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1 Nome dos acadêmicas: Cleide de Jesus, Shirley Kaizer de Albuquerque 2 Nome do Professor tutor externo: Ms. Vanessa Rosa Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (PED1955) – Prática de Estágio II - 2020/01 A TECNOLOGIA, AS METODOLOGIA E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Acadêmicas¹ Shirley kaizer de Albuquerque, Cleide de Jesus... Tutor Externo² Ms. Vanessa Rosa. RESUMO No presente trabalho aborda-se uma compreensão sobre a “A tecnologia, as Metodologias e práticas pedagógicas do Ensino e Aprendizagem”. Com uma proposta da Prática de Ensino, para o 6° semestre do curso de Pedagogia do Centro Universitário. Leonardo da Vinci – Uniasselvi. Iniciou-se um estudo reflexivo e investigativo sobre um projeto de extensão, para que o estágio sejam baseado na experiência do uso de ferramentas tecnológicas para as aulas remotas, buscando e pesquisando possibilidades de aulas virtuais na linguagem do aluno do fundamental I. Tem como objetivo a reflexão sobre as mídias como aliada do professor para desenvolver estratégias de provocações e questionamentos fazendo com que não haja prontamente uma resposta pronta. Desenvolvendo um olhar mais sensível e atencioso com a criança, promovendo a ela a experiência de se trabalhar com práticas virtuais, mas não deixando de utilizar linguagens ludicamente. A criança aprende e constrói-se por meio das relações e interações, fazendo com que vivenciem este processo e que seja harmonioso e rico em conhecimento e experiências com diferentes metodologias e estratégias. Para que isto ocorra, o novo professor, precisaria no mínimo, de uma cultura geral mais ampliada, capacidade de aprender a aprender, competência para saber agir na sala de aula, habilidades comunicativas, domínio de linguagem informacional, saber usar meios de comunicação e articular as aulas com as mídias e multimídias. Para este estudo optou-se pela leitura de livros e artigos de vários estudiosos da área educacional, que caracteriza a pesquisa como bibliográfica e qualitativa. Palavras-chave: Linguagens. Metodologia. Tecnologia 1. INTRODUÇÃO A criança se desenvolve por meio das interações sociais com o meio social no qual está inserida. Através do auxílio dos adultos, as crianças passam a assimilar habilidades básicas, seja por meio do choro, sorriso, gestos em um processo de conquista de diferentes aprendizagens como sentar, falar, comer, tomar água no copo entre outras. A sua consciência se forma por meio do conhecimento de informação e interação consigo e com os outros por meio de vivências dentro e fora da escola. É verdade que o mundo contemporâneo, neste momento da história denominado ora de sociedade pós moderna, pós industrial ou pós -mercantil, ora de modernidade tardia, está marcado pelos avanços na comunicação e na informática e por outras tantas transformações tecnológicas e científicas. Essas transformações intervêm nas várias esferas da vida social, provocando mudanças econômicas, sociais, políticas, culturais, afetando também, as escolas e o exercício profissional da docência. 2 Muitos professores temem perder o emprego, outros se apavoram quando são pressionados a lidar com equipamentos eletrônicos. Por outro lado, setores ligados a órgãos oficiais (Secretarias de Educação, exemplo) imaginam que a utilização das novas tecnologias seria suficiente para formar ou capacitar professores, tornado- os técnicos executores de pacotes de instruções. Não faltam educadores entusiasmados com a ilusão de que a informação recebida dos meios de comunicação substituiria a necessidade do domínio de conhecimentos. Terá que ter uma postura que articule com as múltiplas linguagens, despertando o desejo de aprender, vivenciando conhecimentos através de ouvir histórias, visualizar imagens, reproduzir, manifestar e expressar sons musicais e histórias, o contato com a natureza entre outros, por meio de diversos recursos. Entendendo assim, as mídias apresentam- se, pedagogicamente, sobre três formas: como conteúdo escoar integrante das várias disciplinas do currículo, portanto, portadoras de informação, ideias, emoções, valores; como competências e atitudes profissionais; e como meios tecnológicos de comunicação humana (visuais, cênicos, verbais, sonoros, audiovisuais ) dirigidos para o ensinar a pensar, ensinar a aprender a aprender, implicando, portanto, efeitos didáticos como: desenvolvimento de pensamentos autônomo, estratégias cognitivas, autonomia para organizar e dirigir seu próprio processo de aprendizagem, facilidade de análise e resolução de problemas etc. