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APOSTILA PENAL II 2017 PROF. LUCIANO COSTA

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Prévia do material em texto

Prof. MsC. LUCIANO COSTA – DIREITO PENAL II – RESUMO DE AULA 
Faculdade Estácio/FAP – Curso de Direito 
 _______________________________________________ 
 
Prof. MsC. Luciano costa 
Mestre em Direito; professor Adjunto II da Faculdade Estácio/FAP; professor convidado da 
UFPA no Curso de Mestrado e Especialização em Segurança Pública e Cidadania; professor da 
Escola de Governo – EGPA e professor do Instituto de Ensino de Segurança Pública do Pará – 
IESP. 
 
Sr (a) aluno (a), 
O presente material é apenas um resumo dos itens do programa de Direito Penal II, objetivando 
dá um norte do tema abordado. Importante ressaltar que ele não substitui a necessária e 
obrigatória leitura dos livros dos doutrinadores indicados, para que o aluno reforce e amplie 
seus conhecimentos e pontos de vista dos tópicos abordados. 
 
RESUMO DE AULAS 
 
CONCURSO DE PESSOAS – arts. 29 a 31 CP 
 
 
 
 
 
 
 
 
REQUISITOS CONCURSO DE PESSOAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- pluralidade de 
agentes e de 
condutas, que 
podem principais 
e acessórias 
2- relevância 
causal das 
condutas para o 
resultado 
3- liame subjetivo entre os 
agentes: exige-se que os 
agentes atuem com vontade 
homogênea, visando a 
realização do tipo penal; P. 
da convergência. 
4- unidade de 
tipo penal para 
todos os 
agentes 
5- Existência de 
fato punível 
É a reunião voluntária e consciente de duas ou mais 
pessoas para a prática de um ou mais crimes. É 
também conhecido por concurso de agentes ou 
codelinquência. 
 
Prof. MsC. LUCIANO COSTA – DIREITO PENAL II – RESUMO DE AULA 
Faculdade Estácio/FAP – Curso de Direito 
 _______________________________________________ 
 
ESPÉCIES DE CONCURSO DE PESSOAS 
Distinção entre concurso necessário e eventual de pessoas 
 
 
 
TEORIAS SOBRE A NATUREZA JURÍDICA DO CONCURSO DE PESSOAS 
 
 
 
 
 
 
Distinção entre 
concurso necessário e 
eventual de pessoas 
1- Concurso necessário: refere-se aos 
crimes plurissubjetivos, que exigem o 
a participação de pelo menos duas 
pessoas . Ex: crimes de rixa - art. 137; 
associação criminosa - art. 288; 
motim de preso - art. 354. 
2- Concurso eventual: refere-se aos 
crimes unissubjetivos, que também 
podem ser praticado por uma pessoa, 
sem coautor ou partícipe. Ex: 
estelionato - art. 171; homicídio - art. 
121; roubo - art. 157, etc 
TEORIAS 
SOBRE O 
CONCURSO 
DE PESSOAS 
1- Teoria Unitária ou 
monista - adotada 
como regra pelo CP 
2- Teoria pluralística - 
adotada com exceção 
3- Teoria 
dualística - 
doutrinária 
TEORIA UNITÁRIA OU 
MONISTA - art. 29 CP 
1- para essa teoria mesmo 
havendo diversidade de agentes 
e de condutas, considera-se 
existir somente um crime para 
todos. Ela foi adotada pelo CP no 
art. 29, caput. Ex: Teresa dirige o 
carro em que, juntamente com 
Pedro e Paulo, foram praticar 
um roubo em certa residência. 
Tereza ficou no carro 
esperando, enquanto Pedro e 
Paulo entraram na residência. 
Quando já estavam com as joias 
e outros objetos, a dona da casa 
reagiu e Pedro a matou.. 
2- Neste caso, Teresa é 
partícipe do furto, e não 
coautora do latrocínio, 
pois não contribuiu para 
este último crime, nos 
termos do § 2º do art. 29 
do CP. 
Já o § 1º estabelece uma 
redução de pena para o 
partícipe que cooperou 
com conduta de menor 
importância, e não 
alcança o coautor. 
3- O § 2º diz que se o 
partícipe teve 
participação menos 
grave do que aquela 
praticada pelo autor, ele 
só responderá por esse 
crime conforme o seu 
dolo, e não de acordo 
com o dolo do autor, e 
portanto, com a pena do 
crime que queria 
cometer aumentada até 
metade, se era previsível 
o resultado mais grave. 
Prof. MsC. LUCIANO COSTA – DIREITO PENAL II – RESUMO DE AULA 
Faculdade Estácio/FAP – Curso de Direito 
 _______________________________________________ 
 
 
Teoria dualística 
 
 
TEORIA PLURALÍSTICA 
 
 
TEORIAS QUANTO AO CONCEITO DE AUTORIA 
O conceito de autor é determinado de acordo com a teoria a ser adotada: 
TEORIA 
DUALÍSTICA: no 
caso de 
pluralidade de 
autores e de 
condutas diversas, 
gerando um 
mesmo resultado, 
há 2 crimes 
distintos: 
1- um crime para 
os autores 
2- outro crime 
para os partícipes 
TEORIA PLURALÍSTICA: Nessa teoria, cada agente responde 
por crime independente, mesmo que as condutas estejam 
unidas pelo mesmo nexo causal. Como exceção à regra, o 
CP adota a teoria pluralista, na qual se separam as 
condutas, com a criação de tipos penais diferentes para os 
agentes que buscam o mesmo resultado criminoso. As 
exceções pluralísticas nos seguintes crimes: 
1- aborto 
provocado por 
terceiro c/ 
consentimento da 
gestante: gestante 
pratica o crime do 
art. 124 CP; o 
terceiro executor 
do crime, incide 
no art. 126 CP. 
2- bigamia: o agente 
casado que contrai 
novo casamento, 
pratica crime do art. 
235,caput; aquele que, 
não sendo casado, 
contrai casamento com 
pessoa casada, 
sabendo dessa 
condição, incide no 
crime do § 1º do art. 
235. 
3- corrupção 
passiva e ativa: 
o FP pratica 
corrupção 
passiva - art. 
317; o 
particular 
(corruptor) 
pratica o crime 
de corrupção 
ativa - art. 333 
4- falso testemunho ou 
falsa perícia: test., 
perito, contador, 
tradutor que faz 
afirmação falsa ou cala a 
verdade em processo ou 
IP comete o crime do art. 
342, caput; e quem dá, 
oferece ou promete 
dinheiro ou outra 
vantagem a FP, pratica o 
crime do art. 343, caput 
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TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO 
 
Autor é aquele tem o domínio final do fato, mesmo não realizando atos executórios do 
crime. 
 
