na Tabela 1. Tabela 1 – Carga móvel rodoviária padrão Classe da Ponte Veículo tipo Peso total(KN) Carga concentrada P (em cada rodo (KN) Carga uniformemente distribuída p (em toda a pista) kN/m2 Carga uniformemente distribuída q‘ (nos passeios) kN/m2 TB – 450 450 75 5 3 De acordo com dados extraídos da Tabela 1 o veículo Tipo com seis rodas, “P”, três eixos de carga afastados entre si em 1,5m, com área de ocupação de 18m2, circundada por uma carga uniformemente distribuída “p”. – Verificar qual o caminhão dado. Onde: P (KN) = carga estática concentrada aplicada no nível dp pavimento, com valor característico e sem qualquer majoração, (Profa. Dra. Rosilene de Fátima Vieira). p (KN/m2) = carga uniformemente distribuída aplicada no nível do pavimento, com valor característico e sem qualquer majoração, (Profa. Dra. Rosilene de Fátima Vieira). Desenho 5.1 Coeficiente de impacto Pela teoria as cargas deveriam ser aplicadas para que sua intensidade cresça gradualmente desde zero até o valor total, porem na pratica as cargas moveis nas pontes são aplicadas bruscamente. Conforme a norma da NBR 7188:2013, os efeitos dinâmicos analisados deveriam ser feitos pela Dinâmica das Estruturas. Devido este método gerar uma trabalho maior acaba-se aplicando o efeito de cargas moveis global, dando um acréscimo nas cargas considerando-as aplicações estáticas. O acréscimo é dado pelo Coeficiente de impacto, representado na equação 12 Onde: = coeficiente de impacto do vão interno; = comprimento do vão interno. Onde: = coeficiente de impacto do vão em balanço; = comprimento do balanço; Desenho 5.1.1 Calculo da Área referente ao tabuleiro Por meio dos dados encontrados pode-se calcular a área de cada seção: 5.1.2 Coeficiente de majoração no vão interno A NBR 7188:2003, informa que para calcular os coeficientes de majoração interno e em balanço deve-se utilizar a equação 13: Para vão interno: P = carga estática concentrada fornecida = ; p = carga uniformemente distribuída fornecida = ; CIV = coeficiente de impacto vertical; CNF = coeficiente de número de faixa, onde: ; Onde: n é o número de faixas; CIA = coeficiente de impacto adicional, onde: 1,25 é para obras em concreto ou mistas e 1,15 para obras em aço; Substituindo os valores na formula: Para balanço utiliza-se a equação 14: Onde: Liv = vão em metros para cálculo de CIV, Liv = 9,6m<10m o CIV = 1,35; Substituindo os valores na formula: 5.1.3 Cálculo do trem de carga para vão interno De acordo com a NBR 7187:2003 e dados extraído em aula, pode-se utilizar da equação 15 para encontrar os efeitos de carga. Onde: Qi = coeficiente de impacto do vão interno; PRi = Carga de roda no vão interno; Q = Carga de roda classe 45; y1 = Ordenada referente a roda; y2 = Ordenada referente a roda; Após encontrado os valores na figura 5, substituímos na equação 15: Para calcular os efeitos de cargas distribuídas na lateral do veículo (mi) utiliza a equação 16: Para pedestres: Onde: q’ = carga uniformemente distribuída nos passeios (Classe 45 q’=3kN/m2); A1 = área de influência de m’i com veículos = 0,93447 m’p = multidão de pedestres; Substituindo os valores na equação 16: Para multidão: Onde: q’ = carga uniformemente distribuída nos passeios (Classe 45 q’=3kN/m2); A3 = área de influência de m’i com veículos = 0,93447 m’m = multidão de veículos; Substituindo os valores na equação 16´: Para encontrar o valor de m´i referente a lateral do veículo utiliza a equação 17: q’ = carga uniformemente distribuída nos passeios (Classe 45 q’=3kN/m2); q = carga uniformemente distribuída em toda a pista (Classe 45 q=5kN/m2); Qi = coeficiente de impacto do vão interno = 1,2915; A1 = área de influência de m’i com pedestres = 0,94231; A3 = área de influência de m’i com veículos = 1,35049; Substituindo os valores encontrados na equação 17: Por meio das equações 18, 18´, 18´´ pode-se encontrar os efeitos de cargas distribuídas a frente e atrás do veículo (mi): Para pedestres: Onde: q’ = carga uniformemente distribuída nos passeios (Classe 45 q’=3kN/m2); A1 = área de influência de m’i com veículos = m’p = multidão de pedestres; Substituindo os valores na equação 18: Para multidão: Onde: q’ = carga uniformemente distribuída nos passeios (Classe 45 q’=3kN/m2); A3 = área de influência de m’i com veículos = m’m = multidão de veículos; Substituindo os valores na equação 18´: Para encontrar o valor de m´i referente a lateral do veículo utiliza a equação 18´´: Onde: q’ = carga uniformemente distribuída nos passeios (Classe 45 q’=3kN/m2); q = carga uniformemente distribuída em toda a pista (Classe 45 q=5kN/m2); Qi = coeficiente de impacto do vão interno = 1,2915; A1, A4 = área de influência de mi com pedestres =; A2, A3 = área de influência de mi com veículos =; Substituindo os valores encontrados na equação 18´´: REFERENCIAS MARCHETTI, O.Pontes de concreto armado.Vol. 1, 1ª ed. Edgard Bluncher. São Paulo, 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de ponte de concreto armado e concreto protendido – Procedimento. NBR 7187. Rio de Janeiro, 2002. 11 p. Taguti, Y. Pontes de concreto de acordo com a NBR 7187:2002. Guaratinguetá: Faculdadede Engenharia de Guaratinguetá – UNESP, 2002. Plan1 ÁREAS BASE (m) ALTURA (m) ÁREA (m²) A1 0.15 0.15 0.0225 A2 1.20 0.11 0.132 A3 0.20 0.21 0.042 A4 4.00 0.26 1.04 A5 0.85 0.10 0.0425 A6 0.30 0.10 0.015 A7 0.40 1.60 0.64 ∑ = 1,934 Plan2 Plan3
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