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casos direito adm 2 aula 1 a 9

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Lucyus da Silva Souza mat.20120217802-2
Campus: Queimados - noite
 DIREITO ADMINISTRATIVO II -CCJ0011
 Aula 1 
Tema 
Serviços Públicos - Conceito; previsão; classificação; princípios fundamentais; politica tarifária; execução direta e indireta. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
Compreender a noção de serviço público como uma das atividades do Estado, a fim de oferecer comodidades e utilidades à coletividade; 
Identificar as modalidades e espécies de serviços públicos existentes, sua titularidade e seus princípios; 
Identificar os usuários dos serviços públicos e a forma de remuneração; 
Entender a sistemática de execução dos serviços públicos, de forma direta e indireta; 
Perceber a tendência de aproximar a sociedade organizada do Estado, a fim de conferir-lhe a execução de alguns serviços públicos não exclusivos. 
Estrutura do Conteúdo 
	1. Introdução. 
2. Conceito. 
3. Características. 
4. Classificação. 
4.1. Serviços Delegáveis e Indelegáveis; 
4.2. Serviços Administrativos e de Utilidade Pública; 
4.3. Serviços Coletivos e Singulares; 
4.4. Serviços Sociais e Econômicos. 
5. Titularidade. 
5.1. Competência, Regulamentação e Controle. 
6. Princípios. 
6.1. Princípio da Generalidade; 
6.2. Princípio da Continuidade; 
6.3. Princípio da Eficiência; 
	6.4. Princípio da Modicidade. 
6.5. Principio da Atualidade. 
7. Remuneração. 
8. Usuários. 
8.1. Direitos; 
8.2. Deveres. 
9. Execução Direta. 
10. Execução Indireta. 
10.1. Noção; 
10.2. Descentralização; 
10.2.1. Delegação Legal; 
10.2.2. Delegação Negocial: Particulares em Colaboração. 
11. Novas Formas de Prestação de Serviços Públicos. 
Aplicação Prática Teórica 
Caso Concreto: 
Maria, jovem integrante da alta sociedade paulistana, apesar de não trabalhar, reside há dois anos em um dos bairros nobres da capital paulista, visto que recebe do Estado de São Paulo pensionamento mensal decorrente da morte de seu pai, ex-servidor público. Ocorre que, após voltar de viagem ao exterior, foi surpreendida com a suspensão do pagamento da referida pensão, em razão de determinação judicial. Em razão disso, deixou de pagar a conta de luz de sua casa por dois meses consecutivos o que acarretou, após a prévia notificação pela concessionária prestadora do serviço público, o corte do fornecimento de luz em sua residência. 
Considerando a narrativa fática acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
A) À luz dos princípios da continuidade e do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão de serviço público, é lícito o corte de luz realizado pela concessionária? 
 O princípio da continuidade do serviço público consiste na exigência de que o serviço seja prestado de forma permanente, sem qualquer interrupção, visando assegurar estabilidade para os usuários por meio de sua manutenção de forma ininterrupta. 
 Com tudo, a interrupção do serviço, após prévio aviso, quando houver in adimplemento do usuário, não caracteriza descontinuidade do serviço. Isto porque, a continuidade da prestação do serviço facultativo pressupõe o cumprimento de deveres por parte do usuário, notadamente o pagamento da tarifa. Por outro lado a falta de remuneração adequada, ante a aceitação do inadimplemento p elo usuário, poderia levar ao próprio colapso do serviço, o que afetaria a própria sociedade como um todo. Do mesmo modo, o equilíbrio econômico-financeiro d o contrato restaria abalado caso a concessionária fosse obrigada a prestar o serviço ao consumidor inadimplente.
B) O Código de Defesa do Consumidor pode ser aplicado irrestritamente à relação entre usuários e prestadores de serviços públicos?
Neste caso, estamos diante de um conflito aparente entre o CDC e a Lei n. 8.987/95. Contudo, tal conflito já se encontra pacificado na doutrina e jurisprudência, pela aplicação do critério da especialidade, haja vista que a Lei 8987/95 busca disciplinar relação especial de consumo (usuário de serviço público). Sendo assim, o CDC não se aplica irrestritamente aos serviços públicos, mas apenas de forma subsidiária.
 Aula 2 
Concessões e Permissões de Serviços Públicos: Concessões comuns e especiais (PPP´s); 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
Compreender a concessão de serviço público como medida de participação da sociedade na execução de determinados serviços públicos não exclusivos do Estado; 
Entender a dinâmica contratual das concessões, sua natureza jurídica e modalidades, bem como suas diferenças em relação às permissões; 
Identificar os encargos do concessionário e do Poder Concedente; 
Entender as diversas modalidades de extinção das concessões de serviço público e suas peculiaridades; 
Compreender a modalidade especial de concessão, como parcerias entre o setor público e o privado. 