Tipos de autoria na visão da Teoria do domínio do fato 
 
 
 
 
 
 
 
Teorias quanto ao 
conceito de autor: 
1- Teoria unitária ou subjetiva: auor é aquele que, de 
qualquer modo contribui para o crime; não faz distinção 
entre autor e partícipe; foi adotada pelo CP de 1940 
2- Teoria material-objetiva ou extensiva: autor não é só 
aquele que executa o crime, mas também aquele que 
concorre de qualquer modo para o resultado. Não faz 
distinção entre autor e partícipe, todo aquele que 
participa do crime é autor. 
3- Teoria objetiva ou dualista: esta teoria faz distinção 
entre autor e partícipe e foi adotada pela reforma do 
CP de 1984; ela subdivide-se em 3 teorias: 
TEORIA 
OBJETIVO-
FORMAL OU 
DUALISTA 
1- Teoria objetivo-formal: para essa teoria autor é realiza o núcleo 
do tipo penal (verbo),isto é, quem executa o crime. Partícipe é quem, 
de qualquer modo, contribui para o crime, sem praticar ato 
executório. Ex: A empresta sua arma de fogo para B, com o objetivo 
de matar C. B, dias depois, mata C. Neste caso, B é autor, enquanto 
A é partícipe do crime de homicído, pois contribui para o crime sem 
praticar ato executório. Esta teoria falha, pois não consegue explicar 
a autoria mediata, em que o autor executa indiretamente o crime 
usando pessoa sem culpabilidade ou que age sem dolo nem culpa. 
2- Teoria objetivo material: autor é quem presta contribuição mais 
importante para a realização do crime, e não necessariamente aquele 
que realiza o núcleo do tipo penal. Partícipe é quem concorre de 
forma menos relevante para o crime. 
3- Teoria objetiva-final ou do domínio do fato: para essa teoria 
(crida por Hans Welzel e desenvolvida por Claus Roxin), autor é 
quem possui o controlesobre o domínio final do fato, quem planeja, 
decide sobre a prática, interrupção e condições do crime. Esta teoria 
amplia o conceito de autor. Não se aplica aos crimes culposos, pois 
não se pode conceber o controle final de um fato não desejado pelo 
autor do crime. 
Esta teoria é um complemento à teoria restritiva adota pelo nosso 
CP. 
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AUTORIA MEDIATA NA TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO 
 
 
 
 
AUTORIA DE ESCRITÓRIO 
 
 
TIPOS DE 
AUTORIA NA 
VISÃO DA 
TEORIA DO 
DOMÍNIO DO 
FATO 
 
1- AUTOR INTELECTUAL: é Quem planeja, 
quem organiza, é quem dirige a atividade dos 
demais. É também conhecido como autor de 
escritório ou do presídio (mais comum). 
2- AUTOR ou COAUTOR 
EXECUTOR: é quem realiza o 
verbo núcleo do tipo (ou seja, 
quem executa o crime); 
4- Ex: A, inimigo de B, planeja matá-lo. 
Ajusta tal fato com C e D, determinando 
dia, local e como deverá ser a morte (por 
estrangulamento) no banheiro do bar X. 
No dia, C embebeda B e em certo 
momento, o atrai ao banheiro, ocasião em 
que D executa o estrangulamento. Assim, 
A é coautor intelectual; C é coautor 
funcional e D é coautor executor. 
3- AUTOR ou COAUTOR 
FUNCIONAL. É quem participa da 
execução do crime, sem realizar 
diretamente o verbo núcleo do 
tipo penal. Ex: A e B planejam 
matar C. Enquanto A segura C 
para não reagir, B executa C com 
facadas. Neste caso, B é coautor 
executor e A é coautor funcional, 
pois tem o codomínio do fato 
(segurou a vítima). 
IMPORTANTE: a doutrina clássica só admite como 
coautor aquele que executa o crime, e portanto, só 
admite o coautor executor. O coautor intelectual e o 
funcional eram considerados apenas como partícipes 
do crime. Assim, aquele que planeja o crime e aquele 
que dirige o carro para a fuga no crime de homicídio, 
para os clássicos são apenas partícipes. 
 
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EXECUTOR DE RESERVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COAUTORIA E PARTICIPAÇÃO NA AUTORIA MEDIATA 
 
AUTORIA DE ESCRITÓRIO: 
conceito 
1- Oriunda do Direito alemão, a 
autoria de escritório se constitui em 
autoria mediata particular. Segundo 
Zaffaroni, autor de escritório é o 
agente que transmite a ordem a ser 
executada por outro autor direito, 
dotado de culpabilidade e passível de 
ser substituído por outro executor, 
caso não cumpra a ordem no âmbito 
de uma organização criminosa 
hierarquizada. 
2- Exemplo: O líder do Comando 
Vermelho, de dento de um 
presídio, ordena que seus 
comandados executem PMs de 
determinado batalhão de 
polícia. 
 
 
EXECUTOR DE RESERVA: 
 
É o agente que acompanha, presencialmente, a 
execução de um crime, ficando à disposição e se 
necessário, intervirá no crime. Se intervier, será 
tratado como coautor e se não intervier, será 
considerado partícipe do crime. 
Ex: Pedro e João preparam uma tocaia contra 
Francisco. Quando a vítima chega, João o ataca 
com uma faca, enquanto Pedro, munido com 
uma pistola fica próximo, observando o ato e se 
for necessário, atuará. 
 
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 FORMAS DE CONCURSO DE PESSOAS 
O concurso de agentes pode assumir as seguintes formas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COAUTORIA 
E 
PARTICIPAÇ
ÃO NA 
AUTORIA 
MEDIATA: É 
POSSÍVEL. 
Exemplo 1: Pedro e 
Maria instigam 
Beto, que é doente 
mental, para que 
este mate Carlos. 
Beto executa o 
crime. 
Neste caso, Pedro e 
Maria são coautores 
do crime de 
homicídio; Beto é 
inimputável 
 
 
2- Exemplo 2: João é médico e 
pretende matar Antônio, seu 
inimigo. Antônio se encontra 
hospitalizado recuperando-se de 
uma cirurgia no hospital. João, 
induz Célia, médica de Antônio, a 
matá-lo. Célia, aceitou os 
argumentos de João, e certo dia, 
determinou que a enfermeira Nádia 
ministrasse uma dose de remédio, 
que continha arsênio. A enfermeira, 
desconhecendo este fato, ministrou 
o remédio e horas depois, Antônio 
desencarnou. 
Neste caso, João é partícipe do 
crime de homicídio; Célia é autora 
mediata, pois usou a enfermeira 
Nádia como instrumento para que 
esta cometesse o crime. Nádia, que 
executou o crime, como atuou sem 
dolo ou culpa, será inocentada. 
 
 
Não é admissível a autoria mediata nos crimes culposos, pois o resultado é 
involuntariamente produzido. 
 
Não é admissível a autoria mediata nos crimes de mão própria, pois o crime só 
pode ser praticado pela pessoa diretamente indicada no tipo penal, não podendo ter a 
execução delegada a outra pessoa. 
 
1- COAUTORIA 
2- PARTICIPAÇÃO 
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COAUTORIA NOS CRIMES OMISSIVOS 
 
 
 
 
 
2- PARTICIPAÇÃO: Partícipe é aquele que não pratica a conduta principal do tipo 
penal, mas contribui de qualquer forma para o seu resultado final. 
 
 
 
 
 
1- COAUTORIA: aquela em que o 
agente atua colaborando recíproca e 
voluntariamente com o outro na 
prática de um crime. 
 
1- Exemplo: A e B estão 
assaltando uma pessoa. 
Enquanto A está retirando 
os pertences da pessoa, B 
está apontando a arma. 
 
