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Débito cardíaco e retorno venoso

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Fisiologia I - capítulo 20 (guilherme ferreira morgado)
	O débito cardíaco é a quantidade de sangue bombeado para a aorta, a cada minuto, pelo coração. Já o retorno venoso é a quantidade de sangue que flui das veias para o átrio direito, a cada minuto. O retorno venoso e o débito cardíaco devem ser iguais. 
	O débito cardíaco é influenciado pelo nível básico do metabolismo corporal, grau de atividade, idade e dimensões do corpo. O índice cardíaco é o débito cardíaco por metro quadrado de área da superfície corporal. 
	O retorno venoso controla o débito cardíaco, ou seja, não é o próprio coração o principal controlador do débito, e sim os diversos fatores da circulação periférica. Isso ocorre devido a um mecanismo intrínseco do coração que o permite bombear toda e qualquer quantidade de sangue que chega ao átrio direito. Esse mecanismo é chamado de lei de Frank-Starling. De acordo com essa lei, com a chegada de mais sangue ocorre a distensão das paredes do coração. Com isso, o músculo se contrai com mais força fazendo com que seja ejetado todo sangue adicional. Além disso, a distensão faz com que o bombeamento seja mais rápido. Devido à distensão do nodo sinusal e também pelo fato de o átrio direito estar distendido provoca-se o reflexo de Bainbridge, que manda essa informação para o centro vasomotor e esse responde pela via simpática acelerando a frequência cardíaca. 
	O retorno venoso é a soma de todos os fluxos sanguíneos locais, logo, o débito cardíaco é a soma de todas as regulações do fluxo sanguíneo local. Além disso, o nível do débito cardíaco a longo prazo varia inversamente com as variações da resistência periférica total; se ela diminui, o débito aumenta, e vice-versa. 
	Existem limites para a quantidade de sangue que o coração é capaz de bombear e esses limites são expressos nas curvas de débito cardíaco. O coração normal pode bombear uma quantidade 2,5 vezes maior que o retorno venoso normal, mas existem corações hipereficazes e hipoeficazes. 
A hipereficácia ocorre devido a uma estimulação nervosa, por causa de uma excitação máxima, ou pela hipertrofia do músculo cardíaco, causada por um aumento da carga a longo prazo.
	Os fatores que levam a uma hipoeficácia são: bloqueio da coronária, inibição nervosa, fatores patológicos que causam ritmo cardíaco anormal, valvulopatia, PA aumentada, cardiopatia congênita, miocardite e hipóxia cardíaca. 
	Durante um exercício a resistência periférica total diminui, logo, a PA também deveria cair, mas o sistema nervoso envia sinais causando a constrição das veias maiores, aumentando a frequência e a contratilidade do coração.

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