Prévia do material em texto
Baixa Idade Média: Arquitetura Românica e Gótica HISTÓRIA DA ARTE E ARQUITETURA I – PROF.ª CLARISSA BORGES Teresina, 6 de novembro de 2016 BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 1- A ARTE ROMÂNICA O trabalho nas oficinas da corte de Carlos Magno levou os artistas a superarem o estilo ornamental da época das invasões bárbaras e a redescobrirem a tradição cultural e artística do mundo greco-romano. Assim surge um novo estilo chamado de Românico (influenciado pela arquitetura romana) entre os séculos XI e XII, na Europa. 1.1 O formalismo da arte românica Pintura românica no altar da Igreja de Santa Maria de Aviá em Barcelona, Espanha. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 1- A ARTE ROMÂNICA CARACTERÍSTICAS DA PINTURA 1.1 O formalismo da arte românica • Subordinada a arquitetura • Presente nas grandes decorações murais. • Transmissão do conteúdo bíblico. • Uso da técnica do afresco (pintar sobre a parede úmida). • Os motivos eram religiosos. • Figuras deformadas sem movimento, antinaturalistas, bidimensionais, sem perspectiva. Afresco da Igreja de Santa Maria de Taull, Espanha BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 1- A ARTE ROMÂNICA CARACTERÍSTICAS DA PINTURA 1.1 O formalismo da arte românica • Emolduramento decorativo. • Anatomias desproporcionais. • Posições rígidas e frontais. • Suportes: madeira, pedra, pergaminho, couro, metal. • Técnicas: folha de ouro ( fundo bizantino e a têmpera (clara de ovo como aglutinante). BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 1- A ARTE ROMÂNICA CARACTERÍSTICAS DA PINTURA 1.1 O formalismo da arte românica Afresco na Igreja de Sant Climent de Taull, Espanha • Colorismo, presente no uso de cores chapadas (cheias), sem preocupação com meios tons ou jogos de luz e sombra, pois não havia a menor intenção de imitar a natureza. • Hierarquia, a figura de Cristo era sempre maior que as outras que o cercam. • Exemplos : iluminuras, mosaicos, pinturas parietais ou murais. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 1- A ARTE ROMÂNICA CARACTERÍSTICAS DA ESCULTURA 1.1 O formalismo da arte românica Tímpano do portal da Catedral de Saint Lazare, Autun, França. O Juízo Final: é uma das cenas de eleição para o tímpano românico. • Surge para decorar os elementos principais das igrejas. • Tinham, também, objetivo didático cristão. • As porta das igrejas (tímpanos) eram as áreas mais ocupadas pelas esculturas. • Usadas também nos capitéis. • Imitavam as formas rudes, curtas ou alongadas. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 1- A ARTE ROMÂNICA CARACTERÍSTICAS DA ESCULTURA 1.1 O formalismo da arte românica • Ausência de movimentos naturais. • Hierarquização espacial dos temas. • Os relevos eram organizados em faixas, lidas visualmente da direita para esquerda. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS • TIPOLOGIAS: igrejas, mosteiros e castelos. • Tinham formas volumosas, estilizadas e duras. EXCETO NA ITÁLIA: onde adquiriram aspecto mais leve e delicado. (influência da arte greco-romana): Os construtores italianos faziam uso de frontões e colunas e erguiam a igreja, o campanário e o batistério como edifícios separados. • Abóbadas em substituição ao telhado das basílicas. • Pilares maciços e paredes espessas. • Aberturas raras e estreitas usadas como janelas. • Torres que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada. • Arcos em 180 graus. • Contrafortes BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA A ABÓBADA DE BERÇO era mais simples e consistia num semicírculo - chamado arco pleno- ampliado lateralmente pelas paredes. DESVANTAGENS: 1- Excesso de peso do teto de alvenaria, que provocava sérios desabamentos. 2- Pequena luminosidade resultante das janelas estreitas. A abertura de grandes vãos era impraticável, pois estes enfraqueceriam as paredes, aumentando a possibilidade de desabarem. 