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historia da farmacia

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Sumário
1. Introdução:	5
2. PROCESSO HISTÓRICO DA CIÊNCIA FARMACÊUTICA:	6
Inicio das Ciências Farmacêuticas.	6
Sociedades urbanas e arcaicas.	6
Farmácia Greco Romana.	6
Separação da Farmácia e Medicina.	6
Os Boticários, antecessores dos Farmacêuticos.	6
3. Farmacêutico ou Boticário?	9
4. Revolução Medicamentosa: De Ervas a comprimidos.	9
5. O Desenvolvimento do Profissional Farmacêutico.	9
6. HISTÓRIA DA FARMÁCIA NO BRASIL	12
7. A FORMAÇÃO MÉDICA E FARMACÊUTICA	13
8. A FARMÁCIA OFICINAL E A ARTE DE FORMULAR	14
9. MEDICAMENTOS INDUSTRIALIZADOS NO BRASIL: ORIGEM E EVOLUÇÃO	14
10. FARMÁCIA E PRÁTICAS FARMACEUTICAS	15
11. HISTÓRIA	16
12. A FARMÁCIA DAS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES	18
13. Hipócrates – Hipocratismo	20
14. FARMÁCIA	20
15. SÉCULO XIX. INDUSTRIALIZAÇÃO	21
16. ANESTESIA, ANTISEPSIA E ASEPSIA. MEDICAMENTOS DO SÉCULO XX	22
REFERÊNCIAS	26
 
1. Introdução:
Graças aos estudos e trabalhos dos primeiros manipuladores de substâncias que visavam a cura, temos hoje a capacidade de desenvolver remédios que priorizem a saúde dos enfermos. O esforço e reconhecimento destes profissionais tiveram seus altos e baixos na construção das ciências farmacêuticas, durantes as décadas. Sempre estiveram em busca da fórmula perfeita. Dos famigerados boticários para os atuais farmacêuticos, o seu papel ganhou grande importância para a sociedade.
A ciência farmacêutica teve um longo processo até a sua consolidação que existe hoje. Iniciado pelos árabes e mais tarde espalhado pela Europa ocidental e Ásia, motivado principalmente pela busca de alguma substância capaz de neutralizar a peçonha de certos animais, mas tarde recebendo o nome de antídoto. Este pequeno ato de curar levou outras pessoas a estudar métodos curativos para outras doenças que afetavam as populações naquela época. Por vários lugares do mundo antigo, havia produção de conhecimento a certos grupos, que tiveram grande relevância na busca de substância com efeito curativo. Os ensinamentos dos lideres de tribos como o pajé, que tinha a função de sacerdote, médico e conhecedor do entendimento de plantas corretas para cada enfermidade. Há também, os alquimistas que passaram a vida viajando e estudando pelo mundo a fim de produzir o elixir da vida, um remédio capaz de trazer a vida-longa e a cura para qualquer doença. E outros como a bruxaria e curandeiros, possuidores de um vasto conhecimento em plantas, usando em diversas formas. Todos esses preceitos ajudaram a formar e desenvolver a técnica de combinação de substâncias para produzir compostos e remédios, primordialmente feitos pelos médicos barbeiros da Europa, pois exerciam a função de diagnosticar e produzir remédios, até ocorrer a segregação destas funções.
É inegável, o valor que estes peritos na manipulação de fármacos apresentam para a saúde no mundo moderno, destinada a exercer e servir, objetivando a melhoria da condição de vida. A Farmácia ajudou nas mudanças ocorridas na relação saúde e paciente, aumento da expectativa de vida pela criação de diversas vacinas, na melhoria das instituições médicas, no avanço da medicina em geral, etc. O profissional desta área atua em vários setores. Portanto, é de extrema importância para a evolução do conhecimento científico na incessante busca de medicamentos e tratamentos mais eficientes contra enfermidades.
Para este artigo, trataremos a história, de maneira geral e abrangente, das ciências farmacêuticas. Trazendo a você todo o desenvolvimento de forma específica, no decorrer do tempo, das mudanças sofridas na profissão, a expansão desta ciência pelos continentes, da separação da medicina e farmácia, e a farmácia no Brasil. Revendo fatos históricos de pioneirismo dos boticários, conhecendo farmacêuticos famosos que deixaram a sua marca, analisando as modificações que a farmácia trouxe ao crescimento e aprimoramento da química e medicina. Portanto, para conhecer melhor o farmacêutico, nada mais relevante do que compreender o seu passado. E entender os motivos para a afirmação do reconhecimento dos farmacêuticos.
2. PROCESSO HISTÓRICO DA CIÊNCIA FARMACÊUTICA:
Inicio das Ciências Farmacêuticas.
A farmácia é uma das ciências mais antigas, seu nome deriva do termo “pharmakon” que significa remédio ou veneno, dependendo apenas da dose administrada. A ciência surge antes mesmo do seu nome, pois desde épocas remotas o homem já sentia a necessidade de aliviar suas dores, e com técnicas de erros e acertos era adquirido o poder de misturar substâncias e alcançar a cura. Nas sociedades arcaicas não existia um profissional especifico para essa função, a cada povo era encontrado uma pessoa que possuía o conhecimento de algumas substâncias e de como manipular as mesmas. Podiam ser os curandeiros, os pajés e até mesmo sacerdotes, dependendo do povo e região.
Sociedades urbanas e arcaicas.
Egito e Mesopotâmia são civilizações que possuem maior importância para a historiografia da farmácia ocidental, adquirindo grande desenvolvimento na escrita. As mais antigas fontes escritas médicos-famacêuticas são provenientes dessas civilizações, O papiro de Ebers é considerado o mais importante por ter referências de mais de 7000 substâncias medicinais com inclusão de 800 fórmulas. O misticismo e crença nos deuses fundamentam os conceitos terapêuticos desses povos, os quais designam doença como mal causada por espíritos malignos, alegando-se a falta de proteção dos deuses.
Farmácia Greco Romana.
E somente na Grécia e Roma começa a surgir a explicação científica da área médica e farmacêutica. Grandes nomes ganham destaques, como Hipócrates de cós, considerados o pai da medicina e Galeno o pai da farmácia, a qual este escreveu bastante sobre farmácia e medicamentos. Em suas obras se encontram certa de quatro centenas e meia de referência a fármacos, e é também o precursor da alopatia.
Separação da Farmácia e Medicina.
No século X, a medicina e a farmácia eram uma só profissão. Com o desenvolvimento dos conhecimentos da área de saúde, houve a necessidade de separar o profissional que diagnosticava a doença daquele que preparava e dispensava o medicamento. A separação ocorreu em 1240 d.C. Foi o imperador Frederick II que apresentou um decreto separando completamente as responsabilidades do médico e do farmacêutico.
Os Boticários, antecessores dos Farmacêuticos.
