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MARIA DAS DORES DE LIMA SOUSA TCC

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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO PESQUEIRA - ISEP
CURSO DE LETRAS COM HABILITAÇÃO EM ESPANHOL
MARIA DAS DORES DE LIMA SOUSA
OS RECURSOS TECNOLOGICOS E A PRATICA DA LEIURA EM SALA DE AULA.
AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E A PRÁTICA DA LEITURA EM SALA DE AULA.
PESQUEIRA –PE
2014
MARIA DAS DORES DE LIMA SOUSA
AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E A PRÁTICA DA LEITURA EM SALA DE AULA
 Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado à Coordenação Acadêmica do Instituto Superior de Educação Pesqueira- ISEP do curso de Letras com habilitação em Espanhol como requisito para Obtenção do Título de Graduação em Letras e Espanhol.
Orientador: Prof. Esp. José Fernando Carneiro
PESQUEIRA - PE
2014
MARIA DAS DORES DE LIMA SOUSA
AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E A PRÁTICA DA LEITURA EM SALA DE AULA
Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado à Coordenação Acadêmica do Instituto Superior de Educação Pesqueira- ISEP do curso de Letras com habilitação em Espanhol como requisito para obtenção do Título de Graduação em Letras e Espanhol.
 Aprovada em ___/___/____________
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________
Prof. Esp. José Fernando Carneiro
Instituto Superior de Educação Pesqueira (ISEP)
 
 
A Deus pela sabedoria.
Aos meus alunos do ensino fundamental, não 
citarei nomes para não cometer a injustiça de 
esquecer o nome de alguém.
AGRADECIMENTOS
A Deus por me conduzido neste percurso, dando força e coragem para perseverar diante das adversidades da vida.
A minha família que representa o meu porto seguro, e nos momentos difíceis estão sempre por perto apoiando-me e incentivando.
Aos meus filhos Rafael Anderson, Emanuel Yuri e Micaelly Evellin que mesmo lamentando da minha falta de tempo para com eles, foram compreensivos e torceram por mim.
Ao meu esposo Adailton grande parceiro em todos os momentos.
A minha irmã Professora Ivana Lima que em alguns momentos abriu mão de seus afazeres para auxiliar – me neste estudo.
E ao Prof. José Fernando Carneiro, pela excelente orientação.
 
 
“Quando eu estava na escola, o computador era uma coisa muito assustadora. As pessoas falavam em desafiar aquela máquina do mal que estava sempre fazendo contas que não pareciam corretas. E ninguém pensou naquilo como uma ferramenta poderosa." (Bill Gates)
RESUMO
Os recursos tecnológicos existentes na escola são alternativas fundamentais que favorecem a compreensão linguística, o aperfeiçoamento da leitura fluente e a comunicação dos alunos dentro e fora da escola. Ao observamos a participação e a interação dos educandos com os softwares e os jogos eletrônicos de cunho educativo percebemos que a leitura e a produção escrita tornam – se mais significantes e as aulas de português atrativas e interessantes. Os jovens usam sua imaginação e a escrita flui livremente. O intercâmbio entre as NTIC (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação) e a leitura em sala de aula promovem um ótimo aprendizado, porém o professor precisa ter habilidades de manuseio e saber lidar com estas ferramentas. Ressaltamos que a contribuição da informática e o uso do teclado na revisão de textos escritos pelos aprendizes proporcionam a reflexão sobre a leitura, a expressão oral e a escrita. Com o computador e as tecnologias digitais o aluno interage mutuamente com os objetos de forma mais rica. Compete ao educador mediar o processo apropriando –se definitivamente dessas ferramentas e mecanismos garantindo o contato dos educandos com a diversidade textual contida nas telas, sem perder de vista o contato com os livros, mas ampliando as possibilidades de escolha.
Palavras – chaves: Práticas de leitura. Recursos tecnológicos. Computador.
