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086 ANÁLISE E PERCEPÇÃO SOCIOAMBIENTAL DA COMUNIDADE AO ENTORNO DO PARQUE ECOLÓGICO MUNICIPAL DE BELÉM

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ISSN ON LINE 2317-9686��
ANÁLISE E PERCEPÇÃO SOCIOAMBIENTAL DA COMUNIDADE AO ENTORNO DO PARQUE ECOLÓGICO MUNICIPAL DE BELÉM
Nayara Monteiro Barreiros¹, Francianne Vieira Mourão², Rosa Maria da Luz Mendes³, Paula Fernanda Viegas Pinheiro4 , Masharú Silva Kawamoto5 e Samir Bechara Moraes6,
1 Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-Pará, e-mail: nayara_barreiros@hotmail.com, 2Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-Pará, e-mail: franci.anne@hotmail, 3Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-Pará, e-mail: rosa.luzmendes@gmail.com, 4Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-Pará, e-mail: engpaulapinheiro@gmail.com, 5 Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-Pará, e-mail: masharu_kawamoto@hotmail.com, 6 Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-Pará, e-mail: samir_bechara@hotmail.com
INTRODUÇÃO
O Parque Ecológico do Município de Belém foi criado por decreto de Lei Municipal nº7539 de 19 de novembro de 1991, resultante do processo de luta dos moradores residentes nos conjuntos no entorno do bairro Médici, limítrofe do Parque, na região Metropolitana de Belém, pois o mesmo encontrava-se passível de ocupação indevida. Vários foram os conflitos dos moradores com pseudo-invasores, que ora adentravam a mata ainda preservada, caçando e matando os animais e destruindo espécies nativas e endêmicas daquele local. 
Essa luta fez com que o prefeito Municipal decretasse que 33.30ha de terra fosse a partir de então denominado Parque Ecológico do Município de Belém. Área esta aumentada em aproximadamente 10.76ha, remanescentes do conjunto Bela Vista, incorporado ao patrimônio público por força da Lei nº6. 766 de 19 de novembro de 1979, que rege o parcelamento do uso do solo, para fins urbanos. Ficou ainda assegurado em Lei, que a Associação dos Moradores do conjunto Médici, participasse da Comissão de Defesa do meio Ambiente do Município de Belém, conforme a Lei Orgânica do Município (art.159). Garantindo assim a participação popular, já que o Parque foi criado a partir do anseio da população para preservação desta área de cobertura verde ao seu entorno. 
O presente trabalho teve como objetivo analisar a percepção da população do entorno do Parque quanto a importância socioambiental de manter a natureza no seu estado e na preservação do ecossistema local. O Parque Ecológico de Belém, além de proporcionar um lazer ecológico, aumenta a conscientização do ser humano para com a importância da natureza “em pé” e se tornar mais uma ferramenta de propagação da educação ambiental, não só para a população que vive em torno do parque, mas para todos que possam visitar o local.
MATERIAL E MÉTODOS	
Com o intuito de alcançar o objetivo em questão, o projeto deu-se através de visitação “in loco”, no conjunto Médici e no parque Ecológico Municipal (Figura 1), para verificar o nível da percepção ambiental da comunidade ao entorno, e qual a sua posição em relação as questões ambientais e a preservação do mesmo. Foram entrevistados 30 moradores do conjunto Médici para obter informações, a visão ambiental e quais benefícios eles teriam com a abertura do Parque Ecológico ao público. Para isso foram aplicados questionários com 13 perguntas no total, sendo 4 subjetivas e 9 objetiva.
Os questionários foram compostos pelas seguintes perguntas subjetivas descritas na tabela 1, e as perguntas objetivas foram expostas na Tabela 2.
Tabela 1 Perguntas subjetivas realizadas com os moradores do conjunto Médici, em Maio de 2011.
	Perguntas
	Quais suas informações sobre o parque?
	O que você espera que o parque lhe proporcione?
	O que falta para que o parque seja aberto?
	O que você faz com seu lixo?
Tabela 2: Perguntas objetivas realizadas com a população residente do conjunto Médici, Maio de 2011.
	Perguntas
	Respostas
	Você é a favor da existência deste parque?
	Sim ou Não
	Você acha que o parque pode se tornar um atrativo turístico se for aberto para a visitação?
	Sim ou Não
	Você acha que com a abertura do parque as pessoas vão começar a se interessar mais com questões ambientais, como preservação, lixo e etc?
	Sim ou Não
	O que você acha que está faltando para que o parque seja aberto?
	( ) Investimentos do governo; ( ) Pessoas para cuidar; ( ) Interesse da população; ( ) O parque não deve ser aberto.
	Você está disposto a ajudar a manter o parque, caso venha a funcionar como local de visitas?
	Sim ou Não
	Se fosse cobrada uma taxa aos moradores, para a manutenção do parque você estaria disposto a pagar?
	Sim ou Não
	Você concordaria com um pagamento de entrada no parque?
	Sim ou Não
	Você já participou de alguma oficina, palestra ou curso sobre reciclagem ou coleta seletiva?
	Sim ou Não
	Se você ver alguém jogando lixo nas redondezas do parque, o que você faria?
	( ) Nada, afinal não está lhe prejudicando, ( ) Tentaria impedir e mostrar o local certo para jogar o lixo;( ) Ficaria com receio de impedir a pessoa;( ) Não saberia o que fazer.
