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2 
Teoria Geral dos Contratos 
Tema X. 
 
Material para o Curso Módulo Básico dos Tribunais. 
Elaboração: Luciano L. Figueiredo
1
. 
 
1. Conceito, Natureza Jurídica e Visão Geral no Código Civil Nacional. 
 
2. Princípios. 
 
a) Autonomia. 
 
Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código. 
 
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. 
 
b) Relatividade ou Relativismo dos Efeitos do Contrato. 
 
Mitigação pela Função Social: 
 
En. 21.: Art. 421.: a função social do contrato, prevista no art. 421 do Novo Código Civil, constitui cláusula geral a 
impor a revisão do princípio da relatividade dos efeitos do contrato em relação a terceiros, implicando tutela exter-
na do crédito. 
 
Exceções ao Relativismo Expressas: 
 
b1) Estipulação em Favor de Terceiro 
 
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. 
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, 
todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 
438. 
 
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemen-
te da sua anuência e da do outro contratante. 
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade. 
 
b.2) Promessa de Fato de Terceiro 
 
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar. 
 
b.3) Contrato com Pessoa à Declarar: 
 
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa 
que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes. 
 
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se 
outro não tiver sido estipulado. 
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as par-
tes usaram para o contrato. 
 
1 Advogado. Sócio do Figueiredo & Figueiredo Advocacia e Consultoria. Graduado em Direito pela Universidade Salvador 
(UNIFACS). Especialista (Pós-Graduado) em Direito do Estado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre em Direito 
Privado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professor de Direito Civil. Palestrante. Autor de Artigos Científicos e Li-
vros Jurídicos. Periscope: @lucianofigueiredo. Instagram: @lucianolimafigueiredo. Periscope: @lucianofigueiredo. Fan Page: 
Luciano Lima Figueiredo. Twitter: @civilfigueiredo. 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obri-
gações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado. 
 
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários: 
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la; 
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação. 
 
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus 
efeitos entre os contratantes originários. 
 
c) Princípio da Força Obrigatória do Contrato (ou do “Pacta Sunt Servanda”) 
 
Importante exceção a forca obrigatória e a teoria da imprevisão: 
 
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessi-
vamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisí-
veis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da 
citação. 
 
Requisitos: 
 
- contrato comutativo (oneroso e bilateral) de execução diferida ou continuada (não momentânea) 
 
- superveniência de circunstância extraordinária e imprevisível 
 
- alteração da base econômica objetiva do contrato, com onerosidade excessiva para uma das partes e extrema 
vantagem a uma das partes 
 
# Consequências da imprevisão: resolução ou revisão. Sendo que para revisar é necessária a concordância do 
beneficiado. 
 
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contra-
to. 
 
d) Princípio da Função Social do Contrato. 
 
O tema resta disciplinado no art. 421 do CC: 
 
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. 
 
Observe que mitiga, mas não extingue a autonomia da vontade – Enunciado 23 do CJF: 
 
En: 23.: Art. 421.: A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, não elimina o princípio da 
autonomia individual, mas atenua ou reduz o alcance desse princípio quando presentes interesses metaindividuais 
ou interesse individual relativo à dignidade da pessoa humana. 
 
Principio da equivalência material ou justiça contratual – Derivação da função social? 
 
En 22.: Art. 421.: a função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral 
que reforça o princípio de conservação do contrato, assegurando trocas úteis e justas 
 
Súmulas do STJ que se preocupam com o princípio da função social: 
 
297 - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras. 
 
302 - É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a internação hospitalar do segurado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Formação dos Contratos. 
 
3.1 Tratativas ou Pontuação. 
 
3.2 Proposta. 
 
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do 
negócio, ou das circunstâncias do caso. 
 
Local de formação do contrato nacional: 
 
Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. 
 
E se o contrato for internacional? 
 
Art. 9
o
 Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem. 
§ 1
o
 Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, 
admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. 
§ 2
o
 A obrigação resultante do contrato reputa-se constituida no lugar em que residir o proponente. 
 