RESUMEN
Los recursos tecnológicos existentes en la escuela son alternativas fundamentales que promueven la comprensión del lenguaje, la mejora de la lectura y la comunicación fluida de los estudiantes dentro y fuera de la escuela. Mediante la observación de la participación e interacción de los estudiantes con el software y los juegos electrónicos con una base educativa se da cuenta de que la lectura y la escritura que la producción - sea más significativa y clases de portugués atractivo e interesante. Los jóvenes usan sus flujos de imaginación y escribir libremente. El intercambio entre NTIC (Nuevas Tecnologías de la Información y la Comunicación) y la lectura en el aula de promover un aprendizaje óptimo, pero el profesor debe tener habilidades de manejo y hacer frente a estas herramientas. Hacemos hincapié en que la contribución del uso de la computadora y el teclado en la revisión de los textos escritos por los alumnos en los carteles de lectura, expresión oral y escrita. Con las tecnologías informáticas y digitales estudiante interactúa recíprocamente con los objetos de una manera más rica. Es por el profesor para mediar el proceso definitivamente apropiarse de estas herramientas y mecanismos que garanticen el contacto de los estudiantes con diversidad textual contenida en las pantallas, sin perder el contacto con la vista los libros, pero la expansión de las posibilidades de elección.
 Palabras - clave: Prácticas de lectura. Recursos tecnológicos. Computer.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................9
2. AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO COM A LEITURA EM SALA DE AULA................................................12
2.1. O COMPUTADOR COMO FERRAMENTA ALTERNATIVA PARA AS PRÁTICAS DE LEITURA EM SALA DE AULA.......................................................................................14 
2.2. A INFORMÁTICA E A REVISÃO DE TEXTOS.............................................................15
3. METODOLOGIA...............................................................................................................17
3.1. RELATOS DE EXPERIÊNCIA DOS PROFESSORES....................................................17 
3.2.RELATOS DE EXPERIÊNCIAS DOS ALUNOS.............................................................20
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................23
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................24
APÊNDICE A – ENTREVISTA APLICADA AOS PROFESSORES..........................25
APÊNDICE B – ENTREVISTA APLICADA AOS ALUNOS......................................26
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INTRODUÇÃO
Essa proposta de estudo pretende responder às seguintes questões consideradas fundamentais nas observações e análises a serem realizadas:
 Os recursos tecnológicos existentes na escola são favoráveis a compreensão linguística, o aperfeiçoamento da leitura fluente e a comunicação dos alunos dentro e fora da sala de aula?
De que forma a interação dos estudantes com o mundo virtual poderá ser propiciar o pleno desenvolvimento do senso crítico e a reflexão do uso da língua?
O uso dos diversificados gêneros literários e as expressões linguísticas associados aos recursos tecnológicos e potencializados pela mediação e intervenção do professor poderá promover, com sucesso, a compreensão da norma gramatical e o porquê da predominância de uma única norma gramatical na Língua Portuguesa no Brasil. 
Historicamente no cenário educacional o processo de ensino e aprendizagem ocorreu a partir de métodos tradicionais, mecânicos e na maioria das vezesde caráter punitivo e excludente. O que contribuiu ao longo dos anos para o fracasso escolar. Muitos estudos foram realizados para comprovar que os métodos tradicionais eram os principais causadores do analfabetismo funcional, pois ao contrário do que se pensava a aprendizagem dos alunos ocorre a partir da interação com o meio social e não de métodos repetitivos e que reforçam a exclusão social. O aluno precisa estar inserido nas práticas sociais de leitura. 
Durante décadas vem se buscando culpados para o fracasso escolar dos alunos, principalmente das classes populares. Ora os culpados são os professores, ora o próprio aluno, ora o sistema de ensino. É chegado o momento da busca para que grande parte das crianças que ingressam na escola, dela não saia nas mesmas condições, ou seja, sem o domínio e o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita.
Torna-se imperativa a vivência de práticas sociais de leitura e escrita na escola por meio de diversificados portadores de texto. Essa necessidade apoia-se na hipótese de que o caminho de construção do conhecimento pode tornar-se muito mais atraente e interessante, se mediado pelas Novas Tecnologias, que o viabilizam ora pela produção textual, ora por meio de gravações em áudio e vídeo, ora por meio de filmagens, animações e tantos outros derivados.
O objetivo deste trabalho é analisar como as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação potencializam a forma dos jovens interagirem com a linguagem e as práticas de leitura em sala de aula. Refletir sobre o significado da leitura para os alunos e o uso de práticas tradicionais dos gêneros textuais na sala de aula, um terceiro objetivo a ser considerado neste estudo é descrever como o computador pode se tornar uma ferramenta primordial para o desenvolvimento da formação do leitor.