No século XIII surgem os primeiros boticários, que tinham a responsabilidade de conhecer e curar as doenças, mas para exercer a profissão deveriam cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos adequados para a preparação e guarda dos medicamentos. Entretanto, antes disso, já existiam as especiarias que eram utilizadas para fins farmacêuticos, entrando na composição de vários medicamentos. Os boticários surgiram depois dos especieiros, vendedores de drogas e especiarias. Com o passar do tempo surgiu um estabelecimento fixo para a venda de medicamentos. Portanto, o boticário surge assim com a botica, que servia como depósito dos remédios. O boticário manipulava e produzia os medicamentos na frente do paciente de acordo com a prescrição médica. As boticas antecederam as farmácias modernas. Apenas no século XX, na década de 50 esse estabelecimento passa a se chamar farmácia, e o seu profissional, o farmacêutico.
2.1 A HISTÓRIA DA VACINA NO MUNDO.
A evolução da ciência trouxe inúmeros benefícios para a sociedade. Várias pesquisas foram feitas para a melhoria na qualidade de vida, principalmente em crianças. Um grande feito histórico a ser destacado é a criação da vacina. A descoberta dessa técnica foi feita na China, no século XI, contra a varíola e posteriormente foi seguida por egípcios, persas e romanos. Eles trituravam a casca da ferida, misturavam com um pó e sopravam na narina das crianças com um cano feito de bambu. A partir daí, outras foram se desenvolvendo:
—1885 – Louis Pasteur cria a imunizaçãocontra a raiva.
—1921 – Camille Jean-Marie Guérin e Albert Léon Charles Calmettecriam a vacina contra tuberculose – a BCG.
—1936 – Max Theiler e Henry Smith criam a Cepa 17D contra a febre amarela.
—1942 – É criada a imunização contra tétano, difteria e coqueluche em uma só – a tríplice ou DPT. Foi a primeira do mundo a imunizar contra mais de um microorganismo.
 – 1949 – Jonas Salk e Albert Sabin criam a vacina contra poliomielite.
Em 1989 foi registrado o último caso de poliomielite no Brasil. Isso prova o quanto a vacina se tornou importante para a erradicação dessa e de outras doenças no mundo. Atualmente, existe o dia nacional da vacinação, realizado no dia 16 de outubro, promovido pelo Ministério da Saúde, a fim de promover a melhoria da saúde pública no país.
2.2 A REVOLTA DA VACINA
A revolta da vacina ocorreu em 1904 no Rio de Janeiro, no período de 10 a 18 de novembro. Nessa época, a cidade vivia sob péssimas condições de saneamento básico, o que facilitou para o surgimento de doenças, como a leptospirose, peste bubônica, febre tifoide, dentre outras. Em pouco tempo, essas enfermidades se alastraram pela região. É neste cenário que surge a figura do médico Oswaldo Cruz. Ele criou uma vacina para combater a varíola, doença transmitida de pessoa a pessoa pelas vias respiratórias. Porém, forçou a população a se vacinar. Casas eram invadidas por agentes da saúde, que em certos casos amarravam as pessoas para não fugirem. A população passou a sentir medo, pois não tinham o conhecimento adequado sobre os fins da vacinação, por se sentirem obrigados, decidiram confrontar as autoridades. O resultado de tudo foi mais de 50 pessoas mortas, centenas feridas e a grande maioria presa.
A partir desse episódio, a sociedade carioca permaneceu por muito tempo com receio de se vacinar. É nesse contexto que se enquadra a grande importância das campanhas de vacinação. Com o objetivo de motivar a população a cuidar de sua saúde, mostrando a necessidade em se imunizar para a prevenção de doenças.
2.3 BRASIL E AS BOTICAS NACIONAIS
A população nativa brasileira, historicamente, possuía seus próprios meios para cura de enfermidades. Os pajés dispunham de conhecimento das qualidades terapêuticas de inúmeras raízes e plantas, que mesmo após a colonização usavam delas em suas tribos. Interessados nesse conhecimento, os colonizadores solicitaram a ajuda dos jesuítas que se aproximaram dos nativos e assimilaram deles as práticas visando repassá-las aos europeus colonizadores.
A botica foi uma das instituições ocidentais que aqui aportaram junto com os europeus. Jesuítas, cirurgiões barbeiros, que por muito tempo concorreram com as boticas no comércio de drogas, e os aprendizes de boticários aportaram aqui com os “dominadores”, trouxeram junto consigo as “caixas de botica” _ arcas de madeira que dispunham de certa quantidade de drogas.
Com a vinda de Tomé de Sousa, aproximadamente mil pessoas se instalaram na Bahia, então capital brasileira, entre elas Diogo de Castro, primeiro boticário do país. Nos tempos coloniais existiram poucas boticas, as quais pertenciam aos jesuítas e aos hospitais militares, as únicas com que muitas vilas e cidades podiam contar.
Aos poucos, o povo passou a ser atendido em boticas jesuítas, preferiam essas ao invés daquelas administradas por meros comerciantes que costumavam errar no aviamento de receitas e na manipulação das drogas prescritas.
Situadas nas principais ruas, as boticas ocupavam dois cômodos. Num cômodo ficavam as drogas expostas à venda. Sobre as prateleiras viam-se boiões de louça, e potes com decorações artísticas; frascos e jarros de vidro, etiquetados guardavam xaropes e soluções de uso medicinal. No outro cômodo se encontrava o laboratório do estabelecimento.
De acordo com Edler, autor de Uma História Ilustrada da Farmácia no Brasil, uma importante fonte de renda para os boticários era o fornecimento para as naus de guerra e fragatas. O preparo de caixas de botica para tropas em guerra ou em socorro a capitanias com epidemias podia render boa soma aos boticários.
Ainda segundo Edler, graças à possibilidade de ganhos que o monopólio da fabricação e comércio de remédios lhes garantia, os boticários foram acusados de zelarem mais pelos próprios interesses que pela saúde de seus pacientes.
Desde o princípio do século XVI as “Ordenações do Reino”, conjunto de lei que regeram o Brasil colonial, impunham regulamentações à matéria farmacêutica. Porém, o impacto sanitário dessa medida estava comprometido pela facilidade que qualquer pessoa podia obter sua “carta de aprovação” para o exercício da profissão, o que possibilitou certa degradação da profissão no país. Era comum na época, lavador de vidros ou simples ajudantes de botica requerer autorização perante o físico-mor e, uma vez aprovados, o que geralmente acontecia, aventuravam-se como boticários, estabelecendo-se por conta própria ou em sociedade com um capitalista ou comerciante.
As boticas só foram autorizadas, como comércio, em 1640 e multiplicaram-se de norte a sul do país, dirigidas por boticários aprovados em Coimbra pelo físico-mor, ou pro seu delegado encarregado na capital do Brasil, Salvador.
3. Farmacêutico ou Boticário?
Desde que surgiu a designação farmacêutica, a dúvida tomou força, ser farmacêutico ou ser boticário?
O farmacêutico Manoel Hilário Pires Ferrão foi o responsável por chamar atenção para a distinção entre as duas profissões. Em 1875, após proferir uma conferência intitulada “Da farmácia no Brasil e de sua importância: meios de promover a seu adiantamento e progresso”, o farmacêutico abre espaço para tal discussão.
Concluiu-se que boticário seria qualquer um que resolvesse abrir uma botica e comercializar a retalho vários medicamentos sem ter direito para isso. A designação farmacêutico, dava-se aqueles que eram formados em cursos regulares de farmácia. Oficina ou laboratório farmacêutico substituía o termo botica.
