Buscar

Adoção Póstuma e Adoção Unilateral

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Adoção Póstuma e Adoção Unilateral: 
Existem duas espécies de adoção previstas pelo ECA que possuem características peculiares que as afastam um pouco das regras gerais referentes a adoção. 
A primeira espécie consiste na chamada Adoção Póstuma, que se refere à possibilidade de deferimento da adoção ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vir a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença. Neste caso, os e feitos da adoção retroagem à data do óbito. 
E a segunda denomina-se Adoção Unilateral na qual um dos cônjuges ou concubinas adota o filho do outro, mantendo-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubina do adotante e os respectivos parentes. 
Sentença de deferimento da Adoção: 
A adoção produz seus e feitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese de Adoção Póstuma, caso em que terá força retroativa à data do óbito. Isto é assim para possibilitar a transmissão de direitos sucessórios ao adotando.
Obs.: A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, a possibilidade de determinar a modificação do prenome. Caso a modificação de prenome se a requerida pelo adotante, isto não poderá configurar uma imposição ao adotado. Será obrigatória a oitiva ao adotando.
Obs.: A sentença que defere a Adoção é irrevogável e nem mesmo a morte dos adotantes restabelece o poder familiar dos pais naturais.
Conhecimento sobre a origem biológica: 
O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18 anos. Tal a cesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado menor de 18 anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e psicológica. 
Art. 83: Viagem de criança dentro do território nacional: 
Estando a criança desacompanhada dos pais ou responsável, ou sem expressa autorização judicial, não será permitida a sua viagem para fora da comarca onde reside. 
Não exige autorização quando:
a) a viagem tiver como destino comarca contígua (que está localizada na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana) à da residência da criança;
Região metropolitana = mesmo aglomerado de municípios;
Comarca contígua = perto de onde a c. mora.
b) a criança estiver acompanhada: de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco; de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
3º grau: vai até tia/tio.
O tratamento para o adolescente é diferente. O adolescente viaja livremente pelo território nacional. Porém na hora de se hospedar necessita se estiver sozinho e sem autorização. Chega a esse entendimento a contrário sensu, pois o art. 83 só fala da criança.
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização válida por dois anos.
As regras deste at. Se aplicam a crianças não a viagem de adolescentes dentro do território nacional. 
Art.84 – viagem de C.A ao exterior:
A autorização só será dispensável quando a C.A estiver em companhia dos pais ou responsável, ou se viajar acompanhada de um dos pais, porém autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma reconhecida. 
Art. 85: Sem prévia autorização judicial nenhuma C.A nascido em território nacional poderá sair do país em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior. 
Aula 5: Política de Atendimento e Procedimento de Apuração de Irregularidades em Entidades de Atendimento
Entende-se por Política de Atendimento o conjunto de leis, instituições, políticas e programas criados pelo poder público que visa promover e atender aos direitos de C.A.
A política de atendimento dos direitos da C.A se fará através de um conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. De todos os entes da Adm. Pública. 
O ECA, no art. 87, indicou o rol das principais ações que compõem esta política:
I - Política social básica: que é aquela que representa a satisfação do mínimo necessário para a existência digna. Ex.: políticas vinculadas à saúde, educação, habitação, saneamento básico etc.
II – Criação de programas de assistência social de caráter supletivo, complementar, que são aqueles que visam atender C.A que não conseguem ter acesso às políticas sociais básicas. Ex.: programas que visam à complementação de renda, de aceleração escolar. 
III – Serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão;
IV - Serviço de identificação e localização de pais, responsável, crianças e adolescentes desaparecidos;
V - Proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente;
VI - Políticas e programas destinados a prevenir ou abreviar o período de afastamento do convívio familiar e garantir o efetivo exercício do direito à convivência familiar de crianças e adolescentes.
VII - Campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de guarda de C.A afastados do convívio familiar e à adoção, de crianças maiores ou de adolescentes, com necessidades específicas de saúde ou com deficiências e de grupos de irmãos. Isto se dá em razão da dificuldade da guarda e adoção deste grupo. A Lei 12955/14 dá prioridade a estes tipos de adoções, levando em consideração que é mais desafiador para adolescentes e crianças com uma idade mais avançada serem adotados. 
