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Gestão de Informação em Saúde

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Gestão de Informação em Saúde 
 De acordo com a Organização Mundial de 
Saúde (OMS), o Sistema de Informação em 
Saúde (SIS) é um mecanismo de: 
└ Coleta, processamento, análise e 
transmissão da informação; 
 Conjunto de componentes (estruturas 
administrativas e unidades de produção) 
que atuam de maneira integrada e 
articulada, com o propósito de obter e 
selecionar dados e transformá-los em 
informação; 
 Deve responder a questões objetivas, tais 
como a utilidade do registro da informação, 
quem a utiliza e como ela é utilizada, e por 
quanto tempo será útil; 
 É necessária para se planejar, organizar, 
operar e avaliar os serviços de saúde. 
 O SIS integra o SUS. 
GESTÃO DA INFORMAÇÃO 
 
OBJETIVOS: 
 Avaliar e apoiar o planejamento, a tomada 
de decisões e as ações em todos os níveis 
do arcabouço organizacional do SUS; 
 Apoiar o desenvolvimento científico e 
tecnológico do setor saúde; 
 Subsidiar a avaliação das relações de 
eficiência e efetividade das políticas, das 
estratégias e das ações de saúde; 
 Apoiar o desenvolvimento e capacitação de 
recursos humanos no setor saúde; 
 Subsidiar o processo de comunicação dos 
órgãos do setor saúde. 
SIS NO BRASIL 
 
CARACTERÍSTICAS DO SIS EM 
FUNCIONAMENTO NO BRASIL 
1. Centralizados, verticalizados e 
fragmentados: os dados são de fluxo 
municípios-estados-união, ou seja, sempre 
na direção do nível local para o central; 
2. Frequentemente excluem o nível local 
(municípios) no processo de decisão e 
planejamento em saúde; 
3. Há ausência de mecanismos rotineiros de 
avaliação e controle da qualidade dos 
dados produzidos; 
4. Refletem a ênfase na coleta de dados 
médicos, de assistência a doenças, 
dificultando a construção do perfil de saúde 
da população e sua utilização em políticas 
intersetoriais de promoção da saúde; 
5. Há incompatibilidade/incomunicabilidade 
entre os sistemas de informação utilizados e 
suas interfaces, exigindo procedimentos 
complexos de integração (linkage); 
6. Há deficiência de infraestrutura de 
informática nos municípios, o que dificulta a 
coleta e o processamento dos dados; 
7. Têm como base apenas a população 
assistida; 
8. Há ausência de participação popular na 
geração e o uso das informações; 
Atendimentos, cadastros, internações...
Sistema de informação em saúde
Cálculo epidemiológico
Criação de indicadores
Estabelece metas
Pactuação de indicadores pelos gestores
Análise e acompanhamento
 Objetivo: criar informações e conhecimentos 
válidos sobre a ação de saúde de uma 
população em determinado território ou 
contexto; 
 Tem como finalidade informar a tomada de 
decisão em saúde de maneira oportuna em 
todas as suas instâncias (municípios, estado 
e união); 
 Além do seu objetivo geral, podem ser 
identificadas outras finalidades da análise 
de situação de saúde, segundo a OPAS 
(1999); Observe-as abaixo: 
└ Definição de necessidades, prioridades 
e políticas em saúde e a avaliação de 
sua adequação; 
└ A formulação de estratégias de 
promoção, prevenção e controle de 
danos à saúde e a avaliação de sua 
pertinência e cumprimento; 
└ A construção de cenários futuros em 
saúde. 
1. Coleta de Dados: 
└ Base para geração do Sistema, de 
forma padronizada; 
└ Devem ser coletados o mais próximos 
possível de onde foram produzidos 
(dentro do próprio estabelecimento de 
saúde e por quem produz, idealmente); 
└ Exemplo: medidas de peso e de altura 
de criança no Sistema de Vigilância 
Alimentar e Nutricional (Sisvan). 
2. Processamento de Dados: 
└ Deve ser realizado em todos os níveis do 
sistema; 
└ Converte os dados captados em 
informação; 
└ Codificação, tabulação, manutenção, 
controle de erros e inconsistências; 
└ Exemplo: identifica criança subnutrida, 
no caso do Sisvan; 
3. Armazenamento: 
└ Guarda dados de forma organizada 
para utilização posterior; 
└ Exemplo: realização do cadastro de 
criança de determinado território; 
4. Produção e Disseminação das 
Informações: 
└ Os dados devem ser tratado segundo 
necessidade de demanda de 
informação; 
└ Transfere informação produzida para o 
destino final; 
└ Cálculos de indicadores e elaboração 
de gráficos, tabelas, etc. 
└ Exemplo: produz relatório do Sisvan com 
número de crianças subnutridas em 
determinado território. 
 