3.3 Aceitação. 
 
Aceitação fora do prazo, com adições, restrições ou modificações: nova proposta (conversão legal). 
 
Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta. 
 
O ato de propor e aceitar pode ser entre presentes e entre ausentes? O que consiste em presença para o Código 
Civil? 
 
Até quando a proposta obriga? 
 
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta: 
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa 
que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante; 
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimen-
to do proponente; 
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; 
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. 
 
Qual o momento no qual o contrato entre presentes torna-se perfeito e acabado? 
 
E o contrato entre ausentes? 
 
4. Contrato Preliminar (antecontrato, pré-contrato, promessa). 
 
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a 
ser celebrado. 
 
Art. 463. Concluídoo contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que dele 
não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, 
assinando prazo à outra para que o efetive. 
Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente. 
 
En. 30 - Art. 463: a disposição do parágrafo único do art. 463 do novo Código Civil deve ser interpretada como 
fator de eficácia perante terceiros. 
 
Como fica a Promessa de Compra e Venda de imóveis não loteados? 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
Art. 1.225. São direitos reais: 
[…] 
VII - o direito do promitente comprador do imóvel; 
 
Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento, celebrada por in-
strumento público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador 
direito real à aquisição do imóvel. 
 
Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a 
quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no 
instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel. 
 
Súmula 239, STJ - O direito a adjudicação compulsória não se condiciona ao registro do compromisso de compra 
e venda no cartório de imóveis. 
 
Súmula 84, STJ – É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda do 
compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido de registro. 
 
5. Vícios Redibitórios. 
 
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que 
a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. 
 
Aplica-se apenas a contratos comutativos? 
 
Enunciado 583 do CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL informa que “o art. 441 do Código Civil deve ser interpretado no 
sentido de abranger também os contratos aleatórios, desde que não inclua os elementos aleatórios do contrato”. 
 
Relação com o princípio da garantia? 
 
Vícios presentes em coisas vendidas conjuntamente? 
 
Art. 503. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza a rejeição de todas. 
 
Consequências? 
 
Propõe uma das duas ações edilícias, quais sejam, uma ação redibitória ou uma ação estimatória (ou “quanti m i-
noris”), que não podem ser cumuladas – art. 442 e 443. 
 
> Ação redibitória. 
 
> Ação Estimatória ou quantis minoris 
 
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no 
preço. 
 
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o 
não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato. 
 
E se a coisa perecer nas mãos do alienatário? 
 
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer 
por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. 
 
Prazo para propor as duas ações edilícias (art. 445): 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a 
coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da 
alienação, reduzido à metade. 
 
1
o
 Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que 
dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para 
os imóveis. 
 
Prazos que são decadenciais: 
 
En. 28 - Art. 445 (§§ 1º e 2º): o disposto no art. 445, §§ 1º e 2º, do Código Civil reflete a consagração da doutrina 
e da jurisprudência quanto à natureza decadencial das ações edilícias. 
 
Como contar estes prazos? 
 
Enunciado 174 do CJF – Art. 445: Em se tratando de vício oculto, o adquirente tem os prazos do caput do art. 
445 para obter redibição ou abatimento de preço, desde que os vícios se revelem nos prazos estabelecidos no 
parágrafo primeiro, fluindo, entretanto, a partir do conhecimento do defeito. 
 