O objeto de pesquisa aqui selecionado encontra relevância ao proporcionar uma reflexão crítica aos que estão interessados em repensar a questão da inclusão digital de crianças desde a mais tenra idade. Partindo de uma perspectiva voltada para o desenvolvimento de um processo contínuo e prazeroso, no que se refere à construção das habilidades de leitura e escrita dos estudantes, minimizando o problema do fracasso escolar. 
Quanto ao método de pesquisa para este estudo foi feita uma observação em uma sala de informática na escola da rede pública municipal onde são atendidos alunos com dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita, tais dificuldades são resultados da falta de interesse pela leitura e das estratégias de leitura usadas pelos professores que não despertam a atenção desses alunos. Ao observarmos a participação e interação dos alunos com os softwares e os jogos eletrônicos de cunho educativo percebemos que a leitura e a produção escrita tornam-se mais significantes e atrativas, os alunos usam a imaginação e a escrita flui livremente. Neste estudo também pretendemos traçar um paralelo com as ideias defendidas pelos autores, tais como, Paulo Freire, Irandé Antunes, Eduardo Chaves dentre outros que defendem a teoria de que a leitura significativa requer a interação com o meio social e os variados recursos que fazem parte do contexto social dos alunos. 
No tópico 2 deste artigo abordamos a interação das NTIC (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação) e a leitura em sala de aula. De modo específico, mostramos o computador, recurso tecnológico disponível na maioria das escolas públicas como uma ferramenta alternativa para as práticas de leitura em sala de aula.
No tópico 2.1 destacamos a importância do computador como uma alternativa para as práticas de leitura em sala de aula sem excluir o livro, mas aliado a este pode estimular o prazer da leitura, facilitando a assimilação do texto até para os alunos com deficiência visual. Na sequência nos tópicos 2.2 e 2.3 enfocamos a contribuição da informática e do teclado na revisão dos textos escritos por alunos e como eles favorecem a reflexão sobre a leitura, oralidade e escrita. Também é relatado as experiências dos professores com relação ao uso que estes fazem dos recursos tecnológicos, principalmente do computador dentro e fora da escola e, a familiaridade dos alunos com a leitura, a informática e outros recursos de tecnologias, informação e comunicação dentro do contexto social que estão inseridos.
Esse trabalho de conclusão de curso, possui grande relevância pedagógica, ao analisar como as Novas tecnologias de informação e comunicação influenciam a linguagem dos jovens e a prática de leitura na sala de aula, além disso, suscita a motivação dos alunos e professores para que usem ferramentas atualizadas e mecanismos de comunicação globalizados na busca e troca de informações.
2. AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E A INTERAÇÃO COM A LEITURA EM SALA DE AULA
Com o avanço das novas tecnologias de informação e comunicação na esfera social e a disseminação da internet, as práticas de leituras em sala de aula e as formas de comunicação entre os jovens tornou-se um grande desafio para os professores. É impossível trabalhar com a leitura de maneira mecânica e descontextualizada desconsiderando os gêneros literários, as linguagens dos jovens e, sobretudo os variados suportes textuais disponíveis na sociedade. Como relata LIMA:
“O computador chega as escolas[...]acompanhado da explosão da multimídia, dos programas que misturam jogos e informações educativas, das enciclopédias virtuais e outras oportunidades que possibilitam uma forma diferente de acesso a informações e ao conhecimento”.
Os meios de comunicação com sua imagem em movimento ligam simultaneamente o sensível com o concreto. A combinação da dimensão espacial com a sinestésica torna o ritmo cada vez mais alucinante, como uma teia interagindo ao mesmo tempo com a linguagem conceitual, falada e escrita de maneira formal e racional. A tríade imagem, palavra e música integram-se dentro de um contexto comunicativo e afetivo, impactando emocionalmente que facilita a assimilação da mensagem. (MORAN, 2001). 
Com o advento das NTIC, mais propriamente do computador, entendemos que ficou muito mais fácil a questão da comunicação, tão importante para a nossa cultura. Através delas, ter-se-á acesso a diversos materiais de qualidade e ampla variedade de portadores de texto para apoiar a mediação do professor, tornando-se uma prática pedagógica comum.
Para CHAVES:
“Quanto mais rico for o meio vivido pela criança (estimulações e recursos), maior será o seu desenvolvimento, cabendo à escola, principalmente das classes populares, fornecer esses recursos, como sendo a única oportunidade de a criança ter contato com essa tecnologia de uma maneira sistemática”.