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A criança faz um entendimento do mundo externo e da relação com os indivíduos que estão a sua volta de uma forma diferente do adulto, com as informações recebidas de seu entorno ela vai da sua própria forma entender, compreender, e construir sentido e significado, e ela vai dar um novo significado a estas informações e é nessas interações que ela irá tirar suas informações e criar conhecimento e conceito, se construindo como um sujeito. Usa vários modos e maneiras de interagir e comunicar o que ela está pensando, expressando seus pensamentos e dando sentindo a eles. Diante da complexidade das relações comunicacionais no mundo contemporâneo, os educadores escolares precisam, “aprender a pensar e a praticar comunicações midiatizadas” como requisito para a formação da cidadania. Não basta que os professores disponham, na escola, dos meios de comunicação ou apenas saberem usá-los. É preciso que aprendam a elaborar e a intervir no processo comunicacional que se realiza entre professores e alunos por meio de mídias (Rezende e Fusari, 1996). Conta uma ideia linear e mecânica sobre os usos das mídias, é preciso que 3 professores e alunos elaborem e transformem ideias, sentimentos, atitudes, valores, utilizando articuladamente múltiplas mídias, escolares e não escolares. O estímulo à interação entre aprendizes, professor, conteúdo e seus colegas, é desejável para construir um ambiente educacional dinâmico, em que o conhecimento possa fluir entre as quatro paredes da sala de aula de forma rápida e eficiente, estendendo-se à realidade e outros contextos, que se tornam também aprendizagens. Desse modo, trata-se grande tendência repensar o papel do divertimento e do lúdico, associando-os com a construção de conhecimento em sala de aula. A própria construção de conhecimento possui diversas facetas e, embora será possível verificar que possa se dar nas pequenas vivências subjetivas do indivíduo, também é importante entender que o conhecimento é a construção de saberes universalmente aceitos em determinado tempo histórico ou como processo de aprendizagem do sujeito (WERNECK, 2006). a determinadas habilidades (ARMSTRONG,2008 p.80). A escola continuará durante muito tempo dependendo da sala de aula, do quadro-negro, dos cadernos. Mas as mudanças tecnológicas terão impacto cada vez maior na educação escolar e na vida cotidiana. Os professores não podem mais ignorar a televisão, o vídeo, o cinema, o computador, o telefone, o fax, que são veículos de informação, de comunicação, de aprendizagem, de lazer, porque há tempos o professor e o livro didático deixaram de ser as únicas fontes do conhecimento. Ou seja, professores, alunos, pais, todos precisamos aprender a ler sons, imagens, movimentos e a lidar com eles. As linguagens da criança se cruzam e isto concede que ela tenha recursos para equiparem na interação. Permitindo mais acesso ao mundo que está a sua volta, a realidade em que está inserido desde seu nascimento, interagindo com indivíduos e objetos, tornando parte deste mundo, o conhecendo e compreendendo-o. Nessa escola, os alunos aprendem a buscar informação (nas aulas, no livro didático, na TV, no rádio, no jornal, nos vídeos, no computador, etc.), e os elementos gognitivospara analisa-la criticamente e darem a ela o significado pessoal. Para isso, cabe-lhe prover a formação cultural básica, assentada no desenvolvimento de capacidades cognitivas e operativas. Trata-se, assim, de capacitar os alunos e selecionar informações mas, principalmente, a internalizar instrumentos cognitivo (saber pensar de modo reflexivo) para aceder ao conhecimento. A escola fará, assim uma síntese entre acultura formal (dos conhecimentos sistematizados) e a cultura experenciada. Por isso, é necessário que proporcione não só o domínio de linguagens para a busca de informação. Ou seja, a escola precisa articular sua capacidade de receber e interpretar informação com a de produzi-la, a partir do aluno como sujeito do seu próprio conhecimento. Colom (1994, p. 78) explicita a ideia de escola como” espaço de síntese”. 4 (...) um espaço onde seja possível, em uma sociedade culturalizada pela informação das multimídias e pela intervenção educativa urbana, realizar a necessária síntese doadora de sentido e de razão crítica de todas as mensagens- informação acumuladas de forma diversa e autônoma através dos meios tecnológicos. Síntese e significado enquanto reordenação e reestruturação da cultura recebida em mosaico. Desta forma, conceber escola como espaço de síntese é acreditar nela como estrutura possibilitadora de significado mais do que como estrutura possibilitadora de informação . 