2- A coautoria não é 
admitida nos crimes de 
mão própria, pois estes 
crimes só podem ser 
praticados pelos agentes 
indicados na lei penal. 
3- Ex: no crime de falso 
testemunho, só a 
testemunha pode falsear 
a verdade. 
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1ª vertente: é possível a coautoria nos crimes omissivos próprios ou 
impróprios, bastando que tenha liame de vontades entre os agentes e 
que realizem atos de execução do tipo penal. Ex: A e B encontram uma 
pessoa gravemente ferida na rua. Combinadas, resolvem não prestar 
socorro e vão embora. 
A e B são coautores do crime de omissão de socorro. 
Aderem a essa corrente: Cezar Bitencourt e Guilherme Nucci 
2ª vertente: não se admite a coautoria nesses crimes, pois cada pessoa 
detem o seu dever de agir de forma individual e indelegável. 
Exemplo 1: Pai e mãe deixam, de comum vontade, de alimentar o filho 
de tenra idade, vindo este a morrer. 
Cada um responde pelo crime como autor, pois o dever de assistência é 
inerente a cada um; 
Ex. 2: Três professores de natação de certo clube, percebem que uma 
pessoa está se afogando e não lhe prestam socorro, vindo a falecer. 
Neste caso, cada professor é autor do crime de homicídio doloso na 
forma omissiva imprópria, não havendo coautoria. 
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PUNIÇÃO DO PARTÍCIPE - TEORIA DA ACESSORIEDADEESPÉCIES DE PARTICIPAÇÃO 
 
1- Participação moral: a conduta do agente 
resume-se a induzir ou instigar terceira pessoa a 
praticar um crime. INDUZIR: é criar na mente 
da outra pessoa a vontade de praticar o crime. 
Ex: A conta para B sua inimizade com C, em 
razão de problemas familiares. A induz B a 
matar C, fato que ocorreu meses depois. 
“A” responderá como partícipe moral do crime 
de homicídio. INSTIGAR: é reforçar a vontade 
criminosa que já havia na mente da outra 
pessoa 
Ex: Délio conta para Beto que pretende furtar a 
casa de Carlos. Beto então estimula essa 
conduta na pessoa de Délio e dias depois, ele 
comete o crime. 
 
2- participação material: a conduta do 
agente consiste em prestar auxílio 
material ao autor do crime, sem 
realizar a conduta do tipo penal. 
Ex: Fornecer meios financeiros para o 
executor pratique o crime de 
homicídio. 
Alguns doutrinadores entendem que 
aquele que presta o auxílio é chamado 
de cúmplice. 
O auxílio material só pode ocorrer 
durante os atos preparatórios ou os 
atos executórios, mas nunca após a 
consumação. 
O induzimento ou a instigação devem ser relativas à 
prática de crime determinado e direcionado a pessoa 
determinada. Ex: Celio induziu 4 pessoas a praticar o 
crime de estelionato contra o diretor de uma escola 
particular. 
Se ocorrer induzimento ou instigação a pessoas 
indeterminadas em público para a realização de um 
crime determinado, não responderá como partícipe desse 
crime, mas como autor de incitação ao crime – art. 286 
CP. Ex: Paulo circula pelas ruas com um carro de 
som estimulando pessoas a roubarem bancos para 
pagar suas dívidas. 
 
A natureza jurídica da conduta do partícipe é acessória, uma vez que ele não 
realiza atos de execução contidos no tipo penal, mas apenas auxilia o autor 
principal. Deste modo, a conduta do partícipe somente adquire eficácia quando 
adere à conduta principal do autor, subordinando-se mediatamente à adequação 
típica do delito, conforme norma de extensão prevista no CP, art. 29. 
Nos termos do CP, art. 31, exige-se para a configuração da participação e 
conseqüente punição do partícipe que a conduta criminosa chegue, ao menos, a 
ser tentada. 
 
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 _______________________________________________ 
 
O Código Penal não adotou expressamente nenhuma das teorias. Mas a doutrina inclina-
se pela Teoria da acessoriedade limitada. 
 
TEORIA DA ACESSORIEDADE LIMITADA 
 
 
 
PARTICIPAÇÃO IMPUNÍVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para essa teoria 
a punição do 
partícipe é 
suficiente que o 
autor tenha 
praticado um 
fato típico e 
ilícito. 
Ex: Sandro ajusta com Siro, menor de 17 anos, para que 
este mate João, seu inimigo. Siro executa o crime. 
Então, Sandro é partícipe do crime de homicídio praticado 
por Siro, em concurso de pessoas. O fato de Siro ser 
inimputável não influi na participação. 
 
 
É a posição preferida pela doutrina brasileira. Contudo, não 
resolve os problemas referentes à autoria mediata. 
No exemplo em questão, não há vinculo subjetivo entre as 
condutas, diante da inimputabilidade de Siro. assim, Sandro 
seria o autor mediato da conduta, que reclama ação por 
agente sem culpabilidade. 
 
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1- Se o ajuste (acordo traçado entre duas ou mais pessoas), a 
determinação (decisão de alguém almejando uma finalidade), a 
instigação (reforço para a realização de uma idéia preexistente) e 
o auxílio (colaboração material para o objetivo) não chegam a ser 
tentados, o fato é atípico. 
2- A conduta do partícipe só tem relevância penal se o autor do 
crime ao menos iniciar a execução do crime. 
Ex: Belo ajusta, com João a morte de Nick, mediante pagamento. 
Mas João, mesmo concordando com Belo, não executa o 
combinado. 
Neste caso, Belo só responderá como partícipe do crime de 
homicídio, se João tivesse executado Nick. Como isso não ocorreu, 
Belo por nada responderá, pois o fato é atípico. 
 
3- Com efeito, a lei declarou expressamente que, em situações 
taxativas, é possível a punição do ajuste, da determinação, 
instigação ou auxílio como crime autônomo, como ocorre nos 
crimes de incitação ao crime - art. 286 e associação criminosa – 
art. 288 CP. 
 
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OUTROS INSTRUMENTOS LEGAIS 
 
AUTORIA COLATERAL OU AUTORIA APARELHA 
 
 
 
AUTORIA INCERTA 
 
 
 
 
 
AUTORIA 
COLATERAL: Ocorre 
quando duas ou 
mais pessoas 
buscam um mesmo 
resultado e 
praticam um crime, 
embora cada uma 
delas ignore a 
conduta da outra, 
não havendo prévio 
ajuste de vontades 
entre elas. 
1- Exemplo: Sandro e 
Pedro, cada um sem 
saber a intenção do outro 
e sem ajustes de 
vontade, tencionavam 
matar Geraldo. 
Começaram a rondar a 
rua onde Geraldo 
morava, e se puseram de 
emboscada. Quando 
Geraldo saiu de casa, 
Sandro e Pedro atiraram 
e mataram Geraldo. 
Posteriormente, a perícia 
constatou que haviam 2 
projéteis no corpo da 
vítima e que partiram da 
arma de Pedro. Neste 
caso, Pedro responde por 
homicídio consumado e 
Sandro, por tentativa de 
homicídio. 
2- Aqui não há concurso 
de pessoas, pois não há 
liame subjetivoentre 
Sandro e Pedro. 
 
Se se demonstrasse nos 
autos que os tiros 
disparados por Sandro 
também atingiram a 
vítima quando este já 
estava morto pelos tiros 
de Pedro, este 
responderia por homicídio 
consumado e Sandro 
ficaria impune em razão 
da caracterização do 
crime impossível. 
AUTORIA INCERTA: ocorre autoria incerta quando duas ou 
mais pessoas são indiciada como autora de um crime, porém, 
não se consegue apurar qual foi a conduta que causou o 
resultado. 
Aqui se conhecem os autores do crime, mas não se conclui, 
com certeza, qual das condutas deu causa ao resultado. 
 