 
 
SIM – SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE 
MORTALIDADE 
 Contém informações sobre dados de óbitos: 
causa, local do óbito, identificação e 
residência da pessoa falecida; 
 Desenvolvido pelo Ministério da Saúde em 
1975, foi resultado da unificação de outros 
modelos de instrumentos utilizados para 
coletar dados sobre mortalidade no país; 
 Objetivo: captar dados sobre os óbitos do 
país (Sistema de Informação 
Epidemiológica); 
 Coleta de Dados: feita através da 
Declaração de Óbito (DO); 
 Declaração de Óbito: 
└ É preenchida para todos os óbitos, 
inclusive os fetais, e a impressão e 
distribuição são controladas pelo 
Ministério de Saúde; 
└ É impressa em papel carbonado, em três 
vias, previamente numeradas, para 
possibilitar o controle e o fluxo; 
 
└ Cabe às Secretarias de Estado de 
Saúde (SES) controlar a distribuição das 
DO para os municípios, que devem 
encaminhar aos estabelecimentos de 
saúde, institutos médico-legais, médicos, 
cartórios e Serviços de Verificação de 
Óbitos (SVO). 
 
└ Na Declaração de óbito é possível a 
obtenção de informações para 
elaboração de diagnóstico do perfil de 
mortalidade de uma população 
específica; 
 
 Unidades Notificadoras: Estabelecimentos 
de saúde (óbitos hospitalares), Instituto 
Médico-Legal (óbitos por violência), Serviço 
de verificação de óbito (óbitos naturais sem 
assistência médica), Cartórios de registro 
civil (localidades sem médico); 
 Processamento de dados: 
└ Todos os dados da DO são digitados no 
SIM, pela secretaria municipal de saúde; 
└ Os dados ficam disponíveis para a 
consulta autorizada e encaminhada 
para armazenamento na base de dados 
└ São utilizados para a investigação das 
situações de saúde, especialmente para 
identificar condições específicas que 
demandam intervenção dos âmbitos 
municipal, estadual e nacional; 
 Variáveis: utilizadas para construir 
indicadores e processar análises 
epidemiológicas que contribuem para a 
eficiência da gestão em saúde; 
└ Causa básica, idade, sexo, grau de 
instrução, local onde ocorreu, etc; 
└ Permite realizar estudos de mortalidade 
(por causas, por faixa etária, etc.) 
 Limitações: sub-registro de óbito e 
qualidade do preenchimento da 
Declaração de Óbito; 
Ministério 
da Saúde
Secretarias 
Estaduais 
de Saúde
Secretarias 
Municipais 
de Saúde
SINASC – SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE 
NASCIDOS VIVOS 
 Foi implantado a partir de 1990; 
 Objetivo: coletar dados sobre os 
nascimentos ocorridos em todo o território 
nacional e fornecer informações sobre 
natalidade para todos os níveis do Sistema 
de Saúde; 
 Tem por propósito quantificar nascidos vivos 
e fornecer informações sobre a gravidez, o 
parto e as condições da criança ao nascer; 
 Produz informações que propiciam a 
construção de diagnóstico das condições de 
nascimento, o que possibilita a realização 
de ações de promoção, de prevenção e de 
planejamento em saúde; 
 A coleta de dados é feita a partir da 
Declaração de Nascido Vivo (DN); 
└ Formulário padronizado nacionalmente, 
previamente numerado e constituído de 
três vias; 
 
└ O Ministério de Saúde distribui a DN 
para a Secretarias Estaduais de Saúde, 
que distribui a Secretaria Municipal de 
Saúde, que distribui para as unidades 
de saúde, cartórios e parteiras 
registradas; 
└ Possui 52 campos, tendo como fontes de 
informação a mãe e, em caso de parto 
hospitalar, também, o prontuário; 
 Os dados do Sinasc servem como uma fonte 
de indicadores: 
└ Proporção de nascidos vivos de baixo 
peso; 
└ Proporção de nascimentos prematuros; 
└ Proporçãode partos hospitalares; 
└ Proporção de nascidos vivos por faixa 
etária da mãe; 
└ Valores do índice Apgar no primeiro e 
quinto minutos; 
└ Número de consultas pré-natal 
realizadas para cada nascido viva, 
dentre outros. 
 O monitoramento é parte das atividades da 
equipe de saúde e orientam o 
planejamento, a gestão e os processos de 
trabalho nos serviços de saúde. 
SINAN – SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE 
AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO 
 Provê as autoridades sanitárias com 
informações sobre a ocorrência de doenças 
e agravos, para planejamento e execução 
de ações de vigilância em saúde; 
└ Agravo: qualquer dano a integridade 
física ou mental do indivíduo (acidentes, 
intoxicações, lesões decorrentes de 
violência, etc.); 
└ Doença: enfermidade ou algo que 
possa trazer dano ao indivíduo; 
 Objetivo: coletar, transmitir e disseminar 
dados gerados rotineiramente pelo Sistema 
de Vigilância Epidemiológica; 
 Coleta de dados: é feito por meio da 
notificação compulsória; 
└ Ficha de notificação; 
└ Ficha de investigação; 
└ Planilha e boletim de acompanhamento 
de surtos; 
└ Relatório de acompanhamento de 
algumas doenças e agravos de 
notificações compulsória. 
 