	1. Introdução. 
2. Concessão dos Serviços Públicos (Concessão Comum). 
3. A Relação Contratual. 
4. A Supremacia do Concedente. 
5. A Natureza do Concessionário e do Concedente. 
6. Concessão a Empresas Estatais. 
7. Exigência de Licitação. 
8. Mutabilidade. 
9. Política Tarifária. 
10. Análise do Pacto de Concessão. 
11. Encargos do Concedente. 
12. Encargos do Concessionário. 
13. Direitos e Obrigações dos Usuários. 
14. Prazo da Concessão. 
15. Intervenção na Concessão. 
16. Extinção e suas consequências jurídicas. 
17. Concessões Anteriores. 
18. Controle dos Serviços Concedidos. 
Permissão de Serviços Públicos 
1. Conceito e Objeto. 
2. Natureza Jurídica. 
 
	3. Diferença entre Concessão e Permissão. 
4. A Permissão Condicionada. 
5. Referências Constitucionais. 
6. Responsabilidade Civil. 
7. Aplicação das Regras Idênticas às das Concessões. 
8. Extinção. 
9. Autorização. 
Concessão Especial de Serviços Públicos (Parcerias público-privadas) 
1. Introdução. 
2. Conceito de natureza jurídica. 
3. Modalidades e incidência normativa. 
4. Objeto. 
5. Características e diretrizes. 
6. Cláusulas essenciais, não-essenciais e vedações. 
7. Contraprestação e garantias. 
8. Sociedade de propósito específico. 
9. Licitações 
Aplicação Prática Teórica 
Caso Concreto: 
O Estado W resolve criar um hospital de referência no tratamento de doenças de pele. Sem dispor dos recursos necessários para a construção e a manutenção do ?Hospital da Pele?, pretende adotar o modelo de parceria público-privada. O edital de licitação prevê que haverá a seleção dos particulares mediante licitação na modalidade de pregão presencial, em que será vencedor aquele que oferecer o menor valor da contraprestação a ser paga pela Administração estadual. 
Está previsto também, no instrumento convocatório, que a Administração deverá, obrigatoriamente, deter 51% das ações ordinárias da sociedade de propósito específico a ser criada para implantar e gerir o objeto da parceria. Esta cláusula do edital foi impugnada pela sociedade empresária XYZ, que pretende participar do certame. Diante disso, responda, justificadamente, aos itens a seguir. 
A) A modalidade e o tipo de licitação escolhidos pelo Estado W são juridicamente adequados? 
A modalidade de licitação não é adequada, uma vez que a Lei nº 11.079/2004 prevê, obrigatoriamente, que a licitação ocorra na modalidade de concorrência (Art. 10). Já o tipo (critério de julgamento) está correto, uma vez que a Lei faculta a adoção desse critério de julgamento (Art. 12, II, a, da Lei nº 11.079/2004).
B) A impugnação ao edital feita pela sociedade empresária XYZ procede?
Sim, considerando que a Lei nº 11.079/2004 veda expressamente à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante das sociedades de propósito específico criadas para implantar e gerir o objeto da parceria (Art. 9º, § 4º).
 Aula 3 
Tema 
Organizações Sociais; Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público; Serviços Sociais Autônomos e Parcerias da Lei n. 13.019/14; 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
Compreender a dinâmica da participaçãoda sociedade civil organizada na prestação de serviços públicos não exclusivos do Estado, em regimes de parcerias; 
Examinar o novo diploma das parcerias entre o Estado e as organizações da sociedade civil, Lei n. 13.019/14. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Surgimento do Terceiro setor; 
2. Regimes de Parceria; 
2.1. Regime de Convênios Administrativos; 
2.2. Regime dos Contratos de Gestão (Organizações Sociais). 
2.3. Gestão por Colaboração (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público). 
2.4. Instrumentos da Lei n. 13.019/14. 
Aplicação Prática Teórica 
Caso Concreto: 
Recentemente, 3 (três) entidades privadas sem fins lucrativos do Município ABCD, que atuam na defesa, preservação e conservação do meio-ambiente foram qualificadas pelo Ministério da Justiça como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Buscando obter ajuda financeira do Poder Público para financiar parte de seus projetos, as 3 (três) entidades apresentaram requerimento à autoridade competente, expressando seu desejo de firmar um termo de parceria. 
Com base na narrativa fática, responda às indagações abaixo, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
O poder público deverá realizar procedimento licitatório (Lei n. 8666/93) para definir com qual entidade privada irá formalizar termo de parceria? 
 Não é necessária a realização de procedimento formal licitatório, tendo em vista que o termo de parceria não possui a natureza jurídica de contrato, por não haver oposição entre as vontades das partes / inexistirem obrigações recíprocas, mas, sim, a conjunção de esforços para realização de objetivos comuns (art. 2º, § único, da Lei n. 8.666). Contudo, deverá ser realizado procedimento seletivo simplificado a fim de garantir a observância dos princípios da Administração Pública, como forma de restringir a subjetividade na escolha da OSCIP a formalizar o “termo de parceria”.
B) Após a celebração do termo de parceria, caso a entidade privada necessite contratar pessoal para a execução de seus projetos, faz-se necessária a realização de concurso público
Não. Por não integrarem a Administração Pública, as OSCIP’s não se submetem às regras de concurso público, nos termos do art. 37, II, da CRFB 
 Aula 4 
Tema 
Conceito, fundamentos; modalidades; Desapropriação: conceito; natureza jurídica; pressupostos; fontes normativas; objeto; sujeitos; 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
Visualizar que, no uso da prerrogativa de seu poder de império (ius imperii), o Estado, por exigência do bem comum, possui o poder de desapropriar que é um ato compulsório exercido pela Administração Pública; 
Entender as bases normativas e sua utilização como medida de punição pelo uso inadequado da propriedade privada; seu objeto e sujeitos da desapropriação; 