A lei da Primeira Infância (Lei 13257/16):
Trata como infância: os 6 primeiros anos de vida ou os 72 primeiros meses de vida da criança. 
No art. 88, o legislador traçou as diretrizes da política de atendimento, ou seja, o conjunto de instruções que devem ser seguidas na elaboração e na implementação dessa política. 
A lei incluiu novas diretrizes no art. 88:
I - Especialização e formação continuada dos profissionais que trabalham nas diferentes áreas da atenção à primeira infância, incluindo os conhecimentos sobre direitos da criança e sobre desenvolvimento infantil;
II - Formação profissional com abrangência dos diversos direitos da C.A que favoreça a intersetorialidade no atendimento da C.A e seu desenvolvimento integral;
III - Realização e divulgação de pesquisas sobre desenvolvimento infantil e sobre prevenção da violência.
Os arts. Contidos nos arts. 87 e 88 não se constitui em meras recomendações aos órgãos governamentais e não governamentais, mas sim, em verdadeiros comandos normativos, de execução obrigatória.
No art. 88, o legislador traçou as diretrizes da política de atendimento, ou seja, o conjunto de instruções que devem ser seguidas na elaboração e na implementação dessa política. 
São Diretrizes:
I - Municipalização: municipalizar o atendimento consiste em concentrar a reponsabilidade pelo atendimento nas mãos do Município e da sociedade. O município assume, junto com a comunidade, a escolha e implantação do melhor método para aplicar medidas protetivas ou preventivas de direitos de suas C.A com base na sua realidade. Isto não exonera os demais entes da federação. 
II - Conselhos de direitos da criança e do adolescente: Conselho municipal, estadual, nacional:
Órgãos paritários, responsáveis pela deliberação e controle das ações relacionadas à política de atendimento nos três níveis da federação. Ou seja, estabelecem prioridades e definem a política de atendimento (não executam, apenas fazem estudos e levantamentos sobre as carências do município, e as indica, como prioridade, ao órgão executor). Por meio dos conselhos de direitos, a sociedade participa, conjuntamente com o poder público, da gestão da política de atendimento, deliberando e controlando-a.
III - Criação e manutenção de programas específicos: Art. 90 do ECA. Executados pelas entidades de atendimento.
IV - Fundos dos Conselhos de Direitos: fundos que captam e fazem a gestão dos recursos para financiamento dosprogramas sociais a serem implantados.
V - Integração operacional dos órgãos para atendimento ao adolescente em conflito com a lei (Adolescente que comete ato infracional): concentrar estes órgãos em um mesmo lugar, afim de agilizar o atendimento será rápido, digno (sendo assegurada a sua defesa), e, consequentemente, mais eficaz, gerando, uma recuperação do adolescente.
VI - Integração operacional dos órgãos para atendimento de crianças e adolescentes inseridos em programas de acolhimento familiar ou institucional: finalidade de integrar a C.A. mais rapidamente à família de origem ou, se não existir essa possibilidade, sua colocação em família substituta. 
VII - Participação da sociedade: A opinião pública deve ter consciência sobre os problemas que envolvem as crianças e os adolescentes, e ajudar na solução destes. A sociedade passa a ter mais participação em harmonia com os órgãos governamentais e não-governamentais. 
ENTIDADES DE ATENDIMENTO
Podem ser governamentais ou não-governamentais. As governamentais são aquelas mantidas pelo Governo. Já as não-governamentais são mantidas por entidades particulares, subvencionadas ou não com verbas públicas.
Destinam-se à execução das medidas protetivas e socioeducativas, atendendo a C.A em situações de risco pessoal e social, e acolhendo adolescentes autores de atos infracionais. Ex.: internação; entidades que funcionam como instituições de acolhimento. 