As boticas ou farmácias, mesmo nos centros urbanos da época, acabavam funcionando como locais de assistência médica e farmacêutica, incluindo a prescrição e manipulação de medicamentos.
4. Revolução Medicamentosa: De Ervas a comprimidos.
Até a primeira metade do século XX, a utilização de medicamentos prontos ainda era muito pequena. Foi, aproximadamente, após a segunda metade do mesmo século que a utilização desses produtos sofreu um forte incremento, fazendo com que a procura por produtos elaborados em laboratórios por farmacêuticos se reduzisse fortemente.
Os médicos foram os principais agentes responsáveis pela ampliação do consumo de produtos farmacêuticos, receitando, cada vez mais, medicamentos prontos, em substituição aos elaborados em farmácia.
Laboratórios estrangeiros passaram a por em prática uma propaganda voltada aos médicos, logo esses deveriam ser os novos mediadores do consumo, indicando aos seus pacientes medicamentos de fabricantes específicos. Amostras grátis, bônus, brindes e a forte atuação de representantes comerciais representavam as principais armas para atrair os interesses dos médicos. Além disso, os medicamentos desses laboratórios passariam a contar com uma novidade na orientação sobre o uso do medicamento, a bula informativa.
5. O Desenvolvimento do Profissional Farmacêutico.
O século XIX pode ser considerado como aquele em que nasceu a historiografia farmacêutica. A primeira grande obra de investigação da área data de 1886, feita pelo pesquisador Pedro José da Silva. A história da farmácia foi desenvolvida sobre três eixos: a investigação da disciplina nas instituições de ensino, as sociedades científicas que se dedicam e os museus de farmácia.
“O farmacêutico no século passado não era reconhecido como um profissional de grande importância, porém suas atividades desde o início requeriam grandes responsabilidades, pois na essência o profissional desempenha funções de muita importância na área das ciências da saúde, mesmo diante das adversidades que existiram no século XX, a classe farmacêutica permaneceu unida, visando o engrandecimentoda profissão. A academia nacional de farmácia teve papel fundamental na evolução da intelectualidade do profissional. O farmacêutico desde o período da segunda guerra mundial já era de suma importância na organização e manutenção do serviço a saúde dedicado à sociedade nesse período de guerras. O profissional também é imprescindível no que diz respeito à instrução da população sobre os perigos expostos às substâncias químicas no dia a dia” (BIJOS, Gerardo Majella, 1954).
No século XVI os estudos envolvendo remédios ganharam força, foi desenvolvida uma série de pesquisas sobre a propriedade de plantas e minerais na cura de doenças, cabia ao boticário a responsabilidade de conhecer, curar as doenças e ainda deveria exercer a profissão cumprindo uma série de requisitos, tal como ter local e equipamentos adequados para o preparo e o armazenamento de medicamentos.
Em Portugal, foi somente no século XVIII que os boticários conseguiram se destacar em vários setores da vida nacional, nesse período surgiu livros escritos por e para eles e, no século seguinte iniciaram um longo processo de ascensão social e de afirmação profissional que os aproximaria do nível cultural de formação técnico-científica dos médicos. O boticário junto ao doente manipulava e produzia medicamentos, de acordo com a farmacopeia e prescrição dos médicos.
Em Portugal, os jesuítas foram os primeiros a instituir boticas em seus colégios, tornando-se especialistas em preparos de remédios, principalmente os feitos a base de plantas medicinais. Em 1640, as boticas foram legalizadas como ramo comercial, o primeiro professor de farmácia brasileiro foi o Senhor José Maria Bom tempo. Para os portugueses, o dia 26 de setembro é dia nacional dos farmacêuticos. A farmacopeia geral do reino português foi por algum tempo a farmacopeia oficial do Brasil.
O título recebido pelo curso de farmácia no país era o de farmacêutico, mesmo assim durante muitos anos ficou sendo conhecido como boticário. Com a fundação das primeiras faculdades de farmácia (1839-1898), o boticário foi lentamente sendo substituído pelo farmacêutico, foi somente em 1886 que isso se consolidou. A partir da década de 1930, o ensino de farmácia no Brasil passaria por várias mudanças em seu currículo, relacionadas principalmente às transformações da prática farmacêutica, para exercer a profissão é necessário está escrito no conselho regional de farmácia referente ao estado de atuação.
No Brasil com o regimento 1744 foi criada a figura do responsável técnico. Segundo o decreto 19.606/31 é competência de o farmacêutico exercer funções na área da análise clínicas, químico bromatologista, biologista e legista nesse período, pois com o passar dos anos suas funções englobaram muitas outras áreas. Nessa época, se alguma iniciativa não fosse tomada a profissão farmacêutica poderia ser extinta devido à alta faixa etária desses profissionais e o baixo índice de formandos da área anualmente. Outro fato que é importante ressaltar nesse período era o baixo salário recebido pelos profissionais (cerca de meio salário mínimo).
Todas as dificuldades que passavam os farmacêuticos só iam reforçando ainda mais à vontade da criação de um órgão de fiscalização da ética sobre os profissionais da classe, este era visto como a salvação da profissão farmacêutica. Pouco tempo depois foi sancionada a lei nº3820 de 11 de novembro de 1960, com isso foram instalados o Conselho Federal de Farmácia (CFF) e os Conselhos Regionais de Farmácia (CRFs). Com o objetivo de manter a característica essencial que é a formação diferenciada, o Conselho Federal de Educação, cria um currículo mínimo para o curso de farmácia.
A direção dos laboratórios pelos farmacêuticos se tornou obrigatória. A industrialização em ritmo crescente torna o fármaco um produto industrial, aliado as mudanças da sociedade de consumo e ainda, objeto de interesses econômicos e políticos. Com a industrialização ocorre uma queda da procura por farmácias de manipulação, o foco passa a ser o médico e o farmacêutico se afasta para outras áreas. Na década de 80 estudos feitos no “projeto biomédico” revelaram dados de uma crise de identidade do farmacêutico, pois este havia se afastado do seu eixo principal: o medicamento.
Os farmacêuticos para manterem seu título e a sua autorização profissional têm obrigatoriamente fazer cursos de formação contínua, que revalidarão a sua carteira profissional, pois sem esses cursos não conseguirão conquistar os créditos necessários e com isso serão excluídos da profissão. Este profissional está envolvido tanto no processo de pesquisa, como no estudo de efeitos colaterais e das reações adversas dos medicamentos já existentes. Ele além de dispensador, agindo na fabricação de cosméticos, na medicação de doentes hospitalares, na fiscalização sanitária, entre outras atividades asseguradoras de qualidade de vida.
As Diretrizes Curriculares Nacionais de 2002 regulamentaram a formação do farmacêutico com o foco de ser um profissional de saúde e atuar também no sistema único de saúde. O farmacêutico generalista surgiu após vários encontros internacionais que tratavam dos cuidados primários com a saúde e com a reformulação do ensino através de implementação de novas diretrizes curriculares, estas mudaram a filosofia do ensino de farmácia e principalmente oferecer habilidades generalistas, humanistas, com capacidade de avaliar crítica e humanisticamente a sociedade em seus aspectos biológicos e sociais. O profissional passa a trabalhar com a comunidade a sua função social, ele atua em todos os níveis de atenção a saúde e através do seu conhecimento científico passa a lutar por uma Política Nacional de Assistência Farmacêutica, que é um conceito que engloba o conjunto de práticas voltadas à saúde individual e coletiva.