2.1 O TRABALHO DO PROFESSOR DENTRO DAS LINGUAGENS: Cada criança tem suas particularidades e pela linguagem ela consegue se comunicar, seja oralmente, gestualmente, ou pela observação atenciosa do adulto. As crianças precisam ter condições para se manifestarem e expressarem, estas condições são criadas por um adulto que é chamado de professor, que será um profissional bem informado, responsável em trazer propostas pedagógicas, materiais, e permitir a interação com a música, desenho, escrita entre outros. Neste desenvolvimento este adulto tem o papel fundamental. Este profissional necessita desenvolver estas múltiplas linguagens, despertando o desejo de aprender desta criança. O profissional terá que ter uma escuta sensível com esta criança, passará a observá-la melhor, cuidadosamente seus movimentos, e irá instigá-la a questionar sobre temas relacionados a seu interesse. Estar atendo aos diálogos, gestos desta criança, registrar e documentar o que é observado, para ter uma base de decisões a serem tomadas. Professor tem que ter diálogo com este grupo de crianças diariamente. A proposta que este profissional irá trazer a partir do interesse do seu aluno, ou tragará provocações para eles se instigarem, promovendo vivencias ricas de aprendizagens e conhecimentos. O professor deve abandonar modos de trabalhos isolados e silenciosos. Este profissional terá que estar em constante formação, terá que questionar seu método de ensino constantemente para que pesquise, terá qualidade de conhecimento, reexaminando suas convicções e sua visão, se reinventando como profissional e sua metodologia de ensino. Sobre a necessidade de se educar para a mídia, Belloni (1992) escreve que, com a perda relativa das funções de socialização sofrida pela escola e pela família, a televisão passa a ser um instrumento cada vez mais poderoso no processo de socialização. Um dos aspectos negativos dessa influência é a tendência à passividade e dependência das crianças, prejudicando o desenvolvimento pleno de suas capacidades cognitivas e socioafetivas. Daí a necessidade de as escolas desenvolverem uma leitura crítica e uma postura ativa perante a mídia, ou seja, fazer uma educação 5 para a mídia, para ensinar os estudantes dominar a linguagem televisual, para não serem dominadas por ela. O acesso à informação, no entanto, não necessariamente promove o engajamento no conteúdo e, consequentemente o aprendizado. É preciso repensar a maneira como esse aluno irá entrar em contato com os conteúdos, como ele será engajado na tarefa de aprender. Assim, Fardo (2013, p. 26) faz a seguinte indagação: Tudo se modifica rapidamente, o que é local passa a ser global e que o global passa a ser local. A informação e o conhecimento se misturam e ultrapassam a maioria das fronteiras espaço- temporais historicamente estabelecidos. Assim, a educação entra no século XVI Marcada por essas transformações que acompanham a virada do milênio. Mas essas marcas implicam em ações, por parte das escolas, que condizem com a resposta esperada nos processos educativos que elas oferecem? Nesse sentido, não basta apenas ser apresentado o conteúdo, mas instigado a questionar, a buscar as razões, os porquês. Cotta Orlandi Et Al (2018), ao tratar da epistemologia genética de Piaget, destacam que o processo de aprendizagem se dá pela ação, a qual se vincula a processos mais orientados e espontâneos. A motivação intrínseca ou extrínseca pode desencadear diferentes formas de ação, seja autonomamente por parte dos alunos, seja pela orientação dos professores. Uma metodologia que possibilita mais vida, prazer e significado ao processo de ensino e aprendizagem, estimulando a vida social e o desenvolvimento construtivo da criança. O ensino deve ser entendido (...) como uma ajuda ao processo de aprendizagem. Ajuda necessária, porque sem ela é muito pouco provável que os alunos cheguem a aprender, e aprender da maneira mais significativa possível, os conhecimentos necessários para seu desenvolvimento pessoal para sua capacidade de compreensão da realidade e de atuação nela. Entretanto, só ajuda, porque o ensino não substitui a atividade mental construtiva do aluno, nem ocupa seu lugar ( Onrubia, 199, p. 101) 2.2 INSERÇÃO DE TECNOLOGIAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA Pesquisas realizadas com professores da educação básica apontam mudanças na prática pedagógica quanto ao processo de ensino e aprendizagem. Entre estes estudos, destaca-se o realizado por Romanowski, Martins e Vosgerau (2017), a seguir sintetizado. As mudanças compreendem a concepção do processo de ensino aprendizagem, em que o foco