DIREITO CIVIL. VÍCIO REDIBITÓRIO E PRAZO DECADENCIAL. 
Quando o vício oculto, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde (art. 445, § 1°, CC), o adquirente de 
bem móvel terá o prazo de trinta dias (art. 445, caput, do CC), a partir da ciência desse defeito, para exercer o 
direito de obter a redibição ou abatimento no preço, desde que o conhecimento do vício ocorra dentro do prazo de 
cento e oitenta dias da aquisição do bem. O prazo decadencial para exercício do direito de obter a redibição ou 
abatimento no preço de bem móvel é o previsto no caput do art. 445 do CC, isto é, trinta dias. O § 1º do art. 445 
do CC apenas delimita que, se o vício somente se revelar mais tarde, em razão de sua natureza, o prazo de 30 
dias fluirá a partir do conhecimento desse defeito, desde que revelado até o prazo máximo de 180 dias, com rela-
ção aos bens móveis. Desse modo, no caso de vício oculto em coisa móvel, o adquirente tem o prazo máxi-
mo de cento e oitenta dias para perceber o vício e, se o notar neste período, tem o prazo de decadência de 
trinta dias, a partir da verificação do vício, para ajuizar a ação redibitória. Nesse sentido, o enunciado 174 do 
CJF dispõe que: "Em se tratando de vício oculto, o adquirente tem os prazos do caput do art. 445 para obter redi-
bição ou abatimento do preço, desde que os vícios se revelem nos prazos estabelecidos no parágrafo primeiro, 
fluindo, entretanto, a partir do conhecimento do defeito". REsp 1.095.882-SP, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julga-
do em 9/12/2014, DJe 19/12/2014. 
 
E se houver garantia contratual? 
 
Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente 
deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência. 
 
6 Exceção do Contrato Não Cumprido (Exceptio non adimpleti contractus). 
 
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o 
implemento da do outro. 
 
7. Evicção. 
 
Relação com o princípio da garantia? 
 
Requisitos: 
I) Aquisição onerosa ou em hasta pública 
II) Perda da posse ou propriedade; 
III) Prolação de sentença ou execução de ato administrativo 
IV) Ignorância pelo adquirente da litigiosidade da coisa 
V) Anterioridade do direito do evictor 
 
Perda da posse ou da propriedade necessita ser através de decisão judicial? 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Como se pronunciou o SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA sobre o tema? 
 
Acolhendo a tese de aplicação da evicção em decorrência de perda por ato administrativo, firma o TRIBUNAL DA 
CIDADANIA: 
 
[...] para o exercício do direito que da evicção resulta ao adquirente, não é exigido prévia sentença judicial, bas-
tando que ele fique privado do bem por ato de autoridade administrativa. 
(REsp 259.726. No mesmo sentido, REsp 19.391 e 129.427) 
 
O mesmo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA já consignou que o exercício das prerrogativas decorrentes evicção não 
exige o trânsito em julgado da decisão da ação reivindicatória, bastando a perda da coisa, ainda que por medida 
liminar (Informativo 519) 
 
Personagens: 
 
I. Alienante: quem responde pelos riscos da evicção. 
II. Adquirente (ou evicto): pessoa que perde a posse e a propriedade. 
III. Terceiro (evictor): pessoa que prova direito anterior. 
 
Quem responde se a evicção ocorrer na venda em hasta pública? 
 
Como exercitar a prerrogativa da evicção? 
 
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: 
I - ao alienante imediato, no processorelativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que 
possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam; 
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for 
vencido no processo. 
§ 1
o
 O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, 
deixar de ser promovida ou não for permitida. 
§ 2
o
 Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor 
imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado suces-
sivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação 
autônoma. 
 
Enunc. 434, CJF - Art. 456. A ausência de denunciação da lide ao alienante, na evicção, não impede o exercício 
de pretensão reparatória por meio de via autônoma. 
 
Como será o procedimento? 
 
Art. 126. A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o denunciante for autor, ou na contestação, 
se o denunciante for réu, devendo ser realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131. 
 
Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação 
e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento. 
Parágrafo único. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o 
prazo será de 2 (dois) meses. 
 
Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante 
e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu. 
 
Art. 128. Feita a denunciação pelo réu: 
I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em 
litisconsórcio, denunciante e denunciado; 
II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, 
e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva; 
III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir 
com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso. 
 
 
 
 
 
 
 
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Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da 
sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva. 
 
Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da lide. 
Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem 
prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado. 
 
Quais são os direitos do evicto quando for responsabilizar o alienante? 
 
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias 
que pagou: 
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; 
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; 
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. 
 
E as benfeitorias? 
 
Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante. 
 
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será 
levado em conta na restituição devida. 
 