Segundo a OMS, as Profissionais sete estrelas devem possuir as seguintes qualidades: Prestação de serviços farmacêuticos, capacidade de tomar decisões, comunicação, liderança, gerência, atualização permanente e deve ser um bom educador.
6. HISTÓRIA DA FARMÁCIA NO BRASIL
6.1 OS BOTICARIOS BRASÍLICOS 
A botica foi uma das instituições ocidentais que aqui aportaram com os portugueses. O cirurgião barbeiro, os jesuítas e o aprendiz de boticário, que chegaram aqui com os primeiros colonizadores, trouxeram as “caixas de botica”, uma arca de madeira que continha certa quantidade de drogas. Cada “entrada” ou “bandeira”, expedição militar ou científica, no caso dos viajantes naturalistas, os fazendeiros, senhores de engenho e também os médicos da tropa ou senado das câmaras municipais – todos as possuíam com um bom sortimento de remédios para socorros urgentes. 
Até princípios do Império, os barbeiros concorreram com as boticas no comércio de drogas, suas lojas venderam mezinhas (remédios caseiros), aplicaram, alugaram ou venderam sanguessugas, ou bichas, e manipularam receitas. Nos tempos coloniais existiram poucas boticas. Os jesuítas e os hospitais militares tinham as únicas com que muitas vilas e cidades podiam contar. Os boticários eram oriundos geralmente de famílias humildes e obtinham seus conhecimentos nas boticas tornando-se ajudantes e aprendizes de um encartado. Para a obtenção da Carta de examinação, que lhes possibilitaria o exercício do ofício, submetiam-se a um exame junto aos comissários do físico-mor do reino. 
 Em fins do século XVII, algumas boticas já tomavam a aparência das boticas do reino. Situadas nas principais ruas, ocupavam dois compartimentos. O boticário e sua família residiam nos fundos. Num cômodo ficavam as drogas expostas a venda. Sobre as prateleiras viam-se boiões de boa louça, e potes com decorações artísticas continham pomadas e unguentos; frascos e jarros de vidro ou de estanho, etiquetados, guarneciam xaropes e soluções. No outro cômodo, estava o laboratório da botica. 
Mesa, potes, frascos, balança, medidas de peso, copos graduados, cálices, bastões de louça, almofarizes, alambiques, destiladores, cadinhos etc, e uma edição da Polianteia Medicinal de Curvo Semedo – essencialpara preparar a mezinha (remédio caseiro) receitada por um físico ou cirurgião, ou padre, ou curandeiro. 
 O primeiro boticário a trabalhar no Brasil foi contrato por Tomé de Sousa. Ele recebia 15 mil réis por ano para cuidar da caixa de botica. Fugindo da Inquisição, a maioria dos boticários eram cristãos-novos, de origem judaica, como Luis Antunes, que possuía uma botica em Recife, em frente ao Hospital da Misericórdia. 
Os cirurgiões, que formavam a maior parte dos profissionais de saúde, também atuavam como boticários. No século XVIII, como os boticários não tinham formação em química farmacêutica, os droguistas passaram a controlar o preparo e o comércio dos preparados químicos, como sais, tinturas, extratos e várias preparações de mercúrio. Dessa forma, os Vallabela, droguistas italianos radicados em Lisboa, enriqueceram enviando drogas para o Rio de Janeiro e Bahia. 
 Uma importante fonte de renda para os boticários era o fornecimento para as naus de guerra e fragatas. A preparação das caixas de botica, bem sortidas para as tropas ou em socorro a capitanias com epidemias, podia render boa soma aos boticários. Em função da possibilidade de ganhos que o monopólio da fabricação e comércio de remédios lhes garantia, os boticários foram acusados de zelarem mais pelos próprios interesses que pela saúde dos seus semelhantes. 
 Entre 1707 e 1749, 89 boticários prestaram exames no Brasil. Nas boticas jogava-se e conversava-se muito. Viajantes observaram que nos cafés e em certas boticas se reuniam, de portas cerradas, sociedades particulares para se entregarem apaixonadamente a jogos de cartas e de dados. No século XVIII, discussões políticas ou religiosas, além de simples confabulações, ocorriam nesses locais. Vários boticários eram membros da Sociedade Literária do Rio de Janeiro e usavam o espaço das suas boticas para reuniões em que se discutiam temas proibidos. Não havendo imprensa, as boticas tornavam-se um dos poucos espaços para a divulgação das ideias que viriam a ameaçar o próprio estatuto colonial, abrindo os caminhos que levariam à Independência. 
7. A FORMAÇÃO MÉDICA E FARMACÊUTICA 
 
No Brasil, a Academia Imperial de Medicina (1829 – 1889) foi o principal fórum de debates sobre o ensino médico e a saúde pública imperial e a principal trincheira voltada a defender o modelo anatomoclínico francês e as ideias higienistas. A formação médica no ambiente hospitalar se tornou fundamental. 
 No final do Império, as reformas do ensino médico levantaram a bandeira do ensino experimental. Nesse contexto, a fisiologia experimental e a patologia celular, que viriam a produzir da medicina de laboratório, medicina sem doentes, estavam se consolidando no horizonte da clínica. 
A reforma do ensino em 1832 previa a criação do curso farmacêutico junto às faculdades de medicina do Império. As disciplinas a serem ministradas eram divididas em três anos. Para obter o título de farmacêutico, o aluno deveria praticar, pelo mesmo período de três anos, numa botica de um boticário diplomado. 
Em 1838, Manoel Francisco Peixoto, farmacêutico diplomado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro no ano anterior, em discurso pronunciado na Academia Imperial de Medicina, reclamava a respeito do esvaziamento do curso farmacêutico em contraste com o curso médico. Os farmacêuticos pertencentes a Academia Imperial de Medicina e às associações farmacêuticas que se formaram a partir de 1850 reivindicavam que a faculdade deveriam ter o monopólio da concessão de diplomas como forma de restringir o exercício da farmácia aos homens de ciência de formação acadêmica. 
Além dos cursos farmacêuticos oferecidos pelas duas únicas faculdades de medicina no Império – a do Rio de Janeiro e da Bahia –, em 1839 foi criada pela Assembleia Legislativa Provincial de Minas Gerais, a Escola de Farmácia de Ouro Preto. 
A partir da promulgação da Primeira Constituição Republicana, 1891, que propôs um sistema educacional descentralizado, o ensino farmacêutico estendeu-se a outros estados. 
7.1 DA MATÉRIA MÉDICA À FARMACOLOGIA 
O aparecimento das drogas industrializadas se deve à emergência da profissão farmacêutica. Ao combinar as habilidades e competências dos boticários, botânicos e químicos, ela permitiu o avanço do conhecimento sobre as drogas. Uma descoberta científica, a síntese em laboratório da ureia, em 1828, por Wöhler marcou ao mesmo tempo o crepúsculo do vitalismo e a historio da farmácia, pois abriu as portas para a síntese de substâncias orgânicas. 