Estrutura do Conteúdo 
	1. Introdução. 
2. Propriedade. 
3. Intervenção do Estado. 
4. Sentido. 
5. Quadro Normativo Constitucional. 
6. Competência 
7. Fundamentos 
7.1. Supremacia do Interesse Público; 
7.2. Função Social da Propriedade. 
8. Modalidades. 
	Desapropriação 
1. Introdução. 
2. Conceito. 
3. Natureza Jurídica. 
4. Pressupostos. 
5. Fontes Normativas e Espécies. 
6. Objeto. 
6.1. Regra Geral; 
6.2. Bens Públicos; 
6.3. Bens de Entidades da Administração Indireta; 
6.4. Margens dos Rios Navegáveis. 
7. Competências. 
Aplicação Prática Teórica 
Caso Concreto: 
Uma determinada microempresa de gêneros alimentícios explora seu estabelecimento comercial, por meio de contrato de locação não residencial, fixado pelo prazo de 10 (dez) anos, com término em abril de 2011. Entretanto, em maio do ano de 2009, a referida empresa recebe uma notificação do Poder Público municipal com a ordem de que deveria desocupar o imóvel no prazo de 3 (três) meses a partir do recebimento da citada notificação, sob pena de imissão na posse a ser realizada pelo Poder Público do município. Após o término do prazo concedido, agentes públicos municipais compareceram ao imóvel e avisaram que a imissão na posse pelo Poder Público iria ocorrer em uma semana. Desesperado com a situação, o presidente da sociedade empresária resolve entrar em contato imediato com o proprietário do imóvel, um fazendeiro da região, que lhe informa que já recebeu o valor da indenização por parte do Município, por meio de acordo administrativo celebrado um mês após o decreto expropriatório editado pelo Senhor Prefeito. Indignado, o presidente da sociedade resolve ajuizar uma ação judicial em face do Município, com o objetivo de manter a vigência do contrato até o prazo de seu término, estipulado no respectivo contrato de locação comercial, ou seja, abril de 2011; e, de forma subsidiária, uma indenização pelos danos que lhe foram causados. 
A partir da narrativa fática descrita acima, responda aos itens a seguir, utilizando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
A) É juridicamente correta a pretensão do locatário (microempresa) de impor ao Poder Público a manutenção da vigência do contrato de locação até o seu termo final? 
Não, a desapropriação libera o bem público de qualquer ônus real que incida sobre a propriedade anteriormente, visto que o Poder Público detém liberdade para a expropriação, haja vista que a desapropriação consiste em modo originário de aquisição de propriedade. A responsabilidade civil do ente público no caso concreto decorre do dano causado pelo fato administrativo, independentemente de culpa e pela prática de uma conduta/ato lícito.
B) Levando-se em consideração o acordo administrativo realizado com o proprietário do imóvel, é juridicamente correta a pretensão do locatário (microempresa) em requerer ao Poder Público municipal indenização pelos danos causados?
 O locatário poderá ser indenizado pela perda da propriedade (art. 5, XXIV, CF/88) enquanto que a sociedade locatária pela interrupção do negócio e pela perda do estabelecimento empresarial....
Assim, o STJ, com base em precedentes, firmou jurisprudência no sentido de que o inquilino comercial tem amplo direito de ser ressarcido, independentemente das relações jurídicas entre ele e o proprietário, inclusive por perdas e danos causados pelo Poder Público.
Precedentes: REsp 1076124 / RJ, rel. Ministra Eliana Calmon, DJe 03/09/2009; AgRg no REsp 647660 / P, rel. Ministra Denise Arruda, DJ 05/10/2006; REsp 696929 / SP, rel. Ministro Castro Meira, DJ 03/10/2005.
 Aula 5 
Tema 
Desapropriação: Procedimento (fases); Casos especiais; modalidades; indenização; parcelas indenizatórias; desapropriação indireta; direito de extensão e retrocessão. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
Compreender o procedimento expropriatório e suas fases; 
A forma de indenização e as parcelas que a compõe; 
As desapropriações sancionatórias; 
A forma indireta de desapropriar, bem como o direito de extensão e a retrocessão. 
Estrutura do Conteúdo 
	1. Fase Declaratória. 
1.1. Declaração Expropriatória; 
1.1.1. Conteúdo; 
2. Formalização; 
2.1. Natureza Jurídica; 
2.2. Controle judicial; 
2.3. Efeitos; 
2.4 Caducidade. 
3. Fase Executória. 
3.1. Via Administrativa; 
3.2. Via Judicial. 
4. Imissão Provisória na Posse. 
4.1. Permissão Legal. 
4.2. Pressupostos. 
4.2.1. Urgência. 
4.2.2. Depósito Prévio. 
4.2.2.1 Levantamento Parcial do Depósito. 
5. Casos Especiais; 
5.1. Desapropriação por Zona; 
5.2. Desapropriação Urbanística; 
	5.3. Desapropriação por Interesse Social; 
5.4. Desapropriação-Confisco. 
6. Modalidades 
6.1. Comum ou ordinária; 
6.2. Sancionatórias. 
7. Indenização 
7.1. Regra Geral. 
7.2. Situações Especiais. 
7.3. Juros Moratórios e Compensatórios. 
7.4. Juros Moratórios; 
7.5. Juros Compensatórios; 
7.6. Atualização Monetária. 
7.7. Honorários; 
8. Desapropriação Indireta 
9. Retrocessão 
9.1. Tredestinação licita 
9.2. Tredestinação Ilícita 
Aplicação Prática Teórica 
O Prefeito do Município XYZ desapropriou um sítio particular para instalaçãode um novo centro de atendimento médico de emergência. Entretanto, antes do início das obras, o Estado ABC anunciou que o Município XYZ receberá um novo Hospital Estadual de Atendimento Médico Emergencial. Responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
A) O Município pode desistir da construção do centro de atendimento médico e destinar a área desapropriada à construção de uma escola? 