A nossa escola atual propõe que o aprendizado da língua e da gramática seja pautado no contato do aluno com uma variedade de portadores de texto, com destaque especial aos livros de literatura, hoje disponibilizados amplamente pela mídia. O aluno, ao ficar inserido nesse contexto, amplia seu mundo letrado rico em significados, desenvolvendo-se como cidadão participativo, mais autônomo e mais consciente dos seus direitos e deveres realizando melhor leitura do mundo que o cerca.
 Com a interação do computador e da tecnologia digital o aluno é capaz de manipular os objetos de conhecimento e aperfeiçoar sua aprendizagem. Cabe ao professor, como mediador desse processo, apropriar-se definitivamente destas ferramentas e mecanismos, que são as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, para que o aluno usufrua da diversidade textual contida nas telas, ampliando com isso suas possibilidades de escolhas. (VALENTE). 
Para uma melhor compreensão das práticas de leitura em sala de aula devemos partir da distinção que há entre a leitura da palavra e a leitura do mundo. Na primeira, é considerada a decodificação dos signos linguísticos, decifrar palavras e frases para que haja uma leitura eficaz. Porém, se levarmos em conta que além do conhecimento do código linguístico, a leitura deve possuiruma visão mais global de compreensão da realidade que nos cerca e das variadas formas de comunicação, podemos proporcionar aos nossos alunos o desenvolvimento de habilidades de leitura que os transforme em leitores críticos e autônomos, capazes de ler não só o código linguístico mas de identificar as diferenças de significados e os acontecimentos ao seu redor. 
As inúmeras concepções atuais sobre leitura, podem ser condensadas em duas características: a decodificação mecânica de signos linguísticos e o processo de compreensão ampliado. A primeira caracterização diz respeito ao aprendizado estabelecido a partir do condicionamento estímulo – resposta. E a segunda, envolve uma dinâmica dos componentes sensoriais, intelectuais, fisiológicos, neurológicos, tanto quanto culturais, econômicos e políticos. (MARTINS, 1994).
Os jovens chegam na escola com uma bagagem de conhecimentos que muitas vezes são desvalorizados pelos professores e isto leva a desmotivação e frustração. Enquanto isso veem –se obrigados a realizar uma leitura descontextualizada e algumas vezes fragmentada e que sequer respondem às suas curiosidades e inquietações. É obrigação da escola e dos educadores desenvolver nos alunos o hábito e o prazer de ler. Mas como estimular este hábito nos alunos se não houver momentos de interação com as diversidades de gêneros textuais? Se nas aulas de Língua Portuguesa ainda predomina a leitura tradicional e mecânica e o estudo da gramática é restrito e não passa de mera repetição de conceitos e regras sem uma análise linguística do texto?
Segundo OLIVEIRA (2007, apud BRITO) “a coesão pode ser definida como um conjunto de estratégias de sequencialização responsável pelas ligações linguísticas relevantes entre os constituintes articulados no texto”. Analisando por este anglo fica evidente que para a produção escrita se torna que o aluno tenha argumentos para convencer o leitor. E para que isso aconteça é necessário além das regras gramaticais e domínio da língua em uso que se faz através das práticas de leitura. 
ANTUNES (2005: 48) nos mostra que “a função da coesão é exatamente a de promover a continuidade do texto, para que não se perca o fio de unidade que garante a sua interpretabilidade”. Diante do que está sendo exposto podemos nos certificar que a leitura deve partir do interesse dos alunos e que não faz sentido estudar as regras gramaticais separadamente do texto. Sendo assim, uma leitura significante requer a interação do leitor com o autor, a liberdade na escolha do texto a ser lido e consequentemente um estudo analítico do código linguístico.
2.1. O COMPUTADOR COMO FERRAMENTA ALTERNATIVA PARA AS PRÁTICAS DE LEITURA EM SALA DE AULA
Não é novidade a busca de estratégias didáticas por muitos professores como instrumento de facilitação do processo de aquisição dos conteúdos e nas aulas de Português, sobretudo de leitura não poderia ser diferente. Atualmente o computador tem se tornado uma alternativa fundamental para o estímulo nas práticas leitoras em sala de aula. “O computador pode constituir-se como um recurso que vai além da lousa e dos livros didáticos”. (D’ ESTAFANO e LEITE, 2006). Como instrumento inovador o computador com seus programas e imagens atrai o interesse dos alunos por se tratar de uma ferramenta cuja imagens possuem um design colorido e inovado que desperta a atenção até dos alunos com deficiências educacionais especiais, como por exemplo, os deficientes auditivos e visuais. Sem contar que ele faz parte do contexto social dos jovens. De acordo com CHAVES (1998):
“[...] Quando os professores tiverem com o computador a intimidade que hoje têm com o livro, descobrirão ou inventarão maneiras de inseri-lo em suas rotinas de sala de aula, encontrarão formas de criar, em torno do computador, ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem que propiciarão aos alunos uma educação que os motivará tanto quanto hoje o fazem os jogos computadorizados, os desenhos animados, os filmes de ação e a música do rock."