assume uma centralidade na aprendizagem dos professores e alunos. Outra mudança encontrada envolve a organização do currículo na perspectiva interdisciplinar, em que temas transversos perpassam as disciplinas e a organização do trabalho docente, tais como: a indisciplina , em turmas regulares da 6 inclusão de alunos com necessidades especiais alunos , turmas numerosas, diversidade sociocultural e ingresso dos alunos com dificuldades e necessidades diversas, pois são crianças oriundas de diferentes culturas e grupos sociais, além da inclusão de alunos com necessidades especiais em turmas regulares. A isso se somam a expansão das escolas com horário estendido, dito período integral, e o ingresso no ensino fundamental de crianças com seis anos, dada a duração de escolarização de nove anos nesse nível de ensino. São indicadas, igualmente, novas formas de avaliação e promoção dos alunos e alterações dos processos de registro de resultados detalhados das atividades escolares. Além dessas mudanças, os professores indicam a inserção das tecnologias informacionais e de comunicação no espaço escolar, alterando significativamente a organização da escola e do processo de ensino e aprendizagem. Com efeito, no processo de democratização da educação nas mudanças da prática pedagógica, as tecnologias informacionais e de comunicação se expressam como demandas e desafios. O ministério da educação tinha a meta de universalizar os laboratórios de informática em todas as escolas públicas até 2010, incluindo as rurais. A Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) também coopera com o programa TV Escola, para explorar a convergência das mídias digitais na ampliação da interatividade dos conteúdos, televisivos utilizados no ensino presenciale a distância ( SOARES- LEITE; NASCIMENTO- RIBEIRO,2012). Recursos nessa perspectiva foram disponibilizados, porém muitas dificuldades têm ocorrido para o acesso a um ensino integrado às tecnologias. Soares- leite e Nascimento- Ribeiro (2012) apontam que, entre as condições para resultados que expressem a conquista da integração ao cotidiano escolar, está o fato da maioria das escolas não possuir recursos suficientes para o acesso do estudantes às TICs, como número de computadores, baixa velocidade de conexão, falta de computadores apropriados para alunos com necessidades especiais, pouco apoio para a manutenção e reparos de equipamentos. Além dessas condições de infraestrutura, os professores dispõem de pouco tempo de preparo das aulas com tecnologias, há pouca ajuda para os docentes para o uso de recursos existentes e mesmo eles não se sentem preparados para empregar TICs em suas aulas. Os cursos de formação pouco contribuem para preparar os professores a esse uso, quer porque os currículos de formação não se ajustaram à oferta de disciplinas e atividades para uma formação com tecnologias, quer pela falta de infraestrutura nas instituições docente. Assim para ser mantida a inserção das TICs, dentro da escola ou fora dela, é necessário que algumas condições sejam consideradas, pois qualquer mudança nas práticas pedagógicas pode surgir com alguma facilidade, mas falta de recursos , desilusão, crises internas nas equipes e falta de reconhecimento são desafios contínuos para a manutenção e desenvolvimento de uma prática, como alerta Marcelo Garcia (2013). 7 A época atual é marcada por uma explosão de informações; vive-se numa transformação revolucionária, que muda a cada instante impulsionada pela internet, que da web 1.0 vai à web 4.0 e outras que virão, cujo efeito e´ esgotar e eliminar culturas antigas. É difícil de programar currículos e programas para o ensino; consequência, os princípios e bases da educação ficam sempre mais imprevisíveis e impreditivos, como sempre foi antipreditivo o comportamento humano. Pode-se afirmar, com Gofron ( 2014, p. 171), que a mídia eletrônica onipresente, que utiliza toda uma gama de meio audiovisuais de comunicação, são as principais ‘técnicas de produção’ da cultura, incluindo a cultura visual atual. Elas constituem o contexto no qual as escolas funcionam e, ao mesmo tempo, representam um risco considerável para elas. Hoje, o computador é quase tão comum quanto um relógio de pulso, e o proprietário tem acesso imediato, a qualquer momento, a todos os conteúdos e serviços de todas as formas disponíveis na internet. Vale a pena considerar como essa popularização do acesso à internet influencia a educação. Atualmente, é amplo e complexo o contexto de transformação digital, em que sobressai a indústria 4.0. 