A resposta é positiva. Após a efetivação de uma desapropriação, o ente expropriante deve empregar o bem à finalidade pública que desencadeou o processo de desapropriação. Em não o fazendo, estar-se-á diante da tredestinação, que nada mais é do que a destinação do bem em desconformidade com o plano inicialmente previsto. A tredestinação, entretanto, distingue-se em lícita (na qual o bem é empregado em finalidade diversa da inicialmente pretendida, mas ainda afetada ao interesse público) e ilícita (na qual não se emprega o bem em uma utilização de interesse público). A tredestinação lícita, isto é, a alteração na destinação do bem, por conveniência da administração pública, resguardando, de modo integral, o interesse público, não é vedada pelo ordenamento.
B) Com o anúncio feito pelo Estado, o antigo proprietário do sítio desapropriado pode requerer o retorno da área à sua propriedade, mediante devolução do valor da indenização?
A resposta é negativa. A tredestinação lícita, por manter o bem afetado a uma finalidade de interesse público não configura direito de retrocessão, isto é, o direito do particular expropriado de reaver o bem, em virtude da sua não utilização. E a própria legislação de regência, o Decreto-lei n. 3.365/1941, dispõe, em seu Art. 35, que os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação.
 Aula 6 
Tema 
Intervenções restritivas: Servidão administrativa; requisição administrativa; ocupação provisória; tombamento e limitação administrativa. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
Compreender que a Constituição ao mesmo tempo garante o direito de propriedade, contudo limita e condiciona seu uso, gozo e disposição; 
Identificar os fundamentos que autorizam a intervenção estatal na propriedade privada; 
Entender as diversas características da servidão, requisição administrativa, ocupação temporária; limitação administrativa e tombamento como formas de intervenção restritiva do Estado na propriedade privada. 
Estrutura do Conteúdo 
	Servidão Administrativa 
1. Sentido e Natureza Jurídica. 
2. Fundamentos. 
3. Objeto. 
4. Formas de Instituição. 
5. Extinção. 
6. Indenização. 
7. Características. 
Requisição 
1. Sentido. 
2. Fundamentos. 
3. Objeto de Indenização. 
4. Instituição e Extinção. 
5. Características 
Ocupação Temporária 
1. Sentido do Objeto. 
2. Fundamentos. 
3. Modalidades e Indenização. 
4. Instituição e Extinção. 
5. Características. 
	Limitações Administrativas 
1. Sentido. 
2. Natureza Jurídica. 
3. Fundamentos. 
4. Indenização. 
5. Características. 
Tombamento 
1. Sentido. 
2. Fonte Normativa. 
3. Fundamento. 
4. Objeto. 
5. Natureza Jurídica. 
6. Espécies. 
7. Instituição e Desfazimento. 
8. Processo Administrativo. 
9. Efeitos. 
10. Controle. 
	
	
Aplicação Prática Teórica 
Caso Concreto: 
O Estado “Y”, mediante decreto, declarou como de utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa, em favor da concessionária de serviço público “W”, imóveis rurais necessários à construção de dutos subterrâneos para passagem de fios de transmissão de energia. A concessionária “W”, de forma extrajudicial, conseguiu fazer acordo com diversos proprietários das áreas declaradas de utilidade pública, dentre eles, Caio, pagando o valor da indenização pela instituição da servidão por meio de contrato privado. Entretanto, após o pagamento da indenização a Caio, este não permitiu a entrada da concessionária “W” no imóvel para construção do duto subterrâneo, descumprindo o contrato firmado, o que levou a concessionária “W” a ingressar judicialmente com ação de instituição de servidão administrativa em face de Caio. Levando em consideração a hipótese apresentada, responda, de forma justificada, aos itens a seguir. 
A) É possível a instituição de servidão administrativa pela via judicial? 
Primeiramente, vale ressaltar que a medida administrativa trata-se do instituto da servidão que consiste na utilização de um bem privado para a prestação de determinado serviço público.
 A servidão tem fundamento legal no Art. 40, do Decreto-Lei n. 3.365/41, tem natureza jurídica de direito real, caráter perpétuo, é intervenção restritiva, ou seja, não impede a utilização do bem pelo particular, recairá sempre sobre bens imóveis e é instituída mediante indenização ao particular, na forma da lei.
 Outro fator importante consiste no fato de que a servidão só pode ser instituída mediante acordo formal, por meio de lei ou decisão judicial, não se tratando, portanto, de ato administrativo auto-executável.
 Assim, à servidão, no entanto, aplicam-se as regras de desapropriação presentes no Decreto-Lei n. 3.365/41, dentre as quais a possibilidade de instituição pela via judicial. Portanto, é possível a instituição de servidão administrativa pela via judicial.
B) Um concessionário de serviço público pode declarar um bem como de utilidade pública e executar os atos materiais necessários à instituição da servidão.
 Já no que se refere a competência para declarar o bem imóvel como de utilidade pública a concessionária não tem essa prerrogativa, uma vez que esta é exclusiva do Poder Público concedente, nos termos do Art. 29, inciso VIII, da Lei n. 8.987/95.
 Todavia, os concessionários de serviços públicos podem promover ou executar os atos necessários à execução do serviço público, dentre eles a instituição da servidão administrativa, conforme estabelece o Art. 3º, do Decreto-Lei n. 3.365/41 c/c o Art. 29, Inciso VIII, da Lei n. 8.987/95.
