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JOÃO ALVES DE MELO GRATUIT O ESTA PU BLICAÇÃ O NÃO POD E SER COMERC IALIZADA . 6 FASCÍCULO O Papel do Controle Governamental para o Exercício do Controle Social SUMÁRIO 1. Introdução 83 2. O controle externo da administração pública 84 3. O controle interno no Brasil 87 4. O papel da Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado do Ceará (CGE) 93 8. Considerações finais 95 OBJETIVOS DO FASCÍCULO • Entender qual o papel do controle governamental para a efetividade do controle social; • Conhecer qual a importância do controle interno e do controle social para a efetividade da gestão pública; • Compreender como é exercido o controle externo por meio dos Tribunais de Contas da União (TCU) e dos Estados (TCEs). Participe e compartilhe o curso Cidadania ParticipATIVA. As inscrições continuarão abertas ao longo do curso e todo o conteúdo estará disponível no site (AVA). INSCREVA-SE: ava.fdr.org.br FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE82 Introdução Saiba+ A Constituição Federal de 1988, afirma em seu art. 37: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...]. O princípio da legalidade, dentro da Administração Pública, restringe a atuação naquilo que é permitido por lei, de acordo com os meios e formas que por ela são estabelecidos e segundo os interesses públicos. (Acesse o art. 37 da Constituição Federal de 1988) O controle na administração pública é uma das consequências dos princípios constitucionais expressos no art. 37, em es- pecial do princípio da legalidade. É comum se dizer que a administração pública está ligada às determinações da lei, ao contrário da administração privada, a quem é permi- tida mais liberdade, mesmo que também seja restrita à legislação, claro. Desse modo, é fundamental para o exercício do controle social da administra- ção pública a existência de um arcabouço legal sobre o controle governamental su- ficiente para orientar, de forma objetiva e plena, a atuação do(a) cidadão(ã) ou das suas entidades representativas. Este pa- pel deverá ser cumprido pelos poderes da República, de modo particular pelo Poder Legislativo, a quem compete a definição e a aprovação das leis. Definidas as regras legais e estabele- cidos os mecanismos de controle neces- sários à confirmação do cumprimento das regras, cabe ao controle social, na condição do mais importante dos controles, fazer o acompanhamento da regularidade e efeti- vidade da sua execução, ao mesmo tempo do acompanhamento realizado pelos ór- gãos de controle interno e externo. Quer saber mais? Vamos em frente! Arcabouço: estrutura, esqueleto. Em termos legais são as leis e decisões judiciais que dão sustentação a um determinado fato jurídico. Você já sabe como é e como pode ser realizado o controle social. Agora, vamos tratar do controle que é exercido pela pró- pria Administração Pública, denominado de controle governamental. Antes de tudo, você sabe o que signifi- ca controlar? Pois bem, controlar significa verificar se a realização de uma determi- nada atividade não se desvia dos objetivos ou das normas e princípios que a regem. Na administração pública, o ato de controlar possui significado similar, na medida em que pressupõe examinar se a atividade go- vernamental atendeu à finalidade pública, à legislação e aos princípios básicos apli- cáveis ao setor público. A forma de controle exercida pela própria administração pública e por orga- nizações privadas é chamada de controle institucional. 83CIDADANIA PARTICIPATIVA: CONTROLE SOCIAL AO ALCANCE DE TODOS O controle externo da Administração Pública Para todos os efeitos, podemos dizer que o controle externo é aquele que é exercido por um Poder em relação a outro Poder. O controle externo da administração pública compreende: 1. Controle Parlamentar Direto: é o controle político e financeiro realizado pelos parlamentares, ou seja, pelo Poder Legislativo, sobre o Poder Executivo (Administração Pública), o que faz com o auxílio dos Tribunais de Contas; 2. Controle pelos Tribunais de Contas: o controle pelos Tribunais de Contas se dá na esfera federal, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), na esfera estadual, pelos Tribunais de Contas dos Estados (TCEs), e, quando houver, na esfera municipal, pelos Tribunais de Contas Municipais. Os Tribunais têm competência fiscalizadora, em especial para a contabilidade, as movimentações financeiras, orçamentárias, patrimoniais e operacionais, envolvendo inclusive as licitações, concessões e outros contratos públicos. Atuam também na realização de auditorias nos demais órgãos, respondendo consultas e prestando orientação; Você Sabia? A Constituição Federal de 1988 delega ao Tribunal de Contas da União (TCU) um importante papel no acompanhamento, orientação e fiscalização dos atos administrativos. Essa relevância decorre dos próprios valores da Administração Pública, pautados na moralidade, probidade e transparência. (Leopoldo Germano Rodrigues, advogado e escritor da área de administração pública) 3. Controle