2.3 AS TECNOLOGIAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA Os professores indicaram que utilizam equipamentos, computadores, celulares, tablets, data show, como também processadores de textos, aplicativos e softwares, com frequência. Portanto, as TicS são empregadas no planejamento do ensino, no desenvolvimento das aulas, na avaliação da aprendizagem e na comunicação com as famílias dos alunos. No planejamento de ensino, elas envolvem processador de texto para escrita do planejamento e os meios de comunicação da internet para a divulgação para os alunos. Em relação às fontes de conteúdo, são feitas consultas à base de dados. Observa-se que, a organização do planejamento, o registro para disponibilizar aos estudantes é feito com uso de processador de texto e inserido em plataforma da instituição de ensino, por meio das quais os estudantes têm acesso ao planejamento, às atividades e aos textos de estudo. Nesse sentido, tem – se a opção de utilizar plataformas educacionais, como os próprios ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs). Além de textos, os professores empregam vídeos disponíveis em canais do You Tube. Alguns professores declararam que gravam. No processo de interação entre professores e alunos, alguns participantes indicaram usar fóruns e blogs. São mais usuais entre os professores os AVAs. As TICs têm sido também empregadas no processo de avaliação da aprendizagem, sendo os repositórios consideradas para 8 envio de temas produzidos pelos estudantes, apesar de ainda prevalecer a avaliação escrita realizada em classe presencialmente durante as aulas. Em uma escola vinculada aos colégios militares, foi constatado que o Planejamento de Ensino e Didática (PED) trimestral, assim como os planos de aula, é feito em arquivo digital e disponibilizado na rede interna, para que remotamente e conferir se estão de acordo com a Base Nacional Curricular e o calendário escolar. Para organizar os conteúdos, alguns professores mais tradicionais utilizam apenas os livros didático na sua metodologia de ensino, mas grande parte procura inovar e buscar conhecimentos atualizados na internet e entre a comunidade científica, incluindo em suas aulas instrumentos interativos, como aplicativos com elementos de gamificação e metodologias ativas de ensino, como a sala de aula invertida, entre outras, despertando, muitas vezes, maior interesse em seus alunos. Entre esses professores, estão os que realizam cursos de formação continuada. Os registros sobre as escolas de Santa Catarina apontam que, na grande maioria delas, os estudantes têm constante acesso às tecnologias. O estado disponibiliza um site para que os pais e , muitas vezes, o próprio aluno da segunda etapa do ensino fundamental e do ensino médio efetivem a matrícula. Assim começa a interação deles, com muitas possibilidades de usar os recursos tecnológicos na escola e nas diversas situações que lhes são colocadas para a realização de trabalhos, resolução de problemas e outras necessidades que surjam no decorrer do ano. Das 1. 276 escolas, a maioria possui laboratórios de informática, que são abertos aos alunos no seu turno de estudo ou no contraturno para que realizem pesquisas acadêmicas e possam interagir por meio de sites para isso preparados ou ainda por solicitação dos professores para a comunicação entre alunos, professor- aluno ou aluno. Além das salas de tecnologia, várias tecnologias contam com a Rádio Escola, na qual os alunos fazem a programação de músicas para o seu intervalo, com a supervisão de um professor, podem organizar um jornal durante os intervalos do turno de estudo ou entre os turnos, quando se trata de escolas do ensino médio integral, escola de ensino médio integrado ao ensino profissional ou escola integral de ensino fundamental. Em todos os exemplos o estudante é colocado em contato com as mais diversas situações em que há a presença da tecnologia, exigindo -se que tenha conhecimento para poder controlar as mídias, com a qualidade mínima necessária ao público, que é muito exigente. Os professores usam também dispositivos móveis próprios com o sistema fornecido pelo estado, que intitula Professor On- line, para lançamento de notas à Secretaria de Estado da Educação, a realização do controle de frequência de alunos e o repasse de informações para os alunos e responsáveis quanto a provas, trabalhos a ser realizados, datas de entrega, conteúdo que 9 está sendo trabalhado, bibliografia utilizada, enfim todas as informações necessárias ao bom desempenho da escola e a segurança de alunos, pais, professores e escola. Ainda, as escolas contam com outras tecnologias que podem ser utilizadas pelos docentes, dentre elas, a lousa digital, os microscópicos eletrônico