 Aula 7 
Tema 
Intervenção direta e indireta; estado regulador; ordem econômica; violação a ordem econômica; sistema brasileiro de defesa da concorrência; CADE. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
Compreender os princípios que autorizam e justificam a atuação do Estado no domínio econômico; 
Analisar as modalidades de atuação do Estado, bem como o alcance do monopólio estatal preconizado pela Constituição; 
Examinar as hipóteses de violação da ordem econômica e entender a intervenção do Estado na regulação econômica e proteção da livre concorrência; 
Estrutura do Conteúdo 
	1. Introdução. 
2. O Liberalismo Econômico. 
2.1. Modelo Interventivo. 
2.2. Constitucionalização Normativa. 
2.3. Quadro Normativo. 
2.4. Ordem econômica. 
3. Fundamentos. 
3.1. Valorização do Trabalho Humano; 
3.2. Liberdade de Iniciativa. 
4. Princípios. 
	5. Formas de Atuação do Estado. 
6. Estado Regulador. 
7. Estado Executor. 
7.1. Formas. 
7.1.1. Exploração Direta: Regra Geral; Pressupostos. 
7.1.2. Exploração Indireta: As Empresas do Estado. 
7.1.2.1. Regime Jurídico. 
7.1.2.2. Privilégios Fiscais. 
8. O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência e a atuação do CADE 
9. Crimes contra a ordem econômica. 
Aplicação Prática Teórica 
Caso Concreto: 
As empresas “Frangão”, “Quero Frango” e “Frangonne”, que, juntas, detêm dois terços da produção nacional de aves para consumo, realizam um acordo para reduzir em 25% a comercialização de aves de festa (aves maiores, consumidas especialmente no Natal), de modo a elevar o seu preço pela diminuição da oferta (incrementando o lucro), bem como reduzir os estoques de frango comum, cujo consumo havia caído sensivelmente naquele ano. Às vésperas do Natal de 2009, as empresas são autuadas pelo órgão competente, pela prática de infração da ordem econômica. Em suas defesas, as três alegam que a Constituição consagra a liberdade econômica, de modo que elas poderiam produzir na quantidade que desejassem e se desejassem,não sendo obrigadas a manter um padrão mínimo de produção. 
Seis meses depois, os autos são remetidos ao julgador administrativo, que, diante do excessivo número de processos pendentes, somente consegue proferir a sua decisão em outubro de 2013. Em alegações finais, as empresas apontam a prescrição ocorrida. Sobre a situação dada, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
A) A conduta das três empresas é lícita? 
 Não. A Lei n º 12.529/2011, ao estruturar o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, prevê uma série de condutas que constituem infração d a ordem econômica, independentemente de culpa, caso tenham por objeto ou possam produzir como efeito o aumento arbitrário dos lucros. Dentre elas, destaca-se acordar, combinar, manipular ou ajustar com concorrente, sob qualquer forma, os preços de bens ou serviços ofertados individualmente ou a produção ou a comercialização de uma quantidade restrita ou limitada de bens.
B) É procedente o argumento da prescrição?
 Sim. A Lei nº 12.529/2011 estabelece a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de 3 (três) anos, p endente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da par te interessada, s em prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso.
 Aula 8 
Classificação; regimes jurídicos funcionais. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
Identificar e diferenciar a natureza do regime jurídico entre o servidor público e a Administração; 
Compreender que é lícito à Administração Pública proceder à reestruturação orgânica de seus quadros funcionais; 
Entender os agentes públicos como gênero e suas espécies. 
Estrutura do Conteúdo 
	1. Agentes Públicos 
1. Classificação. 
1.1. Agentes Políticos; 
1.2. Agentes Particulares Colaboradores; 
1.3. Servidores Públicos. 
2. Agente de Fato. 
3. Servidores Públicos 
3.1. Características; 
3.2. Classificação; 
3.2.1. Servidores Públicos Civis e Militares; 
	3.2.2. Servidores Públicos Comuns e Especiais; 
3.2.3. Servidores Públicos Estatutários, Trabalhistas e Temporários. 
4. Regimes Jurídicos Funcionais 
4.1. Regime Estatutário; 
4.2. Regime Trabalhista; 
4.3. Regime de Emprego Público; 
4.4. Regime Especial; 
4.5. Regime Jurídico Único. 
Aplicação Prática Teórica 
Caso Concreto: 
A Administração de certo estado da federação abre concurso para preenchimento de 100 (cem) cargos de professores, conforme constante do Edital. Após as provas e as impugnações, vindo todos os incidentes a ser resolvidos, dá-se a classificação final, com sua homologação. Trinta dias após a referida homologação, a Administração nomeia os 10 (dez) primeiros aprovados, e contrata, temporariamente, 90 (noventa) candidatos aprovados. Teriam os noventa candidatos aprovados, em observância à ordem classificatória, direito subjetivo à nomeação?
Primeiramente cabe ressaltar que para a abertura de u m concurso público é necessário a presença de dois requisitos: necessidade de preenchimento das vagas e disponibilidade financeira para remuneração desses cargos. Quanto aos noventa candidatos aprovados os mesmos tem direito subjetivo à nomeação, que decorre da vinculação da Administração à necessidade de preenchimento das vagas que fundamentou a abertura do concurso, exceto s e houver fato posterior que elimine essa necessidade.
 Aula 9 
Organização funcional: Cargos e empregos públicos; provimentos. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
Compreender a organização funcional dos servidores públicos e saber diferenciar entre cargos e empregos; 
Entender as diversas formas de provimentos aos cargos. 