É claro que os recursos tecnológicos por si só não garantem a apropriação do conhecimento, são necessários outros requisitos para que se possa alcançar os objetivos propostos. 
De nada adianta utilizar os recursos tecnológicos se os professores mantem o uso de métodos tradicionais em suas aulas e não está familiarizado com estes recursos a ponto de inovar e motivar os alunos para o processo de ensino – aprendizagem. Segundo JOLIBERT (1994): “não se ensina uma criança a ler: é ela quem se ensina a ler com a nossa ajuda (e a de seus colegas e dos diversos instrumentos da aula, mas também a dos pais e de todos os leitores encontrados).” 
Portanto, a prática da leitura não provém de forma exclusiva, da escola e das estratégias utilizadas pelos professores, mas da influência do meio, principalmente dos pais. Se na família existe o hábito da leitura é provável que o aluno terá mais facilidade para o desenvolvimento das habilidades leitoras.
 
2.2. A INFORMÁTICA E A REVISÃO DE TEXTOS
Vivemos nos dias atuais um tempos de profundas transformações tecnológicas. A evolução e a difusão de novas tecnologias, sobretudo as associadas aos computadores estão alterando significativamente os processos de produção de bens materiais e os processos de difusão das experiências, assim como os modos de viver em sociedade. Esta evolução tecnológica é acompanhada por um volume crescente do conhecimento humano nas diversas áreas do conhecimento. O desenvolvimento de capacidades ao nível da gestão e manipulação de informação, nunca foi tão necessário quanto atualmente, permitindo uma interação eficaz com o mundo que nos rodeia. Para VICHESSI e PINHEIRO, 2009: 
“Em vez do lápis, da borracha e das canetas coloridas, o mouse e o teclado. Essa é uma troca bastante vantajosa quando o objetivo é explorar vários aspectos da revisão. Para isso, basta um computador simples, que tenha um programa editor de texto, como o Word”.
Com o acesso a informática e o uso do computador o professor tem em suas aulas nas produções escritas dos alunos mais um aliado, usando o mouse e o teclado o estudante poderá de certa forma refletir sobre a gramática desenvolvendo textos coesos e coerentes. Com a invasão das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) às nossas escolas, já que estas prometem ficar devido à importância que lhes é atribuída existem quatro princípios fundamentais segundo vários autores, são as razões pelas quais tornam as tecnologias de informações essenciais para as relações sociais:
- Razões sociais - os indivíduos devem ser preparados para agir numa sociedade movida pelas tecnologias;
- Razões vocacionais – deve haver uma preparação profissional (domínio das tecnologias) para que o ser humano ascenda nessa mesma sociedade tecnológica;
- Razões pedagógicas - possibilidade de melhoria dos processos de ensino - aprendizagem;
- Razões catalisadoras – acelerando as inovações educativas a partir da utilização do computador, com mais ênfase nos processos de ensino - aprendizagem valorizando a cooperação mais que a competição, a resolução de problemas e reflexão e diminuindo a memorização.
Utilizando o computador, os alunos podem revisar seus textos, fazendo inserções e substituições várias vezes sem deixar rasuras no produto final. O trabalho da própria máquina facilita a assimilação e a reflexão ao destacar termos incorretos e trechos com problemas gramaticais, sugerindo que sejam alterados e em alguns casos, fornecendo opções de mudança. Essas facilidades tornam os alunos mais autônomos como autores e revisores de seus próprios textos. (VICHESSI e PINHEIRO).
3. METODOLOGIA
Esta é uma pesquisa semi- estruturada qualitativa e descritiva cuja finalidade foi investigar a contribuição das novas tecnologias de informação e comunicação nas práticas de leitura em sala de aula. O estudo quanto a sua natureza teve abordagem tanto quantitativo como qualitativo utilizando –se de entrevistas, aplicações de questionários eobservação participativa. Os dados foram analisados descritivamente, fundamentado na pesquisa bibliográfica e de campo.