Jurisdicional: demonstrado por meio da possibilidade de existirem medidas judiciais à disposição de todos os cidadãos brasileiros, como o Habeas Corpus, o Mandado de Segurança, a Ação Popular, a Ação Civil Pública e Ação Direta de Inconstitucionalidade. Essas medidas funcionam como elemento fundamental no controle que a sociedade exerce sobre as condutas da administração pública, corrigindo as suas condutas, quando afrontam a população e os seus direitos. Sobre o controle jurisdicional, é impor- tante destacar que, no Brasil, compete ao Poder Judiciário, com exclusividade, o exercí- cio da função jurisdicional, de modo que nem mesmo a lei excluirá de sua apreciação lesão ou ameaça ao direito (CF, art. 5º, XXXV). Giuseppe Chiovenda (1988, p. 8) de- fine a função jurisdicional como “a função do Estado que tem por escopo a atua- ção da vontade concreta da lei por meio da substituição, pela atividade de órgãos públicos, da atividade de particulares ou de outros órgãos públicos, já ao afirmar a existência da vontade da lei, já ao torná-la, praticamente, efetiva”. Os Tribunais de Contas da União e dos estados também fiscalizam qualquer pes- soa física ou jurídica, de direito público ou de direito privado, seja da administração pública ou não, que administre dinheiro, bens e valores públicos. Nesse caso, os TCs têm competência legal de fiscalização financeira, de consulta, de informação, de julgamento, sancionatórias, corretivas, de ouvidor e de contestador. FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE84 O Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, sendo responsável pela defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Cabe ao Poder Legislativo, ao Ministé- rio Público e aos Tribunais de Contas exer- cerem, nos termos da legislação pertinente, o controle externo da administração públi- ca. Esses são, portanto, os órgãos externos que fiscalizam as ações da administração pública e o seu funcionamento. Marcelo Alexandrino e Vicente Pau- lo, escritores brasileiros da área do Direito Constitucional, elencam, com bastante cla- reza, alguns exemplos de controle externo: a. a sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar (CF, art. 49, V); b. a anulação de um ato do Poder Executivo por decisão judicial;c. o julgamento anual, pelo Congresso Nacional, das contas prestadas pelo presidente da República e a apreciação dos relatórios, por ele apresentados, sobre a execução dos planos de governo (CF, art. 49, IX); Saiba+ São também considerados como órgãos auxiliares do sistema de con- trole, o Ministério Público Federal, os Ministérios Públicos Estaduais, a Polí- cia Federal, as Polícias Estaduais, e o Poder Judiciário, apenas para citar os órgãos mais evidentes. d. a auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União sobre despesas realizadas pelo Poder Executivo Federal. Tribunal de Contas da União (TCU) Cabe ao TCU, a análise e o julgamento das contas dos administradores de recur- sos públicos federais. Na condição de órgão auxiliar do Congresso Nacional, o TCU exer- ce as competências a seguir, além de outras também estabelecidas no art. 71 da CF/88. I – apreciar as contas prestadas anual- mente pelo presidente da República. II – julgar as contas dos administra- dores, tais como ministros, presidentes de sociedades de economia mista, superinten- dentes, secretários e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e man- tidas pelo Poder Público Federal. (Acesse a Lei nº 8.443/92 na Biblioteca Virtual do AVA). 85CIDADANIA PARTICIPATIVA: CONTROLE SOCIAL AO ALCANCE DE TODOS Saiba+ Além dos Tribunais de Contas dos municípios criados constitucio- nalmente pelos respectivos estados e hoje restritos aos estados da Bahia, Goiás e Pará, as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro também contam com TCs próprios. Os TCs estaduais, ou TCEs, têm jurisdição sobre todos os municípios do respectivo estado e promovem a sua fiscalização. Quanto aos TCs municipais (São Paulo e Rio de Janeiro), a sua compe- tência é restrita àqueles municípios. Tribunal de Contas do Estado (TCE) De modo idêntico ao que estabelece o art. 71 da Constituição Federal de 1988, quando define as competências do TCU, a Constituição do Estado do Ceará, em seu art. 76, estabelece as competências do Tribunal de Contas do Estado, que, na es- sência, correspondem à análise das contas prestadas anualmente pelo governador, cujo julgamento cabe à Assembleia Legis- lativa, assim como julgar as contas dos ad- ministradores e dos demais responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos das unidades administrativas dos Poderes do Estado e do Ministério Público e das enti- dades da administração indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Estadual. As contas daqueles que deram causa e perda, extravio ou outra irregularidade que resulte em danos ao erário também são incluídas, mas, nesse casos, se inclui o gestor de or- ganização da sociedade civil que recebeu recurso público estadual. FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE86 