1- Exemplo: Suponha-se que, A e B, com 
armas de fogo e munições idênticas, 
escondam-se atrás de arvores para matar 
C. Quando passa pela rua, A e B, sem 
ajustes, atiram e matam C. A pericia 
aponta um único projétil no corpo, que 
causou a morte de C e o laudo médico 
não conclui pela certeza de qual arma 
partiu o tiro que matou C. 
2- Neste caso, como não se conseguiu 
determinar de qual arma partiu o projétil, 
não se pode imputar a morte de C a A e B, 
pois só um deles matou. E como não 
conseguiu determinar isso, ambos 
responderão por tentativa de homicídio. 
Lembrando que não há concurso de 
agentes. 
Assim, no bojo de uma autoria incerta, 
todos os envolvido no crime devem 
responder pela tentativa desse crime. 
 
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AUTORIA DESCONHECIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCURSO DE CRIMES 
 
Também chamado de concursus delictorum, ocorre quando o mesmo agente, por meio 
de uma ou mais ações ou omissões, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não. 
 
 SISTEMA DE APLICAÇÃO DE PENA NO CONCURSO DE CRIMES 
 
 
1- SISTEMA DO CÚMULO MATERIAL: esse sistema considera que aplica-se ao 
réu a soma das penas de cada crime praticado pelos quais foi condenado. 
 
 
 
 
 
2- SISTEMA DE EXASPERAÇÃO DA PENA: aqui aplica-se só a pena do crime 
mais grave praticado, aumentada de certo percentual 
 
NO BRASIL 
SÃO 
USADOS 3 
SISTEMAS: 
1- Sistema 
do cúmulo 
material 
2- Sistema 
da 
exasperação 
3- Sistema 
de absorção 
O sistema do cúmulo material 
foi adotado 
1- no concurso 
material - art. 69 CP 
2- no concurso formal imperfeito - art. 
70, caput, 2ª parte. 
3- no concurso de penas 
de multa - art. 72 
Ocorre um crime, mas o Estado desconhecia o seu autor. 
Exemplo: João teve a sua casa furtada enquanto viajava. Mesmo a polícia 
tendo investigado, não há provas da autoria do crime. 
Dentro do prazo prescricional, enquanto não houver provas da autoria, o crime 
permanece de autoria desconhecida. 
 
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3-SISTEMA DA ABSORÇÃO: nesse sistema aplica-se somente a pena do crime mais 
grave, sem aumento, entendendo-se absorvidas as penas dos crimes menos grave. 
 
 
 
ESPÉCIES DE CONCURSO DE CRIMES 
 
 
 
 
1- CONCURSO MATERIAL DE CRIMES OU REAL: 
 
O sistema de exasperação da 
pena foi adotado: 
1- no concurso formal próprio ou 
perfeito - art. 70, 1ª parte do CP 
2- no crime continuado - art. 71 CP 
3- Este sistema apresenta o defeito de que 
os crimes menos graves, praticados em 
torno do crime mais grave, ficam impunes. 
O sistema da absorção foi 
adotado: 
Nos crimes falimentares praticados pelo falido. 
Se o falido cometer vários crimes, a ele será 
imposta uma única pena, sempre a do crime 
mais grave. 
ESPÉCIES 
DE 
CONCURSO 
DE CRIMES 
1- 
Concurso 
material ou 
real 
2- Concurso 
formal ou 
ideal 
3- Crime 
continuado 
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2- CONCURSO FORMAL OU IDEAL: 
 
 
 
CONCURSO FORMAL PRÓPRIO OU PERFEITO – art. 70, caput, 1ª parte: 
ocorre quando o agente pretende realizar apenas uma espécie de crime (dois ou mais), e 
obtém um único resultado danoso, existindo então unidade de desígnio (vontade). 
Desde o início a conduta do agente é culposa e o resultado é também culposo; ou desde 
o início a conduta é dolosa, mas o resultado é culposo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCURSO MATERIAL: ocorre quando o 
agente, mediante mais de uma ação ou 
omissão, pratica dois ou mais crimes, 
idênticos ou não (art. 69, caput). 
O concurso 
material 
pode ser: 
1- Concurso mat. 
homogêneo: ocorre 
quando os crimes 
cometidos são da 
mesma espécies. Ex: 
João cometu dois 
homicídios em mesmo 
contexto fático. 
2- Concurso mat. 
heterogêneo: ocorre 
quando os crimes 
praticados não da mesma 
espécie. Ex: Pedro 
praticou um roubo em 
certa casa e estuprou 
uma pessoa. 
REQUISITOS: para ocorrer 
conc. material tem de haver: 1- 
pluralidade de crimes; 2- 
pluralidade de condutas 
Aplicação da pena: 
Reconhecendo haver 
concurso de crimes, o 
juiz fixa, em separado, a 
pena de cada crime e a 
seguir, faz a somatória 
de todas 
CONCURSO FORMAL OU IDEAL: ocorre 
quando o agente, mediante uma só ação 
ou omissão, pratica dois ou mais crimes 
idênticos ou não. 
Espécies de 
concurso 
formal: 
1- Concurso formal 
perfeito ou ideal ou 
próprio 
2- Concurso formal 
imperfeito ou impróprio 
REQUISITOS: para ocorrer 
concurso formal tem de haver: 
1- pluralidade de crimes; 2- 
pluralidade de condutas 
Aplicação da pena 
Exemplo 1: João atropela 3 pessoas culposamente, 
que falecem; Temos 3 crimes idênticos (homicídios 
culposos) cometidos por uma única conduta; João 
responde por um só homicídio culposo, com pena 
aumentada de 1/6 a 1/2. 
Neste caso, há concurso formal perfeito homogêneo, 
pois o resultado é idêntico. 
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CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO OU IMPERFEITO:art. 70, caput, parte 
final: Ocorre quando o agente deseja a realização de mais de um crime e tem 
consciência e vontade em relação a cada um deles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aplicação de pena no concurso formal próprio: na hora 
de aplicar a pena, adota-se o sistema de exasperação, 
pois há unidade de desígnio, isto é, aplica-se a mais 
grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma 
delas, mas aumentada de um sexto até metade. 
Exemplo 2: Pedro, joga uma pedra para atingir Cícero, que também atinge 
Celso, causando a morte de Cícero e lesão corporal em Celso; aqui há 2 crimes 
cometidos por uma única conduta, com resultado diverso: um homicídio doloso e 
uma lesão corporal culposa; Pedro responde pelo crime mais grave (homicídio 
doloso), com pena aumentada de 1/6 até 1/2. 
Neste caso, há concurso formal perfeito heterogêneo, pois os resultados são 
diversos. 
 
Desígnios autônomos quer dizer que o agente tem a intenção (dolo) de 
praticar dois ou mais crimes mediante uma única conduta. Os vários crimes 
não são apenas um, perante a consciência e vontade do agente, embora seja 
objeto de uma única ação. 
 
Exemplo 1 – Paulo, planeja estuprarMaria, bem 
como transmitir-lhe o vírus do HIV, pois sabe 
que está contaminado. 
Aqui, desde o início, há a vontade de Paulo, de 
praticar os 2 crimes dolosos (desígnios autônomos). 
Portanto, as penas dos crimes são somadas. 
 
Exemplo 2: Bill pretende matar pai e mãe objetivando ficar com a herança, 
pois é o único filho. Certo dia, no café da manhã, colocou veneno no café e 
ambos tomaram. Horas depois, faleceram por envenenamento. 
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CRIME CONTINUADO OU CONTINUIDADE DELITIVA 
 
Ocorre crime continuado quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, 
pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, 
maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como 
continuação do primeiro (art. 71, caput). 
 
