Buscar

DISCURSIVAS DIREITO AMBIENTAL COMPETENCIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 - Leia o caput do artigo 225 da Constituição Federal e identifique a natureza difusa e transindividual do meio ambiente.
GABARITO
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”. Todos têm o sentido de qualquer indivíduo que se encontre em território nacional, independentemente de sua condição jurídica perante o nosso ordenamento jurídico. Trata-se de bem transindividual, é um direito de todos, é de cada pessoa, mas não é só dela, ultrapassa o âmbito individual, por não pertencerem ao indivíduo de forma isolada, bem difuso por ser de natureza indivisível, pois não é possível individualizar a pessoa atingida pela lesão gerada da violação ao direito, neste caso, o dano provocado ao meio ambiente.
2. Analise o texto, publicado na imprensa virtual, em março de 2016, e discorra se o caso em análise é de competência administrativa ou legislativa do município para autorizar a construção de um campo de golfe em uma Área de Proteção Ambiental (APA).
“Campo de golfe é inaugurado e Nuzman prevê 'legado extraordinário' ao Rio. [...] Criticado por ambientalistas e investigado pelo Ministério Público estadual, por estar situado na Área de Proteção Ambiental (APA) Marapendi (zona oeste do Rio de Janeiro), o campo de golfe construído para sediar o torneio desse esporte durante as Olimpíadas de agosto recebeu nesta terça-feira (8 de março) seu primeiro evento-teste. Não houve competição, apenas um torneio de exibição do qual participaram nove atletas brasileiros - quatro mulheres e cinco homens. O ministro do Esporte, George Hilton, o presidente do Comitê Organizador do Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, e o presidente da Confederação Brasileira de Golfe, Paulo Pacheco, acompanharam o início do evento e rebateram as críticas quanto ao local escolhido para construir o campo. "Temos relatórios que mostram o benefício para a região. Temos todo o cuidado com a flora e a fauna. As obras revitalizaram a região e são importantes para o turismo de negócios", afirmou o ministro. Para Nuzman, o campo é "unanimidade". "Vai deixar um legado extraordinário para o esporte brasileiro", afirmou. Para a construção do campo, que tem área de 970 mil m2 , a Prefeitura do Rio precisou retirar 58,5 mil m2 de um parque natural da região. Em protesto, ativistas dos movimentos "Golfe para quem?" e "Ocupa golfe" permaneceram por mais de três meses acampados em frente ao empreendimento. Na inauguração do campo, em novembro, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) negou que a área fosse de reserva ambiental. Segundo ele, era "um areal degradado" que foi recuperado e ganhou vegetação de restinga. 2 Em 2014, o Ministério Público do Rio (MP-RJ) impetrou uma ação civil pública para questionar a licença ambiental do campo. Em dezembro passado, a pedido da Justiça, um perito visitou o local para avaliar o trabalho de sustentabilidade e, segundo o Comitê Rio- 2016, emitiu em fevereiro um laudo aprovando a preservação da área. Segundo a assessoria de imprensa, o MP-RJ ainda vai emitir um parecer sobre o laudo. [...]”
GABARITO
A reposta a esta questão está no no artigo 225, §1°, inciso III da CRFB:
CRFB, art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção.
Esclarece Thomé, sobre o inciso III do artigo 225, §1º, “uma vez instituída uma área ambientalmente protegida (como uma unidade de conservação da natureza), seja por decreto do Executivo ou por lei formal, a redução dos seus limites (alteração) ou a sua supressão total somente serão permitidas através de lei específica. O Constituinte é de dificultar o procedimento legal de alteração ou supressão de uma área ambientalmente protegida, e de facilitar a criação das mesmas, em respeito ao preceito constitucional de proteção do meio ambiente ecologicamente equilibrado”.
Trata-se de Competência Legislativa, por ser uma unidade de conservação sustentável, especificamente uma área de proteção ambiental (Lei 9.985/2000, Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza), então só poderá ser alterada por Lei específica. No caso, a alteração ocorreu através da Lei Complementar Municipal n. 125, de 14 de janeiro de 2013.

Continue navegando