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MARINHA DO BRASIL CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE SYLVIO DE CAMARGO NuEAD – NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA / CIASC Curso Especial de Habilitação a Suboficial FN (C-Esp-HabSO/FN-EaD) Relatório Final do Trabalho do Grupo DISCIPLINA III - ORGANIZAÇÃO NAVAL E SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL DO CFN Relator A Missão constitucional das Forças Armadas nas Operações de Garantia da�Lei e da Ordem prevista no art. 142, da Constituição Federal de 1988, somente veio a ser disciplinada, em âmbito infraconstitucional, com o advento da Lei Complementar nº 97/99. A regulamentação desta forma de emprego veio a ocorrer somente com a aprovação do Decreto nº 3.897/2001. A sua aplicabilidade deve ser voltadas para as situações em que forem reconhecidas, formalmente, pelo respectivo Chefe do Poder Executivo Federal ou Estadual, como indisponíveis, inexistentes ou insuficientes ao desempenho regular de sua missão constitucional, a garantia da incolumidade das pessoas e dos bens patrimoniais públicos e privados do Estado e das instituições democráticas; da lei, da ordem , da justiça e da soberania nacional. Em sua complexidade, devido às missões a serem executadas e a variedade de situações que poderão ocorrer, exigirão, em cada caso, um cuidadoso estudo das condições para o emprego das Forças Armadas (FA) e para a adoção das medidas e ações adequadas às situações apresentadas. Nas missões de paz, e em especial, a missão da ONU para a estabilização no Haiti (MINUSTAH) é um bom exemplo do respeito e aplicabilidade dos direitos Internacionais Humanitários pelos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais. Podemos citar: a ajuda aos haitianos por meio de ações humanitárias prestadas pelos militares visando dar o essencial à sobrevivência da população mais necessitada, vitimada por conflitos, miséria e calamidades; a preservação da integridade moral e física dos detidos em confronto com as tropas, sendo respeitados os direitos legais; o uso proporcional da força evitando perdas desnecessárias ou sofrimento em demasia, nos conflitos com os civís e ex- militares revoltosos; o tratamento igualitário sem distinção de sexo, cor, religião ou classe social, distinção fundamental entre civis e combatentes e, por fim, a proteção da propriedade e bens da população. Para o êxito nas missões de Paz os Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais devem estar preparados e adestrados para as missões que irão enfrentar, por isso, faz-se necessário o preparo das tropas por meio de adestramentos que incluem oficinas específicas de atividades que serão realizadas nas regiões em conflito, simulação de situações semelhantes às vividas na realidade, obrigando a reação dos integrantes do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais, que são avaliadas e posteriormente debatidas. É realizado um breve estudo da cultura, costumes, história, língua, política e da situação geral na área. Outro fator importante do treinamento é o conhecimento das regras de engajamento (ROE), específicas para as OpPaz, como por exemplo: o emprego ponderado e legítimo da força por parte de militar ou da tropa contra elemento ou força oponente que cometa ato hostil, com o propósito de garantir e salvaguardar o pessoal, o material e as instalações (Autodefesa); o uso dos meios necessários para repelir injusta agressão, atual ou iminente, ao direito próprio ou de outrem, proporcionalmente à violência sofrida e apenas até cessar a agressão (legítima defesa) e a menor intensidade de violência, suficiente e necessária, para repelir ou prevenir o ato hostil, se possível, sem danos ou lesões (reação mínima). Desta forma, ao término dos exercícios e adestramentos os militares selecionados estarão aptos para cumprir Missões de Paz reais. REFERÊNCIAS: -MANUAL DE OPERAÇÕES DE PAZ DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE -FUZILEIROS NAVAIS -CGCFN-1-8 (1ª Revisão)2009; -� HYPERLINK "http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lcp 97-1999?OpenDocument"��LEI COMPLEMENTAR Nº 97, DE 9 DE JUNHO DE 1999�; -MD33-M-10 (1ª Edição) GLO-2013; � � -REGRAS PARA O COMPORTAMENTO EM COMBATE- CICV. �
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