Estrutura do Conteúdo 
	1. Organização Funcional 
1.1. Quadro Funcional. Empregos e Funções Públicas. 
1.2. Classificação dos Cargos. 
1.3. Criação, Transformação e Extinção de Cargos. 
1.4. Provimento: Tipos e Formas. 
1.5. Investidura: Nomeação, Posse e Exercício. 
1.6. Reingresso. 
1.7. Vacância. 
1.8. Direito Adquirido dos Servidores. 
2. Formas de provimento derivado 
2.1. Promoção; 
	2.2. Readaptação; 
2.3. Reversão; 
2.4. Reintegração; 
2.5. Recondução; 
2.6. Aproveitamento. 
3. Disponibilidade. 
3.1. Pressupostos; 
3.2. Incidência; 
3.3. Efeitos; 
3.4. A questão dos Proventos. 
4. Mandato Eletivo. 
Aplicação Prática Teórica 
Caso Concreto: 
O Presidente da República, inconformado com o número de servidores públicos na área da saúde que responde a processo administrativo disciplinar, resolve colocar tais servidores em disponibilidade e, para tanto, edita decreto extinguindo os respectivos cargos. Considerando a hipótese apresentada, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso, responda aos itens a seguir. 
A) A extinção de cargos públicos, por meio de decreto, está juridicamente correta? Justifique. 
 Não. A extinção de Cargo público necessita de Lei conforme o Art. 48 §X da Constituição Federal, (criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas) aprovação do Congresso Nacional e após o veto do Presidente da República, assim poderá extinguir cargos públicos. Porém se o cargo estivesse vago seria possível a extinção através de Decreto conforme estabelece o Art. 84 inciso VI, b (Extinção de funções ou cargos públicos quando vagos).
B) É juridicamente correta a decisão do Presidente da República de colocar os servidores em disponibilidade? 
 Colocar os servidores em disponibilidade como forma de punição é inconstitucional, pois a Constituição Federal no Art. 41, §3º( Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo).A disponibilidade não tem por finalidade sancionar o servidor público, no caso em tela a extinção do cargo se deu por desvio de finalidade.
C) Durante a disponibilidade, os servidores públicos percebem remuneração?
 Sim, a remuneração será proporcional ao tempo de serviço.
AULA 10 
Regime Constitucional
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Compreender o sistema constitucional que regulamenta o regime dos servidores públicos, incluindo
aspectos relacionados à remuneração, cargos públicos, admissão e aposentadoria.
Estrutura do Conteúdo
	1. Sistema Constitucional de Remuneração.
1.1. Remuneração;
1.2. Revisão remuneratória;
1.3. Irredutibilidade;
1.4. Isonomia;
1.5. Vinculação e teto;
1.6. Pagamento com atraso.
2. Associação Sindical e Direito de Greve.
2.1. Associação Sindical;
2.2. Greve.
3. Direitos Sociais dos Servidores.
4. Acumulação de Cargos e Funções.
4.1. Regra geral.
4.2. Situações de Permissividade.
4.3. Efeitos.
4.4. Ingresso em Nova Carreira.
4.5. Convalidação Constitucional.
5. Estabilidade.
5.1. Noção do Instituto.
5.2. Estabilização Constitucional.
5.3. Estágio Probatório.
	5.4. Estabilidade e Efetividade.
5.5. Demissão e Exoneração.
5.6. Servidores Trabalhistas.
6. Regime Previdenciário
6.1. Previdência do Servidor Público.
6.2. Regimes de Previdência.
6.3. Contributividade e Solidariedade.
6.2. Aposentadoria.
 6.1. Conceito.
6.2. Regime Jurídico.
 6.3. Modalidades.
6.4. Aposentadoria dos Professores.
6.5. Requisitos e Critérios Diferenciados (Aposentadoria Especial).
6.6. Proventos.
6.7. Cumulação de Proventos.
7. Concurso Público
7.1. Sentido.
7.2. Incidência.
7.3. Requisitos de Acesso.
7.4. Sexo e Idade.
7.5. Exame Psicotécnico.
7.6. Posições atuais do STJ e STF
CASO 
O Governador do Estado “N”, verificando que muitos dos Secretários de seu Estado pediram exoneração por conta da baixa remuneração, expede decreto, criando gratificação por tempo de serviço para os Secretários, de modo que, a cada ano no cargo, o Secretário receberia mais 2%. Dois anos depois, o Ministério Público, por meio de ação própria, aponta a nulidade do Decretoe postula a redução da remuneração aos patamares anteriores. Diante deste c aso, responda aos itens a seguir. 
A) É juridicamente válida a criação da gratificação? 
Não, uma vez que a Constituição Federal estabelece, que a remuneração dos servidores públicos e o subsídio somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica. Além estar previsto que os Secretários Estaduais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. 
B ) Luz do princípio d a irredutibilidade dos vencimentos, é juridicamente possível a redução do total pago aos Secretários de Estado, como requerido pelo Ministério Público? 
Sim. A irredutibilidade não garante a percepção de remuneração concedida em desacordo com as normas constitucionais. Não há direito adquirido contrarregra constitucional ou legal. 
Caso 11 
João, servidor público federal, ocupante do cargo de agente administrativo, foi aprovado em concurso público para emprego de técnico de informática, em sociedade de economia mista do Estado X. Além disso, João recebeu um convite de emprego para prestar serviços de manutenção de computadores n a empresa de Alfredo. Com base no exposto, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
A) É possível a cumulação do cargo técnico na Administração Federal com o emprego e m sociedade de economia mista estadual? E com o emprego na iniciativa privada? 
Devemos observar que não é possível a cumulação do cargo público com o emprego na sociedade de economia mista estadual. De outro lado, não há qualquer vedação, constitucional ou legal, ao exercício de atividade remunerada (não comercial) junto à iniciativa privada (no caso, como prestador de serviços de manutenção de computadores), desde que não haja incompatibilidade de horários prejudicial ao serviço público. 