Saiba+ Através do Decreto nº 8.910, de 22 de novembro de 2016, foi aprovada a Estrutura Regimental e o Quadro De- monstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções de Confiança do Ministério da Transparência, Fiscalização e Con- troladoria-Geral da União, após a trans- formação da CGU neste novo órgão. Acesse o Decreto nº 8.910/16 O controle interno no Brasil O Brasil conta com uma estrutura de con- trole interno ampla, distribuída pelos entes federativos (União, estados e municípios), seja ela institucionalizada em forma de Controladoria ou não. Silva (2004) registra que os estudos dos sistemas de controle interno no Brasil revelam que, desde 1922, havia o envolvi- mento do controle no setor público na ação de 3 (três) órgãos, a saber: 1. Tesouro Nacional: arrecadava a receita, recolhendo ao Banco do Brasil, e pagava a despesa legalmente processada; 2. Contadoria Geral da República: centralizava o registro de todos os atos relativos à arrecadação da receita e ao pagamento das despesas. Sua jurisdição estendia-se a todo o território nacional e tinha a competência para coordenar, orientar, dirigir e fiscalizar todos os serviços de escrituração e contabilidade; 3. Tribunal de Contas: acompanhava, diretamente ou por delegações, a execução orçamentária, bem como julgava as contas dos responsáveis por dinheiros ou bens públicos e da legalidade dos contratos celebrados pela União. A Constituição Federal de 1967 é quem cria, de fato, o Sistema de Controle Interno no Brasil, conforme rezam os artigos 71 e 72. Embora o Sistema de Controle Interno tenha sido tratado somente como ativida- de de auditoria, avaliação e fiscalização, ve- rifica-se que a evolução do controle interno tem agregado outras atividades de grande relevância, tais como a ouvidoria, enquanto instrumento de controle social, o acompa- nhamento da transparência pública, o com- bate à corrupção, entre outras. Com o advento da Lei nº. 10.180, de 6 de fevereiro de 2001, de abrangência fede- ral, com aplicabilidade apenas no âmbito da União, foram estabelecidos sistemas es- pecíficos para as atividades de controle in- terno, contabilidade pública, programação financeira e de planejamento e orçamento. A separação entre as atividades de contabilidade pública e de controle interno foi considerada um marco importante, se- guindo-se a linha definida na Constituição Federal. (Acesse a Lei Federal nº. 10.180/2001 na Biblioteca Virtual do AVA) O Ministério da Transparência, Fis- calização e Controladoria-Geral da União (CGU) é o órgão encarregado de assis- tir direta e imediatamente ao presiden- te da República no desempenho de suas atribuições, no que se refere aos assuntos que, no âmbito do Poder Executivo, sejam relativos à defesa do patrimônio público e ao incremento da transparência da gestão, por meio das atividades de controle inter- no, auditoria pública, correição, preven- ção e combate à corrupção e ouvidoria. (Acesse a Lei nº 13.341, de 29 de setembro de 2016, na Biblioteca Virtual do AVA) 87CIDADANIA PARTICIPATIVA: CONTROLE SOCIAL AO ALCANCE DE TODOS A Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado do Ceará (CGE) é o órgão encarrega- do de zelar pela observância dos princípios da administração pública no Poder Execu- tivo do estado do Ceará. A sua missão é as- segurar a adequada aplicação dos recursos públicos, contribuindo para uma gestão éti- ca e transparente e para a oferta dos servi- ços públicos com qualidade. A CGE desempenha as funções bási- cas de: • Auditoria Interna: fiscalização e análise de resultados; • Fomento ao Controle Social: ouvidoria, transparência e ética; • Controle Interno Preventivo: prevenção e orientação; • Ações Estratégicas: inovação do controle interno, coleta e tratamento de informações estratégicas e acompanhamento da situação econômica, financeira e fiscal do estado do Ceará. Importante destacarmos, pois você já deve saber bem, que por meio da função de ouvidoria, a CGE cumpre um importante papel como mediador (ponte de ligação) en- tre o Poder Público e o cidadão/sociedade. A Controladoria e Ouvidoria Geral do Município de Fortaleza (CGM) tem como ob- jetivo primordial o apoio e a orientação dos órgãos da administração municipal quanto ao cumprimento dos procedimentos legais que disciplinam a execução do gasto público, assegurando o direito de acesso à informa- ção. A sua missão é assegurar a adequada aplicação dos recursos públicos, promover o controle da legalidade, da transparência da administração e manter um canal de comu- nicação com o cidadão por meio da ouvidoria, visando à efetividade, os controles interno e social das ações do município de Fortaleza. A função do controle interno na Administração Pública O objetivo principal do controle interno é o deatuar como ação preventiva, ou seja, antes que as ações ilícitas, incorretas ou impróprias aconteçam, atentando contra os princípios constitucionais, principalmen- te os do art. 37, seus incisos e parágrafos. (Acesse os artigos 37 e 74 da CF/88). O controle interno se fundamenta em razões de