 
 
ESPÉCIES DE CRIME CONTINUADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
O CÓDIGO PENAL 
ADOTOU 
1- SISTEMA DO CÚMULO MATERIAL: 
no concurso material (art. 69 do CP); 
no concurso formal imperfeito (art. 70, 
caput, segunda parte) e 
no concurso de penas de multa (art. 72 CP) 
2- SISTEMA DE EXASPERAÇÃO: 
no concurso forma perfeito(art. 70, caupt, 
primeira parte) e 
no crime continuado (art. 71). 
3- O sistema de exasperação de penas 
adotado no artigo 70 (Concurso formal) e 
no art. 71(crime continuado) é benéfico 
para o réu. 
CARACTERÍSTI
CAS DO CRIME 
CONTINUADO 
1- duas ou 
mais 
condutas 
2- dois ou 
mais 
crimes 
3- crimes 
da mesma 
espécie 
4- semelhança nas 
condições de tempo; 
lugar; modo de 
execução e outras 
semelhantes 
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REQUISITOS DO CRIME CONTINUADO 
 
 
 
 
ESPÉCIES DE CRIME 
CONTINUADO 
1- CRIME CONTINUADO COMUM (art. 
71, caput): ocorre quando os crimes que 
compõe o crime continuado são 
praticados sem emprego de violência ou 
ameaça c/ a pessoa. Ex: Joana, toda 
semana furtou dinheiro da carteira da 
patroa por uma perido de 6 meses. Na 
dosimetria da pena, o juiz aplica a pena 
de um só furto, e aumenta essa pena de 
1/6 até 2/3. 
2- CRIME CONTINUADO ESPECÍFICO (art. 71, 
parágrafo único): ocorre quando os crimes 
dolosos que integram o crime continuado são 
praticados c/ emprego de violência ou grave 
ameaça contra vítimas diferentes. Ex: Num 
período de 2 meses consecutivos Sílvio e 
Cesar praticaram 3 roubos a redes de 
supermercados Líder e Formosa. Na 
dosimetria da pena, o juiz aplica a pena do 
crime mais grave (homicídio) e aumenta essa 
pena até o triplo. 
REQUISITO
S DO 
CRIME 
CONTINUA
DO 
3-Semelhança nas 
condições de tempo, 
lugar, modo de 
execução e outras. 
1- pluralidade de 
condutas; 
2- pluralidade 
de crimes da 
mesma espécie; 
Análise do crime continuado comum (Joana) temos: 2 ou mais condutas; 2 ou 
mais crimes da mesma espécie: furto; Condições de tempo: toda semana, por 6 
meses; condições de lugar: casa da patroa; maneira de execução: retirar 
dinheiro da carteira. 
 
Análise do crime continuado específico 
(Supermercados) temos: 2 ou mais condutas; 2 ou mais 
crimes da mesma espécie: roubos qualificados; 
Condições de tempo: por 2 meses; condições de lugar: 
lojas de supermercados; maneira de execução: 
subtrair dinheiro dos caixas. 
 
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CONCEITO DE CRIMES DA MESMA ESPÉCIE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natureza Jurídica da continuação delitiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 APLICAÇÃO DA PENA NO CRIME CONTINUADO 
 
 
No crime continuado comum 
1- se as penas são 
iguais, aplica-se 
somente uma delas, 
mas aumentada, em 
qualquer caso, de sexto 
a dois terço. 
2- se as penas são 
diversas, aplica-se a 
mais grave, mas 
aumentada de um 
sexto a dois terço; 
No crime continuado 
qualificado ou específico 
 
2- se as penas são iguais, 
aplica-se somente uma 
delas, mas aumentada, 
em qualquer caso, até o 
triplo. 
 
2- se as penas são 
diversas, aplica-se-lhe 
a mais grave das penas 
cabíveis; 
Crimes da mesma espécie são os previstos no mesmo 
tipo penal, isto é, aqueles que possuem os mesmos 
elementos descritivos, abrangendo as formas simples, 
privilegiadas e qualificadas, tentados ou consumados. É 
a posição adotada pelo STF. 
Ex: furto simples e qualificado; homicídio consumado e 
tentado; estupro simples e qualificado. 
 
 
 
 
O código penal adotou a teoria da ficção jurídica, pois 
embora haja vários crimes, a lei determina que se considere 
como se fosse crime único. 
Entretanto, tal teoria somente é válida para o momento da 
aplicação da pena. 
 
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TEORIA DA SANÇÃO PENAL 
 
O sistema punitivo do Estado constitui o mais rigoroso instrumento de controle social, 
e a conduta criminosa é a mais grave forma de transgressão de normas sociais. A 
incriminação de certas condutas destina-se a proteger determinados bens e interesses de 
grande valor social, segundo o sistema vigente em cada país. 
 
 
 
 
 
A pena é a consequência jurídico-penal da prática de uma infração penal por pessoa 
imputável, imposta através de sentença judicial, que consiste em restrição ou privação 
de bens do infrator. 
 
FUNÇÃO SOCIAL OU FINALIDADE DA SANÇÃO PENAL 
A pena deve atender aos anseios da coletividade consistente na proteção dos bens 
jurídicos. 
 
 
 
 
 
ESPÉCIES DE SANÇÃO PENAL 
 
 
FUNÇÃO SOCIAL DA 
SANÇÃO PENAL 
1- FINALIDADE 
RETRIBUTIVA: a pena é 
retribuição ao mal 
causado pelo autor do 
crime à sociedade 
2- FINALIDADE PREVENTIVA: 
a pena visa evitar a prática 
de crimes por meio da 
intimidação ao criminoso 
(pela aplicação de pena - 
prevenção especial) e a 
sociedade (pelo medo de 
sofrer a mesma pena do 
criminoso - prevenção geral) 
3- FINALIDADE 
RESSOCIALIZADORA: a 
pena também deve servir 
para reinserir o detento 
ao seio da sociedade, 
fazendo a readaptação 
social dele. 
SANÇÃO 
PENAL é 
gênero, 
com 2 
espécies 
2- MEDIDA 
DE 
SEGURANÇA 
1- PENA 
CONCEITO DE PENA: a pena é a restrição ou 
privação de bens jurídicos estabelecida pela lei e 
imposta pelo órgão jurisdicional contra quem praticou 
um delito. 
 
