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Consumo consciente
Niedjha Abdalla-Santos
Introdução
Você já ouvir falar em consumo consciente? Pois este será o tema desta aula! 
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta aula, você será capaz de:
 • compreender o conceito de consumo consciente;
 • conhecer o princípio dos 3Rs e seu impacto na sociedade. 
Vamos lá?
1 Conceito de consumo consciente
Consumo é um termo ao qual se pode atribuir sentido negativo ou positivo. Sua origem latina, 
consumere, está associada aos verbos utilizar, exaurir, esgotar, destruir. Por outro lado, a derivação 
inglesa, consumption, menos usual, indica somatória, consumação (PERES-NETO, 2013). Cabe 
aos seres humanos e às organizações definir quais valores querem atribuir ao próprio consumo.
Tenha em mente que, para consumir com responsabilidade, é preciso ter consciência quanto 
ao impacto (positivo ou negativo) que todo o consumo causa sobre a economia, a natureza, o indi-
víduo e a sociedade. A partir desta percepção, é possível escolher o que comprar, quanto comprar 
e de quem comprar. Podemos também definir de que forma usar e descartar o que já não serve 
para uso, buscando minimizar impactos negativos e maximizar os positivos.
FIQUE ATENTO!
Conforme o artigo 2o do Código de Defesa do Consumidor - CDC, consumidor é 
toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como desti-
natário final (BRASIL, 1990).
Figura 1 - Consumo consciente é reduzir.
Fonte: Bohbeh/Shutterstock.com
Assim, surge o conceito de consumo consciente, que consiste na escolha de produtos e ser-
viços voltados para a sustentabilidade. Trata-se da utilização do poder de escolha do consumidor 
para a construção de um mundo melhor. 
Mansano e Oliveira (2011) registram que o conceito de consumo consciente foi descrito pela 
Comissão de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (CDC/ONU) na Reso-
lução n. 153/1995, também da ONU. Consumo consciente, consumo sustentável, consumo responsá-
vel e consumo verde são considerados sinônimos na literatura de cunho ambiental. Em estudos mais 
detalhados, admite-se algumas distinções conforme a dimensão do consumo (BRASIL, 2016).
Entenda que a noção de consumo consciente está intimamente ligada à concepção de ética 
nas organizações e no comportamento do consumidor. Tratam-se de hábitos de consumo a serem 
desenvolvidos no dia a dia, dentro ou fora das empresas, no trabalho e na vida doméstica, bem 
como nas relações sociais. O consumo consciente é uma contribuição cotidiana, voluntária e soli-
dária para garantir a qualidade da vida planetária (BRASIL, 2016). 
Figura 2 - Reutilizar e minimizar rejeitos.
Fonte: Gunter Nezhoda/Shutterstock.com
FIQUE ATENTO!
Consumo e consumismo não são sinônimos. Consumo é o ato de adquirir ou utili-
zar produto ou serviço. Consumismo é nome dado ao consumo exagerado, típico 
das sociedades capitalistas, nas quais o consumo de massa é alimentado pela pu-
blicidade nem sempre ética.
O consumo responsável possui grande importância, pois o consumo, em si, é um modo de 
relacionamento humano e a forma como se consome nas sociedades desenvolvidas e naquelas 
em desenvolvimento revela grandes dilemas (CONÇALVES; CESCON, 2013). Impulsionado pela 
mídia, o consumo parece responder a motivações profundas, crenças sociais, associadas a estilos 
de vida que atingem a autoestima das pessoas, produzindo e alimentando sentimentos de supe-
rioridade ou inferioridade.
Figura 3 - Reciclar é preciso. 
Fonte: LobsteR/Shutterstock.com
EXEMPLO
O Grupo de Trabalho Sacolas Plásticas foi instituído pela Portaria MMA no 404, de 
13/12/2012 e tem por objetivo estudar o consumo sustentável de sacolas plásti-
cas, avaliando impactos no meio ambiente, natural e urbano, levando em conta os 
diferentes cenários e propondo o disciplinamento normativo da matéria. Confira 
em: <http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consu-
mo-sustentavel/gt-sacolas-pl%C3%A1sticas>.