B) Caso João se aposente do cargo que ocupa na Administração Pública federal, poderá cumular a remuneração do emprego na empresa de Alfredo com os proventos de aposentadoria decorrentes do cargo de agente administrativo? 
É possível a cumulação, pois, conforme a Constituição, só é vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes de remuneração de cargo, emprego ou função pública. 
Aula11
Regime Estatutário – Lei n. 8.112/90;
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Compreender a sistemática funcional dos servidores civis da União, de acordo com o Estatuto próprio;
Entender a diferença entre licenças, afastamentos e concessões;
Entender a abrangência do Estatuto.
Estrutura do Conteúdo
	1. O Regime estatutário
 1.1. Sujeição
 1.2. provimentos na Lei
 1.3. Remoção, Redistribuição e substituição
 1.4 Direitos e vantagens
1.5. Licenças
	1.6. Afastamentos
1.7. Concessões
1.8. Benefícios
1.9. Direitos e deveres
Aplicação Prática Teórica
Caso Concreto:
João, servidor público federal, ocupante do cargo de agente administrativo, foi aprovado em concurso público para emprego de técnico de informática, em sociedade de economia mista do Estado X. Além disso, João recebeu um convite de emprego para prestar serviços de manutenção de computadores na empresa de Alfredo. Com base no exposto, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir.
A) É possível a cumulação do cargo técnico na Administração Federal com o emprego em sociedade de economia mista estadual? E com o emprego na iniciativa privada?
Devemos observar que não é possível a cumulação do cargo público com o emprego na sociedade de economia mista estadual. De outro lado, não há qualquer vedação, constitucional ou legal, ao exercício de atividade remunerada (não comercial) junto à iniciativa privada (no caso, como prestador de serviços de manutenção de computadores), desde que não haja incompatibilidade de horários prejudicial ao serviço público.
B) Caso João se aposente do cargo que ocupa na Administração Pública federal, poderá cumular a remuneração do emprego na empresa de Alfredo com os proventos de aposentadoria decorrentes do cargo de agente administrativo?
 É possível a cumulação, pois, conforme a Constituição, só é vedada a percepção simultâneade proventos de aposentadoria decorrentes de remuneração de cargo, emprego ou função pública.
CASO 12 
 Luiz foi secretário d e assistência social do Estado “X” durante cinco anos e acaba de ser cientificado de que o Ministério Público Estadual ajuizou, contra el e, uma ação de improbidade administrativa por ter celebrado contrato, indevidamente rotulado de convênio, sem a observância do devido procedimento licitatório. Luiz argumenta que não houve, de sua parte, má -fé ou intenção de fraudar o procedimento licitatório. Além disso, comprova que adotou todas as medidas de cautela que poderiam ser razoavelmente exigidas de um administrador público antes de celebrar o ajuste. Por fim, informa que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) competente teria aprovado as contas que prestou na qualidade de ordenador de despesas, não identificando qualquer dano ao erário. Considerando a hipótese apresentada, responda, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso, aos itens a seguir. 
(A) O argumento de Luiz, ao pretender afastar a improbidade administrativa sob o fundamento de que não te ria agido com a intenção de fraudar o procedimento licitatório, deve prevalecer? 
 A resposta deve ser afirmativa. De acordo com a jurisprudência consolidada dos Tribunais Superiores, a improbidade é a ilegalidade tipificada e qualificada pelo elemento subjetivo da conduta. Assim, para caracterizá-la, é indispensável que a conduta do agente seja dolosa, p ara a tipificação das hipóteses previstas no Art.9º e no Art.11, ou ao menos culposa, para a tipificação das condutas previstas no Art. 10, todos da Lei n. 8.429/9 2 (RESPs: 734.984/S P; 842.428/ES; 658.415/MA, entre outros). No caso, afasta -se também a culpa de Luiz, pois ele demonstrou que tomou todas as cautelas exigíveis antes da celebração do ajuste. 
(B) O argumento de Luiz, ao pretender descaracterizar o ato de improbidade administrativa invocando a aprovação de suas contas pelo TCE, deve prevalecer? 
 O argumento de Luiz não deve prevalecer, tendo em vista a independência das instâncias. Nesse sentido, confirma-se a norma do Art. 21, inciso II, da Lei n. 8.429/92. 
CASO 13 
Conceito; classificação; controle administrativo; meios de controle; processo administrativo e Lei n.9.784/99.
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Compreender os fundamentos do Controle da Administração Pública;
Entender os procedimentos pertinentes ao processo administrativo, bem como sua importância como
instrumento de controle administrativo do Estado.
Estrutura do Conteúdo
	1. Controle do Estado
 1.1. Classificação
1.2. Controle Político e Controle Administrativo.
1.3. Fundamentos.
1.4. Natureza Jurídica;
2. Controle Administrativo
1.1. Meios de Controle.
3. Processo Administrativo.
3.1. Introdução.
 