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CARACTERÍSTICAS DA SANÇÃO PENAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA PENA 
 
 
A PENA OU 
SANÇÃO 
PENAL: 
característic
as 
1- somente é 
aplicável aos 
imputáveis e semi-
imputáveis 
2- tem como 
fundamento a 
culpabilidade 
(Dolo ou culpa) 
3- é retributiva e 
preventiva 
4-possui tempo 
limitado – no 
máximo 30 anos 
de pena privativa 
da liberdade. 
A MEDIDA 
DE 
SEGURANÇA 
1- somente é 
aplicável aos 
inimputáveis 
2- tem como 
fundamento a 
periculosidade de 
agente 
3- é somente 
preventiva 
4- dura por tempo 
indeterminado 
(cessa ao fim da 
periculosidade – 
art.97, § 1º do CP). 
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 FUNDAMENTOS DA PENA 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA PENA 
1- LEGALIDADE: a pena deve está prevista 
em lei, não se admitindo seja cominada em 
regulamento ou ato normativo infralegal – 
Art. 5º, XXXIX CF; 
2- ANTERIORIDADE: a lei já deve está 
vigindo na época em que for aplicada a 
infração penal – art. 5º, XXXIX CF e art. 1º 
do CP; 
3- PERSONALIDADE: a pena não de passar da 
pessoa do condenado – art. 5º ,XLV. Nesta linha, 
a pena de multa, embora considerada dívida de 
valor para fins de cobrança, não pode ser 
exigida dos herdeiros do criminoso; 
PRINCÍPIOS DA 
PENA 
4- INDIVIDUALIDADE: a pena deve ser 
individualizada de acordo com a culpabalidade 
e o mérito do condenado – art. 5ºXLVI CF; 
5- PROPORCIONALIDADE: a pena deve ser 
proporcional ao crime praticado, de acordo com 
os valores sociais de cada sociedade – art. 5º, 
XLVI e XLVII CF; 
6- HUMANIDADE: não são admitidas penas cruéis, 
pena de banimento, trabalhos forçados, penas 
perpétuas e pena de morte, salvo em caso de 
guerra- art. XLVII CF; 
7- INDERROGABILIDADE: no sentido da certeza 
de sua aplicação. 
“Uma sociedade que quisesse renunciar ao seu poder penal se autodestruiria. A 
necessidade da pena é um dado fático incontestável. Mas isso nada diz respeito 
sobre o modo de operar nem sobre sua essência ou fins. Sua necessidade, 
entretanto, é um fato real”. 
 Reinhart Maurach 
 
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TEORIAS DA PENA 
Estas teorias objetivas explicar e justificar o sentido da imposição de sanções penais 
pelo Estado à pessoas que violam a norma social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A doutrina mais abalizada explica a imposição da pena por meio de três teorias: 
 
 
A PENA TEM TRÊS 
FUNDAMENTOS 
 
1-Fundamento político: 
A pena se justifica por que sem ela o ordenamento jurídico 
deixaria de ser coativo e capaz de reagir com eficácia diante 
das infrações praticadas. 
2- Fundamento psicossocial: 
A pena sob este ponto de vista é indispensável por que satisfaz 
o anseio de justiça da comunidade. 
Se o Estado renunciasse à pena, obrigando o prejudicado e a 
sociedade a aceitar a conduta criminosa passivamente, 
inevitavelmente voltaríamos ao período da vingança privada. 
 
3- Fundamento ético-individual: 
Neste aspecto a pena se justifica porque permite ao próprio 
delinqüente, como um ser moral, eventualmente se liberar do 
sentimento de culpa causado pelo crime. 
 
Teorias que 
explicam a 
imposição de 
pena 
Trazem a ideia 
de retribuição e 
prevenção 
1- Teoria absoluta ou retributiva: a pena é exigência de justiça, e 
quem pratica um mal deve sofrer um outro mal. A pena se funda 
na justa retribuição, servindo para recompensar o mal com o mal. 
2- Teoria relativa ou preventiva ou utilitária: a pena objetiva evitar 
que se pratique novos crimes, sendo irrelevante a imposição de 
castigo. Pode ser ser geral ou especial; bem como negativa ou 
positiva. 
3- Teoria unificadora ou mista ou conciliatória: parte do 
entendimento de que a pena é retribuição, mas deve perseguir os 
fins de prevenção geral e especial, recuperando e ressocializando o 
criminoso. “pune-se porque pecou e pune-se também para não 
pecar.” 
“A pena é utilizada como forma de controle social, é uma instituição necessária 
porque serve de abertura efetiva para a solução de conflitos sociais”. 
 Günter Stratenwerth 
Algumas constituições modernas atribuem à pena o fim de reeducação, 
ressocialização ou reinserção social do condenado (Itália, Espanha e Portugal ). 
Tecnicamente, não seria adequado dizer que a imposição de pena e medida de 
segurança têm como fim a recuperação social do condenado. 
 
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TEORIA RELATIVA, DA PREVENÇÃO OU UTILITÁRIA 
Segundo essa corrente, parte-se de uma concepção preventiva e utilitária da pena. Dentro dela, 
há a teoria da prevenção geral e a prevenção especial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modernamente, Feuerbach defendeu a prevenção geral, sustentando “que a missão do Estado 
consiste em impedir a violação do Direito, mas para antecipar-se à violação do Direito, o 
Estado tem de se valer de instrumentos coativos de natureza psicológica”. 
Essa teoria não estabelece os limites da reação punitiva do Estado e cria um direito penal do terror. 
É inadmissível que a pena seja imposta com critérios alheios ao autor do crime, para através da 
punição produzir efeitos sobre outras pessoas. 
 
 TEORIA DA PREVENÇÃO ESPECIAL OU INDIVIDUAL 
Atua sobre aquele que já fora condenado, para que não volte a delinquir e age sobre quem já está na 
criminalidade, incentivando-o para que não pratique novos crimes. 
Embora seja uma teoria antiga, ela foi revigorada no século XVIII, cujo maior defensor foi Von 
Liszt por meio da Escola Sociológica Alemã. 
Sobre a teoria da prevenção especial, Von Liszt afirmava: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há críticas no sentido de que a prevenção especial não pode constituir fundamento para a pena, pois 
há criminosos que não carecem de ressocialização, e em relação a estes pode-se fazer um 
prognóstico de não-reincidência. 
 
A prevenção especial ou individual pode ser: 
TEORIA DA PREVENÇÃO GERAL 
É a intimidação que se supõe alcançar por meio da ameaça da 
pena e de sua efetiva imposição. As pessoas não delinqüem por 
que têm medo de serem punidas. Busca atuar sobre a 
comunidade em geral, sobre os criminosos potenciais, por meio 
da pressão psicológica. 
 
“A pena é um meio a serviço da luta contra a 
criminalidade; opera ademais, de distinta forma, 
segundo o tipo de criminoso do qual se trate. Com 
relação ao delinqüente “ocasional”, a pena é apenas um 
meio “intimidatório”, uma “lembrança”; para o 
delinqüente de “estado” corrigível a pena é meio de 
coerção; quanto ao delinqüente “habitual” incorrigível, 
ela é meio de “inocuização”(enclausuramento), que o 
afasta ou o isola da sociedade como necessário meio de 
defesa e de segurança”. 
 
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TEORIA AGNÓSTICA DA PENA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo os seguidores dessa Teoria, as teorias anteriores só existem para legitimar o poder de 
punição do Estado, e negam sua legitimidade uma vez que os seus pressupostos são 
juridicamente duvidosos. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS SANÇÕES PENAIS NO ORDENAMENTO BRASILEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
A PREVENÇÃOESPECIAL PODE 
SER 
1- POSITIVA: age na 
ressocialização do 
condenado para que ao 
término da pena possa 
ser reinserido ao 
convívio social 
2- NEGATIVA: age 
intimidando o 
condenado para que ele 
não volte a cometer 
novos crimes, evitando 
a reincidência 
SANÇÃO 
PENAL: é 
gênero, c/ 2 
espécies 
1- PENAS - 
ESPÉCIES - 
art. 32 CP 
1- PRIVATIVAS DA 
LIBERDADE 
2- RESTRITIVAS DE 
DIREITO 
3- MULTA 
2- MEDIDAS 
DE 
SEGURANÇA 
- ESPÉCIES 
1- DETENTIVA: ocorre na 
internação em hospital de 
custódia e tratamento 
psiquiátrico 
2- RESTRITIVA: ocorre quando o 
condenado fica sujeito a 
tratamento ambulatorial 
Modernamente, há uma corrente de juristas que adota esta teoria. 
A pena para eles, é manifestação de um poder político, e não 
jurídico. A pena tem o objetivo de restringir o arbítrio do Estado e 
obriga o exercício do poder político nos limites do que determina a 
lei. 
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PENAS PREVISTAS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
A Constituição brasileira, em seu artigo 5º, inciso XLVI, traça as linhas mestras relativamente 
aos tipos de penas admitidas no Brasil, enumerando inclusive aquelas vedadas, bem como os 
regimes de cumprimento de pena. Então, a CF prevê as penas: 
 