As sociedades atuais parecem aceitar facilmente a crença de que a acumulação de bens é 
sinônimo de êxito pessoal e promessa de felicidade. Vive-se procurando ter mais, o que é um obs-
táculo ao consumo consciente, que se apoia na essência humana do ser mais. O principal desafio 
consiste em alimentar o consumo harmônico com os recursos disponíveis, de forma justa, livre e 
solidária (CONÇALVES; CESCON, 2013).
FIQUE ATENTO!
O artigo 4º do Código de Defesa do Consumidor (BRASIL, 1990) estabelece os objeti-
vos da política nacional de proteção ao consumidor, pelos quais o legislador garantiu 
a proteção à saúde e à qualidade de vida, reconhecendo implicitamente a proteção 
ao meio ambiente, sem o qual não existem nem saúde, nem qualidade de vida.
Devemos considerar também que quando as decisões de consumo são tomadas de forma 
consciente, gera-se consciência nos que produzem. Ao se tornar exigente e assumir a responsa-
bilidade pelo consumo, o consumidor força o produtor a oferecer produtos dentro das exigências 
éticas formuladas. Isto acaba impactando toda a cadeia de produção e de consumo. 
SAIBA MAIS!
Você pode escolher o nível de eficiência de seus eletrodomésticos pelo Selo Procel. 
Criado pelo governo federal em 1985, o  Programa Nacional de Conservação de 
Energia Elétrica - Procel (BRASIL, 2016) promove o uso eficiente da energia elétrica, 
combatendo o desperdício e reduzindo os custos e os investimentos setoriais. 
Consulte em: <www.eletrobras.com/elb/data/Pages/LUMIS0389BBA8PTBRIE.htm>.
Gonçalves e Cescon (2013) entendem ainda que o desejo de imitar e de superar os outros 
está na raiz da acumulação de bens. Isto alimenta o consumo ilimitado, induzindo as pessoas 
a consumirem para mostrar capacidade econômica e obterem reconhecimento social, indepen-
dente da satisfação que os bens possam gerar por si sós.
2 O princípio dos 3Rs e seu impacto na sociedade
Consumo sustentável diz respeito à escolha de bens que foram produzidos utilizando menos 
recursos naturais, respeitando valores éticos nas etapas de produção, transporte, comercialização, 
consumo e descarte e garantindo empregos dignos aos trabalhadores envolvidos. Tais produtos 
podem ser facilmente reaproveitados ou reciclados. A ideia corresponde a comprar apenas o que 
é necessário e maximizar a vida útil dos produtos. Somos consumidores conscientes quando nos-
sas escolhas de compra são responsáveis.
O princípio, regra ou política dos 3Rs está fortemente relacionada às práticas de consumo 
consciente e estabelece que uma das formas de se alcançar a sustentabilidade global é procurar 
Reduzir o consumo; Reutilizar o máximo possível e Reciclar sempre (MANSANO; OLIVEIRA, 2011).
Todos os ‘erres’ se voltam para a diminuição do desperdício e proteção ambiental, seja no 
consumo, na produção ou na geração de resíduos de uso individual ou organizacional. A redução 
procura minimizar o consumismo e o desperdício, sendo o primeiro “R”, pois evita gastos com o 
gerenciamento e tratamento e se aplica a qualquer grupo de resíduos.
Já a Reutilização tem por objetivo maximizar o uso antes do descarte ou reciclagem, com-
pondo um conjunto de técnicas voltadas a aproveitar os resíduos, preparando-os para serem reu-
tilizados no ciclo de produção. 
Já reciclar é uma forma de reutilização. A diferença é que o material ou produto será preparado 
para voltar a ser matéria-prima de um novo processo produtivo. Assim, produtos que seriam ou que 
foram descartados como lixo são coletados, separados e processados para retornarem à indústria.