3.1.RELATO DE EXPERIÊNCIAS DOS PROFESSORES
A Escola José Coelho de Morais pertence a rede pública municipal e atende em torno de 200 alunos que vão da educação infantil ao ensino fundamental de 1º ao 9ºanos. Possui 10 salas de aula, uma sala de informática com 10 computadores e um instrutor para atender os alunos em aula de reforço escolar e que possui dificuldades de leitura e escrita. Apesar da sua estrutura física e equipamentos a escola não dispõe de formação adequada para os docentes lidarem com os recursos do laboratório de informática.
Para este estudo, foram entrevistados os alunos do ensino fundamental II de 7º ao 9ºanos e seus respectivos professores de Língua Portuguesa. Realizamos uma enquete com os professores a partir de um questionário com 10 questões que continham perguntas relacionadas a vivência destes com o computador e os recursos tecnológicos disponíveis na escola. 
A pergunta inicial era sobre os usos que o professor faz do computador em seu dia-a-dia fora do ambiente escolar. As respostas obtidas foram as seguintes: “ pesquisar atividades de escrita e textos para leitura em sala de aula”; “elaborar projetos didáticos”. “ Navegar nas redes sociais (Facebook, twitter e email)”. Podemos constatar a partir das respostas dos professores que oitenta por cento (80%) deles usam o computador e a internet para realização de trabalhos pertinentes as atividades em sala de aula. (Ver gráfico 1).
Gráfico 1. Porcentagem de atividades que os professores realizam diariamente com o computador fora da escola
 Quando questionados sobre os usos que eles fazem do computador na escola, 25% (vinte e cinco por cento) dos entrevistados responderam que quando tem acesso ao computador da escola, usam para planejar suas aulas; 50% (cinquenta por cento) para redigir as avaliações dos alunos e 25% (vinte e cinco por cento) trabalham com jogos para intervenções de leitura e escrita. Percebe-se então que além da pequena quantidade de computadores existente na escola a maioria dos professores não tem uma formação adequada para manusearem tal recurso em sala de aula. E os que conseguem manusear utilizam para outros fins que não a revisão de textos com os alunos e as rodas de leitura. 
Gráfico 2. Percentual de atividades realizadas na escola pelos professores com o computador.
 Quanto as demais perguntas feitas aos professores sobre a correção de textos com o auxílio do computador, a utilização de software com gêneros textuais para a prática da leitura em sala e quanto a segurança e aptidão dos professores ao trabalhar com os recursos não obtivemos respostas. Ficando constatado que além da pequena quantidade dos recursos tecnológicos disponibilizados pela escola falta uma formação efetiva e eficaz dos docentes para lidarem com estas ferramentas. Na escola, porém os recursos disponíveis, como micro- system e um aparelho de dvd e televisão são usados em eventos maiores, como, nos encontros de pais, de professores e eventos culturais realizados pelo núcleo gestor. 
Na terceira questão foi pedido a opinião do professor quanto a utilização dos recursos tecnológicos nas aulas de português, se favorece a aprendizagem dos alunos e desperta a participação deles. Sessenta e cinco por cento (65%) concordam que a informática inserida nas aulas de português motiva a participação dos alunos e as aulas de leitura tornam-se mais significantes. Vinte e cinco por cento (25%) concordam que motiva a participação, mas sentem insegurança para direcionar as aulas utilizando-se desses recursos. E dez por cento (10%) discordam que a informática nas aulas de português favorece a participação dos alunos e a aprendizagem da gramática. ( Ver gráfico 3 ).
Gráfico 3 – Percentual de opinião dos professores quanto a influência da informática nas aulas de português.
Na quarta questão quando interrogados eles utilizavam o computador e/ou notebook nas aulas de português como alternativa para o desenvolvimento das práticas de leitura e escrita na sala de aula todos responderam por unanimidade que não, justificando que na escola não existe software adequados para o nível da turma. Apenas um professor disse esporadicamente trabalha com a autocorreção dos textos produzidos pelos alunos usando notebook de uso pessoal de alguns alunos quando estes levavam para escola, usando o editor de textos do Windows. 