2.2 PROCESSOS CONSTRUTIVOS: Abóbada de berço e de aresta BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA A ABÓBADA DE ARESTA consistia na intersecção, em ângulo reto, de duas abóbadas de berço apoiadas sobre pilares. Com isso, conseguiram uma certa leveza e maior iluminação interna. Essa abóbada passa a exigir um PLANO QUADRADO para apoiar-se; a NAVE CENTRAL ficou dividida em SETORES QUADRADOS, correspondendo às respectivas abóbadas. Esse fato refletiu-se na FORMA COMPACTA da planta de muitas igrejas românicas. 2.2 PROCESSOS CONSTRUTIVOS: Abóbada de berço e de aresta BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA Utilizado para resistir à pressão lateral 2.2 PROCESSOS CONSTRUTIVOS: Contrafortes BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.2 Processos construtivos: Arco românico ARCO DE VOLTA PERFEITA ARQUIVOLTAS TÍMPANO COLUNAS CAPITEL BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.3 IGREJAS Características gerais • Edifícios de aspecto pesado, muros maciços, pequenas janelas. • Uso de arcos de volta perfeita e abóbadas de berço. • Plantas de esquema longitudinal, basilical, com cabeceiras complexas e transepto desenvolvido. • 3 ou 5 naves se forem igrejas de peregrinação. Igreja de San Martín de Tours de Frómista - Caminho de Santiago, província de Palencia. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.3 IGREJAS Características gerais • A pedra era o principal material de construção, reforçando o seu aspecto pesado. • O telhado de madeira será trocado por abóbadas de berço e aresta. • As colunas sustentam as abóbadas. Igreja de San Martín de Tours de Frómista - Caminho de Santiago, província de Palencia. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.3 IGREJAS Características gerais • Planta de cruz latina, com deambulatório e transepto • Arco de volta perfeita • Abóbada de berço de arestas • Paredes baixas e grossas • Contrafortes exteriores • Pequenas aberturas: frestas ou seteiras. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.3 IGREJAS Características comuns PLANTAS DAS IGREJAS ROMÂNICAS Planta baixa da Basílica de São Vital em Ravena SÃO DE DOIS TIPOS : • Planta centrada (em cruz grega, hexagonal, octogonal ou circular), de influência oriental e pouco utilizada. NAVE NÁRTEX CORREDOR ÁBSIDE BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.3 IGREJAS Características comuns PLANTAS DAS IGREJAS ROMÂNICAS Planta baixa da Catedral de Santiago de Compostela, sec.XII. SÃO DE DOIS TIPOS : • Planta do tipo basilical, em cruz latina, eram dominantes. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.3 IGREJAS Características comuns PLANTAS DAS IGREJAS ROMÂNICAS Planta baixa de Igreja em Cruz Latina NÁRTEX CRUZEIRO NAVE CENTRAL TRANSEPTO CORO DEAMBULATÓRIO ÁBSIDE ABSIDÍOLOS NAVES LATERAIS BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.3 IGREJAS Características comuns ABSIDÍOLOS: capelas radiantes que serviam para instalar os altares secundários. CRUZEIRO: situado no ponto do cruzamento, espaço encimado pela torre lanterna ou zimbório ( iluminação e arejamento) CORO: parte reservada exclusivamente ao clero. DEAMBULATÓRIO: espécie de corredor ou navecurvilínea que prolonga as naves laterais e contorna, em semicírculo, a ábside principal. Contém 3 a 5 capelas radiantes absidiais que formam, junto com a abside e o deambulatório, a cabeceira. NAVE PRINCIPAL: sempre orientada no sentido leste-oeste , mais alta e larga que as laterais. TRANSEPTO: dividia o edifício em dois espaços – para os fiéis e para o clero NÁRTEX OU ÁTRIO: área que servia de vestíbulo . BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.3 IGREJAS 2.3.1 As igrejas de peregrinações, parte externa BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.3 