Justus Liebig (1803-73) lançou as bases da farmacodinâmica moderna ao descobrir as ações farmacológicas e químicas do organismo, sobretudo os fenômenos metabólicos. Medicamentos de uso comum passaram a ser investigados, principalmente na Alemanha, para se descobrir como atuavam nos tecidos. A colaboração entre químicos e fisiologistas tornou-se um procedimento básico para a demonstração de que os princípios ativos tinham os mesmos efeitos das drogas originais. 
8. A FARMÁCIA OFICINAL E A ARTE DE FORMULAR 
No final do século XIX, as farmácias ainda mantinham boa parte do instrumental tecnológico herdado das boticas. 
No decorrer do século XX, esses tradicionais estabelecimentos passariam por um longo processo de transformação, que acabaria por excluir do seu perfil as atividades artesanais de preparo de substâncias empregadas na arte de curar, confiando à sua responsabilidade a comercialização de medicamentos industrializados, agora utilizados pelas ciências da saúde. Esse processo se relacionou, principalmente, ao desenvolvimento da produção de medicamentos e às consequentes modificações nas suas formas de distribuição e comercialização ocorridas nas últimas décadas do século XIX. 
 O advento da microbiologia, as investidas da terapêutica no campo da química e o distanciamento do pensamento médico das concepções hipocráticas que atribuíam uma força curativa à natureza transformariam esse cenário, possibilitando o desenvolvimento de um grande número de novos medicamentos, cada vez mais eficazes na proteção e no combate a doenças específicas. 
9. MEDICAMENTOS INDUSTRIALIZADOS NO BRASIL: ORIGEM E EVOLUÇÃO 
No final do século XIX começaram a surgir os primeiros laboratórios farmacêuticos nacionais. Em 1913, o Brasil contava com 765 estabelecimentos produtores de medicamentos. Ao findar-se a 1ª Guerra Mundial, em 1918, esse número já era de 1.181 estabelecimentos, chegando a 1.329 em 1930. Essa expansão se deveu a dois fatores. Um deles foi a escassez de produtos farmacêuticos, determinada pelo início da 1ª Grande Guerra, que acabou potencializando a produção nacional. O outro fator foi a existência de um grande contingente de técnicos, formados em instituições públicas, interessados em organizar novos laboratórios privados de produção de medicamentos. 
Criados em 1900 para combater um surto de peste bubônica que surgiu no porto de Santos e ameaçava alcançar as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, os Institutos Butantan e Oswaldo Cruz iniciaram sua trajetória de forma modesta, reunindo alguns técnicos dedicados aos exames de laboratório, à produção de soro e vacinas e às pesquisas biomédicas. 
 Muitos técnicos dessas instituições iriam se transformar nos principais protagonistas da criação de novos laboratórios farmacêuticos na primeira metade do século XX, sendo que os pesquisadores oriundos das instituições paulistas seriam os mais bem-sucedidos na criação de grandes laboratórios produtores de medicamentos. 
Após a Segunda Guerra Mundial, os laboratórios nacionais começaram a entrara em crise. Para se ter uma ideia da magnitude desse processo, podemos observar que em 1957, entre os 20 maiores laboratórios farmacêuticos existentes no Brasil, 5 eram nacionais ou associados a capitais nacionais: Pinheiros, Moura Brasil, Torres, Fontoura e Lafi. Cinco anos mais tarde, após a compra do Instituto Pinheiros pela Sintex, nenhum laboratório nacional constava dessa lista. 
10. FARMÁCIA E PRÁTICAS FARMACEUTICAS
A partir de 1930, a expansão dos laboratórios farmacêuticosnacionais e estrangeiros e a consequente ampliação da utilização de suas especialidades geraram uma verdadeira revolução na organização da farmácia e da prática dos farmacêuticos. 
Se até os anos 1920 a utilização de medicamentos prontos ainda era pequena, nos anos de 1930 passa por forte incremento, fazendo com que a procura por produtos elaborados pelos farmacêuticos em seus estabelecimentos se reduzisse fortemente. 
 No campo específico do consumo de medicamentos, esse processo se relacionou à revolução terapêutica iniciada em 1935 com a fabricação em escala mundial da sulfanilamida pela Bayer, sendo posta em marcha com o desenvolvimento dos antibióticos na década seguinte. 
 No Brasil, a presença das multinacionais dos medicamentos se inicia no final do século XIX, e se intensifica bastante na década de 30. Nesse período, 07 grandes laboratórios farmacêuticos europeus se instalaram no país: Bayer (1890), Rhodia (1919), Laboratório Beecham (1922), Merck (1923), Andromaco (1928), Roche (1931), Glaxo (1936) e Ciba (1937). Além destes, vieram os norte-americanos: Sidney Ross (1920), Johnson & Johnson (1936) e Abbot (1937). 
Os médicos foram os principais agentes responsáveis pela ampliação do consumo de produtos farmacêuticos, receitando, cada vez mais, medicamentos prontos, em substituição aos elaborados nas farmácias. 
A ação dos médicos em favor dos novos produtos também era fruto de uma nova forma de propaganda que invadia o mercado dos medicamentos. Até então, a propaganda de medicamentos era feita de forma ampla, tendo como alvo os consumidores. Nesse período, os laboratórios estrangeiros passaram a pôr em prática uma propaganda exclusivamente voltada para os médicos. Esses deveriam ser os novos mediadores do consumo, indicando aos seus pacientes medicamentos de fabricantes específicos. Amostras grátis, bônus, brindes e forte atuação de representantes comerciais eram as principais armas para atrair os interesses dos médicos. Além disso, os medicamentos desses laboratórios passaram a conter uma novidade: a bula. 
10.1. FORMAÇÃO DO FARMACÊUTICO 
A partir da década de 1930, o ensino de farmácia no Brasil passaria por várias mudanças curriculares, relacionadas principalmente às transformações da prática farmacêutica. Pretendia-se aproximar a formação profissional das novas atividades industriais e de serviços no campo da produção de medicamentos e alimentos e na área dos exames laboratoriais. 
Com esse objetivo, em 1962, o Conselho Federal de Educação criou um currículo mínimo para os cursos de farmácia. Com a reforma universitária de 62, esse currículo passou por ligeiras mudanças, mas manteve sua característica essencial: a formação diferenciada. Pela nova legislação, o currículo mínimo para a formação de farmacêuticos compreendia um ciclo pré-profissional formativo: um ciclo básico comum, para a formação de todos os farmacêuticos, e um ciclo diversificado, voltado para a formação de farmacêutico industrial ou de farmacêutico bioquímico. 
Com algumas alterações, essa estrutura permanece até hoje em vigor. Ela tem por objetivo assegurar ao farmacêutico e ao farmacêutico bioquímico condições de exercer atividades em laboratórios de saúde pública, de manipulação magistral farmacêutica (farmácias, hospitais, drogarias), empresas industriais farmacêuticas, indústrias alimentícias, ervanários etc. 
