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Epidemiologia – Aula 10a SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE O conhecimento sobre a situação de saúde permite : ► Estabelecer prioridades ; ► Direcionar recursos para a modificação positiva das condições de saúde ; ► Dar apoio à gestão de serviços ; ► Orientar a implantação de modelos de atenção e promoção da saúde e de prevenção e controle de agravos. As informações em saúde devem ter as seguintes características : ► Estar integradas em um conjunto ; ► Definir a magnitude dos danos e agravos à saúde ; ► Conter elementos para a explicação e entendimento dos processos causais ; ► Dimensão temporal que permita surpreender precocemente as mudanças nos padrões de morbidade e mortalidade ► Indicar medidas de controle pertinentes. SISTEMA DE INFORMAÇÃO é um conjunto de componentes (estruturas administrativas e unidades de produção) que atuam de modo integrado e articulado com o propósito de obter e selecionar dados e transformá-los em informação, e que possui mecanismos e práticas próprias de coleta, registro , processamento, análise e difusão da informação ψ INFORMAÇÃO é uma descrição de uma situação real associada a um referencial explicativo : ψ A utilização de dados para compor uma informação requer que se estabeleça uma FINALIDADE : que se formule uma conjectura ou hipótese a ser verificada ou testada As informações com que se trabalha, normalmente, são: ψ Caráter clínico : atendimentos hospitalares e ambulatoriais; registros de exames; óbitos; seguro social; acidentes de trânsito e de trabalho ψ Características populacionais e de condições gerais de vida : demografia; condições sócio-econômicas (educação, habitação, emprego e renda); fatores culturais; meio ambiente (qualidade da água, destino de dejetos e lixo, poluição ambiental) ψ Natureza administrativa : recursos humanos; infra estrutura física; recursos financeiros e tecnológicos; processos de trabalho; atos legais; normas e rotinas SISTEMAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - PESQUISA NACIONAL DE AMOSTRA DE DOMICÍLIOS – PNAD : Realizada anualmente, serve para complementar e atualizar os dados do Censo Populacional decenal. - ASSISTÊNCIA MÉDICO – SANITÁRIA – AMS: Número, tipo, produção e utilização de serviços de saúde. Contém informações de todo o País, incluindo os serviços não cadastrados no SUS. - ESTUDO NACIONAL DE DESPESAS FAMILIARES – ENDEF: Situação alimentar e nutricional do País, acompanhamento do perfil econômico financeiro, produção econômica, emprego e renda. - SUS / MINISTÉRIO DA SAÚDE 1 – SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE MORTALIDADE – SIM referência : óbitos alimentação : declaração de óbito utilizado em ações de : vigilância epidemiológica, planejamento, avaliação Dispõe de dados informatizados desde 1976. Informa características da pessoa, tempo, lugar e condições do óbito, inclusive sobre a assistência prestada ao paciente, causas básicas e associadas. Alguns problemas : preenchimento inadequado, subnotificação, falta de diagnóstico de causas Alguns dados brasileiros : coef. mortalidade geral : 5,74 / 1 000 habitantes coef. mortalidade hospitalar materna : 39,42 / 100 000 partos coef. mortalidade hospitalar geral : 253,2 / 10 000 internações taxa de mortalidade infantil : 40,0 / 1 000 crianças até 1 ano de idade coef. mortalidade por doenças infecto-parasitárias : 24,8 / 100 000 hab. coef. mortalidade por doenças ap. circulatório : 156,98 / 100 000 hab. coef. mortalidade por doenças ap. digestivo : 24,00 / 100 000 hab. coef. mortalidade por doenças ap. respiratório : 53, 48 / 100 000 hab. coef. mortalidade por neoplasias : 63, 57 / 100 000 hab. coef. mortalidade por causas externas : 73,73 / 100 000 hab. 2 – SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE NASCIDOS VIVOS – SINASC referência : nascidos vivos alimentação : declaração de nascido vivo utilizado em ações de : vigilância epidemiológica, planejamento, avaliação Embora tenha