 
A Constituição Federal não admite as seguintes penas – art. 5º, XLVII: 
 
 
 
PENAS PRIVATIVAS DA LIBERDADE 
 
 
 
DIFERENÇA ENTRE AS PENAS DE RECLUSÃO E DETENÇÃO 
 
PENAS 
NA CF 
privação ou 
restrição da 
liberdade 
perda 
de bens 
Multa prestação 
social 
alternativa 
suspensão 
ou 
interdição 
de direitos 
A CF NÃO 
ADMITE 
AS PENAS 
pena de 
morte pena de 
caráter 
perpétuo 
pena de 
trabalhos 
forçados 
pena de 
banimento 
penas 
cruéis 
PENAS 
PRIVATIVAS DA 
LIBERDADE - 
ESPÉCIES 
1- RECLUSÃO 
2- DETENÇÃO 
 3 - PRISÃO 
SIMPLES: LCP 
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Faculdade Estácio/FAP – Curso de Direito 
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TIPOS DE REGIMES DE CUMPRIMENTO DE PPL 
 
A execução da pena privativa de liberdade estabelece três tipos de regimes: 
1- Regime fechado 
2- Regime semi-aberto 
3- Regime aberto. 
 
REGIME FECHADO – art. 34 CP 
Este regime funda-se pela espécie de crime e quantidade de pena, reincidência, aliadas ao mérito 
do condenado (sistema progressivo). A pena deve ser superior a 8 anos e será cumprida em 
estabelecimento de segurança máxima ou média. 
 
 
 
 
REGIME SEMIABERTO – art. 35 CP 
O condenado não reincidente cuja pena estiver entre 4 e 8 anos, cumprirá a pena em colônia 
agrícola, industrial ou estabelecimento similar. 
 
DIFERENÇ
AS ENTRE 
RECLUSÃO 
E 
DETENÇÃO 
1- Pena de reclusão está reservada para crimes mais graves; a pena 
de detenção para os crimes de menor gravidade social 
2- a reclusão pode ser inicialmente cumprida em regime fechado, 
semi-aberto ou aberto; a detenção só pode ser cumprida 
inicialmente nos regimes semi-aberto e aberto - art. 33 CP. 
 3 - na aplicação cumulativa de pena de reclusão e detenção, 
cumpre-se primeiro a pena de reclusão, e ao término desta, 
inicia-se a detenção - art. 69 CP 
 4 - a reclusão pode ter como efeito da condenação a incapacidade para 
exercer o pátrio poder, curatela ou tetula nos crimes dolosos praticados 
contra filho, curatelado ou tutelado; tal não é possível na pena de detenção 
- art. 92, II CP 
 5 - o doente mental condenado c/ reclusão, o juiz determina o 
cumprimento de medida de segurança detentiva; condenado c/ 
detenção, o juiz só pode aplicar o tratamento ambulatorial - art.97 CP 
REGRAS DO 
REGIME 
FECHADO 
1- o condenado 
sempre cumpre a pena 
em penitenciária 
2- está obrigado a trabalhar 
dentro da penitenciária, na 
conformidade de suas 
aptidões ou ocupação anterior 
3- isolamento 
durante o repouso 
noturno 
4- sem direito a 
freqüentar cursos de 
instrução ou 
profissionalizantes 
 
5- o trabalho externo só é 
possível após o condenado 
ter cumprido pelos menos 
um sexto da pena, e 
somente em obras ou 
serviços públicos. 
 
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REGIME ABERTO – art. 36 CP 
O condenado não reincidente cuja pena for igual ou inferior a 4 anos, cumprirá a pena em casa 
de albergado ou estabelecimento adequado. 
 
 
Se o apenado comete algum deslize neste regime, frustrando a execução penal, poderá sofrer um 
processo de regressão, inclusive passando para o regime fechado. 
O maior mérito do regime aberto é manter o apenado em contato com a família e com a 
sociedade, permitindo que ele leve uma vida útil socialmente. 
 
REGIME ABERTO E PRISÃO DOMICILIAR 
A pena inicial poderá ser cumprida no regime aberto em prisão domiciliar somente nas seguintes 
casos: 
 
 
 
 
REGRAS DO 
REGIME 
SEMIABERTO 
1- Não há isolamento 
no período noturno 
2- O condenado tem o direito 
de freqüentar cursos 
profissionalizantes, segundo 
grau ou superior, no período 
noturno 
3- Durante o dia deve 
trabalhar em atividades 
da colônia agrícola, 
industrial ou 
estabelecimento similar 
4- O trabalho externo é 
admissível, inclusive na 
iniciativa privada, visando 
preparar o apenado para o 
retorno ao convívio da 
sociedade 
 
5- Admite o livramento 
condicional 
REGRAS DO 
REGIME 
SEMIABERTO 
1- baseia-se na 
autodisciplina e senso de 
responsabilidade do 
condenado 
2- o condenado deve 
trabalhar em atividades 
lícitas durante o dia 
3- o condenado deve 
frequentar curso durante o 
dia 
5- o condenado deve 
se recolher à casa do 
albergado no 
período noturno 
PRISÃO 
DOMICILI
AR 
1- quando o condenado tiver mais de 70 anos 
2- quando o condenado estiver c/ doença grave 
 3- quando mulher, c/ filho menor; mulher gestante; deficiente físico ou mental 
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PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL 
O SISTEMA INGLÊS OU PROGRESSIVO – art. 33, § 2º CP 
Esse sistema funda-se no isolamento do condenado no início do cumprimento da pena privativa 
da liberdade, mas em um segundo momento, o preso é autorizado a passar para outros regimes 
menos rigorosos. 
 
PROGRESSÃO DE REGIME 
Iniciado o cumprimento da pena conforme a sentença do juiz, possibilita-se ao condenado a 
transferência para regime menos rigoroso, e desde que tenha cumprido ao menos um sexto da 
pena no regime anterior, bem como o mérito do condenado recomendar tal benefício. 
 
A progressão de regime prisional exige 2 requisitos: 
 
 
 
PROGRESSÃO NOS CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS 
 
Após muita polêmica sobre esse tema, atualmente é plenamente possível a progressão 
de regime para os crimes hediondos (Lei n. 8.072/90, art. 2º), bastando observar o lapso 
temporal diferenciado (2/5 da pena) e o mérito do condenado, conforme a lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VEDAÇÃO DE PROGRESSÃO POR SALTO 
 
A progressão por saltos consiste na passagem direta de regime fechado para o aberto, pulando o 
semiaberto, pois deixa o preso de estagiar no regime semiaberto. 
 
 
requisitos da 
progressão - art. 
112 LEP 
1- requisito 
objetivo: 
cumprimento de 
ao menos 1/6 
da pena2- requisito 
subjetivo: baseia-se 
no mérito do 
condenado(boa 
conduta carcerária) 
 
 a prova do mérito do condenado é 
feita pelo diretor do estabelecimento 
prisional, com parecer do MP e 
manifestação da defesa, dando o juiz 
da execuções penais a decisão. 
Progressão de regime 
no crime hediondo - 
art. 2º da lei 8072/90 
1- requisito objetivo: cumprimento de ao 
menos 2/5 da pena - apenado primário e 3/5 
para apenado reincidente 
2- requisito subjetivo: baseia-se no mérito do 
condenado ( boa conduta carcerária) 
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste 
artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado 
for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. 
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REGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL 
É a transferência do condenado para regime para rigoroso do que aquele em que se acha. 
As hipóteses em que a LEP permite a regressão de regime estão no art. 118, I e II. 
 