11. HISTÓRIA
O medicamento e o farmacêutico situam-se em fases históricas diferentes com uma concepção e utilidade à sociedade muito diversa segundo a época em que nos situemos:
Farmácia das comunidades Primitivas: não responde a uma explicação técnica ou natural do que acontece no mundo, eram comunidades simbólicas e arcaicas.
A explicação da doença corresponde a uma força sobrenatural: Deus, Demônio
de modo que a terapêutica utilizada era muito ingeniosa, utilizavam-se recursos de onde não os tinha, a farmácia como tal, é pobre e reduzida, não há fármacos, se usam plantas medicinais; como a farmácia desta época é deficiente se compensa mediante ritos, orações, castigos.
Esta concepção foi predominante na história da farmácia.
Grandes Civilizações da Antiguidade: Egito, Mesopotâmia, Irã, América franco-colombiana (Incas, Mayas, Aztecas). Há uma maior elaboração farmacêutica, aparecem medicamentos como tais, há desenvolvimento tecnológico e uso da clínica aplicada à farmácia: Alquimia.
Civilizações Orientais: Extremo Oriente, Índia, Chinesa, Japão, Coréia: foram os primeiros em ter uma visão natural do organismo, das causas da doença, que basearam em um relacionamento estreito com o equilíbrio da natureza.
A farmácia baseia-se nas plantas e realizaram herbários muito bons.
Devido à queda das monarquias, há uma difusão do saber, segundo autores da época como J.P Franck: “A pobreza é a causa de doença”, criando riqueza e cultura e estendendo à população melhora-se o estado de saúde.
Século XIX – Grande Revolução Industrial: Aparece a teoria atômica, celular e da evolução. (Somos átomos).
A farmácia muda por completo de modelo como consequência do aparecimento da indústria, até este momento os medicamentos eram individualizados.
Farmácia Contemporânea
Farmácia Arcaica ou Pré-técnica
A explicação da doença baseia-se em um meio mágico.
Desenvolveu-se em comunidades indígenas já desaparecidas, e em algumas sobreviventes, embora poucas.
Estes rasgos estão também presentes em sociedades mais avançadas como a grega, romana, inclusive na nossa (curandeiros).
Antigamente, teve comunidades muito frágeis que pouco a pouco foram desaparecendo ao avançar no tempo; eram comunidades frágeis porque eram estáticas e não queriam evoluir nem se transformar, se baseavam em tradições sagradas que passavam de geração em geração. Eram sociedades coletivas, muito conservadoras.
Eram coletivos sem recursos econômicos nem sociais pelo que os indivíduos, todos, sem exceção deviam ser integrado na sociedade, e o faziam em cerimônias de iniciação.
A doença é uma causa de grande transtorno para eles, acham que são encantamentos, posses por espíritos…, pelo que a cura é através de curandeiros, bruxos ou Xamãs, especialistas em questões terapêuticas, na preparação e administração de medicamentos. (Um único “profissional” que possui a tribo e que realiza tarefas de médico, “sacerdote, juiz.”)
A descrição do uso terapêutico de plantas é má, atribuem propriedades mágicas às plantas, embora no caso de alucinógenos, narcotizantes, calmantes da dor, eméticos, laxantes, purgantes e diuréticos, sim existe uma boa descrição.
Para esta cultura, os laxantes e eméticos são formas de expulsar o demônio que possuiu ao doente.
A maioria destas tribos têm algum tipo de narcótico social, que usam para se comunicar com a divindade, com fins diagnósticos e terapêuticos.
Uma ideia muito estendida é a da solidariedade entre as partes e o tudo, que compõem seu mundo; por isso, uma doença pode ser provocado sem contato direto, pelo que a cura também pode ter local a distância, esta é a base do uso de talismãs, amuletos e sistemas protetores para evitar que entrem no organismo força maléficas.
Têm a crença de que as coisas acontecem por analogia, simpatia/antipatia, e nisso se baseiam para conhecer a atividade das plantas, (são sinais):
 – planta amarela: sinal que irá bem para a ictericia
 – planta vermelha: tem afinidade pelo sangue
 – folhas em forma de rim: irão bem para as doenças renais
 – folhas com forma de cabeça: usadas para transtornos mentais
 – planta com figura humana (p.ex.: ginseng): serve para curar todas as doenças = Panacea
As analogias também são alimentárias, os alimentos de animais que tenham afinidade, ou bem, que sejam nobres e fortes, fornecem ao indivíduo destas propriedades.
12. A FARMÁCIA DAS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES
são as civilizações mais antigas das que temos conhecimento escrito, mas já estão extintas.
Eram civilizações fluviais porque estavam assentadas nas orlas de grandes rios como o Nilo, Tigris e Eufrates.
12.1 EGITO
Os egípcios usavam papiros o que facilitou a transmissão de sua culturaatravés dos tempos.
Criam no “para além” e realizavam ritos funerários, têm uma visão positiva da vida e isso se reflete na construção das pirâmides.
Diferenciam entre o este e o oeste, este fato influi na mumificação de seus mortos, já que o Deus do Sol, nasce pelo este e morre pelo oeste a cada dia, passando pelo Nilo entre o nascimento e a morte; esta ideia é a base da ressurreição contínua dos seres vivos.
Situam os templos funerários no oeste, porque morrem no oeste, como seu deus Sol, durante a noite realizam viagens funerários pelo Nilo e nele são tribunais pesando seu coração e seus bons atos; a ressurreição é pelo este.
Os indivíduos durante sua vida tentam acumular todas as riquezas que podem para as usar na “outra vida”; ao princípio enterravam aos escravos e os animais que possuía essa pessoa com ele, mas com o passo do tempo se mudaram por estatuetas.
A técnica do embalsamamento era muito sofisticada; antes de mais nada, se certificavam de que ao defunto não lhe faltasse nenhum membro, em caso contrário, se restaurava ou restituía dito membro; se o membro que faltava era o coração se punha em seu local um besouro que era o símbolo da vida, depois:
— Lavavam o corpo
— esvaziavam o crânio, para eliminar o cérebro, e os orifícios nasais com garfios
— introduziam resinas no crânio e nas fossas nasais
— realizavam uma incisão no abdômen para extrair todas as vísceras e rechear a cavidade com betún, resinas e essências
— selavam o abdômen e o resto dos orifícios com cera, resinas e blendas.
Com as vísceras: coração, pulmões, fígado e intestino, trabalhava-se de diferente modo, colocavam-nas a cada um em um copo cônico e os situavam ao redor do corpo a cada um deles em um dos 4 pontos cardinais.
Era uma técnica muito rápida já que passadas 10 horas do momento da morte, devido à rigidez do cadáver era impossível a mumificação
O embalsamado era diferente entre ricos e pobres.
A farmácia está descrita em papiros, muito similar à mesopotâmica, usavam ao redor de 700 drogas entre animais, vegetais e minerais.
Também aqui encontramos problemas de sinônimos.
Entre os vegetais mais usados encontramos a mandrágora, as a dormideiras, o eléboro, etc…
Animais: cabra, raposo, morcego, boi, crocodilo
Minerais: arsênico, estanho e chumbo.