Os questionários foram realizados com os moradores desde os mais antigos, até os que moravam ha pouco tempo no local, sendo assim obteve-se resultados que foram comparados ao longo dos anos em relação à comunidade e a visão da mesma com o meio ambiente. Os questionários foram analisados e gerados gráficos de acordo com a resposta de cada morador.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após as analises de cada questionário, e tendo em vista os aspectos visualizados na visita “in loco” tanto na comunidade quanto no Parque, podemos obter os seguintes resultados expressos por meio de gráficos que explicam o grau da percepção ambiental da população, e a importância do Parque Ecológico para a comunidade ao entorno.
O gráfico 1 demostra em percentagem, a quantidade de pessoas que tem informações sobre o parque, no que diz respeito tanto a estrutura, quanto a seu funcionamento, com isso obtemos o seguinte resultado, 37% das pessoas entrevistadas não possui nenhum tipo de informação sobre o parque ecológico, ou seja, apesar de terem lutado pela criação do Parque e residirem próximas ao parque, as informações quanto a preservação do mesmo ainda são poucas, 20% responderam que o Parque não foi aberto ao público, 17% se encaixaram na opção outros, que são diferentes das respostas disponibilizadas pelos entrevistadores, 13% refere-se a somatória dos que responderam que o Parque pertence a Marinha, a prefeitura ou está abandonado. 
Gráfico1: Resposta da comunidade em relação às informações que tem sobre o parque ecológico.
 Em relação, a percepção dos moradores no que diz respeito a importância do parque, quanto atrativo turístico, 93% da população do conjunto Médici, acredita que o parque é um atrativo turístico, e que isso irá ajudar tanto no desenvolvimento do parque, quanto da comunidade que poderá ter benefícios e apenas 7% acredita que o parque não pode ser um atrativo turístico para o conjunto(gráfico2) .
Gráfico 2: Demostra se o parque pode se tornar um atrativo turístico. Conjunto Médici. 
Os gráficos 3.a e b, refletem a percepção da comunidade em relação a questão do lixo ao entorno do parque, e quando perguntou-se o que eles fariam se vissem alguém jogando lixo próximo ao parque, 66 % responderam que tentariam impedir que jogasse lixo no local, e indicaria o lugar certo para ser destinado, 31% ficaria com receio de chamar a atenção da pessoa, 3% não fariam nada, porque isso não está lhe prejudicando. 
Gráfico 3: a) O que você faria se alguém jogasse lixo ao entorno do parque; b) O que você faz com seu lixo. Conjunto Médici.
Já o gráfico 3b, demostra como a comunidade despeja o seu lixo, 48% disse que mistura todo o lixo e joga no lixo comum, 29% separa, mas por não ter nenhuma coleta seletiva acabam despejando no lixo comum, 23% separa e faz doação para cooperativas conhecidas.
CONCLUSÕES
Diante dos resultados discutidos, concluímos que a comunidade do conjunto Médici, ao entorno do Parque Ecológico Municipal de Belém, apresenta uma percepçãoambiental boa em relação a questões inerentes a preservação do Parque, porém ainda não participa ativamente de sua gestão, como prevê o artigo 159 da Lei orgânica do Munícipio. Neste sentido, urge que a Prefeitura, gestora do Parque, invista em projetos de educação ambiental na área, para que a população possa desenvolver melhor sua visão em relação ao meio ambiente, além de abrir o Parque para visitação pública, pois é uma forma de atrair turistas e a população dos outros bairros da cidade, que nem imagina que tenha tamanha área verde preservada em pleno centro urbanizado de Belém. 
Áreas como estas devem ser preservadas para que a população futura possa usufruir e conhecer a biodiversidade da região mais rica do mundo, a Amazônia.
 AGRADECIMENTOS
Ao curso de engenharia Ambiental e Energias Renováveis da Universidade Federal rural da Amazônia que proporcionou à didática de elaboração deste trabalho de aplicação da prática teórica assimilada na disciplina de ecologia geral orientada pela professora Vânia Neu.
À professora Paula Fernanda Viegas Pinheiro, pela orientação, revisão, sugestões e incentivos para publicação deste trabalho.
Aos amigos Francianne Mourão, Masharu Kawamoto, Rosa Mendes, e Samir Bechara pelo companheirismo em todas as horas disponíveis a pesquisa.
Aos colaboradores do Parque Ecológico do Município de Belém, ao disponibilizar de boa vontade nas entrevistas e na direção de todas as duvidas no momento das visitas.
Aos moradores do conjunto adjacente ao Parque, pois foram de extrema importância para esta pesquisa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BELÉM DO PARÁ – PORTAL DE TURISMO. Belém ganhará parque ecológico recuperado em 2010. Disponível em: <http://www.belemdopara.tur.br/noticias/288-belem-ganhara-parque-ecologico-recuperado-em-2010.html> Acesso em: 27 de mai. 2011.
ESTUDO DE CASOS: Cursos d´água. 19172 bytes. Formato JPEG. Disponível em: < http://www.deflor.com.br/portugues/estudo_cursos.html>. Acesso em: 12 de jun. 2011.
IBAMA.  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (2002).
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 34ªed, p. 141.
PARÁ. LEI Nº 7.539, de 19 de novembro de 1991. Cria o Parque Ecológico do Município de Belém. Disponível em: <http://www.ufpa.br/numa/legislacao_belem/lei_7539_bel.htm>, Belém, PA. Acesso em 13 mai. 2011.
Silva, C. E. F. da. "Desenvolvimento de Metodologia para Análise da Adequação e Enquadramento de Categorias de Manejo de Unidades de Conservação" ,1999. Rio Claro, SP.
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