e o cartão magnético para acesso à escola. Outras tecnologias se encontram à disposição das escolas e fazem parte de um projeto que se encontra em estudo, alguns até em processo de licitação. Por outro lado, faz-se necessário considerar que o professor/educador, ao assumir o papel de mediador de aprendizagens na sociedadetecnológica, cabe observar Como modelo que é para os mais novos, adotando determinados comportamentos e atitudes m face das tecnologias. Por outro lado, perante os produtos tecnológicos, e educador deverá assumir-se com conhecimento e critério, analisando cuidadosamente os materiais que coloca à disposição das crianças (FOLQUE, 2011, P. 8). Finalizando este estudo, pode -se afirmar que as escolas e os professores sabem das mudanças e desafios destes novos tempos. No entanto, se as estruturas permaneceram intactas, com transformações muito lentas, a promoção de oportunidades equânimes para todas as crianças e jovens se limitará ao acesso à escola. Desse modo, mais do que programas, o acesso às tecnologias deve constituir um direito de todos. O papel deste profissional não será fácil, terá que ter confiança nesta abordagem de ensino desenvolvida auxiliando as crianças com os problemas sem oferecer a solução. 2.4 AS TECNOLOGIAS E SEUS IMPACTOS NA SOCIEDADE E NA EDUCAÇÃO Vive-se num mundo repleto de transformações que impactam todos os setores da sociedade e, consequentemente, fazem mudar radicalmente as práticas cotidianas, seja individual, seja coletivamente, ditando novos ritmos e processos. Fazer uso da tecnologia na educação já é uma necessidade; no entanto, é preciso refletir como esse recurso deve ser empregado em sala de aula. Apenas usar ferramentas tecnológicas na escola, tendo por objetivo sua utilização como propósito final, não implica, de forma alguma, de fato empregá-las. Antes um propósito é fundamental compreender o seu conceito, para posteriormente repensar sua aplicabilidade. Sobre isso, Pinto (2005) apresenta a técnica como objeto definido de pesquisa filosófica. Entretanto, a delimitação do objeto da tecnologia pode permitir contornos mais definidos a um propósito que demanda reflexões de cunho filosófico, ou seja, a compreensão do termo exige uma abordagem 10 mais abrangente para reflexões mais profundas, uma vez que é um elemento pertencente à sociedade. Como aponta Behrens (2010), a complexidade passa a ter como o eixo central a visão do todo, da conexão, do inter- relacionamento, de rede e de teia, entre outros aspectos, afinal tal prática levam a buscar metodologias que venham a atender ao paradigma da complexidade e gerem a necessidade de produção do conhecimento, implicando superar a reprodução, para problematizar, discutir , projetar, eleger informações relevantes, criar entre outras ações pedagógicas, a conectividade. Siemens (2004), p. 6) compreende conectivismo como um processo guiado pela noção de que as decisões são buscadas em fundamentos que mudam rapidamente, onde novas informações estão sendo continuamente adquiridas e,a habilidade de reconhecer quando novas informações alteram o panorama baseado em decisões tomadas antes, multidimensionalidade, contextos criativos e pertencimentos Vê se que o autor também enfatiza a pouca articulação entre o tempo, representado pelo relógio, carga horária, quantidade de dias letivos, que medem limitam, planejam, cronometram o período de realização de qualquer atividade, e o tempo da experiência, necessário para qualquer aco se estabelecer. A pedagogia mais lenta, a tecnicista, como foco de discussão, se perde em sua trajetória quando cruza uma construção social de tempo, fato corroborado por Ausubel (2000), que aponta a generalidade das memórias semânticas, que fortalecem a aprendizagem de fato e têm tendência a ser simultaneamente de longo prazo e significativas, uma vez que o discente espera que elas se tornem parte de um conjunto de conhecimentos existentes, além de o próprio processo de aprendizagem significativa ser necessariamente complexo e, dessa forma, exigir um extenso período para ser concluído. Como é observado na cultura digital, que permite um volume e velocidade de informação muito mais denso, propiciados pelas redes sociais, internet e forma híbrida, em que os processos de todos os meios de comunicação se difundem, a concepção pedagógica vigente precisa ser refletida e reavaliada, de forma que possa contemplar novos processos inerentes aos novos modelos sociais , Ao refletir sobre o discente no modelo pedagógico atual, tem -se um processo guiado na tentativa de acompanhar um fluxo de informações e conhecimento cada vez maior e mais amplo, presente em