ordem administrativa, jurídica e mesmo política e é exercido por órgãos com atribuições específicas que estejam dentro da mesma estrutura do poder controlado. Sem controle não há, nem poderia ha- ver, a responsabilidade pública, e ela de- pende de uma fiscalização eficaz dos atos do Estado. Outro fundamento do controle inter- no na administração pública está no art. 76 da Lei nº 4.320/64, que estabelece que o Poder Executivo exercerá os três ti- pos de controle na execução orçamentária (Acesse o artigo 76 da Lei nº 4.320/64): • A legalidade dos atos que resultem arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; • A fidelidade funcional dos agentes da administração responsáveis por bens e valores públicos; • O cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços. 88 A ausência desse controle interno, como ocorria até início da década de 1960 no Brasil, liberava os gestores públicos da res- ponsabilidade do cumprimento de metas. Podemos dizer que era a administra- ção da não-interferência governamental. Diretrizes para o fortalecimento do controle interno no setor público O Conselho Nacional de Controle In- terno (Conaci), que congrega os gestores públicos responsáveis pelos órgãos de con- trole interno da União, dos estados, do Dis- trito Federal e dos municípios das capitais, estabeleceu um conjunto de diretrizes com o objetivo de fortalecer a função de con- trole interno na área pública. Nessas diretrizes destacamos os se- guintes conceitos: a. Economicidade: relaciona-se à aquisição de insumos ao menor custo, sem comprometer os padrões de qualidade; b. Eficiência: otimização dos meios e insumos utilizados na prestação de serviços públicos, por um órgão ou entidade, de acordo com os critérios e padrões de desempenho estabelecidos; c. Eficácia: alcance dos objetivos de uma ação no prazo estabelecido; d. Efetividade: impacto positivo entre os resultados alcançados pela ação governamental sobre os beneficiários em relação aos objetivos sociais que motivaram a intervenção institucional. Insumos: cada um dos elementos (matéria-prima, equipamentos, capital, horas de trabalho etc.) necessários para produzir mercadorias ou serviços. Saiba+ 1. Proposta de Emenda Constitucional - PEC nº45/2009, aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal em fevereiro de 2016. Visa a inserir no texto constitucional regras sobre a organização das atividades de controle interno da administração pública brasileira, acrescentando o inciso XXIII ao art. 37 da Constituição Federal, com a seguinte redação: “As atividades do Sistema de Controle Interno, previstas no art. 74, essenciais ao funcionamento da administração pública, contemplarão, em especial, as funções de ouvidoria, controladoria, auditoria gover- namental e correição.” 2. O Estado do Ceará, por meio da Emenda Constitucional nº 75/2012, recepciona e se antecipa às mudanças pretendidas pela PEC nº 45/2009, incluindo na Consti- tuição Estadual regras sobre a organização das atividades do controle interno nos seguintes termos: • Reposiciona o Controle Interno para o ambiente da Administração Pública; • Estabelece as atividades de Controle Interno como essenciais à Adminis- tração Pública; • Define as macro funções do Controle Interno: Controladoria, Ouvidoria, Audi- toria e Correição; • Atividades de Controle Interno organizadas em órgãos permanentes e exercidas por servidores de carreiras específicas, permitida a atuação descentralizada; • Acrescenta, como atividades de controle interno, a realização do acompanha- mento da receita e da despesa, a fiscalização da execução das ações governa- mentais e o fomento ao controle social; • Dever de comprovar a boa e regular aplicação de recursos recebidos por meio de convênios e congêneres; • Proibição de celebrar novos convênios e aditivos de valor diante da não comprovação; Acesse a Emenda Constitucional nº 75/2012 e a Lei Complementar nº 119/2012 na Biblioteca Virtual do AVA. 89CIDADANIA PARTICIPATIVA: CONTROLE SOCIAL AO ALCANCE DE TODOS As 4 funções do controle interno As macro funções do controle inter- no definidas na PEC nº 45/2009 e recep- cionadas pela Constituição do Estado do Ceará, por meio da Emenda Constitucio- nal nº 75/2012, são: a) Auditoria, b) Corre- gedoria e c) Ouvidoria e d) Controladoria, a seguir, descritas: a) Auditoria Governamental A função básica da Auditoria Governamen- tal é a de comprovar a legalidade, legitimi- dade e avaliar os resultados alcançados, quanto aos aspectos de eficiência, eficácia e economicidade da gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional, contá- bil e finalística das unidades e das entida- des da administração pública, em todas as esferas de governo e níveis de poder, assim como a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado, quando legal- mente autorizadas nesse sentido. Esse tipo de auditoria tem como obje- tivo principal o de examinar a regularidade e avaliar a eficiência da gestão administrativa e dos resultados alcançados, apresentan- do subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos e controles internos das unidades da administração di- reta e entidades supervisionadas. O art. 70 da Constituição Federal de 1988 estabelece que “a fiscalização con- tábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Na- cional, mediante controle externo, e pelo Sistema de Controle Interno de cada Poder. Idêntica regulamentação existe nos en- tes federativos de nível estadual, municipal e no Distrito Federal, nas suas respectivas Constituições e Leis orgânicas municipais. b) Corregedoria A base legal da correição no setor público é o art. 41 § 1º inciso II da CF/88, que estabe- leceu o controle da conduta dos servidores públicos. Por sua vez, a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, disciplinou os pontos centrais acerca do poder disciplinar da ad- ministração pública federal. Os arts. 17 e 18 da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, vieram agregar determi- nações imprescindíveis e necessárias para o início do referido sistema e, posteriormen- te, o Decreto nº 5.480, de 30 de junho de 2005, instituiu o Sistema de Correição do Poder Executivo Federal, regulamentando os dispositivos da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, além de outras leis ordinárias e decretos que cuidam do tema. Inicialmente, devemos esclarecer que a função principal das corregedorias é aque- la relacionada à prevenção e apuração de irregularidades praticadas por agentes públicos na esfera administrativa. Além disso, suas atividades não se confundem com as atividades de auditoria, fiscalização e recuperação de valores. Na atuação da correição, a gradação das faltas disciplinares, segundo José Cretel- la Jr., pode ser feita em três grandes grupos para aplicação das sanções disciplinares: • Faltas leves: poderão ser aplicadas sanção disciplinar de Advertência, Repreensão e Multa; • Faltas graves: poderá ser aplicada sanção disciplinar deSuspensão de até trinta dias; e, • Faltas gravíssimas: poderão ser aplicadas sanção disciplinar de Suspensão por mais de 30 dias, Cassação de Aposentadoria, Cassação de Disponibilidade, Destituição de Cargo em Comissão, Destituição de Função e Demissão. Administração direta ou centralizada: órgãos integrantes dos poderes subordinados diretamente às pessoas jurídicas políticas (União, estados, municípios e Distrito Federal). Administração indireta ou descentralizada: autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Correição: ato, processo ou efeito de corrigir; correção, conserto, emenda de erro. A Corregedoria é uma função do controle interno que realiza o controle hierárquico próprio sobre os órgãos e agentes públicos. Ela também pode sugerir ao órgão executivo, objeto da correição, a adequação dos procedimentos vigentes e da legislação, a fim de atuar preventivamente evitando desvios funcionais. FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE90 Os números atestam a importância da correição no serviço público. Somente em 2016, o Governo Federal expulsou por práticas ilícitas 550 servidores. A série histórica mantida pelo Mi- nistério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) con- tabiliza, ao longo do período 2003 a 2016, a expulsão de 6.209 servidores, dos quais 5.172 foram demitidos, 493 tiveram a apo- sentadoria cassada e 554 foram afastados de funções comissionadas. A Corregedoria tem o poder/dever de vigilância, orientação e correção das ati- vidades funcionais e da conduta dos seus agentes, a fim de garantir a qualidade e pro- bidade dos atos por eles praticados, através da produção de informações para subsidiar os gestores nos esforços de prevenir e/ou reduzir o risco da gestão e promover seu constante aperfeiçoamento, identificando as carências dos agentes públicos e empe- nhando esforços para que sejam eliminadas. Ela deve operar junto aos órgãos para garantir a publicidade de manuais de atua- ção dos agentes públicos para contribuir com o controle social e a sua função não deve colocar-se sobre a finalidade da fun- ção de auditoria governamental. c) Ouvidoria No fascículo 3 de nosso curso, falamos mui- to sobre ouvidoria. Assim, por ora, nos de- teremos em tratar do tema no contexto das macro funções do controle interno. Ao longo da história, na visão de Kabal (2013), a Ouvidoria, como atividade pública, desempenhou diversos papéis, evoluindo do conceito de “espião do rei” para o de defensor do cidadão. Na antiguidade, por exemplo, os reis e os imperadores envia- vam os seus agentes (ouvidores), como se fossem os seus próprios olhos e ouvidos, para verificar como se comportavam as au- toridades públicas nos vilarejos e cidades. No império Persa, havia a figura do “Olho do Rei”. Na Roma antiga, o Tribunus Plebis ga- rantia proteção aos plebeus contra o abuso do poder de patrícios. Entre outros. As civilizações modernas, entre as quais se inclui a brasileira, ampliaram as atribuições da ouvidoria e alargaram o seu campo de atuação, mantendo, contudo, a sua função básica, que se perpetuou ao lon- go de sua história: servir de canal de comu- nicação entre o cidadão e o poder público. Probidade: honestidade, integridade, retidão. 