Art.98 - Situação de risco: quando a C.A está tendo o direito dela ameaçado ou lesionado. Seja por: I - ação ou omissão do ESTADO ou sociedade; II - por falta, abuso ou omissão dos pais ou do responsável; III - ou até mesmo em razão da própria conduta da C.A, caso por exemplo, do ato infracional. 
Art 90. Se encontram as atuações dessas entidades. Entidades para: I - Orientação e apoio sociofamiliar; II - Apoio socioeducativo em meio aberto; III - Colocação familiar; IV - Acolhimento institucional; V - Prestação de serviços à comunidade; VI - Liberdade assistida; VII - Semiliberdade; VIII - Internação. 
Vejamos alguns aspectos importantes destas entidades:
• O dirigente de entidade que desenvolve programas de acolhimento familiar ou institucional é equiparado ao guardião, para todos os efeitos de direito, podendo ser destituído, sem prejuízo da apuração de sua responsabilidade administrativa, civil e criminal, caso descumpra as disposições legais;
• Os dirigentes de entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ou institucional remeterão à autoridade judiciária, no máximo a cada 6 meses, relatório circunstanciado acerca da situação de cada criança ou adolescente acolhido e sua família, para fins da reavaliação prevista no § 1º, do art. 19, do ECA;
• As entidades que mantenham programa de acolhimento institucional poderão, em caráter excepcional e de urgência, acolher crianças e adolescentes sem prévia determinação da autoridade competente, fazendo comunicação do fato em até 24 horas ao Juiz da Infância e da Juventude, sob pena de responsabilidade.
Fiscalização das entidades de atendimentos:
As entidades governamentais ou não governamentais serão fiscalizadas pelo Judiciário, pelo Ministério Público e pelos Conselhos Tutelares.
Sanções referentes ao descumprimento de qualquer obrigação (dos arts. 90 a 94) por essas entidades:
ÀS ENTIDADES GOVERNAMENTAIS: A
A
A
F
a) advertência; 
b) afastamento provisório de seus dirigentes; 
c) afastamento definitivo de seus dirigentes; 
d) fechamento de unidade ou interdição de programa. 
ÀS ENTIDADES NÃO GOVERNAMENTAIS: A
S
I
C
a) advertência; 
b) suspensão total ou parcial do repasse de verbas públicas;
c) interdição de unidades ou suspensão de programa;
d) cassação do registro.
Tentar atrapalhar a ação fiscalizatória é crime previsto no art. 236, ECA.
As entidades governamentais ou não governamentais para haver funcionalização deverão fazer sua inscrição dos seus programas especificando seu regime de atendimento no Conselho Municipal dos Direitos da C.A. o qual fará comunicação ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária.
As entidades não governamentais somente poderão funcionar depois de registradas no Conselho Municipal dos Direitos da C.A. o qual comunicará o registro para o Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da respectiva localidade.
Art. 92: fala dos princípios, que as entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ou institucional devem adotar.
I - Preservação dos vínculos familiares e promoção da reintegração familiar;
II - Integração em família substituta, quando esgotados os recursos de manutenção na família natural ou extensa;
V - Não desmembramento de grupos de irmãos;
VII - participação na vida da comunidade local;
VIII - preparação gradativa para o desligamento;
PROCEDIMENTO DE APURAÇÃO
O procedimento tem início mediante portaria da autoridade judiciária do local da entidade ou por representação do MP ou do Conselho Tutelar, onde conste, necessariamente, resumo dos fatos que caracterizem as irregularidades.
Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, tendo ouvido o Ministério Público, decretar, liminarmente, o afastamento provisório do dirigente da entidade, mediante decisão fundamentada.
O dirigente da entidade será citado para, no prazo de dez dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar documentos e indicar as provas a produzir. Apresentada ou não a resposta, e sendo necessário, a autoridade judiciária designará audiência de instrução e julgamento, intimando as partes.
Salvo manifestação em audiência, as partes e o Ministério Público terão cinco dias para oferecer alegações finais, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo. Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo de dirigente de entidade governamental, a autoridade judiciária oficiará à autoridade administrativa imediatamente superior ao afastado, marcando prazo para a substituição.

Continue navegando