Quanto as perguntas feitas aos professores sobre a correção de textos com o auxílio do computador, a utilização de software com gêneros textuais para a prática da leitura em sala e quanto a segurança e aptidão dos professores ao trabalhar com os recursos não obtivemos respostas. Ficando constatado que além da pequena quantidade dos recursos tecnológicos disponibilizados pela escola falta uma formação efetiva e eficaz dos docentes para lidarem com estas ferramentas. Não existe uma preparação efetiva para o manuseio dos recursos tecnológicos por parte dos professores e da escola. Não basta ter acesso as novas tecnologias é necessário que se faça um bom uso dessas ferramentas utilizando –as de forma inovadora nas atividades realizadas pelo professor para atender as necessidades dos alunos.
Na escola, porém os recursos disponíveis, como micro- system e um aparelho de dvd e televisão são usados em eventos maiores, como, nos encontros de pais, de professores e eventos culturais realizados pelo núcleo gestor. 
3.2. RELATO DE EXPERIÊNCIAS DOS ALUNOS
Para sabermos a opinião dos alunos sobre as práticas de leitura utilizadas nas aulas de português e a interação destes com as novas tecnologias de informação e comunicação realizamos uma entrevista também com eles a partir de um questionário de dez questões. Foram entrevistados alunos do 7º, 8º e 9º anos e obtivemos as seguintes respostas. Na questão inicial foi perguntado aos alunos qual a importância da leitura no seu dia-a-dia. Como resposta, oitenta e três por cento (83%) consideram a leitura ‘uma ponte de conhecimentos’, através dela ‘viajamos mundo a fora sem sair do lugar’. Já dezessete por cento (17%) responderam que “A leitura nos traz informação do que acontece a nossa volta”. Com estas respostas constatamos que estes adolescentes possuem uma visão profunda acerca da leitura e que a familiaridade deste com a leitura vai além dos muros escolares. A leitura não se restringe apenas em decodificar palavras, ou mero conhecimento gramatical; mas possui um sentido bem amplo da realidade. (Ver gráfico 4 ).
Gráfico 4 – A importância da leitura no dia a dia dos alunos
Desmitificando a ideia de que somente as adolescentes gostam de poemas, foi perguntado aos alunos quais tipos de textos preferidos por eles e, cinquenta por cento (50%) dos adolescentes do sexo masculino responderam que preferem poemas; dezessete por cento(17%) preferem textos humorísticos; dezesseis por cento (16%) do sexo feminino gostam de poemas e dezessete por cento (17%) entre alunas e alunos preferem fábulas. ( Ver gráfico 5 ).
Gráfico 5 – Percentual de textos favoritos dos alunos.
Quanto aos meios de informação e comunicação preferem a internet de modo específico navegar nas redes sociais (youtube e facebook). Setenta e cinco por cento (75%) tem computador e internet em casa; vinte por cento (20%) não tem computador e internet em casa, mas acessam do celular pelo wi-fi e cinco por cento (5%) usam computador dos vizinhos. Pelas respostas ficou confirmado que realizam leitura do computador através dos livros digitais, enquanto a leitura de livros impressos só na escola. Percebe-se aqui uma certa contradição com as questões anteriores. Mesmo compreendendo a leitura como algo fundamental, a preferência pelos livros fora da escola é quase nula. Eles tem acesso aos gêneros textuais através de outros suportes como o computador, celulares. Foi perguntado a eles sobre as aulas de gramáticas e todos responderam que “são boas, mas os professores poderiaminovar um pouco mais”. Deixando claro que as metodologias dos professores estão muito aquém da realidade dos educandos. ( Ver tabela )
Tabela de percentual de alunos que tem computador e internet em casa.
	VOCÊ TEM COMPUTADOR E INTERNET EM CASA?
	SIM
	USA OUTROS RECURSOS (CELULAR)
	NÃO
	75%
	20%
	5%
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo aqui realizadas deixam claro que os recursos tecnológicos são considerados uma alternativa para motivar os alunos pelo prazer da leitura, porém eles por si só são mais uma ferramenta pedagógica e, se não houver a intervenção do professor, criatividade para fazer uso desses recursos em suas aulas e não tiverem como aliados os saberes prévios que os alunos possuem, serão simplesmente mais um recurso. 
