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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA DE DIREITO
Thiago Borba da Silva
Título do filme: A onda. 
A história contada no filme “A Onda” relata um cotidiano escolar, especificamente o dia-a-dia de um professor, que é então designado a dar aulas sobre o tema Autocracia, porém este se demonstra retraído por não compactuar com o assunto e possuir maior apreço pelo assunto ao qual dava aulas anteriormente, anarquia.
No decorrer da história o professor procura uma metodologia na qual possa envolver os alunos de tal maneira que os deixe interessados e motivados pelo conteúdo. A cada aula era designado aos alunos tarefas e regras das quais todos deveriam se tornar totalmente passíveis e cooperativos, caso contrário a dramatização da autocracia e de liderança regida pelo professor, que compôs durante suas aulas, não ocorreria de fato. 
De maneira entusiasmada a turma passou a utilizar uniforme próprio, cumprimento com sinal e denominaram-se “A ONDA”.
Para que a aula ocorresse conforme os princípios da autocracia, o professor trocou os educandos de lugar, procurando uma equiparação para o desenvolvimento desta sociedade, demonstrando que suas ações buscavam o crescimento e um bom andamento do movimento.
O contratempo inicia quando os alunos, deleitados sobre o tema, levam os ensinamentos para seus lares e comunidade, envolvendo-os todos a essa realidade autocrata, e por vezes, exagerando na busca pelo envolvimento de todos no movimento da Onda.
O professor, ao tomar conhecimento dos ocorridos nos arredores da escola, decide pôr fim ao projeto escolar de autocracia, pois este já havia tomado dimensões desproporcionais e de tal engajamento pelos alunos que o líder, o professor, não obtinha mais controle das situações. 
O caso mais instigante do filme ocorre no momento em que um dos alunos tira a própria vida por acreditar verdadeiramente que a onda seria parte de sua vida. O professor acaba sendo detido pela polícia, e neste momento é possível observar que não havia notado a tamanha influência que exercia no alunado adolescente.
Segundo o filme essa tal “sociedade” dramatizada possui caráter de direito, que pode ser enfatizado no momento em que possuem organização, normas e regras. Entendendo que, a esta sociedade, é necessário respeitar, pois no momento de sua criação foi realizado voto para entrega de poder a um determinado indivíduo, no caso o professor, lembrando que o não cumprimento de tais regras, normas e organizações acarretariam em exclusão, exemplificando assim uma sanção.
No filme podemos destacar que o controle social é enfatizado em seu decorrer pois a organização do movimento “ A Onda” não possui qualquer legitimidade e abrangia um grupo que procurava aplicar e assegurar seus próprios interesses, visando a ordem e o bem comum.
No auge do movimento os integrantes agiam entendendo que seus atos seriam benéficos a sociedade em que estavam inseridos realmente, procurando de forma persuasiva e coercitiva manter influencia. Porém agiam de forma malevolente inconscientemente.
Compreendendo que em toda e qualquer forma de governo é necessário a existência de uma ordem mínima, com guias e direcionamentos para o desenvolver da sociedade. É inevitável que haja a limitação da esfera de conduta de cada indivíduo inserido de modo que sua liberdade de atuação não gere conflitos sociais, decorrentes no desenrolar do filme, demonstrando que a onipresença do direito é de fato real e dificilmente percebida no cotidiano.

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