91CIDADANIA PARTICIPATIVA: CONTROLE SOCIAL AO ALCANCE DE TODOS Conceitualmente, a ouvidoria pode ser vista como uma função de controle in- terno, que tem por finalidade fomentar o controle social e a participação popular (termos que, esperamos, você já esteja bem familiarizado(a)), por meio do recebi- mento, registro e tratamento de denúncias e manifestações do cidadão sobre os ser- viços prestados à sociedade e a adequada aplicação dos recursos públicos, visando a melhoria da sua qualidade, eficiência, reso- lubilidade, tempestividade e equidade. Para relembrar: as principais formas de manifestação do cidadão são: SUGESTÃO, ELOGIO, SOLICITAÇÃO, RECLAMAÇÃO e DE- NÚNCIA, cada uma delas contribuindo, a seu modo, para a melhoria da gestão pública. O Brasil, e mais precisamente o Ceará, vem utilizando também o modelo sueco de ouvidoria, instituído em 1809 e denomina- do de ombudsman, que é um cargo profis- sional contratado por um órgão, instituição ou empresa com a função de receber críti- cas, sugestões, elogios, denúncias e recla- mações de usuários e consumidores, com o dever de agir de forma imparcial para me- diar conflitos entre as partes envolvidas. O modelo sueco foi criado com foco na imprensa e com base no entendimen- to de que o direito de expressar uma opi- nião traz, em doses iguais, o dever da responsabilidade. No Brasil, cargo com a mesma finalida- de existe desde 1989, quando o jornal Folha de S. Paulo publicou a primeira editoria do seu ombudsman, que ficaria responsável em ser o porta-voz dos leitores, solucio- nando e transmitindo as suas reclamações, sugestões e críticas para o jornal. No Ceará, o jornal O POVO mantém a fun- ção desde 1994, reforçando a política de man- ter uma relação transparente com o leitor. d) Controladoria A Controladoria é a função de controle interno que tem por finalidade orientar e acompanhar a gestão governamental, para subsidiar a tomada de decisões a partir da geração de informações, de maneira a ga- rantir a melhoria contínua do gasto público e da gestão em geral. O papel da controladoria, enquanto ór- gão administrativo, é zelar pelo bom desem- penho da organização, desenvolver sistemas e metodologias que proponham modelos gerenciais que otimizem o desempenho destas, por meio de seu sistema de gestão, fornecendo informações para os gestores que auxiliarão na tomada de decisões. FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE92 O papel da Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado do Ceará (CGE) A Controladoria e Ouvidoria Geral do Es- tado do Ceará (CGE), criada em 7 de março de 2003, é o órgão central do controle interno do estado do Ceará. Acesse o anexo “Caracterização da Controladoria e Ouvi- doria Geral do Estado (CGE)” na Biblioteca Virtual do AVA. A instituição exerce a coordenação ge- ral do Sistema de Controle Interno, com- preendendo as atividades de Controladoria, Auditoria Governamental, Ouvidoria, Trans- parência, Ética e Acesso à Informação. No desempenho das suas atividades, produz relatórios anuais que informam as atividades desenvolvidas e os resultados das ações do exercício anterior, bem como as propostas de gestão para o ano vindou- ro, com os seguintes títulos: a) Mensagem Governamental; b) Relatório de Controle Interno sobre as Contas Anuais de Governo; c) Relatório de Desempenho de Gestão; d) Relatório de Auditoria; e) Relatório de Gestão de Ouvidoria; f) Relatório de Gestão de Transparência. Ao longo da sua existência, a CGE tem atuado no desenvolvimento e implantação de sistemas e projetos voltados para a me- lhoria da eficiência e da eficácia da adminis- tração pública do Estado do Ceará. Entre os quais, destacamos: a. Sistema Estadual de Acesso à Informação: cujo objetivo é o de implementar o acesso às informações produzidas ou custodiadas pelo Poder Executivo do estado do Ceará, a partir das diretrizes da Lei Nacional de Acesso à Informação (LAI) e armazenadas no Portal da Transparência, disponibilizando a qualquer cidadão/cidadã uma estrutura que possibilita o registro de uma solicitação de informação e o recebimento de uma resposta clara, objetiva e tempestiva. b. Projeto de Educação Social “Caminhos da Cidadania”: com o objetivo de promover a capacitação dos alunos do ensino médio de escolas estaduais para o desenvolvimento da consciência cidadã e despertar o interesse pela utilização das açõesde controle social. Saiba+ Acesse o site www.cge.ce.gov.br/ index.php/publicações/relatórios- anuais e plurianuais para conhecer a série histórica desses relatórios. 