Usavam os mesmos excipientes que em Mesopotâmia.
As proporções em que usavam o P.A. e a posologia dos medicamentos não se conhecem com exatidão já que a informação é escassa, de todos modos, se usavam corretamente segundo a patologia que afetava ao indivíduo:
— Eléboro: diurético e analgésico
— Cânhamo e a dormideira: sedantes
— Unguento com excremento de morcego: cura de doenças oculares
Fisiologia: o coração será o centro do organismo, dele saem 46 “encanamentos” que levam líquido aos órgãos, lágrimas aos olhos e urina à vejiga. Como pode ser comprovado seu conhecimento do corpo humano era quase nulo.
Esta civilização fez grandes avanços em química, matemáticas e em diversas técnicas aplicadas.
12.2. CORÉIA E JAPÃO
Seguem um sistema similar ao Chinês, mas em local do ying e o yang, baseiam-se no Um-Yang, que também segue a teoria de Confucio, mas com influência indiana.
Utilizavam o ging-seng, (Panax ginseng), raiz medicinal muito rica em saponinas, como panacea para qualquer tipo de doença.
No Japão desenvolvem-se novos conceitos em base a teorias religiosas, teorias Ming da China e inclusive receberam influência, no final do século XIX de Holanda e Alemanha.
13. Hipócrates – Hipocratismo
É a escola que teve mais seguidores. Forma-se em Cos.
Existiram, ao mesmo tempo, muitas escolas não hipocráticas que atribuíram muitos textos e teorias a Hipócrates. Plagiam ao inverso (um indivíduo escreve algo e lho atribui a uma personagem com renome, de modo que todo mundo o considera sério e fiável).
De fato, teve muitos Hipócrates ao longo dos séculos, mas nenhum deles destacável sobre os outros.
O Corpus Hipocratus (obras de Hipócrates), escrevem-se desde o ano 450-350 a. C. (é impossível, por tanto, que um mesmo indivíduo as escrevesse todas). Há uns 53 textos catalogados atribuídos aos hipocráticos, sobre anatomia, fisiologia, ética, dietética, pediatria, terapêutica, farmácia, … inclusive há um texto chamado o escritório do médico.
Definem o Despacho médico como a sala de diagnósticos, de cirurgia e de farmácia; tudo o fazia uma mesma pessoa em um mesmo local.
Alguns dos textos definem a medicina como uma parte da filosofia, outros as diferenciam, de maneira que se corrobora que não se trata de um único autor.
Definem o Humor como fluído portador dos elementos. Reparte e distribui as qualidades aos diferentes órgãos do corpo. Os humores formarão os tecidos.
14. FARMÁCIA
Considera-se a Galeno o “pai” da farmácia.
Enriqueceu o arsenal de medicamentos de com os dos egípcios, persas, etc. Qualificou e classificou os medicamentos criando uma verdadeira farmacopeia. Mas era o médico quem criava e preparava o medicamento, isto era muito complicado e deu origem à farmácia maremática que foi a origem dos alca… figura que ajudava na preparação de medicamentos.
Classificação dos fármacos simples:
Simples que atuam sobre uma qualidade elementar
Simples que atuam sobre mais de uma qualidade elementar: atividade principal e secundaria.
Segundo Galeno os fármacos não curam por si sós senão que há que ter em conta a dose, o momento e a forma de administração.
A maior parte dos medicamentos eram de origem vegetal, embora tinha alguns para via tópica que eram de origem animal ou mineral.
Para usar um medicamento era necessário avaliar: quantidade, qualidade, forma de administração e o momento ou tempo de administração.
O conceito de medicamento para Galeno consta de 4 partes diferenciais a ter em conta:
. P.A.
. Coadjuvante
. Corretivo
. Excipiente
Foi o criador da Farmácia racional
14.1 AUTORIZAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
Autorizam-se os Remédios Secretos porque a maioria de medicamentos eram fórmulas magistrais, mas ademais existem outros remédios secretos que circulavam pelo país (os inventava alguém e não dizia o que levava para que ninguém pudesse o copiar).
O Protomedicato exige que se alguém é dono de um remédio secreto deve entregar uma amostra e a fórmula para ser pesquisado e estudado, e de ser certo seu efeito, se permitirá a comercialização.
Chega-se a um pacto entre a administração e esta gente. De que se se autorizava um remédio em vida do inventor e 10 anos mais para benefício de seus herdeiros, exceto para a administração, e depois será publicada a composição para que qualquer a possa usar.
15. SÉCULO XIX. INDUSTRIALIZAÇÃO
Com a indústria passa a fabricar grandes quantidades de produtos iguais.
O artesão converte-se em operário assalariado que fabrica muitas unidades idênticas para concorrer. Esta proletarização fará com que tenha confrontos entre comunistas e partidários da empresa.
Farmácia:
O boticário passa a chamar-se farmacêutico, e o trabalho de botica vai sendo absorvido pela indústria, deixando-se de elaborar fórmulas nas boticas já que é um processo lento e pouco rentável; só se elaborassem de forma “artesanal” aquelas fórmulas que sejam específicas para um determinado indivíduo devido a uma patologia concreta (igual que na atualidade).
Todo este processo se estende ao longo do século XIX. O farmacêutico compartilha seu protagonismo com a indústria, é a indústria a que fabrica e aparece um novo conceito, o da publicidade. Esta publicidade vai dirigida tanto a médicos como ao público de modo geral. Este será o 2º grande mudança da farmácia (o primeiro foi a separação entre medicina e farmácia).
O farmacêutico deixa de fabricar fórmulas magistrais e passa a ser dispensador de específicos.
No século XIX é quando a farmácia entra dentro da universidade, em Espanha, concretamente se começou a ensinar como tal nas faculdades em 1845.
Desaparecem as dificuldades de desenvolver a profissão.
O paradoxo é que no momento em que o farmacêutico chegou mais acima, no momento em que por Lei de Previdência se lhe concedea exclusiva dos medicamentos e poder ser dedicado à química, farmácia e elaboração de fórmulas, é justo quando se produz a industrialização o que provocará um choque já que se deixam de fabricar fórmulas magistrais para passar a ser específicos. É o resultado de debates onde a maioria dos farmacêuticos se opõe aos específicos, embora outros estavam de acordo, se propondo a união de farmacêuticos para fabricar específicos.
Todos estes conflitos se recolhem em revistas e outras publicações, uma das mais importantes da época foi o “Restaurador Farmacêutico” (na contramão da industrialização), também encontramos a publicação de Fernando Esquerdo “Os Avisos” que estava a favor da industrialização.
Devido a estes conflitos, celebrou-se em Paris um congresso na contramão dos específicos, em 1900 celebrou-se outro congresso com os mesmos fins.
Em Espanha a industrialização é realizada por alguns farmacêuticos, sobretudo, teve local em Barcelona (ex.: Lab. Andreu).
Aqui se começa a abrir caminho a atenção farmacêutica.
16. ANESTESIA, ANTISEPSIA E ASEPSIA. MEDICAMENTOS DO SÉCULO XX
Caraterísticas principais deste período:
— Antissepsia, asepsia e anestesia
— Higiene pública experimental; cálculos de como melhorar na saúde pública e que isto represente melhorias para o Estado.