	3.2. Processo e Procedimento;
 3.3. Sistematização.
3.4. Objeto: Genérico e Específicos.
3.5. Princípios.
3.5.1. Devido Processo Legal;
3.5.2. Oficialidade;
3.5.3. Contraditório e Ampla Defesa;
3.5.4. Publicidade;
3.5.5. Formalismo moderado;
3.5.6. Verdade material. 
Caso Concreto: 
Maria é filha da servido ra pública federal Josefina, aposentada po r invalidez em janeiro de 2013. Depois de uma b riga com sua genitora, formula denúncia ao órgão federa l competente, afirmando que sua mãe, na verdade,está apta para o exercício das funções inerente s ao seu cargo, o que se comprova mediante a ve rificação de que ela exer ce semelhantes funções em um escritório privado desde fevereiro de 2013, quando se recuperou plenamente da doença. Depois de aberto o processo administrativo para fins de verificação de eventual erro n a perícia médica e apuração d a p ossibilidade de reversão ao serviço públi co ativ o, o feito é encaminhado novamente ao mesmo médico, que retifica o laudo anterior, opinando pela possibilidade de a servidora ser mantida no serviço ativo, e remete o feito à autoridad e superior para decisão. Antes da decisão final, Maria, já reconciliada com Josefina, formula pleito de desistência do processo administrativo, informando que, na verdade, contara inverdades sobre sua mãe e que esta é incapaz para o trabalho, tanto no serviço públi co quanto na iniciativa privada, juntando laudos médicos diversos, inclusive dos hospitais públicos em que sua mãe foi atendida. Diante de decisão fundamentada que determina o prosseguimento do processo, mesmo com a desistência d a requerente, Maria interpõe recurso, argumentando que o processo não pode prosseguir diante da contrariedade da requerente e apontando a nulidade do pro cesso pela participação do mesmo médico responsável pela primeira perícia. Com base no caso apresentado, responda, justificadamente, aos itens a seguir. 
A) Foi regular o prosseguimento do processo após a desistência formulada por Maria? 
Sim, porque a Lei nº 9.784/1999 estabelece que a desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige (Art. 51, § 2º).
B) Uma vez que a decisão se baseou no laudo do citado profissional, é procedente o argumento da nulidade do processo pela participação do médico em questão? 
Sim, pois a Lei de processo administrativo (Lei nº 9.784/99), ao prever as hipóteses de impedimento do servidor, estabelece ser impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que tenha participado ou venha a participar como perito (Art. 18, II). 
PLANO DE AULA 14
Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora M aria Souza, servidora pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota. Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, n a queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera criminal, a professora f oi absolvida, vez que restou provado ter agido em legítima defesa, e m decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a C omissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. O PAD foi encaminhado à autoridade competente para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena d e demissão à servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em 10/04/2015, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 10/09/2015, procurou seu escritório para tomar as medidas judiciais cabíveis, informando, ainda, que, desde o afastamento, está com sérias dificuldades financeiras, que a impedem, inclusive, de suportar os custos do ajuizamento de uma demanda. Como advogado (a), indique a peça processual adequada para amparar a pretensão de sua cliente, analisando todos os aspectos jurídicos apresentados?
 A peça a ser elaborada consiste em uma Petição Inicial de Ação de Rito Ordinário. Não se admite a impetração d o Mandado de Segurança, vez que decorridos mais de 120 dias da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. (Art. 23 da Lei nº 12.016/09). 
AULA 15
Determinada Sociedade de Economia Mista federal, exploradora de atividade econômica, é objeto de controle pelo Tribunal de Contas da União, o qual verifica, em tom ada de contas especial, que há editais de licitação da estatal que contêm critérios de julgamento inadequados. Sobre o caso, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente, responda aos itens a seguir. A) Uma sociedade de economia mista que explora atividade econômica pode ser submetida ao controle do Tribunal de Contas?
 É possível o controle das sociedades d e economia mista pelo Tribunal de Contas, nos termos do Art. 71, II, da Constituição, já que se trata de uma sociedade instituída pelo Poder Público. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que as sociedades d e economia mista sujeitam-se à fiscalização p elos Tribunais de Contas. (STF, MS 25092/DF, RE 356209 AgR /GO, MS 26117/DF, dentre outros) .
B) O Tribunal de Contas pode determinar a aplicação de critérios que entenda mais adequados, para o julgamento de licitações?
 A resposta deve ser pela impossibilidade de o Tribunal de Contas, em controle prévio d e editais d e licitação, determinar a modificação de critérios, o qual estaria substituindo a vontade do administrador em seu campo discricionário, em violação ao princípio da separação dos Poderes (Art. 2º, da CR). Tal situação é excepcionada, nos termos da jurisprudência do STF (RE 547063), quando há fundado receio de irregularidade na licitação, como ocorre, por exemplo, quando há critério d e julgamento manifestamente irrazoável, com suspeita de direcionamento do resultado do certame. 
AULA 16
José, cidadão brasileiro que exercia o cargo de deputado estadual, foi condenado, em caráter definitivo, por improbidade administrativa, em julho de 2013. Com a condenação, os direitos políticos de José foram suspensos por cinco anos, embora ele tenha sempre afirmado ser inocente. Em outubro de 2013, ele ajuíza ação popular pleiteando a anulação da venda de uma série de imóveis públicos promovida pelo Governador, s eu principal desafeto político, a quem culpa pelas denúncias que levaram à sua condenação. Segundo o relato da inicial, a venda ocorreu abaixo do preço de mercado. Diante de tal situação, responda fundamentadamente: A) José é parte legítima para a propositura da ação?
 Não, A Constituição prevê a suspensão dos direitos políticos no caso de condenação por improbidade administrativa (Art. 15, V, c/c o Art. 37, § 4º, ambos da CRFB), sendo certo que o gozo dos direitos políticos é requisito de legitimidade ativa.
B) Eventuais compradores dos imóveis, na condição de particulares, podem ser afetados pela decisão da ação popular, por isto, também devem figurar no polo passivo?
 Sim, uma vez que os beneficiários do ato lesivo ao patrimônio público devem ser parte na ação popular (Art. 6º da Lei nº 4.717/1965).

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