93CIDADANIA PARTICIPATIVA: CONTROLE SOCIAL AO ALCANCE DE TODOS Acesse a sua cartilha Caminhos da Cidadania na Biblioteca Virtual do AVA ou pelo endereço: <http://www.cge.ce.gov.br/index.php/educação-social> Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado, constitui um canal disponível na internet [www.transparencia.ce.gov.br]. Tem o objetivo de divulgar informações de interesse coletivo, geradas pelos órgãos e entidades pertencentes à Administração Pública do Estado do Ceará, especialmente no que se refere à captação, à aplicação dos recursos, aos procedimentos licitatórios, aos instrumentos contratuais e parcerias firmadas pelo Governo, aos empreendimentos e aos resultados da ação governamental, entre outras. f. Observatório da Despesa Pública do Poder Executivo do Estado do Ceará (ODP.Ceará): implantado em parceria com o Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União (CGU), compondo a Rede Nacional ODP. O objetivo do ODP.Ceará é compartilhar experiências, informações e tecnologias, a fim de contribuir para aprimoramento do controle interno e de servir como ferramenta de apoio à gestão pública, bem como contribuir para o aprimoramento das atividades de controle interno; Avaliação do cumprimento dos limites e das condições constitucionais e legais pertinentes à execução orçamentária do Estado do Ceará, conforme o Relatório de Controle Interno sobre as contas anuais de Governo (www.cge.ce.gov.br/index. php/publicacoes/relatorios-anuais); g. Elaboração dos “Enunciados CGE”: consolidando trechos das análises técnicas e disponibilizando decisões com impacto na Administração Pública; (www.cge.ce.gov.br/index. php/publicacoes/enunciados-cge); h. Elaboração da Cartilha do Conselheiro Fiscal de Organizações Sociais: publicação que traz orientações às atividades dos membros de Conselhos Fiscais que atuam nas Organizações Sociais do Estado do Ceará (www.cge. ce.gov.br/index.php/publicacoes/ cartilha-do-conselheiro-fiscal) i. Controle Interno Preventivo: tem por objetivo contribuir para maior segurança administrativa na tomada de decisão pelos gestores estaduais, redução da ocorrência de desvios que venham a comprometer a eficiência no uso dos recursos, a eficácia na disponibilização de bens e serviços e a conformidade legal dos atos administrativos. j. e-Parcerias: é o sistema de gestão das parcerias do Poder Executivo Estadual, por meio do qual os órgãos e entidades da administração pública estadual, assim como os parceiros, operacionalizam as atividades pertinentes ao processo de transferência de recursos financeiros por meio de convênios. k. Auditorias: a CGE atua junto aos órgãos e entidades do Poder Executivo, realizando auditorias para avaliar a regularidade dos atos de gestão, entre as quais se destacam as atividades de auditoria em obras e serviços de engenharia, em sistemas de Tecnologia da Informação e Comunicação, em convênios celebrados com outros entes, bem como naquelas voltadas à avaliação de programas e projetos do Governo e de apuração de denúncias apresentadas à Controladoria e Ouvidoria Geral. c. Sistema de Transparência e Ética: o Decreto nº 29.887, de 31 de agosto de 2009, instituiu o Sistema de Ética e Transparência do Poder Executivo Estadual com a finalidade de promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no âmbito desse Poder. d. Rede de Ouvidoria: abrangendo todos os órgãos da administração direta e indireta do Poder Executivo do estado do Ceará, com integração com a rede de ouvidoria do SUS e amplo relacionamento com as ouvidorias dos demais poderes. e. Portal da Transparência: criado e mantido sob a responsabilidade da FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE94 Considerações finais Pois bem, caro(a) aluno(a), chegamos jun- tos ao final do último fascículo do curso Ci- dadania ParticipATIVA. Agora é com você, agente da cidada- nia, que tem o poder de exercer o controle social, munido de novos conhecimentos e ferramentas para acompanhar, fiscalizar e participar das ações dos governos, seja na esfera federal, assim como na estadual e/ ou municipal. Lembre-se de que você é peça funda- mental na construção de uma sociedade mais justa, solidária e igualitária. Não espere por ninguém. Exerça seus direitos, duramente conquistados, cumpra seus deveres e esteja atento ao que acon- tece ao seu redor. Participe, discuta, converse com aque- les mais próximos. Leve o que aprendeu aos demais cidadãos, colegas, amigos e familia- res. Dê vida ao seu aprendizado. Nunca esqueça: o Brasil é construído a partir de nossas decisões e atitudes, pelo que fazemos e até pelo que deixamos de fazer. Pense coletivo! Referências 1. BRASIL, Constituição da República Federa- tiva do Brasil. Brasil, Senado, DF, 1988. 2. CHIOVENDA, Giuseppe. Instituições de direito processual civil, v.I, .II e v. III. Saraiva: São Paulo, 1969. 3. ALEXANDRINO, Marcelo e Vicente de Paulo. Direito administrativo descomplicado. Imprensa, Método: São Paulo, 2016. 4. BRASIL. Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991. Disponível em <www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/L8159.htm>. 5. ________. Lei nº 9.507, de 12 de novembro de 1997. Disponível em <www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/L9507.htm>. 6. ________. Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999. Disponível em <www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/L9784.htm>. 7. _________. Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Disponível em <www.planalto. gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm.>. 8. _________. Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de 2009. Disponível em <www.planalto. gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp131.htm>. 9. ________. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Disponível em <www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm>. 10. RODRIGUES, Leopoldo Germano. O papel dos conselhos de direitos na construção das políticas. 13 de agosto de 2014. Disponível em <www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-papel- dos-conselhos-de-direitos-na-construca>. 11. ________. Constituição do Estado do Ceará. Promulgada em 1999. Disponível em <www.ceara.gov.br/simbolos-oficiais/ constituicao-do-estado-do-ceara>. 12. ________. Lei nº 15.360, de 4 de junho de 2013. Disponível em <https://www.al.ce.gov.br/ legislativo/legislacao5/leis2013/15360.htm.> 13. ________. Lei nº 13.875, de 7 de fevereiro de 2007. Disponível em <www. cee.ce.gov.br/legis lacao/le is?download =9929%3Alei-no-138752007.> 14. ________. Decreto nº 32.070, de 18 de outubro de 2016. <www.cee.ce.gov.br/ l e g i s l a c a o / l e i s ? d o w n l o a d = 9 9 2 9 % 3 Alei-no-138752007.> 15. SILVA, Lino Martins. Contabilidade Governamental: um enfoque administrativo. 7ª ed. Atlas: São Paulo, 2004. 16. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1967. Disponível em <www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicao67.htm.> 17. CGU. Cartilha sobre Controle Social 18. <www.cgu.gov.br/Publicacoes/controle- social/arquivos/controlesocial2012.pdf> 19. ________. Decreto nº 61.386, de 19 de setembro de 1967. Disponível em <www2. camara.leg.br/.../decreto-61386-19-setembro- 1967-402646-retificacao-33989.> 20. ________. Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de 2001. Disponível em <www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10180.htm>. 21. ________. Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003. Disponível em <www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/2003/L10.683compilado.htm.> 22. ________. Decreto nº 8.109, de 17 de setembro de 2013. Disponível em <www. ouvidorias.gov.br/ouvidorias/legislacao/ decretos/decreto-8-109-2013.../view.> 23. CRETELLA, José Jr.Prática do Processo Disciplinar. 3. ed. ver. e atual. Editora Revista dos Tribunais: São Paulo, 1999 24. CONACI. As macro funções do controle interno. <www.cge.ce.gov.br/index.php/regulamento- menu/.../417-iv-eeci-apresentacao-conaci> 25. KABAL, Eduardo. Como Implantar Ouvi- doria e atuar nessa área. São Paulo: Editora Trevisan, 2013. 95CIDADANIA PARTICIPATIVA: CONTROLE SOCIAL AO ALCANCE DE TODOS João Alves de Melo Economista formado pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade Federal do Ceará (UFC) e administrador graduado pelo Centro de Estudos Sociais Aplicados (Cesa) da Universidade Estadual do Ceará (Uece). Pós-graduado em economia, com especialização em Análise e Avaliação de Projetos, pelo Instituto de Pesquisas Econômicas (IPE) da Universidade de São Paulo (USP). Mestre em administração pela Universidade Estadual do Ceará (Uece). Doutor em Organização e Gestão de Empresas pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC). Professor adjunto aposentado da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e ex-professor do curso de Tecnologia em Processamento de Dados pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Atuou também como presidente do Banco do Nordeste, membro do Conselho Monetário Nacional, do Conselho Deliberativo da Sudene, dos Conselhos de Administração da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e secretário de Estado Chefe da Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado do Ceará (CGE), entre outras. SOBRE O AUTOR FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR) | Presidência João Dummar Neto | Direção Geral Marcos Tardin UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (Uane) | Coordenação Geral Ana Paula Costa Salmin | Cidadania ParticipATIVA: controle social ao alcance de todos | Coordenação Geral e Editorial Raymundo Netto | Coordenação de Conteúdo Thais Pinheiro Holanda | Coordenação Pedagógica Ana Paula Costa Salmin | Edição de Design Amaurício Cortez | Projeto Gráfico Alessandro Muratore | Editoração Eletrônica Cristiane Frota | Ilustrações Rafael Limaverde | Audiofascículos Alexandra Souza | Catalogação na Fonte Cássia Barroso Alves Este fascículo é parte integrante da coleção Cidadania ParticipATIVA: controle social ao alcance de todos, em decorrência do contrato celebrado entre a Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado do Ceará e a Fundação Demócrito Rocha, sob o nº 01/2017. | ISBN 978-85-7529-803-9 Todos os direitos desta edição reservados à: Fundação Demócrito Rocha Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora CEP 60.055-402 - Fortaleza- Ceará Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148 | Fax (85) 3255.6271 fdr.org.br fundacao@fdr.org.br Realização Apoio
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