todos os meios de comunicação Nesse sentido, Rogers (1973) descreve os aspectos dinâmicos e ativos do ensino que reforçam o processo de interação na aprendizagem e considera o aluno capaz de gerar esse direcionamento, desde que em ambiente propício e interessante. É fundamental que a escola seja capaz de utilizar estratégias diversificadas, empregando ferramentas abundantes no cotidiano de 11 seus alunos. Tal fator fez Dewey (1975) afirmar que a aprendizagem é uma experiência que ocorre entre as interação do ser com o ambiente de forma natural, mas na experiência só poderá ser considerada educativa se aumentar a qualidade das interações no ambiente e servir como base para interações ainda mais amplas no futuro. 3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO Escolhemos a turma do primeiro ano do Ensino Fundamental I, colégio particular, onde tivemos acesso as informações no site quanto a proposta pedagógica da escola. A escola se adaptou às aulas on-line em decorrência da pandemia, todos os alunos tem acesso a uma plataforma digital, além da plataforma, eles tem acesso a um portal da editora positivo, com atividades e jogos. A instituição de ensino, tem procurado adaptar as aulas no contexto do educando em parceria com as famílias de forma remota com a mediação da professora de turma, disponibilizando todas as manhãs as aulas na plataforma digital, no período que seria a aula presencial, a professora libera um link para os estudantes acessarem a aula através de vídeo chamada (Google Meet), onde faz as explicações e correções das atividades disponível no Google Classroom ( plataforma digital) , diversificando atividades de acordo com o desenvolvimento da turma do primeiro ano, elabora vídeos de sua autoria para também disponibilizar em suas aulas, promovendo diálogo para que além das explicações manter o vínculo com o aluno, tendo um olhar reflexivo e participativo nesta proposta. Atualizando seu espaço como professora de alfabetização, promovendo novas descobertas através das ferramentas virtuais. Procuramos através do Projeto de Extensão dar continuidade ao processo criativo da professora regente, seguindo sua linha de raciocínio , conhecendo o perfil da turma através da fala da professora, via Whatzapp, onde acatamos a sugestão do produto virtual em forma de vídeo, sendo que neste formato de aulas, todos os dias a professora elabora vídeo- aula, com temas sugestivos e relevantes para atrair a atenção de sua turma, utilizando uma linguagem apropriada para os estudantes. Escolhemos como produto virtual o vídeo, um meio de fácil acesso às crianças neste período de aulas não presenciais, possibilitando todos interagirem com o vídeo já com uma proposta de atividade, acompanhando o projeto da escola diante das aulas on- line (período de isolamento social), obtivemos como sugestão da professora regente de turma, o tema” dia da Avó” , visto que as avós neste momento estão distante de seus netos devido ao cuidado com os idosos. 12 A história escolhida foi,” Uma casa sonolenta”, onde o principal personagem é a avó, onde os alunos precisarão descobrir esta proposta, para que após ouvirem e visualizarem os personagens da história, compartilhar com a professora (aula on- line) a descoberta e em seguida fazer uma cartinha para avó, os que estiverem já desenvolvendo a escrita, podem escrever, e para aqueles que ainda não conseguirem formar as frases, incentivá-los a desenhar escrevendo palavras relacionadas ao desenho queelaborou pra a avó, e em algum momento enviar para a avó, fotografando e enviando através do celular. A escolha dos participantes deste trabalho acadêmico foi por afinidade, e cooperação nas etapas de cada função. Os materiais utilizados foram, o meio de comunicação eletrônico chamado “WhatsApp”, Software, Livros, Biblioteca Online, celulares, notebook e troca de conhecimento. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do cenário que estamos vivenciando, não tivemos a experiência que queríamos adquirir aplicando a vivência de estágio diretamente com a turma do primeiro ano do Ensino Fundamental I, portanto tivemos que nos reinventar, mudar nosso tema, passando a escolher entre os temas propostos, “Contação de história”, contribuindo com o desenvolvimento da linguagem da criança na fase da alfabetização, aliando com a tecnologia, mostrando para a criança as possibilidades de aprendizagem, entre elas por meio da mídia, através do projetor multimídia, TV smart ou do celular que ela também poderá ouvir, ler histórias encantadas. O papel da escola na sociedade informacional, destacando -a como espaço de síntese, ou seja, local em que as