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Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande Curso de Graduação em Farmácia Fármacos Analgésicos Opióides Prof. Erika Gomes de Souza Farmacêutica Hospitalar Especialista em Saúde Pública Mestre em Farmácia/UFMS Membro da Comissão de Farmácia Hospitalar CRF/MS Ópio INTRODUÇÃO • Os opióides têm sido utilizados há muitos anos no tratamento da dor aguda e crônica; • 1817 – descoberta da morfina; • 1950 – morfina foi empregada em anestesia para cirurgia cardíaca; • 1970 – surgimento de agonistas potentes como Fentanil, Sufentanil e outros alcalóides. Dor • A dor ocorre quando a lesão tecidual ativa as terminações nervosas livres (receptores da dor ou nociceptores) dos nervos periféricos. Terminologia • Ópióides • Todas as drogas naturais ou sintéticas, com propriedades semelhantes a morfina. • Opiáceos • São as substâncias alcalóides derivadas do ópio, como a morfina, e as semi-sintéticas, como a codeína. • Ópio • A droga ópio é obtida do exsudato de sementes da planta Papaver somniferum. • Narcótico • Termo inespecífico utilizado para descrever a morfina e analgésicos semelhantes. Classificação dos opióides • Naturais Morfina Codeína Tebaína • Semi-sintético Heroína Oximorfina Hidromorfina • Sintética Meperidina Metadona Propoxifeno Classificação dos opióides • Agonista • Afinidade • É a capacidade da substância unir-se ao sítio receptor e produzir um complexo estável • Atividade intrínseca ou eficácia • Resposta máxima induzida pela administração de um agente ativo. • É descrita como uma curva de dose-efeito relacionada a combinação da droga como receptor. Classificação dos opióides • Agonista Parcial • Possui baixa eficácia, ou seja, produz um efeito teto menor que o máximo obtido com o agonista puro. Assim, aumentando-se a dose de um agonista parcial acima do teto, não resultará em aumento da resposta analgésica. • Agonista-antagonista • Produz um efeito agonista em um tipo de receptor e uma ação antagonista em outro tipo de receptor. Classificação dos opióides • Antagonista • Não possui atividade farmacológica intrínseca, mas pode interferir na ação de um antagonista. • Os antagonistas podem ser competitivos( agem no receptor para opióides) e não-competitivos (através de outro mecanismo de ação). • Potência relativa a dose equianalgésica • É a relação entre a dose de dois analgésicos para produzir o mesmo efeito. • Por convenção, a potência relativa entre dois opióides comumente utilizados é comparado a 10mg de morfina. RECEPTORES OPIÓIDES • Distribuição no SN não é uniforme. São localizados em áreas relacionadas à dor. Localização: • 1. córtex cerebral • 2. amígdala • 3. septo • 4. tálamo • 5. hipotálamo • 6. mesencéfalo • 7. medula RECEPTORES OPIÓIDES • SUBTIPOS: mu (μ) - São responsáveis pela maioria dos efeitos dos opióides. • Analgesia • Depressão do SNC • Depressão respiratória • Sedação • Euforia • Obstipação • Tontura • Dependência física RECEPTORES OPIÓIDES • kappa (k) - Também são responsáveis por : Analgesia, sedação e diminuição da motilidade GI. • Delta (d) - São importantes no sistema endógeno de analgesia, mas não está claro se há ligação com os opióides. • Sigma (s) - Alucinação (visual e auditiva) ANALGÉSICOS OPIÓIDES • MORFINA: • Alcalóide do ópio que existe na natureza, usada para aliviar dor aguda ou crônica intensa. • Protótipo dos agonistas opióides. • É administrada pelas vias oral ou parenteral. • Usada em casos de dor aguda e relacionada com o câncer e nos últimos anos na dor crônica e de outras etiologias. ANALGÉSICOS OPIÓIDES MORFINA FARMACOCINÉTICA • A absorção após administração oral é utilizada no tratamento da dor crônica, mas há efeito significativo de primeira passagem. • Morfina liga-se fracamente às proteínas plasmáticas • É metabolizada no fígado. • O metabólito, morfina-6-glicuronídeo é mais potente. MORFINA • Excreção renal. • Pacientes idosos ou com insuficiência hepática ou renal devem ter cautela na sua administração. ANALGÉSICOS OPIÓIDES ANALGÉSICOS OPIÓIDES CODEÍNA • É um alcalóide do ópio natural, usada para efeitos analgésicos e antitussígenos. • Produz efeitos mais leves que a morfina, com menor tendência a abuso e dependência. • Sofre desmetilação pela 2D6 em morfina. ANALGÉSICOS OPIÓIDES FENILEPTILAMINAS (METADONA) • Longa duração sendo usada em pacientes com câncer terminal FENTANIL • Ação curta, sendo de 75 a 100 vezes mais potente que a morfina. ANALGÉSICOS OPIÓIDES MEPERIDINA • Capacidade analgésica semelhante a da morfina • É biotransformada a NORMEPERIDINA, metabólito tóxico que pode causar convulsão. OXICODONA E HIDROCODONA • Componentes semi-sintéticos ANALGÉSICOS OPIÓIDES TRAMADOL • É uma analgésico oral, sintético, de ação central para alívio da dor moderada a intensa. • Usado em casos de dor nas costas, fibromialgia, osteoartrite e dor neuropática. • Tem baixo potencial de produzir tolerância e abuso, podendo ser usado a longo prazo. ANALGÉSICOS OPIÓIDES TRAMADOL Atua a nível de receptores dos opióides e inibir a recaptação de noradrenalina e serotoniana no encéfalo. Pode ser encontrado puro ou associado ao paracetamol. Efeitos adversos: Sonolência Náusea Constipação Prurido EFEITOS ADVERSOS DOS OPIÓIDES • Náuseas e/ou vômitos • • Prurido • Boca seca • Constipação • Sonolência • Depressão • Farmacodependência (Neurotoxicidade) • Outros ANTAGONISTAS OPIÓIDES NALTREXONA, NALOXONA • Revertem ou bloqueiam a analgesia, a depressão respiratória e outros efeitos fisiológicos dos agonistas opióides. • Uso clínico: Aliviar a depressão do SNC e respiratória dos opióides. • Tratamento da dependência de opióides e do álcool. ANTAGONISTAS OPIÓIDES ALVIMOPAM • Ação restrita e utilizado para melhorar os efeitos gastrintestinais após uso crônico dos opióides e reduzir íleo paralítico pós-operatório
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