 
 
REGRESSÃO POR SALTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DETRAÇÃO PENAL – art. 42 CP 
 
A detração penal é cômputo na pena privativa de liberdade e na medida de segurança do 
tempo de prisão provisória, administrativa ou de internação em hospital ou manicômio, no 
Brasil ou no exterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPÓTESES DE OCORRÊNCIA DA DETRAÇÃO 
 
HIPÓTESES 
EM QUE SE 
PERMITE A 
REGRESSÃO 
DE PENA 
1- Prática de 
fato definido 
como crime 
doloso ou falta 
grave - art. 50 
da LEP 
2- Sofrer condenação, por 
crime anterior, cuja pena, 
somada ao restante da pena 
em execução, torne 
incabível o regime - art.111 
A doutrina admite que é possível a regressão por salto, 
pois o art. 118 da LEP refere-se somente a “transferência 
para qualquer dos regimes mais rigorosos”. Não se 
refere aos menos rigorosos. 
Assim, é possível que estando o condenado cumprindo 
pena no regime aberto, e comete um crime grave. Ele 
será, então, transferido do regime aberto para o 
fechado. 
 
Por meio da detração penal permite-se descontar, na pena ou na 
medida de segurança, o tempo de prisão ou internação que o 
condenado cumpriu antes da condenação. Esse período anterior à 
sentença penal condenatória, a lei considera como de efetivo 
cumprimento de pena. 
 
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REMIÇÃO DE PENA 
 
Remição é um benefício dado ao condenado que cumpre pena PPL em regime fechado ou 
semiaberto, que consiste no abatimento de parte da pena na proporção de um dia de pena por 
três dias de trabalho, ou seja, a cada três dias trabalhados abate um dia na pena do condenado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há uma corrente doutrinária que defende a remição mesmo sem a realização de trabalho 
prisional, já que o Estado não oferece as condições para que o condenado possa trabalhar. 
 
ESTUDO E REMIÇÃO DA PENA 
Embora a LEP não vincule a remição ao caso do preso que frequente curso formal fora da casa 
penal, o STJ editou a súmula 341 no sentido de que: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DETRAÇÃO 
PENAL 
1- prisão provisória no Brasil ou estrangeiro: prisão em flagrante 
delito, temporária, prisão preventiva, prisão decorrente de sentença de 
pronúncia e prisão decorrente de sentença condenatória recorrível. 
2- prisão administrativa decorrente de infração disciplinar militar. A prisão 
civil strito sensu não foi contemplada com a possibilidade de detração penal. 
 3- internação em casa de saúde: não teria sentido suspender a execução da 
pena durante o período em que o condenado tenha que permanecer 
hospitalizado. 
A remição: 1- é da competência do juízo da execução penal; 
2- cabe ao preso provisório remir pena para contar na futura condenação, 
desde que esse trabalho seja interno no presídio; 
3- a jornada de trabalho não pode ser inferior a 6 nem superior a 8 horas; 
4- o condenado que sofrer falta grave perderá o tempo remido; 
5- Não há limite para a remição. Quanto mais dias trabalhar o preso, maior será 
o desconto; 
6- A atividade laborativa deve ser reconhecida e autorizada pela direção da casa 
penal; 
7- a remição pode ser aplicada a todas as espécies de crimes, inclusive crimes 
hediondos e equiparados; 
8- o tempo remido será computado para a concessão de livramento condicional 
e indulto; 
9- a remição depende do merecimento do preso, não podendo ter má conduta 
carcerária. 
 
“A frequência a curso de ensino formal é causa de 
remição de parte do tempo de execução de pena sob o 
regime fechado e semiaberto” 
 
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REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO – RDD – art. 52 LEIP 
O art. 52 da LEP foi alterado no sentido de que os criminosos de alta periculosidade 
tenham tratamento mais severo durante a execução de suas penas privativas da liberdade. 
Assim, estão sujeitos ao RDD aqueles presos que: 
 
 
CARACTERÍSTICAS DO RDD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REQUISI
TOS P/ O 
CUMPRI
MENTO 
DE PENA 
NO RDD 
1- praticaram crimes dolosos que constitui falta grave, desde que gere 
subversão da ordem ou da disciplina interna 
2- apresentar alto risco para a ordem e a segurança da penitenciária ou da 
sociedade 
 3- tiverem fundadas suspeitas de envolvimento ou participação em 
organizações ou associações criminosas, tanto para preso condenado como 
para provisório 
CARACTE
RÍSTICAS 
DO RDD 
1- Duração máxima de 360 dias, sem 
prejuízo da repetição da pena por 
nova falta grave de mesma espécie 
2- recolhimento 
em cela 
individual 
3- visitas semanais de 
2 pessoas, sem contar 
as crianças, com 
duração de 2 horas 
4- direito de sair 
da sela por duas 
horas diárias para 
banho de sol 
A autoridade administrativa poderá decretar o 
isolamento do preso faltoso no RDD pelo prazo de 
até 10 dias. Mas a inclusão do preso nesse regime em 
razão da disciplina e da verificação do fato depende 
de autorização do juiz competente. 
 
O tempo de isolamento no RDD será computado 
no período de cumprimento da sanção disciplinar. 
 
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PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO – art. 43 CP e 147 LEP 
São penas autônomas que substituem a pena PPL por determinadas restrições a um ou 
mais direitos do condenado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUBSTITUIÇÃO DA PPL POR PRD 
Para que a PPL seja substituída por PRD exige-se os seguintes requisitos - art. 44, I e II: 
 
 
 
 
 
 
 
São características 
da PRD: 
1- Penas autônomas - art. 44 
CP: por que não podem ser 
cumuladas com pena PPL 
2- São penas substitutivas - art. 54 CP: 
por que ocupam o lugar da PPL, depois 
de aplicada esta, desde que presentes os 
requisitos legais 
PENAS 
RESTRIVAS DE 
DIREITOS - 
ESPÉCIES 
1- PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA - art.45, § 1º CP 
2- PERDA DE BENS E VALORES - art.45, § 3º CP 
 3 - PRESTAÇÃO DESERVIÇOS À COMUNIDADE - art.46, § 1º CP 
 4 - INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS - art.47 CP 
 5- LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA - art.48 CP 
REQUISITO
S DA 
SUBSTITUI
ÇÃO DA 
PPL POR 
PRD - art. 
44 CP 
1- a PPL não seja superior a 4 anos; para os culposos a 
substituição em possível qualquer que seja a pena imposta 
2- o crime não tenha sido cometido com violência ou grave 
ameaça à pessoa 
3- o réu não tenha sido reincidente específico em crime 
doloso 
4- a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a 
personalidade do condenado, bem como os motivos e as 
circunstâncias indiquem que essa substituição é suficiente 
O rol das penas restritivas de direito é exaustivo, não podendo o juiz criar outra 
espécie de pena alternativa.

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