sido implantado em 1990 e seu instrumento de coleta de dados – Declaração de nascido Vivo – já esteja em uso em todo o Brasil, devido ao fato de nem todas as Secretarias de Saúde se utilizarem de sistemas informatizados, ainda apresenta falhas e problemas de consistência e qualidade de dados É particularmente importante o envolvimento da família, que recebe uma das vias do formulário para levá-lo à unidade de saúde na primeira consulta da criança. informação mais recente disponível : em 1998 houve 2.472.325 nascidos vivos no Brasil 3 – SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO – SINAN referência : agravos de notificação obrigatória alimentação : ficha de notificação e ficha de investigação utilizado em ações de : vigilância epidemiológica, planejamento, avaliação A obrigatoriedade de notificação de doenças consta da lei nº 6 259 / 75, que instituiu o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica e que lista o rol de doenças e agravos à saúde cuja notificação da existência é obrigatória FICHA DE NOTIFICAÇÃO: preenchida para cada paciente quando há suspeita da ocorrência de um problema de saúde de notificação compulsória FICHA DE INVESTIGAÇÃO: contém os elementos necessários ao conhecimento da situação epidemiológica relacionada com o caso notificado e é preenchida pelo órgão central regional Alguns exemplos brasileiros ( ano mais recente disponível -1996) : casos confirmados de cólera : 1 017 casos confirmados de malária : 444 049 casos confirmados de dengue : 180 392 tuberculose : incidência – 54,0 / 100 000 hab hanseníase : prevalência – 6,7 / 10 000 hab casos notificados de sarampo : 3 818 casos notificados de AIDS : 16 469 casos internados de Doença de Chagas : 951 4 – SISTEMA DE INFORMAÇÕES HOSPITALARES DO SUS – SIH/SUS referência : internações hospitalares no sus alimentação : Autorização de Internação Hospitalar – A.I.H. utilizado em ações de : vigilância epidemiológica, planejamento, avaliação, controle, auditoria Disponibiliza dados sobre as internações, com características de pessoa, tempo, lugar de nascimento e procedência do paciente, características dos serviços, procedimentos realizados, valores pagos, ocorrência de óbito e o código C.I.D. referente às causas de internação Por se tratar de um instrumento gerencial, somente possui informações no âmbito do SUS e somente informa as internações feitas dentro do limite financeiro do SUS Seu instrumento de coleta é a AIH, que é preenchida pela unidade hospitalar na alta do paciente cuja internação tenha sido autorizada pelo gestor local do SUS e enviada por meio magnético. 5 – SISTEMA DE INFORMAÇÕES AMBULATORIAIS DO SUS – SIA/SUS referência : procedimentos ambulatoriais no SUS alimentação : Boletim de Produção Ambulatorial – B.P.A. utilizado em ações de : planejamento, avaliação, controle, auditoria A unidade de registro é o procedimento ambulatorial realizado, desagregado em atos profissionais ( consultas, exames laboratoriais, atividades, ações ...) e, portanto, não há dados sobre diagnóstico ou motivo do atendimento. Isso impede a utilização diretamente no levantamento de perfis de morbidade populacional Sofre, como o SIH / SUS, de subnotificação, já que é restrito à disponibilidade financeira do SUS 6 –REDE NACIONAL DE INFORMAÇÕES EM SAÚDE – RNIS Um projeto do Ministério da Saúde, com financiamento do Banco Mundial, em parceria com os estados, para criar uma rede integrada na Internet, para prover acesso e intercâmbio de informações em saúde para gestores, agentes e usuários do SUS, atingindo a todos os municípios brasileiros 7 –REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÕES PARA A SAÚDE – RIPSA Estratégia que vem sendo desenvolvida pelo Ministério da Saúde e pela OPAS / OMS, com o fito de articular uma rede interinstitucional que disponibilize adequada e oportunamente dados básicos, indicadores e análises de situação sobre as condiçõesatuais e tendências da saúde no País.
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