IGREJAS 2.3.1 As igrejas de peregrinações: A Basílica de Saint-Sernin As obras da Catedral de Saint- Sernin foram iniciadas em 1070. Localizada em Toulouse- França, foi construída em homenagem a Saturnino, 1º bispo de Toulouse. O principal material é a pedra. Fachada da Basílica ou Catedral de Saint-Senin BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.3 IGREJAS 2.3.1 As igrejas de peregrinações: A Basílica de Saint-Sernin • Planta em cruz latina. • Possui nove absidíolos, sendo um retangular. • Cinco naves no corpo principal . • As naves laterais prolongam-se pelo transepto, formando o deambulatório. • Três naves no transepto. • Pórtico de entrada na nave principal. • Fachada com torres laterais. Planta baixa da Basílica ou Catedral de Saint-Senin BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.3 IGREJAS 2.3.1 As igrejas de peregrinações: A Basílica de Saint-Sernin Vistas internas da Basílica ou Catedral de Saint-Sernin Abóbada de berço BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.3 IGREJAS 2.3.1 As igrejas de peregrinações: A Basílica de Saint-Sernin Ábside com altar (final da nave central) CRIPTA : dependência subterrânea, em geral sob a cabeceira de uma igreja, onde eram enterrados sacerdotes, aristocratas e membros do alto clero. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.3 IGREJAS 2.3.1 As igrejas de peregrinações: A Basílica de Saint-Sernin Aspectos decorativos, fachada e altar principal BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.3 IGREJAS 2.3.1 As igrejas de peregrinações: A Basílica de Saint-Sernin COBERTURA Diferentes níveis de telhado Zimbório – cúpulas sobre trompas Deambulatório- abóbadas de aresta BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.3 IGREJAS 2.3.1 As igrejas de peregrinações: A Basílica de Saint-Sernin Grande torre lanterna e contrafortes BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.4 MOSTEIROS OU MONASTÉRIOS • Núcleos culturais e artísticos desse período. • Eram instalados em zonas isoladas. • Autônomos e autossuficientes • Focos de difusão do estilo românico e das invenções nas técnicas de construção. • Tipologia arquitetônica ditada pelas formas religiosas. • Voltados para o interior, seu exterior tinham muralhas e portas vigiadas. Mosteiro de Simonos Petras, Grécia. Construído no alto de um penhasco. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.4 MOSTEIROS OU MONASTÉRIOS BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.4. 1 MOSTEIRO DE CLUNY A ordem de Cluny é uma ordem religiosa monástica católica. Entre os séculos X e XII, ficou conhecida pela influência moralizadora de seus membros dentro da Igreja Católica, movimento que ficou conhecido como reforma de Cluny. No final do século XII, a congregação era constituída por mais de mil mosteiros, espalhados por toda a Europa. Abadia e mosteiro de Cluny, fundado em 909. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.4.1 MOSTEIRO DE CLUNY Diagrama geral, Abadia e mosteiro de Cluny,. IGREJA OU ABADIA MOSTEIRO BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.4.1 MOSTEIRO DE CLUNY Reconstituição do Mosteiro de Cluny BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.4.1 MOSTEIRO DE CLUNY Vistas internas do Mosteiro de Cluny. Abóbadas de aresta do corredor do claustro . BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.5 O ROMÂNICO EM DIVERSAS REGIÕES EUROPEIAS Havia diferenças entre arte executada em diversas regiões europeias, de acordo com as influências regionais recebidas. No caso de Pisa, os construtores italianos erguiam a igreja, o campanário e o batistério como edifícios separados. Catedral de Pisa BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.5 O ROMÂNICO EM DIVERSAS REGIÕES EUROPEIAS Catedral de Santo Ambrósio em Milão BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.5 O ROMÂNICO EM DIVERSAS REGIÕES EUROPEIAS Catedral de Durham na Inglaterra BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.5 O ROMÂNICO EM DIVERSAS REGIÕES EUROPEIAS Catedral de Durham na Inglaterra BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.5 O ROMÂNICO EM DIVERSAS REGIÕES EUROPEIAS Catedral de Worms na Alemanha BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.6 A Construção dos Castelos Elementos arquitetônicos • DUPLA MURALHA com paredes compactas, terminadas em AMEIAS (aberturas no parapeito da muralha que serviam para os defensores avistarem os inimigos), rodeada pelo ADARVE ou caminho da ronda com BALUARTES COM SETEIRAS (aberturas na muralha para se lançarem setas ou flechas) nas guaritas. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.6 A Construção dos Castelos Elementos arquitetônicos • FOSSO: escavação profunda e regular, destinada a dificultar o acesso do inimigo. • TORRE DE MENAGEM: permitia a segurança do castelo. • PONTE ELEVADIÇA: usada sobre o fosso. Torre de Menagem. Bragança, Portugal Ponte elevadiça. Lagos, Portugal BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA ROMÂNICA 2- ARQUITETURA ROMÂNICA 2.6 A CONSTRUÇÃO DOS CASTELOS E OS FEUDOS MANSO SENHORIL MANSO SENHORIL TERRAS COMUNAIS CASA DO SENHOR MANSO SERVIL MANSO SERVIL BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 3- ARQUITETURA GÓTICA “ No século XII tem início uma economia fundamentada no comércio. Isso faz com que o centro da vida social se desloque do campo para as cidades e apareça a burguesia urbana. Novamente é a cidade o lugar onde as pessoas se encontram, trocam informações e ampliam seus contatos. Como vimos, na primitiva Idade Média o centro da vida social estava no campo e eram os mosteiros os locais de desenvolvimento intelectual e artístico. Agora, outra vez, é a cidade que será renovadora dos conhecimentos, da arte e da própria organização social.” BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 3- ARQUITETURA GÓTICA 3.1 Características gerais • Verticalismo dos edifícios substitui o horizontalismo românico. • Paredes mais leves e finas. • Janelas predominantes. • Mosaico. • Torres ornadas por rosáceas. • Arcos ogivais ou arco de volta quebrada. • Consolidação dos arcos é feita por abóbadas de arcos cruzados ou ogivas. • Nas torres, especialmente as sineiras, os telhados são em forma de pirâmide. Catedral de Chartres (1145 ). Paris, França. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 3- ARQUITETURA GÓTICA 3.1 Características gerais SURGE UMA NOVAESTÉTICA Catedral de Chartres (1145 ). Paris, França. • Aumentou a altura das abóbadas. • Pilares mais delgados. • Acentuação da verticalidade. • Espaços internos mais amplos. • Paredes libertas do seu papel de suporte, passando a delimitar e proteger os espaços. • Três portais que dão acesso às três naves no interior da igreja. • Interiores iluminados, com maior aproveitamento da luz. • Riqueza da decoração e uso do vitral. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 3- ARQUITETURA GÓTICA 3.1 Características gerais INOVAÇÕES TÉCNICAS ARCOS OGIVAIS E ABÓBADAS DE CRUZARIA : BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 3- ARQUITETURA GÓTICA 3.1 Características gerais INOVAÇÕES TÉCNICAS BOTARÉUS E ARCOBOTANTES: Os botaréus ou contrafortes eram elementos maciços verticais adossados às paredes exteriores das naves laterais . Arcobotantes eram uma espécie de meios arcos construídos por cima da cobertura das naves laterais. Necessidade de reforçar os apoios exteriores com contrafortes mais esbeltos e elegantes. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 3- ARQUITETURA GÓTICA 3.1 Características gerais INOVAÇÕES TÉCNICAS BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 3- ARQUITETURA GÓTICA INOVAÇÕES TÉCNICAS VANTAGENS: ARCOS OGIVAIS • Possibilitou a construção de igrejas mais altas. Além disso, o desenho da ogiva, que se alonga e aponta para o alto, acentua a impressão de altura e verticalidade. • Permitiu menor pressão lateral. • Através das nervuras estruturais dos arcos em ogiva, as forças eram desviadas para os pilares de sustentação e para os contrafortes no exterior. 3.1 Características gerais BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 3- ARQUITETURA GÓTICA 3.1 Características gerais INOVAÇÕES TÉCNICAS PILARES Chamados tecnicamente de suportes de apoio, dispostos em espaços bem regulares. Com esses suportes o edifício não precisa forçosamente de grossas paredes para sustentar sua estrutura. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 3- ARQUITETURA GÓTICA Abadia de Saint Denis, Paris É considerada a primeira catedral construída em estilo gótico que permitia as igrejas terem amplos vitrais iluminando o seu interior. Tem também o primeiro vitral em forma de rosa (rosáceas). A Basílica de Saint Dennis fica perto de Paris, em um lugar onde fica um dos subúrbios mais pobres da região, mas antigamente era a sede da mais rica e importante abadia da França. Saint Dennis é o santo patrono da França. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 3- ARQUITETURA GÓTICA Abadia de Saint Denis, França Vitrais e seu efeito multicolorido; cobertura com abóbadas de aresta. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 3- ARQUITETURA GÓTICA 3.2 Notre Dame de Paris Localizada no coração de Paris em uma pequena ilha no rio Sena, o início da sua construção data de 1163. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 3- ARQUITETURA GÓTICA Notre Dame de Paris Arcobotantes Vista interna da Catedral de Notre Dame BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 3- ARQUITETURA GÓTICA Notre Dame de Paris As gárgulas serviam de desaguadouros, ou seja, são calhas destinadas a escoar a água de cima dos telhados a uma certa distância das paredes. Geralmente, ficavam escondidas dentro de figuras monstruosas e animalescas. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 3- ARQUITETURA GÓTICA Notre Dame de Paris Decoração do tímpano do portal de entrada. Rosácea e vitral. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 4- ARTE GÓTICA 4.1 Saint Denis e o surgimento da arte gótica Os vitrais ( “Deus é luz”) deixam passar a luz do sol pelos pequenos pedaços de vidro de cores diversas, criando um ambiente sereno e multicolorido. Didatismo das imagens (“livro aberto”): temática voltada para a religião. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 4- ARTE GÓTICA 4.2 A estátua - coluna das fachadas Entrada da Catedral de Chartres (1134-1200) e as estátuas- colunas, figuras adossadas a colunelos ou botaréus. BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 4- ARTE GÓTICA 4.2 A estátua - coluna das fachadas COLUNELOS MÍSULA BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 4- ARTE GÓTICA 4.2 A Escultura Gótica FIGURAS ISOLADAS SEM O SUPORTE DE COLUNAS Naturalismo, emoção, desproporção, abandono do frontalismo BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 4- ARTE GÓTICA 4.2 A Escultura Gótica GÁRGULAS O PROFANO BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 4- ARTE GÓTICA 4.2 A Escultura Gótica O SAGRADO BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 4- ARTE GÓTICA 4.2 A Escultura Gótica Tímpano da Catedral de Burgos, Espanha BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 4- GÓTICO x ROMÂNICO DIFERENÇAS ENTRE AS IGREJAS ROMÂNICAS E GÓTICAS BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 4- GÓTICO x ROMÂNICO DIFERENÇAS ENTRE AS IGREJAS ROMÂNICAS E GÓTICAS BAIXA IDADE MÉDIA – ARQUITETURA GÓTICA 4- GÓTICO x ROMÂNICO DIFERENÇAS ENTRE AS IGREJAS ROMÂNICAS E GÓTICAS Obrigado!