SAIBA MAIS!
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) atua continuamente na elaboração e 
implementação de políticas públicas que têm por objetivo promover a produção e 
o consumo sustentáveis. Leia o texto sobre Responsabilidade Socioambiental em: 
<http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental>.
Figura 4 - Consumo consciente é cuidardo planeta.
Fonte: davidhirjak/Shutterstock.com
Com o aumento da preocupação ambiental, estudiosos e defensores do consumo consciente 
têm agregado novos Rs aos três iniciais. Entre os mais comuns, podemos citar: Repensar (antes 
de consumir); Reparar (consertar em vez de descartar); Repassar (conhecimentos sobre consumo 
consciente); Recusar (produtos política e socialmente incorretos); Respeitar (a si, a todos e o todo) 
(MANSANO; OLIVEIRA, 2011).
EXEMPLO
Trocar o uso de copos descartáveis por uma garrafinha térmica, caneca ou copo 
lavável no trabalho, na escola, na academia, no carro é uma forma simples e prática 
de contribuir com a sustentabilidade do planeta, sendo uma atitude de consumo 
sustentável.
Quanto aos impactos da adesão ao princípio dos 3Rs na sociedade, eles podem ser ambien-
tais, econômicos ou sociais. Alguns exemplos de resultados ambientais são: menor consumo de 
recursos naturais; menor produção de resíduos; redução da emissão industrial de gases poluidores; 
consumo e necessidade de produção de papel; de corte de árvores, mesmo em monoculturas, etc. 
Entre os ganhos econômicos, tem-se menor custo com matéria-prima, água e energia (elé-
trica, petrolífera etc.) decorrente da reciclagem de papel, vidro, plástico, alumínio e lixo orgânico. 
Por fim, diminuição da produção de lixo, reutilização de recursos potencialmente poluidores (plás-
tico, alumínio) e geração de empregos associados à reciclagem podem ser citados como benefí-
cios sociais.
Fechamento
Chegamos ao final desta aula. Aqui, conceitos associados aos estudos da ética e da respon-
sabilidade socioambiental foram explanados.
Nesta aula, você teve a oportunidade de: 
 • compreender o conceito de consumo sustentável e seu impacto para a sociedade;
 • conhecer o princípio dos 3Rs. 
Referências
BRASIL. Casa Civil da Presidência da República. Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código 
de Defesa do Consumidor). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. 
Acesso em: 25 ago. 2016.
______. Ministério do Meio Ambiente. Website institucional, responsabilidade socioambiental, Brasí-
lia, 2016. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental>. Acesso em: 
28 ago. 2016.
______. Eletrobras. Website institucional, Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica 
(Procel), Brasília, 2016. Disponível em: <https://www.eletrobras.com/elb/data/Pages/LUMIS-
0389BBA8PTBRIE.htm>. Acesso em: 7 set. 2016.
GONÇALVES, Marco Antônio; CESCON, Everaldo. Ética e consumo: o consumo como estratégia 
ético-política. Conjectura: Filos. Educ., Caxias do Sul, v. 18, n. 3, p. 155-165, set./dez. 2013. Dispo-
nível em: <http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/viewFile/2187/pdf_178>. 
Acesso em: 27 ago. 2016.
MANSANO, Josyane; OLIVEIRA, Gisele Lopes de. Reflexões sobre o consumo consciente volta-
das para o desenvolvimento sustentável. Revista de Direito Público, Londrina, v. 6, n. 1, p. 70-90, 
jan/abr. 2011. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/direitopub/article/view-
File/8203/9064>. Acesso em: 5 set. 2016.
PERES-NETO, Luiz. Ética, comunicação em contextos organizacionais e a defesa do consumo 
consciente. ANIMUS, Revista interamericana de Comunicação Midiática, v. 12, n. 24, 2013. Dispo-
nível em: <www.ufsm.br/animus>. Acesso em: 6 set. 2016.

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