informações recebidas das multimídias e das variadas formas de intervenção educativa urbana são reordenadas e sintetizadas, atribuindo-lhes significados (Colom, 1994)Os professores não podem mais ignorar a televisão, o vídeo, o cinema, o computador, o telefone, que são veículos de informação, de comunicação, de aprendizagem, de lazer, porque há tempos o professor e o livro didático deixaram de ser as únicas fontes do conhecimento. Ou seja, professores, alunos, pais todos precisamos aprender a ler sons, imagens, movimentos e a lidar com eles. Kenski ( 1996, p. 133) apresenta esse assunto de uma forma muito pertinente: Os alunos aprendem em múltiplas e variadas situações. Já chegam à escola sabendo muitas coisas ouvidas no rádio, vistas na televisão, em apelos de outdoors e informes de mercado e shopping centers que visitam desde pequenos. Conhecem relógios digitais, calculadoras eletrônicas, vídeos -games, discos a laser, gravadores e muitos outros aparelhos que a tecnologia vem colocando à disposição para serem usados na vida cotidiana. 13 No momento, o colégio Ceeduc tem utilizado muito mais a tecnologia para as aulas remotas, portanto o vídeo realizado pelas acadêmicas contribuiu para a professora da turma, que irá compartilhar no “dia da avó”, a história homenageia as vovós da turminha do primeiro ano. A pesquisa teórica foi de grande relevância, pois muitos professores que estavam em sala de aula, de repente tiveram que buscar ferramentas tecnológicas para trabalhar com seus alunos neste período de isolamento social, sem preparo, a princípio sentiram -se inseguros, mas como professor é um profissional que acredita na educação, na transformação do indivíduo, buscou junto à coordenação pedagógica da escola capacitação para dar continuidade a seu trabalho através de plataforma digital (Google Classroom), aplicativos, vídeos, aulas síncronas ( Google Meet). Novos cenários e contextos educacionais estão sendo criados e transformados diariamente, visto que seus atores e protagonistas vêm vivenciando interações diferenciadas, com pessoas e recursos que a cada dia são reinventados, num tempo e espaço que lhes são próprios e dizem respeito a determinado contexto histórico. Assim também acontece na “EaD” (que hoje seria as aulas remotas na educação básica), que permite integrar saberes dos alunos, bem como ampliar suas possibilidades, tendo a mediação do” professor- tutor”, como suporte para o processo de ensino e aprendizagem. Diante da pesquisa elaborada, vimos a resistência ao mesmo tempo por parte de alguns educadores tradicionais a buscarem através de formação continuada, capacitação para incluir em suas aulas a tecnologia, que nada mais no século XXI, uma aliada ao professor em sua prática pedagógica. Portanto há novas exigências educacionais pedem às universidades e cursos de formação para o magistério um professor capaz de ajustar sua didática às novas realidades da sociedade, do conhecimento, do aluno, dos diversos universos culturais, dos meios de comunicação. O novo professor precisaria, no mínimo, de uma, saber usar meios de comunicação e articular as aulas com as mídias e multimídias. Embora seja verdade que tal repercussão tem se caracterizado pela subordinação da educação à economia e ao mercado com pouca ou nenhuma preocupação desigualdade e o destino social das pessoas, não se pode deixar de investir numa proposta de escola democrática que contemple conhecimentos, habilidades e valores necessários para a sobrevivência no mundo complexo de hoje (Frigotto, 1996; Gimenso Sacristán, 1996) REFERÊNCIAS LIBÂNEO, José carlos. ADEUS PROFESSOR, ADEUS PROFESSORA?: Novas exigências educacionais e profissão docente.-13 edição- São Paulo: Cortez, 2011. (Coleção questões da nossa época; v.2). 14 AFONSO, Germano Bruno; OLIVEIRA, Marcia Maria Fernandes; DONATO, Sueli Pereira (organizadores). EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS: perspectivas teóricas e práticas da educação. São Paulo: Artesanato Educacional, 2019. AGÊNCIA BRASIL. Educação. 2018. Disponível em : http://agenciabrasil. Ebc.com.br/educação/ noticia/2018-01/. Acesso em 4 jun. 2019. FÓUM MUNDIAL DE EDUCAÇÃO. Educação para todos. Dakar 2000. HARGREAVES,A. Os professores em tempos de mudança: o trabalho e a acultura dos professores na idade pós moderna. Alfragide: MacGraw- Hill, 1998. Delval, Juan. Aprender na vida aprender na escola. Porto Alegre: Artmed, 2001. ARMSTRONG, Thomas. As melhores escolas: a prática educacional orientada pelo desenvolvimento humano/ tradução Vinícios Duarte Figueira.- Porto Alegre, RS: Artmed, 2008.
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