O professor deve valorizar os saberes construídos por seus alunos e aliar a esses os recursos disponíveis na escola. Analisamos neste estudo como as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação potencializam a interação dos alunos com a linguagem e as práticas de leitura em sala de aula. Refletimos sobre o significado da leitura para os educandos e o uso de práticas tradicionais dos gêneros textuais na sala de aula. Também ficou claro que o computador pode ser uma ferramenta primordial para o desenvolvimento da formação do leitor crítico e autônomo. Porém, se não existir uma interação entre o meio social e a vivência dos alunos com a diversidade dos gêneros textuais, a leitura não fará nenhum sentido para eles. 
Enfim, trabalhar as diversidades dos gêneros textuais requer várias estratégias do professor. Proporcionar o hábito da leitura é imprescindível para que os alunos reflitam sobre a linguística, mantendo o contato dentro da escola com os diversos suportes e tipos de textos. Portanto, a gramática trabalhada fora de um contexto obtém resultados insignificantes e não colabora para o aprendizado dos educandos. A pesquisa de campo também comprovou que apesar dos professores não utilizarem as tecnologias de informação e comunicação nas aulas de português os alunos interagem com elas muito bem fora do ambiente escolar. 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.
BRITO, R. B. T. de M. T. de. A importância da leitura para a produção textual. Disponível em http://www. alb.com.br/arquivo - morto pdf. Acesso em 18 mai 2014.
CHAVES, Eduardo O.C.O computador na educação e informática: Projeto Educom. Rio de Janeiro, 1985.
JOLIBERT, Josette e colaboradores.Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artes Médicas,1994.
MORAN, Jose Manuel. et al.Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica., 3ª ed, Campinas, Papirus 2001.
VALENTE, José Armado.Diferentes usos do computador na educação.Disponível em <www.proinfo.mec.gov.br/uplad/biblioteca/187>pdf. Acesso em 24 mar2014.
D’ESTEFANO, Cynthia B.F. e LEITE, Sérgio A. da S. A informática no processo de alfabetização escolar. Disponível em <www.revista2.uepg.br/vol.1nº2 2006> pdf. Acesso em 20 mai 2014.
LIMA, Patrícia R. T. Novas tecnologias da informação e comunicação dos professores nos cursos de licenciatura. Disponível em <www.inf.ufsc.br/> pdf. Acesso em 24 mai 2014.
VICHESSI, Beatriz e PINHEIRO, Tatiana. Revista Nova Escola. ed. 227, 2009. Disponível em< http://www.revistaescola.abril.com.br> artigo. Acesso em 02 jun 2014.
 
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APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTA APLICADA AOS PROFESSORES
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO PESQUEIRA – ISEP
1. Quais os usos que você faz do computador no seu dia a dia?
2. E na sua escola, quais os usos que você faz do computador?
3. Na sua opinião, as aulas de português, tendo os recursos tecnológicos como alternativa podem favorecer à aprendizagem e à motivação do aluno, tornando a aula mais atrativa e participativa? Justifique.
4. Nas aulas de português, você utiliza o computador como alternativa para as práticas de leitura e escrita de seus alunos? Por quê?
5. Você se sente apto(a) e seguro(a) pata trabalhar com os recursos tecnológicos desponíveis?
6. De que forma o aluno reage em sala de aula quando se utiliza os recursos tecnológicos desponíveis?
7. Como você realiza a correção de textos com seus alunos?
8. Que importância a escola atribui ao uso dos recursos tecnológicos? Quais os resultados mais visíveis?
9. Existe algum empecilho para o uso frequente destes recursos em sala?
10. Você utiliza software com gêneros textuais nas aulas de leitura com seus alunos? Qual a reação deles?
APÊNDICE B – ROTEIRO DE ENTREVISTA APLICADA AOS ALUNOS
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO PESQUEIRA – ISEP
1. Qual a importância da leitura no seu dia a dia?
2. Você gosta de ler? Que tipo de texto você mais gosta?
3. Você tem computador em casa? Qual a importância dele no seu dia a dia?
4. Nas sua leituras você usa o computador? Como?
5. O que você mais gosta de fazer ao utilizar o computador?
6. Você tem acesso a internet? O que mais acessa nas redes sociais? De onde você acessa internet?
7. Qual seu hobbie preferido? Leitura, filmes, músicas, navegar na internet ou praticar esporte? Por quê?
8. Como são realizadas as atividades de leitura e escrita na sala de aula?
9. Como você o ensino da gramática realizado pelo professor? Explique.
10. Seu professor(a) utiliza recursos pedagógicos como computador, filmes e jogos interativos nas aulas de português? Ele costumas ler para os alunos? Com que frequência?
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