E se a coisa estivesse deteriorada? 
 
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo 
dolo do adquirente. 
 
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o 
valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante. 
 
Cabe evicção parcial? 
 
Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restitu-
ição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a 
indenização. 
 
Tais prerrogativas do evicto podem ser majoradas, minoradas ou excluídas? 
 
Art. 448 a cláusula de garantia da evicção pode ser reforçada, diminuída ou excluída. 
 
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. 
 
Art. 449 e o cuidado na hipótese de exclusão: 
 
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a re-
ceber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. 
 
# Observar que se o adquirente sabia que a coisa era alheia ou litigiosa, não poderá demandar pela evicção. 
 
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. 
 
Na hora da prova? 
 
1) (Analista Judiciário – Área Judiciária). 
A respeito da evicção é correto afirmar que: 
 
A) a responsabilidade pela evicção não subsiste para o alienante se a coisa alienada estiver deteriorada, havendo 
ou não dolo do adquirente. 
 
 
 
 
 
 
 
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B) o alienante responde pela evicção em qualquer contrato, mesmo não oneroso. 
C) as partes não podem diminuir, nem excluir a responsabilidade pela evicção. 
D) d))a garantia da evicção subsiste ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. 
E) o adquirente pode demandar pela evicção mesmo se sabia que a coisa era litigiosa. 
 
2) (Analista Judiciário – Execução de Mandados). 
Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. A respeito da evicção, é certo que: 
 
A) não subsiste a garantia da evicção se a aquisição se tenha realizado em hasta pública. 
B) as partes não podem, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. 
C) subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo 
do adquirente. 
D) pode o adquirente demandar pela evicção, mesmo se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. 
E) o adquirente não pode pleitear nem a rescisão do contrato, nem a indenização, se a evicção for parcial e o 
valor do prejuízo não for considerável. 
 
8. Contrato por Adesão. 
 
O que é? 
 
Regras codificadas: 
 
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a inter-
pretação mais favorável ao aderente. 
 
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a 
direito resultante da natureza do negócio. 
 
9. Extinção Dos Contratos. 
 
a) resolução (art. 475) 
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cum-
primento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. 
 
b) resilição 
 
Resilição unilateral 
 
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante de-
núncia notificada à outra parte. 
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos considerá-
veis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a 
natureza e o vulto dos investimentos. 
 
Resilição Bilateral: 
Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. 
 
c) rescisão 
 
Na hora da prova? 
 
3) (Banca: CESPE. Órgão: TRE-RS Prova: Analista Judiciário – Judiciária) 
Contrato é o negócio jurídico resultante de mútuo consenso, capaz de criar, modificar ou extinguir direitos 
e obrigaçõespara os contratantes. Quando descumprido, alguns efeitos daí emergem, entre eles, a reso-
lução. Acerca desse assunto, assinale a opção correta. 
 
A) Segundo entendimento do STJ, o adimplemento substancial do contrato não autoriza o credor a resolver unila-
teralmente o negócio jurídico. 
 
 
 
 
 
 
 
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B) Em contratos bilaterais, o direito civil brasileiro prescreve que um contratante pode exigir do outro o implemento 
da obrigação, mesmo que não cumprida a sua. 
C) Nos contratos em geral, o Código Civil prevê que a resolução não poderá ser evitada, ainda que haja a possibi-
lidade de modificação equitativa das condições do contrato. 
D) O ordenamento jurídico brasileiro não admite a hipótese de resolução contratual por onerosidade excessiva 
aventada pelo devedor, por vigorar nos contratos a cláusula rebus sic stantibus. 
E) Depois de perfeito o contrato de compra e venda de bem imóvel de valor superior a trinta vezes o salário míni-
mo nacional, sem qualquer vício, mediante escritura pública, é possível a resilição bilateral, com efeito ex tunc, 
inclusive perante terceiros, uma vez que as partes voltam ao estado anterior ao negócio jurídico entabulado, sen-
do inexigível a escritura pública para esse distrato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO: 
 
1 – D 
2 – C 
3 – A

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