 As secretarias estaduais e municipais de 
saúde são responsáveis pela impressão, 
numeração e distribuição dos formulários de 
notificação e de investigação; 
 Aos Serviços de Vigilância Epidemiológica 
(SVE), em parceria com os Laboratórios de 
Saúde Pública compete proceder à 
investigação de eventos suspeitos. 
 Tipos de Notificações Compulsórias: 
└ Notificação Compulsória imediata: até 
24 horas (Ebola raiva humana, 
poliomielite) 
 
└ Notificação Compulsória Semanal: até 
7 dias (violência doméstica, sífilis 
adquirida tuberculose, casos de dengue) 
 
 Caso não ocorra nenhuma suspeita da 
doença a unidade precisa preencher o 
formulário de notificação negativa; 
 Caso os municípios não alimentem os bancos 
de dados do SINAN por meses consecutivos 
são suspensos recursos do PAB; 
 Limitações: qualidade do preenchimento e 
subnotificações. 
SIA – SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
AMBULATORIAL 
 Contém informações que permitem analisar 
o perfil da oferta dos serviços 
ambulatoriais; 
 Subsidia a gestão dos serviços de saúde em 
termos programáticos e financeiros; 
 Coleta de dados: através do Boletim de 
Produção Ambulatorial (BPA); 
 Variáveis mais importantes: caracterização 
da unidade prestadora e procedimentos 
realizados; 
 Permite analisar consulta médica por 
habitante ano, por estabelecimento, avaliar 
despesas etc. 
 O SIA não fornece o diagnóstico somente o 
quantitativo e orienta a programação 
pactuada integrada de um Município; 
 OBS: a Autorização de Procedimentos de 
Alta Complexidade/Custos (Apac) integra o 
SIA e destina-se ao registro individualizado 
dos atendimentos e dos procedimentos de 
alta complexidade ou de alto custo. 
 
SIH – SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
HOSPITALAR 
 Contém informações sobre a Unidade 
Hospitalar, sendo uma importante fonte de 
dados de morbidade; 
 Coleta de dados: é feita pela Autorização 
de Internação Hospitalar (AIH) 
└ Registra todos os atendimentos 
provenientes de internações hospitalares 
que foram financiadas pelo SUS; 
└ A partir deste processamento, geram 
relatórios para que os gestores possam 
fazer os pagamentos dos 
estabelecimentos de saúde. 
└ Principais campos: identificação do 
hospital, identificação e características 
da pessoa internada, características da 
internação, procedimento solicitado 
inicialmente, diagnóstico principal e 
secundário, procedimentos realizados e 
informações sobre alta; 
 O que caracteriza uma internação é a 
permanência da pessoa ocupando um leito 
por um período mínimo de 24 horas, em 
unidade hospitalar; 
 O SIH-SUS cobre apenas as internações 
realizadas no âmbito do SUS (70%), não 
incluindo hospitalizações da rede privada 
não credenciadas; 
 Permite a construção de séries históricas 
úteis para a realização de estudos 
epidemiológicos, para a avaliação e para 
o planejamento das ações de vigilância 
SISAB – SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE 
ATENÇÃO BÁSICA 
 Integra a estratégia do e-SUS-AB; 
 Reestrutura a coleta de dados em saúde 
para gerar relatórios trazendo informes 
para gerenciar e qualificar os serviços de 
atenção básica; 
 Contempla: atendimento domiciliar, de 
Consultórios de Rua e dos Núcleos de Apoio 
à Saúde da Família, dentre outros; 
 É facultado aos municípios a não utilização 
do e-SUS AB, contudo os dados coletados 
nos serviços de AB devem ser transmitidos 
em formato compatível com a base de 
dados do Sisab; 
 Coleta de dados: pela CDS (Coleta De 
Dados Simplificada) e o PEC (Prontuário 
Eletrônico Do Cidadão); 
 O acompanhamento e monitoramento dos 
serviços e das condições de saúde das 
pessoas atendidas; 
 A integração com outros sistemas de 
informação do SUS utilizados na Atenção 
Básica, reduzindo a necessidade do registro 
de informações similares em mais de um 
instrumento (fichas/sistemas); 
 A continuidade de produção de dados e 
informações referentes às condições do 
domicílio (saneamento e acesso à água 
potável, por exemplo) e da situação de 
saúde dos moradores, o que resulta em 
indicadores relevantes para as equipes e 
para os gestores locais. 
 Principais monitoramento: cadastramento 
das famílias acompanhadas, da atenção à 
saúde e das condições mórbidas como 
hipertensão arterial, diabetes, tuberculose, 
hanseníase e de acompanhamento da 
gestante e da criança;

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