— Síntese de produtos orgânicos: rompe-se com a crença de que não podiam ser sintetizado produtos orgânicos, só inorgânicos.
— Desenvolvimento da indústria farmacêutica: o medicamento passam a ser do laboratório, não da botica e ademais aparecem muitos e novos medicamentos.
— Se disporá de medicamentos específicos contra a sífilis que não dão efeitos secundários ( Ehrlich consegue as chamadas “bolas mágicas2).
— Introdução em 1899 da Aspirina
Antissepsia: desenvolve-a um autor húngaro (Semmelweis), na época do império Austro Húngaro. Comprovou a grande mortalidade das febres puerperales, mulheres que davam a luz, observou que a taxa de febres era muito maior em mulheres assistidas em hospitais que não nos casos em que davam a luz em suas casas, inclusive, viu que aquelas que tinham a seus filhos em casa e sós padeciam em menor grau estas febres. Por esta razão, acha que é o médico o que as transmite, esta foi a causa do uso obrigatório de cloreto de cálcio para desinfetar o material e a se lavar as mãos após a cada visita, deste modo se reduziu a mortalidade.
Semmelweis foi expulso do hospital no que trabalhava em Viena e se foi a Hungria onde implantou este sistema. (morreu em Budapeste atendendo a uma parturienta com febre puerperal).
Joseph Lister, introduz o ác. Férrico como anticéptico, ao princípio prepara diluições muito potentes para o material médico e inclusive usa um pulverizador para pulverizar toda a zona da operação, o problema reside em que o ácido férrico é muito tóxico. Com o tempo deu-se conta dessa toxicidade e diminuiu a concentração de ác. Férrico.
Também a ele se deve a esterilização do catgut, Pontos de sutura, que provocavam grandes infeções.
Anestesia: teve um desenvolvimento muito espetacular. Existiram alguns anestésicos como o opio, o álcool, a mandrágora, o cânhamo indiano, o gelo ou a acupuntura, esta última em oriente, que tiveram pouco sucesso.
O primeiro anestésico eficaz foi o óxido nitroso (gás hilariante, atualmente em desuso, foi Davy quem descreve-o pela primeira vez.
Foi Wells em 1844, dentista de profissão, quem usa-o com sucesso pela primeira vez, esta experiência se deve a que Wells observo em um circo como os indivíduos que tomavam NÃO não sentiam a dor, de maneira que decidiu o provar em sua própria pessoa e pediu que depois de tomar o ox. Nitrosa, extraíssem-lhe uma muela, e pôde certificar que não sentia nenhuma dor.
Morton, outro dentista, em 1846, introduziu o éter e fez uma demonstração pública operando com éter.
Long, em 1842, já o tinha usado mas como não o publicou, não se lhe deu importância à utilização do éter por esta personagem.
Simpsom em 1847 introduz o cloroformo em obstetrícia, já que ele era ginecólogo. Será o primeiro anestésico mais usado em Ou.K. durante décadas, mas encontrou-se com problemas religiosos já que quando Adan e Eva são expulsos do Paraíso entre outras muitas coisas, na Gênese se diz que Deus lhe disse a Eva: “parirás a teus filhos com dor”, utilizando o cloroformo violava-se a Bíblia.
Simpsom inventou um truque dizendo que na Bíblia dizia que se pariria com esforço muscular, não com dor, toda esta verborreia acabou quando a Reina Vitória pediu cloroformo no momento do parto.
Outros anestésicos que foram aparecendo com o passo dos anos foram:
— cocaína 1845
— cloreto de etilo 1894
— ciclopropano 1929
— barbitúricos 1932
— tiopental 1935
— curar, halolano inhalado 1956
Em anestesia local usava-se atropina.
16.1 ANALGÉSICOS E ANTITÉRMICOS
Esta é a história da descoberta da Aspirina, 1899: A partir do Córtex salicis (cortiça de salgueiro chorão), isolou-se o ácido salicílico, ao acetilarlo aparece o AAS. Também se isolou da árvore Spira ulma ria.
Já tradicionalmente se usava salgueiro contra a febre, em forma de infusões, já que o salgueiro cresce cerca da água, tem afinidade pela água e é frio e úmido de maneira que combate a febre, cálida e seca.
No século XIX estudou-se e achou-se ao ác. Salicílico, bom anticéptico, antitérmico, analgésico e anti-inflamatório, usado já antes de 1899, mas era muito amargo e ácido.
Em 1899, Hoffmann acetilo o ác. Salicílico obtendo o AAS ou Aspirina® (Bayer).
Também se introduz fenacetina e piramidon, mas estes se tem que são tóxicos e foram retirados.
Paracetamol: introduziu-o Von Miring em 1893, mas não se lhe deu importância até anos mais adiante e se usou de forma em massa em 1949. Viu-se que era o metabolito ativo da fenacetina.
Analgésico, antipirético, não anti-inflamatório, costuma ser bem tolerado e sem efeito tóxico, embora pode produzir hepatotoxicidade a doses muito elevadas.
Profissão Farmacêutica durante o século XIX
— Revolução industrial
— Necessidade de dispor de recursos econômicos para pesquisar novos fármacos.
— Substituição do artesão (boticário) a farmacêutico
— Fabricação em série com apoio de publicidade
— Proletarização da sociedade. Pugna entre capital e trabalho
— Passo de fórmula a especialidade com um intermédio, no século XIX, chamados específicos, trazidos do estrangeiro, de venda livre e com frequência, de composição desconhecida.
— Os estudos de farmácia modificam-se. Criam-se Reais Colégios de Farmácia. (Princípios de século em Madri, Barcelona, Santiago de Compostela e Sevilla)
— Em 1845 põe-se em vigor na carreira de farmácia: 4 anos de teoria + 2 anos de prática.
— Desaparece a exigência de pureza de sangue para estudar farmácia
— No final de século as práticas só se fazem na faculdade, desaparecem os 2 anos de prática fosse (Até o Plano do 92)
— O farmacêutico não fica limitado, há a livre instalação, não há limite de farmácias, (a limitação aparece após a postureira), também não se obriga aos farmacêuticos a colegiar-se. A final de século tentou-se obrigá-los, mas não se conseguiu até o século XX.
Mudanças na profissão
— Fim da tutela do médico
— Exclusividade na dispensação; comporta litígios com dogueiros (podiam vender drogas sem receita até 1931)
— Organização liberal até a obrigatoriedade de colegiar-se em 1898 e que não foi vigente até 1917. Foi por imposição e conduziu ao modelo corporativo, durante o franquismo, onde se regulava tudo.
— Problemas com os específicos, pela publicidade pouca séria que se faz deles, porque se vendem fora das farmácias e porque a composição costuma ser desconhecida ou secreta.
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“COORDENADORIA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DA SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ-COASF/SESA” (página da notícia visitada em 19/01/2009).
Assistência Farmacêutica: porque a saúde é sua!. Página visitada em 19/01/2009.
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO BÁSICA. Página visitada em 19/01/2009.
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Farmac%C3%AAutico> Acesso em 01 de Abril de 2016.
	
	
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